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II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316-
3089.Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-Ceará-Brasil
1
RECICLAGEM COMO INSTRUMENTO INTERDISCIPLINAR E DESPERTAR
PARA A GERAÇÃO DE RENDA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Jacqueline Liedja Araujo Silva Carvalho1
Teresinha Teixeira da Silva2
Juliana Fernandes Moreira3
Resumo: o presente trabalho versa sobre a importância da utilização de materiais recicláveis como
ferramenta de geração de renda, tendo por base um estudo de caso realizado na turma multiseriada de
ensino fundamental (1⁰ ao 4⁰ ano) da modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos, na Escola
Municipal José Santana, na cidade de Pombal - PB. Na turma citada foram realizadas atividades
teóricas e práticas acerca do tema reciclagem, envolvendo, inclusive a confecção de produtos
artesanais. As atividades docentes desenvolvidas tiveram como objetivo incentivar os alunos ao
estudo, visando levá-los a produzirem artesanatos a partir de materiais recicláveis, possibilitando um
incremento em sua renda familiar, ao mesmo tempo em que se buscava reduzir a evasão escolar.
Palavras chave: Educação, Reciclagem, Renda
1. INTRODUÇÃO
Para realizar aprendizagens significativas, necessário se faz contextualizar as aulas e
aproveitar a experiência dos alunos. O presente estudo foi desenvolvido em sala de aula
pertencente à modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), caracterizada como
modalidade da educação básica, na etapa fundamental, destinada às pessoas que tiveram
pouca ou nenhuma oportunidade de escolarização regular.
Na EJA, é preciso dar abertura ao diálogo entre os atores sociais envolvidos, quais
sejam: educandos e educadores, uma vez que ambos têm experiências a serem trocadas,
1
Mestranda em Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Campina Grande-UFCG; Graduada em
Geografia pela UFPB; E-mail: e-mail: jliedja@hotmail.com.
2
Mestranda em Sistemas Agroindustriais pela UFCG. E-mail: tteresinha@hotmail.com
3
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo Programa Regional de Pós-Graduação em
Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA/UFPB; Professora da UFCG
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2
enriquecendo, assim, o saber. É exatamente em decorrência da integração entre os envolvidos
que faz surgir a motivação necessária para uma educação transformadora.
Para GADOTTI (2003):
A educação, para ser transformadora, emancipadora, precisa está centrada na vida,
ao contrário da educação neoliberal que está centrada na competitividade sem
solidariedade. Para ser emancipadora a educação precisa considerar as pessoas, suas
culturas, respeitar o modo de vida das pessoas, sua identidade.
São valorizados, nesse processo de ensino, o potencial, as diferenças e a realidade de
cada aluno, uma vez que já trazem em si uma bagagem de vida. Ensinar exige dedicação.
Fazer os educandos transformar suas realidades, incentivá-los o despertar, o desejo de
mudança, do querer ir além, é de suma importância.
O planejamento ganha dimensão importantíssima. Ao se planejar uma atividade de
ensino, deve-se ter como preocupação fundamental à aprendizagem do aluno a observação de
sua realidade, bagagem cultural, interesse e características.
As atividades pedagógicas precisam ter sentido e instigar o aluno à busca e à
investigação constante de conhecimentos para entrar em um processo de reflexão sobre o que
aprendeu. Acredita-se que esse processo é contínuo, inacabável, pois a todo o momento
ansiasse por aprender ou saciar as interminadas e infinitas necessidades cognitivas.
Muitos dos alunos de escolas de Jovens e Adultos apresentam peculiaridades próprias:
estão inseridos ou buscando inserção no mundo de trabalho que lhes possibilitem
rentabilidade financeira.
Uma das possibilidades para uma atividade rentável pode ser encontrada através da
Economia solidária, ou seja, a experiência que rompe com a lógica do sistema capitalista. Esta
modalidade de economia busca garantir a renda, contudo trabalha a questão da cidadania, do
protagonismo dos trabalhadores, tendo como base sólida os princípios da igualdade e
solidariedade (PASTORAL OPERÁRIA, 2005, p.1-2).
Esta pode ser concebida como um modo de produção sem propriedade subalterna. Seu
principio básico é a propriedade coletiva dos meios sociais de produção (além da união em
associações ou cooperativas dos pequenos produtores).
Os valores centrais da Economia Solidária são o trabalho, o conhecimento e o
atendimento das necessidades sociais da população, a partir de uma gestão
responsável dos recursos públicos. A Economia Solidária representa instrumento de
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combate à exclusão social na medida em que apresenta alternativa viável para a
geração de trabalho e renda e para a satisfação direta das necessidades humanas,
eliminando as desigualdades materiais e difundindo os valores da ética e da
solidariedade (NASCIMENTO, 2006, p.8).
A prática da Economia Solidária, no seio do capitalismo, nada tem de natural. Ela
exige dos indivíduos que participam dela um comportamento social pautado pela
solidariedade e não mais pela competição, pensada como um modo de produção idealizado
para superar o capitalismo. Agricultores familiares, garimpeiros, artesãos, catadores de lixo e
tantos outros trabalhadores, que possuem seus próprios meios de produção, não se confundem
com o capitalismo, antes, antepõem-se a ele e tendem a integrar a Economia Solidária. É o
que acontece quando se associam, de forma igualitária, em geral para aproveitar as vantagens
pecuniárias de compras e vendas em comum, sem renunciar à autonomia de produtores
individuais ou familiares.
(...) alunos e alunas da EJA percebem-se pressionados pelas demandas do mercado
de trabalho e pelos critérios de uma sociedade onde o saber letrado é altamente
valorizado. Mas trazem em seu discurso não apenas as referências à necessidade:
reafirmam o investimento na realização de um desejo e a consciência (em formação)
da conquista de um direito. Diante de nós, educadores da EJA, e conosco, estarão,
pois mulheres e homens que precisam, que querem e que reivindicam a Escola.
(FONSECA, 2002, p.49)
Dessa forma, junto aos alunos da turma da EJA da Escola Municipal do Ensino
Fundamental José de Santana, localizada na cidade de Pombal-PB, teve-se a oportuniodade
de ser inserido uma proposta pedagógica envolvendo, dentre outros, um método de estímulo
mostrando que com a criatividade é possivel a geração de renda. Com base nos princípios da
economia solidária, segundo Nascimento (2006, p.9), propõe-se uma atividade econômica
enraizada no seu contexto mais imediato, e tem a territorialidade e o desenvolvimento local
como marcos de referência.
O desenvolvimento das atividades deste estudo foi realizado a partir de teoria e prática
das atividades pedagogicas, com a turma EJA, que teve como objetivo levar os alunos a
produzirem artesanatos a partir de materiais recicláveis e possibilitar um incremento em sua
renda familiar, ao mesmo tempo em que se buscava reduzir a evasão escolar.
2. MATERIAL E MÉTODO
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A pesquisa foi conduzida numa escola pública denominada Escola Municipal do
Ensino Fundamental José de Santana (EMEFJS), localizada na cidade de Pombal, municipio
pertencente ao estado da Paraíba. Pombal está entre as cidades mais antigas do Estado,
possuindo uma área territorial de 889 km², sendo a segunda cidade maior do estado em área e
uma população de 32.110 habitantes, de acordo com o Censo 2010 do IBGE.
Figura 1 – Localização do município de Pombal, no Estado da Paraíba,
Região Nordeste do Brasil, onde foi realizada a pesquisa
Fonte ─ (Google, 2012)
2.1 PERFIL DA ESCOLA
Faz-se necessário, nesse momento, caracterizar o perfil da escola objeto deste estudo,
para que se possa melhor compreender o contexto deste trabalho.
Assim sendo, temos que a escola EMEFJS possui 26 (vinte e seis) anos de
funcionamento, atuando tanto no ensino fundamental quanto, atualmente, na EJA. Localiza-se
no bairro Francisco Paulino, região da periferia do município de Pombal-PB, tendo em seu
corpo docente 11 professores e no discente 205 alunos.
2.2 PERFIL DOS ALUNOS DA EJA
O presente projeto de reciclagem foi desenvolvido nos meses de abril a junho de 2012,
com doze alunos da EJA, sendo, em sua maioria mulheres. Estes discentes estão inseridos em
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uma turma multiseriada, que, a princípio, abrangeria da 1ª a 4ª série, no entanto, encontram-
se, de fato, entre a 3ª e 4ª série. A faixa etária destes é de 16 a 56 anos.
Diante do perfil acima tratado, fez-se de suma importância primar pela relação
dialógica entre o docente e os alunos em todo o decorrer do projeto, o respeito às diferenças, a
fim facilitar e qualificar o trabalho pedagógico.
A maioria dos alunos é trabalhador e residentes no bairro onde a escola está localizada
e/ou em lugares próximos. Por ser uma turma multiseriada, as atividades são direcionadas de
maneiras diferentes, trabalhando com níveis diferenciados, visto que cada aluno tem seu
tempo específico de aprendizagem.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram desenvolvidas atividades práticas nas aulas para produzir artesanatos a partir de
materiais recicláveis. O período de execução das atividades teve duração de três meses: abril a
junho de 2012, tendo como ponto máximo a exposição de artesanatos na praça central da
cidade, na festa junina promovida pela secretaria municipal de educação, no dia 22 de junho
do ano em curso.
Todos os conhecimentos e entendimentos trazidos pelos alunos foram valorizados,
tornando a aula em um constante momento de troca e de aprendizado. Isto é preciso, como
afirma Freire: “leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra” (FREIRE, 1996, p. 90).
Na primeira fase do desenvolvimento do projeto os alunos tiveram acesso a textos,
onde ao mesmo tempo em que trabalhavam a leitura, procurava-se direcionar para a
importância da valorização ambiental, em especial sobre a reciclagem, transmitindo aos
discentes a definição e valores da mesma. Desta forma, não se pode deixar de trazer a baila o
entendimento de Rouquayrol e Almeida Filho (1999, p. 426), ao afirmarem que “a reciclagem
consiste em submeter produtos existentes no lixo a processos de transformação, de forma a
gerar um novo produto”.
Ainda no que diz respeito ao conceito do vocábulo reciclagem, temos Scarlat e Pontin
(1992, p. 57) que, em sua obra, afirmam ser ela “considerada a [solução] mais adequada, por
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razões ecológicas e também econômicas: diminui os acúmulos de detritos na natureza, e a
reutilização dos materiais poupa, em certa medida, os recursos naturais não renováveis”.
Na EJA, modelo de educação na qual o presente trabalho se insere, tem-se a
preocupação de trabalhar a alfabetização de forma crítica, autônoma e solidária de modo que
os discentes participem ativamente da tomada de decisões que afetam sua vida e seu futuro. A
alfabetização não deveria ser limitada e estática, referindo-se apenas a aspectos orais, escritos
ou matemáticos, mas teria de evoluir para necessidades diversas e mutantes, inclusive na
preservação ambiental.
Ainda na primeira etapa do projeto foi trabalhada a interdisciplinaridade nos pequenos
textos levados à sala de aula. Estes versavam sobre Português, Ciência, Artes e Matemática. A
importância dessa metodologia de ensino encontra-se balizada nos ensinamentos de Freire, o
qual prescreve que:
(...) ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do conteúdo,
superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender
criticamente é possível. E essas condições implicam ou exigem a presença de
educadores e de educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente
curiosos, humildes e persistentes. (...) nas condições de verdadeira aprendizagem os
educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução
do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. Só assim
podemos falar realmente do saber ensinado, em que o objeto ensinado é apreendido
na sua razão de ser e, portanto, apreendido pelos educandos. (FREIRE, 2004, p.26)
Um outro aspecto tratado nesta primeira etapa diz respeito à cidadania, através do
despertar para a construção de valores, buscando com que os discentes passassem a conhecer
melhor o meio em que vivem, nesta ótica afirma Souza (2009, p.3):
A aquisição da linguagem escrita e falada não é apenas um trabalho escolar, mas
também histórico e social. Por isso, acreditamos que a alfabetização de jovens e
adultos deve, antes de tudo, capacitá-los a resolver problemas cotidianos e a ter
acesso aos bens culturais acumulados pela humanidade.
Nas aulas de Português foram trabalhados pequenos textos contemplando a temática
da reciclagem, nos quais foram passadas informações sobre o tempo de decomposição de
alguns dos materiais que foram utilizados para confecção de produtos de artesanato pelos
discentes.
O segundo momento envolve a produção de artesanato fazendo uso de materiais
recicláveis inseridos na disciplina de Arte, ministrada pela Profa
. Jacqueline Liedja (figura
II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316-
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7
02). Para tanto, foram utilizadas diversas técnicas, entre as quais: a) trançado em cordões,
para confecção de enfeites de cabelo e colares; b) pintura em garrafa pet, utilizada na
confecção de pulseiras; e, c) cartonagem, envolvendo a utilização de cartão e colagem, na
produção de acessórios femininos. (figura 03, 04, 05). No total, foram confeccionados 45
produtos: 08 pulseiras; 06 colares; 12 tiaras; e, 19 prendedores de cabelo.
Com base na produção artesanal a disciplina da Matemática foi trabalhada, buscando
ensinar através da vivência, onde ao final de cada aula foram desenvolvidos problemas
matemáticos, relatados de acordo com a produção da turma. Como afirma Machado (1987,
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p.17) sobre esta área do conhecimento, “a matemática é um conjunto de conceitos e
procedimentos que englobam métodos de investigação e raciocínio, formas de representação e
comunicação que devem ser reconhecidos pelo aluno em situações presentes no cotidiano”.
Por fim, houve o terceiro momento, o qual corresponde a exposição e venda dos
produtos confeccionados pelos discentes. Esta exposição ocorreu no dia 22 de junho de 2012,
durante a realização da festa junina promovida pelo município de Pombal - PB (figura 06 e
07).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho, fruto de um projeto desenvolvido no município de Pombal-PB,
foi de grande valia, não apenas pela troca de saberes que propiciou, mas, também, pela
contribuição que trouxe para a redução da evasão escolar, uma vez que os discentes sentiram-
se estimulados a permanecerem no curso em decorrência da possibilidade que este os trouxe
em melhorar a renda familiar.
Esse incentivo na melhora da renda deu-se através das aulas de Arte, nas quais foram
passadas técnicas de produção de artesanato permitindo, assim, a obtenção de uma nova fonte
de renda através da venda dos produtos por eles mesmos confeccionados.
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Vale salientar, aqui, que com a exposição dos produtos na festa junina do município os
discentes sentiram-se mais estimulados a continuarem produzindo artesanato e vendendo para
a comunidade em geral.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 42. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
ISBN 85-219-0005-8.
FREIRE, M. Observação, Registro, Reflexão. Instrumentos Metodológicos. Espaço
Pedagógico, São Paulo, 1996.
FONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis. Educação Matemática de Jovens e
Adultos. Belo Horizonte: Autêntica,2002.
GADOTTI, M. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo-
Rio Grande do Sul: Feevale, 2003.
MACHADO, Maria Margarida. A Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos em
Questão. In: REUNIÃO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓSGRADUAÇÃO
E PESQUISA EM EDUCAÇÃO - ANPED, 19. Anais... Caxambu,
1996, p. 223-233.
NASCIMENTO, E. R. Princípios da Economia Solidária. Brasília, 2006.
PASTORAL OPERÁRIA. Experiência de trabalho alternativo. São Paulo: Colegiado
Nacional da Pastoral Operária, 2005.
ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e saúde. 5. ed. Rio de
Janeiro: Medsi, 1999S – SOARES, M. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto,
2003.

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Reciclagem como geração de renda na EJA

  • 1. II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316- 3089.Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-Ceará-Brasil 1 RECICLAGEM COMO INSTRUMENTO INTERDISCIPLINAR E DESPERTAR PARA A GERAÇÃO DE RENDA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Jacqueline Liedja Araujo Silva Carvalho1 Teresinha Teixeira da Silva2 Juliana Fernandes Moreira3 Resumo: o presente trabalho versa sobre a importância da utilização de materiais recicláveis como ferramenta de geração de renda, tendo por base um estudo de caso realizado na turma multiseriada de ensino fundamental (1⁰ ao 4⁰ ano) da modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos, na Escola Municipal José Santana, na cidade de Pombal - PB. Na turma citada foram realizadas atividades teóricas e práticas acerca do tema reciclagem, envolvendo, inclusive a confecção de produtos artesanais. As atividades docentes desenvolvidas tiveram como objetivo incentivar os alunos ao estudo, visando levá-los a produzirem artesanatos a partir de materiais recicláveis, possibilitando um incremento em sua renda familiar, ao mesmo tempo em que se buscava reduzir a evasão escolar. Palavras chave: Educação, Reciclagem, Renda 1. INTRODUÇÃO Para realizar aprendizagens significativas, necessário se faz contextualizar as aulas e aproveitar a experiência dos alunos. O presente estudo foi desenvolvido em sala de aula pertencente à modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), caracterizada como modalidade da educação básica, na etapa fundamental, destinada às pessoas que tiveram pouca ou nenhuma oportunidade de escolarização regular. Na EJA, é preciso dar abertura ao diálogo entre os atores sociais envolvidos, quais sejam: educandos e educadores, uma vez que ambos têm experiências a serem trocadas, 1 Mestranda em Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Campina Grande-UFCG; Graduada em Geografia pela UFPB; E-mail: e-mail: jliedja@hotmail.com. 2 Mestranda em Sistemas Agroindustriais pela UFCG. E-mail: tteresinha@hotmail.com 3 Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA/UFPB; Professora da UFCG
  • 2. II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316- 3089.Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-Ceará-Brasil 2 enriquecendo, assim, o saber. É exatamente em decorrência da integração entre os envolvidos que faz surgir a motivação necessária para uma educação transformadora. Para GADOTTI (2003): A educação, para ser transformadora, emancipadora, precisa está centrada na vida, ao contrário da educação neoliberal que está centrada na competitividade sem solidariedade. Para ser emancipadora a educação precisa considerar as pessoas, suas culturas, respeitar o modo de vida das pessoas, sua identidade. São valorizados, nesse processo de ensino, o potencial, as diferenças e a realidade de cada aluno, uma vez que já trazem em si uma bagagem de vida. Ensinar exige dedicação. Fazer os educandos transformar suas realidades, incentivá-los o despertar, o desejo de mudança, do querer ir além, é de suma importância. O planejamento ganha dimensão importantíssima. Ao se planejar uma atividade de ensino, deve-se ter como preocupação fundamental à aprendizagem do aluno a observação de sua realidade, bagagem cultural, interesse e características. As atividades pedagógicas precisam ter sentido e instigar o aluno à busca e à investigação constante de conhecimentos para entrar em um processo de reflexão sobre o que aprendeu. Acredita-se que esse processo é contínuo, inacabável, pois a todo o momento ansiasse por aprender ou saciar as interminadas e infinitas necessidades cognitivas. Muitos dos alunos de escolas de Jovens e Adultos apresentam peculiaridades próprias: estão inseridos ou buscando inserção no mundo de trabalho que lhes possibilitem rentabilidade financeira. Uma das possibilidades para uma atividade rentável pode ser encontrada através da Economia solidária, ou seja, a experiência que rompe com a lógica do sistema capitalista. Esta modalidade de economia busca garantir a renda, contudo trabalha a questão da cidadania, do protagonismo dos trabalhadores, tendo como base sólida os princípios da igualdade e solidariedade (PASTORAL OPERÁRIA, 2005, p.1-2). Esta pode ser concebida como um modo de produção sem propriedade subalterna. Seu principio básico é a propriedade coletiva dos meios sociais de produção (além da união em associações ou cooperativas dos pequenos produtores). Os valores centrais da Economia Solidária são o trabalho, o conhecimento e o atendimento das necessidades sociais da população, a partir de uma gestão responsável dos recursos públicos. A Economia Solidária representa instrumento de
  • 3. II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316- 3089.Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-Ceará-Brasil 3 combate à exclusão social na medida em que apresenta alternativa viável para a geração de trabalho e renda e para a satisfação direta das necessidades humanas, eliminando as desigualdades materiais e difundindo os valores da ética e da solidariedade (NASCIMENTO, 2006, p.8). A prática da Economia Solidária, no seio do capitalismo, nada tem de natural. Ela exige dos indivíduos que participam dela um comportamento social pautado pela solidariedade e não mais pela competição, pensada como um modo de produção idealizado para superar o capitalismo. Agricultores familiares, garimpeiros, artesãos, catadores de lixo e tantos outros trabalhadores, que possuem seus próprios meios de produção, não se confundem com o capitalismo, antes, antepõem-se a ele e tendem a integrar a Economia Solidária. É o que acontece quando se associam, de forma igualitária, em geral para aproveitar as vantagens pecuniárias de compras e vendas em comum, sem renunciar à autonomia de produtores individuais ou familiares. (...) alunos e alunas da EJA percebem-se pressionados pelas demandas do mercado de trabalho e pelos critérios de uma sociedade onde o saber letrado é altamente valorizado. Mas trazem em seu discurso não apenas as referências à necessidade: reafirmam o investimento na realização de um desejo e a consciência (em formação) da conquista de um direito. Diante de nós, educadores da EJA, e conosco, estarão, pois mulheres e homens que precisam, que querem e que reivindicam a Escola. (FONSECA, 2002, p.49) Dessa forma, junto aos alunos da turma da EJA da Escola Municipal do Ensino Fundamental José de Santana, localizada na cidade de Pombal-PB, teve-se a oportuniodade de ser inserido uma proposta pedagógica envolvendo, dentre outros, um método de estímulo mostrando que com a criatividade é possivel a geração de renda. Com base nos princípios da economia solidária, segundo Nascimento (2006, p.9), propõe-se uma atividade econômica enraizada no seu contexto mais imediato, e tem a territorialidade e o desenvolvimento local como marcos de referência. O desenvolvimento das atividades deste estudo foi realizado a partir de teoria e prática das atividades pedagogicas, com a turma EJA, que teve como objetivo levar os alunos a produzirem artesanatos a partir de materiais recicláveis e possibilitar um incremento em sua renda familiar, ao mesmo tempo em que se buscava reduzir a evasão escolar. 2. MATERIAL E MÉTODO
  • 4. II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316- 3089.Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-Ceará-Brasil 4 A pesquisa foi conduzida numa escola pública denominada Escola Municipal do Ensino Fundamental José de Santana (EMEFJS), localizada na cidade de Pombal, municipio pertencente ao estado da Paraíba. Pombal está entre as cidades mais antigas do Estado, possuindo uma área territorial de 889 km², sendo a segunda cidade maior do estado em área e uma população de 32.110 habitantes, de acordo com o Censo 2010 do IBGE. Figura 1 – Localização do município de Pombal, no Estado da Paraíba, Região Nordeste do Brasil, onde foi realizada a pesquisa Fonte ─ (Google, 2012) 2.1 PERFIL DA ESCOLA Faz-se necessário, nesse momento, caracterizar o perfil da escola objeto deste estudo, para que se possa melhor compreender o contexto deste trabalho. Assim sendo, temos que a escola EMEFJS possui 26 (vinte e seis) anos de funcionamento, atuando tanto no ensino fundamental quanto, atualmente, na EJA. Localiza-se no bairro Francisco Paulino, região da periferia do município de Pombal-PB, tendo em seu corpo docente 11 professores e no discente 205 alunos. 2.2 PERFIL DOS ALUNOS DA EJA O presente projeto de reciclagem foi desenvolvido nos meses de abril a junho de 2012, com doze alunos da EJA, sendo, em sua maioria mulheres. Estes discentes estão inseridos em
  • 5. II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316- 3089.Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-Ceará-Brasil 5 uma turma multiseriada, que, a princípio, abrangeria da 1ª a 4ª série, no entanto, encontram- se, de fato, entre a 3ª e 4ª série. A faixa etária destes é de 16 a 56 anos. Diante do perfil acima tratado, fez-se de suma importância primar pela relação dialógica entre o docente e os alunos em todo o decorrer do projeto, o respeito às diferenças, a fim facilitar e qualificar o trabalho pedagógico. A maioria dos alunos é trabalhador e residentes no bairro onde a escola está localizada e/ou em lugares próximos. Por ser uma turma multiseriada, as atividades são direcionadas de maneiras diferentes, trabalhando com níveis diferenciados, visto que cada aluno tem seu tempo específico de aprendizagem. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram desenvolvidas atividades práticas nas aulas para produzir artesanatos a partir de materiais recicláveis. O período de execução das atividades teve duração de três meses: abril a junho de 2012, tendo como ponto máximo a exposição de artesanatos na praça central da cidade, na festa junina promovida pela secretaria municipal de educação, no dia 22 de junho do ano em curso. Todos os conhecimentos e entendimentos trazidos pelos alunos foram valorizados, tornando a aula em um constante momento de troca e de aprendizado. Isto é preciso, como afirma Freire: “leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra” (FREIRE, 1996, p. 90). Na primeira fase do desenvolvimento do projeto os alunos tiveram acesso a textos, onde ao mesmo tempo em que trabalhavam a leitura, procurava-se direcionar para a importância da valorização ambiental, em especial sobre a reciclagem, transmitindo aos discentes a definição e valores da mesma. Desta forma, não se pode deixar de trazer a baila o entendimento de Rouquayrol e Almeida Filho (1999, p. 426), ao afirmarem que “a reciclagem consiste em submeter produtos existentes no lixo a processos de transformação, de forma a gerar um novo produto”. Ainda no que diz respeito ao conceito do vocábulo reciclagem, temos Scarlat e Pontin (1992, p. 57) que, em sua obra, afirmam ser ela “considerada a [solução] mais adequada, por
  • 6. II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316- 3089.Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-Ceará-Brasil 6 razões ecológicas e também econômicas: diminui os acúmulos de detritos na natureza, e a reutilização dos materiais poupa, em certa medida, os recursos naturais não renováveis”. Na EJA, modelo de educação na qual o presente trabalho se insere, tem-se a preocupação de trabalhar a alfabetização de forma crítica, autônoma e solidária de modo que os discentes participem ativamente da tomada de decisões que afetam sua vida e seu futuro. A alfabetização não deveria ser limitada e estática, referindo-se apenas a aspectos orais, escritos ou matemáticos, mas teria de evoluir para necessidades diversas e mutantes, inclusive na preservação ambiental. Ainda na primeira etapa do projeto foi trabalhada a interdisciplinaridade nos pequenos textos levados à sala de aula. Estes versavam sobre Português, Ciência, Artes e Matemática. A importância dessa metodologia de ensino encontra-se balizada nos ensinamentos de Freire, o qual prescreve que: (...) ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível. E essas condições implicam ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. (...) nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. Só assim podemos falar realmente do saber ensinado, em que o objeto ensinado é apreendido na sua razão de ser e, portanto, apreendido pelos educandos. (FREIRE, 2004, p.26) Um outro aspecto tratado nesta primeira etapa diz respeito à cidadania, através do despertar para a construção de valores, buscando com que os discentes passassem a conhecer melhor o meio em que vivem, nesta ótica afirma Souza (2009, p.3): A aquisição da linguagem escrita e falada não é apenas um trabalho escolar, mas também histórico e social. Por isso, acreditamos que a alfabetização de jovens e adultos deve, antes de tudo, capacitá-los a resolver problemas cotidianos e a ter acesso aos bens culturais acumulados pela humanidade. Nas aulas de Português foram trabalhados pequenos textos contemplando a temática da reciclagem, nos quais foram passadas informações sobre o tempo de decomposição de alguns dos materiais que foram utilizados para confecção de produtos de artesanato pelos discentes. O segundo momento envolve a produção de artesanato fazendo uso de materiais recicláveis inseridos na disciplina de Arte, ministrada pela Profa . Jacqueline Liedja (figura
  • 7. II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316- 3089.Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-Ceará-Brasil 7 02). Para tanto, foram utilizadas diversas técnicas, entre as quais: a) trançado em cordões, para confecção de enfeites de cabelo e colares; b) pintura em garrafa pet, utilizada na confecção de pulseiras; e, c) cartonagem, envolvendo a utilização de cartão e colagem, na produção de acessórios femininos. (figura 03, 04, 05). No total, foram confeccionados 45 produtos: 08 pulseiras; 06 colares; 12 tiaras; e, 19 prendedores de cabelo. Com base na produção artesanal a disciplina da Matemática foi trabalhada, buscando ensinar através da vivência, onde ao final de cada aula foram desenvolvidos problemas matemáticos, relatados de acordo com a produção da turma. Como afirma Machado (1987,
  • 8. II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316- 3089.Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-Ceará-Brasil 8 p.17) sobre esta área do conhecimento, “a matemática é um conjunto de conceitos e procedimentos que englobam métodos de investigação e raciocínio, formas de representação e comunicação que devem ser reconhecidos pelo aluno em situações presentes no cotidiano”. Por fim, houve o terceiro momento, o qual corresponde a exposição e venda dos produtos confeccionados pelos discentes. Esta exposição ocorreu no dia 22 de junho de 2012, durante a realização da festa junina promovida pelo município de Pombal - PB (figura 06 e 07). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho, fruto de um projeto desenvolvido no município de Pombal-PB, foi de grande valia, não apenas pela troca de saberes que propiciou, mas, também, pela contribuição que trouxe para a redução da evasão escolar, uma vez que os discentes sentiram- se estimulados a permanecerem no curso em decorrência da possibilidade que este os trouxe em melhorar a renda familiar. Esse incentivo na melhora da renda deu-se através das aulas de Arte, nas quais foram passadas técnicas de produção de artesanato permitindo, assim, a obtenção de uma nova fonte de renda através da venda dos produtos por eles mesmos confeccionados.
  • 9. II Colóquio Sociedade, Políticas Públicas, Cultura e Desenvolvimento-CEURCA, ISSN 2316- 3089.Universidade Regional do Cariri-URCA, Crato-Ceará-Brasil 9 Vale salientar, aqui, que com a exposição dos produtos na festa junina do município os discentes sentiram-se mais estimulados a continuarem produzindo artesanato e vendendo para a comunidade em geral. REFERÊNCIAS FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 42. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. ISBN 85-219-0005-8. FREIRE, M. Observação, Registro, Reflexão. Instrumentos Metodológicos. Espaço Pedagógico, São Paulo, 1996. FONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis. Educação Matemática de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica,2002. GADOTTI, M. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo- Rio Grande do Sul: Feevale, 2003. MACHADO, Maria Margarida. A Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos em Questão. In: REUNIÃO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓSGRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO - ANPED, 19. Anais... Caxambu, 1996, p. 223-233. NASCIMENTO, E. R. Princípios da Economia Solidária. Brasília, 2006. PASTORAL OPERÁRIA. Experiência de trabalho alternativo. São Paulo: Colegiado Nacional da Pastoral Operária, 2005. ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e saúde. 5. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1999S – SOARES, M. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003.