O documento discute os principais sistemas de arquivos para Linux, incluindo ext2, ext3, ext4, ReiserFS, XFS e FAT. Ele explica as características e usos recomendados de cada sistema de arquivos. O ext4 é apresentado como a evolução do ext3 com maiores limites de armazenamento e desempenho melhorado.
SO04 - Sistemas-Operacionais - Gerencia de Arquivos.pdf
Instalação e configuração de sistemas de arquivos
1. Instalação e configuração de Sistemas Operacionais de Redes
Sistemas de
Arquivos
Profª Ivani Nascimento
2. Apresentação
O Sistema de Arquivos é criado durante a formatação do disco (HD)
ou partição (um pedaço do HD), e seu propósito é criar uma estrutura para
leitura e gravação de arquivos e diretórios para o sistema operacional utilizar.
Dentre as diversas opções se destacam: EXT2, EXT3, Reiserfs (Linux) -
FAT, FAT16, FAT32, NTFS (Windows).
Não conseguimos instalar o Sistema Operacional se antes não
formatarmos o HD com o Sistema de Arquivos que ele saiba entender.
3. ext2
O ext2 é um sistema de arquivos antigo e considerado o filesystem
original do Linux. Como ele não possui o recurso de journaling*, as checagens
nesse filesystem pode demorar bastante.
Journaling* - técnica implementada no sistema de arquivos onde,
caso haja queda de energia, a checagem de erros na partição é feita mais
rapidamente.
4. ext3
O ext3 é a versão do ext2 com journaling, que proporciona uma
recuperação muito mais rápida, fazendo com que o ext3 seja considerado um
sistema de arquivos bom e confiável.
O filesystem ext3 foi escrito pelo Dr Stephen C. Tweedie para o
kernel da série 2.2.
Foi portado para o kernel da série 2.4 por Peter Braam, Andreas
Dilger e Andrew Morton, com o auxílio de Stephen Tweedie.
5. ext4
O sucessor do Ext3 foi criado como uma série de extensões
retrocompatíveis para remover os limites de armazenamento em 64 bit, e
adicionar outras melhorias de desempenho. Entre as características
podemos citar:
• Sistema de arquivos para grandes capacidades: suporte para volumes
até 16 terabytes;
• Retrocompatibilidade: o Ext4 é retrocompatível com o Ext3 e o Ext2,
tornando possível a montagem de sistemas de arquivos Ext3 e Ext2 como
Ext4. Isso melhorar ligeiramente o desempenho graças as características
do Ext4 que podem ser usadas com o Ext3 e o Ext2;
• Journal checksumming: utiliza checksums no journal para melhorar a
confiabilidade, já que o journal é um dos arquivos mais utilizados no disco.
Esta funcionalidade tem um benefício colateral: evita-se uma espera de
I/O durante o processo de journaling, melhorando ligeiramente a
desempenho.
6. reiserfs
O reiserfs é um sistema de arquivos com uma performance muito
boa, que supera o ext2 e o ext3 em termos de desempenho (10-15 vezes)
quando se trata de arquivos pequenos (abaixo de 4k); recomendado para uso
geral e casos de sistemas de arquivos grandes, com utilização de arquivos
pequenos, ou ainda, diretórios com dezenas de milhares de arquivos.
Uma desvantagem desse sistema de arquivos, é que ele não possui
suporte a quotas para limitar uso do espaço em disco.
7. xfs
O xfs é um filesystem com journaling, que possui muitas funções
interessantes. Ele é recomendado para utilização em sistemas com hd scsi
e fibra óptica.
Como o xfs faz cache dos dados na memória, se utilizado com programas
que não sincronizam os dados da memória no disco, caso haja queda de
energia durante a escrita, os dados podem ser perdidos. Nesse caso, o xfs,
é recomendado ser utilizado em sistemas que possuam no-breaks.
8. Qual melhor sistema de arquivos?
De acordo com pesquisa realizada pela revista Linux Magazine
(Edição de Setembro/2004), à exceção do ext3, os sistemas de arquivos com
journaling são tecnicamente bem semelhantes. Como um sistema de
arquivos ext2 pode ser facilmente convertido em um ext3/ext4, e estes, são
compatíveis com o ext2 deverá ser a primeira escolha para muitos.
Quem precisa de confiabilidade e alta performance, deve optar pelo
xfs, sendo que a utilização do reseirfs está indicada para casos em que muitos
arquivos pequenos devem ser manipulados pelo sistema.
9. Referências
MORIMOTO, Carlos E.. Linux, guia prático. Porto Alegre:
Sul Editores, 2009.
FERREIRA, Rubem E.. Linux: guia do administrador do
sistema. São Paulo: Novatec, 2008.
MOTA FILHO, João Eriberto. Descobrindo o Linux:
entenda o sistema operacional GNU/linux. São Paulo:
Novatec, 2007.
10. Referências
• RIBEIRO, Uirá, Certificação Linux, 1ª Ed, Rio de
Janeiro, Axcel Books, 2004.
• Certificação Linux LPI- Nível 1 Exames 101 e 102.
Vários, 1ª Ed, São Paulo, Alta Books.
• NORTON, Peter; GRIFFITH, Arthur. Guia Completo do
Linux. Tradução Sérgio Facchim – Complete Guide to
Linux. São Paulo, Berkeley, 2000.