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Conjuração baiana

O movimento envolveu indíviduos de setores urbanos marginalizados na produção da riqueza colonial, que se revoltaram contra o
sistema que lhes impedia perspectivas de ascensão social. Seu descontentamento voltava-se contra a elevada carga de impostos
cobrada pela Coroa portuguesa e contra o sistema escravista colonial, o que tornava as suas reivindações particularmente
perturbadoras para as elites. A revolta resultou em um dos projetos mais radicais do período colonial, propondo idealmente uma
nova sociedade igualitária e democrática. Foi exemplarmente punida pela Coroa de Portugal.

o seu caráter social mais popular, propugnando pela igualdade racial e contando com uma grande participação de mulatos e negros.
Em 1799, no entanto, após devassa, os principais representantes das camadas mais simples foram enforcados, tendo sido os
intelectuais absolvidos.

A Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, foi um movimento separatista que contou com a participação
de sapateiros, alfaiates, bordadores, ex-escravos e escravos. Em um outro campo de ação essa revolta também teve o apoio de
padres, médicos e advogados.

Para compreender a deflagração do movimento, devemos nos reportar à transferência da capital para o Rio de Janeiro, em 1763.
Com tal mudança, Salvador (antiga capital) sofreu com a perda dos privilégios e a redução dos recursos destinados à cidade.
Somado a tal fator, o aumento dos impostos e exigências colônias vieram a piorar sensivelmente as condições de vida da população
local.

Ao mesmo tempo, as notícias do êxito alcançado nos processos de independência dos Estados Unidos e Haiti, e a deflagração da
Revolução Francesa trouxe junto os ideais de liberdade e igualdade defendidos pelo pensamento iluminista. Empolgados com tais
processos revolucionários, alguns representantes dos setores médios e das elites ligados à maçonaria montaram uma sociedade
secreta denominada “Cavaleiros da Luz”. Durante suas reuniões os cavaleiros da luz discutiam a organização de um movimento
anticolonialista e a criação de um novo governo baseado em princípios republicanos e liberais.

Podemos dizer que a participação dos Cavaleiros da Luz foi relativamente limitada. Muitos de seus integrantes não concordavam
nas discussões de cunho social, como no caso da abolição da escravidão. Paralelamente, seus participantes distribuíam panfletos
convocando a população a se posicionar contra o domínio de Portugal. Com a delação do movimento, seus representantes foram
presos pelas autoridades coloniais.

Os membros da elite que estavam envolvidos no movimento foram condenados a penas mais leves ou tiveram suas acusações
retiradas. Em contrapartida, os populares que encabeçaram o movimento conspiratório foram presos, torturados e, ainda outros,
mortos e esquartejados. Buscando reprimir outras revoltas, o governo português expôs os restos mortais de alguns dos revoltosos
espalhados pela cidade de Salvador.

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Conjuração baiana

  • 1. Conjuração baiana O movimento envolveu indíviduos de setores urbanos marginalizados na produção da riqueza colonial, que se revoltaram contra o sistema que lhes impedia perspectivas de ascensão social. Seu descontentamento voltava-se contra a elevada carga de impostos cobrada pela Coroa portuguesa e contra o sistema escravista colonial, o que tornava as suas reivindações particularmente perturbadoras para as elites. A revolta resultou em um dos projetos mais radicais do período colonial, propondo idealmente uma nova sociedade igualitária e democrática. Foi exemplarmente punida pela Coroa de Portugal. o seu caráter social mais popular, propugnando pela igualdade racial e contando com uma grande participação de mulatos e negros. Em 1799, no entanto, após devassa, os principais representantes das camadas mais simples foram enforcados, tendo sido os intelectuais absolvidos. A Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, foi um movimento separatista que contou com a participação de sapateiros, alfaiates, bordadores, ex-escravos e escravos. Em um outro campo de ação essa revolta também teve o apoio de padres, médicos e advogados. Para compreender a deflagração do movimento, devemos nos reportar à transferência da capital para o Rio de Janeiro, em 1763. Com tal mudança, Salvador (antiga capital) sofreu com a perda dos privilégios e a redução dos recursos destinados à cidade. Somado a tal fator, o aumento dos impostos e exigências colônias vieram a piorar sensivelmente as condições de vida da população local. Ao mesmo tempo, as notícias do êxito alcançado nos processos de independência dos Estados Unidos e Haiti, e a deflagração da Revolução Francesa trouxe junto os ideais de liberdade e igualdade defendidos pelo pensamento iluminista. Empolgados com tais processos revolucionários, alguns representantes dos setores médios e das elites ligados à maçonaria montaram uma sociedade secreta denominada “Cavaleiros da Luz”. Durante suas reuniões os cavaleiros da luz discutiam a organização de um movimento anticolonialista e a criação de um novo governo baseado em princípios republicanos e liberais. Podemos dizer que a participação dos Cavaleiros da Luz foi relativamente limitada. Muitos de seus integrantes não concordavam nas discussões de cunho social, como no caso da abolição da escravidão. Paralelamente, seus participantes distribuíam panfletos convocando a população a se posicionar contra o domínio de Portugal. Com a delação do movimento, seus representantes foram presos pelas autoridades coloniais. Os membros da elite que estavam envolvidos no movimento foram condenados a penas mais leves ou tiveram suas acusações retiradas. Em contrapartida, os populares que encabeçaram o movimento conspiratório foram presos, torturados e, ainda outros, mortos e esquartejados. Buscando reprimir outras revoltas, o governo português expôs os restos mortais de alguns dos revoltosos espalhados pela cidade de Salvador.