O documento discute o bullying psicológico na escola. Ele define bullying como a imposição intencional de sofrimento em relações desiguais e descreve como vítimas desenvolvem problemas como medo, depressão e fobia escolar. Também destaca que mudar de escola não resolve o problema, pois o padrão comportamental da vítima permanece, e orientação profissional é necessária.
1. Bullying - Psicológico
O bullying já é uma patologia social.
É definido como a imposição de
sofrimento intencional em relações
de desigualdade.
2. VIOLÊNCIA PSICOLOGIA NO COLÉGIO É BULLYING,NÃO DEIXE ISTO ACONTECER
Ao sofrer a violência do tipo bullying, tanto as crianças como os adultos, sozinhos, não
têm como se defender. Os colegas, embora digam repudiar esse tipo de violência
psicológica e sentirem pena, declaram que nada podem fazer para defendê-la, com
medo de serem a próxima vítima.
Muitas crianças vítimas de bullying desenvolvem medo, pânico, depressão, distúrbios
psicossomáticos e geralmente evitam retornar à escola quando esta nada faz em
defesa da vítima. A fobia escolar geralmente tem como causa algum tipo de violência
psicológica. Segundo Aramis Lopes Neto, coordenador do programa de bullying da
ABRAPIA (Associação Brasileira Pais, Infância e Adolescência,) a maioria dos casos de
bullying ocorre no interior das salas de aula, sem o conhecimento do professor. Além
de conviver com um estado constante de pavor, uma criança ou adolescente vítima de
bullying talvez sejam as que mais sofrem com a rejeição, isolamento, humilhação, a tal
ponto de se verem impedidas de se relacionarem com quem ela deseja, de brincar
livremente, de fazer a tarefa na escola em grupo, porque os mais fortes e intolerantes
lhe impõem tal sofrimento.
Também faz parte dessa violência impor à vítima o silêncio, isto é, ela não pode
denunciar à direção da escola nem aos pais, sob pena de piorar sua condição de
discriminada. Pais e professores só ficam sabendo do problema através dos efeitos e
danos causados, como a resistência em voltar à escola, queda de rendimento escolar,
retraimento, depressão, distúrbios psicossomáticos, fobias, etc.
3. Mudar de escola resolve?
Existe uma crença de que mudar de escola ou mudar de cidade vai fazer que a pessoa deixe de
ser vitima. Infelizmente também não funciona, pois o padrão comportamental da pessoa em
questão vai fazer com que seja atacada em qualquer lugar. Vai virar alvo na casa nova, na escola
nova ou em qualquer lugar que esteja. O problema é o padrão comportamental que predispõe
uma pessoa a ser vitima e esse padrão é justamente o que precisa mudar. Nesse ponto o
atendimento psicológico de orientação Comportamental é fundamental, pois vai desenvolver
novos repertórios comportamentais incompatíveis com o perfil das vitimas de Bullying
(geralmente pessoas tímidas, caladas e com baixa autoestima).
A vitima precisa de orientação. Isso inclui ir a delegacias especializadas em crimes virtuais ou
então procurar atendimento jurídico, psicológico e medico sempre que precisar .
O Bullying deve ser sempre combatido e jamais tolerado em escolas ou qualquer outro lugar. Já
se tem informações que esta dentro das empresas e academias. Cabe lembrar que não é só
aquele que pratica o Bullying que é o agressor. Na verdade, os espectadores que não fazem nada
e ainda dão risada da vitima que esta sendo humilhada é tão agressora quanto o Bullyer (como é
chamado o agressor principal), são chamados de agressores passivos e são esses agressores que
reforçam o comportamento do agressor que por sua vez aumenta muito a freqüência dos
comportamentos agressivos pois obtém reforço social.
É um problema muito serio que marca vidas, talvez se as pessoas entendessem que Bullying não
é bobagem e que não é uma brincadeira de mau gosto como muito se prega e sim uma agressão
psicológica e muitas vezes física também que deixa marcas para toda uma vida.
4. Aquele aluno gordinho ou muito magro, alto ou baixo demais, tímido, nerd, frágil, ou
qualquer outro que fuja do padrão estético/comportamental imposto por um
determinado grupo, costuma ser alvo de violência escolar. Os agressores não
perdoam. Eles humilham, maltratam e intimidam seus colegas na sala de aula, no
recreio e até do lado de fora dos muros da escola, transformando a vida de muitos
estudantes num verdadeiro tormento.
De origem inglesa, a palavra bullying corresponde a um conjunto de atitudes de
violência física e/ou psicológica que ocorrem nas instituições de ensino. Crianças e
jovens vítimas de bullying, na maioria das vezes, sofrem calados frente ao
comportamento de seus ofensores. As consequências podem ser desastrosas, desde
repetência e evasão escolar até o isolamento, depressão e, em casos extremos,
suicídio e homicídio.
5. RELATOS DE BULLYING ESCOLAR
Carla
Fui vitima de bullying quando me mudei de escola, eu estava na 3ª série e por ser
estrangeira os colegas gostavam de me desmoralizar e rir de mim por ter sotaque
espanhol. Com isso eu fui me fechando, já não falava mais com ninguém. Eu era feliz
só em casa. Nunca passou pela minha cabeça dizer aos meus pais o que acontecerá
comigo, porque não queria armar "barraco". Quando me mudei de cidade senti uma
alegria tão grande!!As pessoas são legais e me tratam bem e não encontram motivos
para me humilhar, isso me deu forças para viver o que já não havia a muito tempo e
hoje estou discutindo este tema com meus colegas para refletir e ver que o bullying
não é nada mais do que uma maneira de não sentisse rebaixado e não assumir a
realidade da situação querendo assim se aparecer.
6. Rafaela Polo
“Escola nova, pessoas novas e agressores novos. Sempre sofri bullying, mas nunca me
afetou como neste ano. Tentei mostrar meu lado extrovertido e ninguém me aceitava
assim. Várias vezes fui reclamar na diretoria, mas quando iam na minha sala falavam
que era coisa da minha cabeça. Minha diretora até falou que eu tinha a auto estima
baixa e achava que tudo girava em torno de mim. O tempo passou e o bullying
continuou, até que um dia apresentei um trabalho com o tema ‘Diga Não ao Bullying
na Escola’. Isso comoveu a sala e me pediram desculpas. Depois gravamos um mini
filme sobre o bullying na escola e ganhamos um prêmio do TV Escola, foi uma
experiência ótima e todos puderam ver o que eu passei. Acho que se não fosse meu
trabalho e minha coragem de me expressar diante da classe, eu não teria mudado o
que estava acontecendo.“
7. Taylor Swift
Taylor disse que era considerada uma garota “estranha” no colégio. “Eu ia me sentar
com elas no intervalo, e elas levantavam e iam para outra mesa.” Em vez de sair com
os amigos nos finais de semana, Swift participava de concursos de karaokê e cantava
em cafés. Ela descarregou essa angústia escrevendo músicas. “Eu escrevo quando
estou frustrada, com raiva, ou confusa. Descobri que havia uma maneira de filtrar
esses sentimentos em algo positivo.”
12. As marcas que ficam nas vítimas de bullying são muito fortes e infelizmente,
na maioria das vezes mudam permanentemente a vida das vitimas. As marcas
mais comuns são: Depressão, baixa auto-estima, muita dificuldade em
relacionamentos sociais e muitas vezes transtornos de ansiedade se
instalam .