O documento discute a importância de se estabelecer uma rotina semanal de leitura e escrita na sala de aula, contemplando atividades como leitura em voz alta, roda de biblioteca, análise do sistema de escrita, produção oral e escrita de textos. Também aborda sequências didáticas e projetos didáticos como estratégias para promover a aprendizagem da língua portuguesa.
2. Organizar uma rotina semanal de leitura e escrita é
fundamental para orientar o planejamento e o
cotidiano da sala de aula.
3. Ela se expressa na forma que você organiza:
TEMPO ESPAÇOS
MATERIAIS
INTENÇÕES INTERVENÇÕES
4. A rotina deve contemplar situações didáticas
de reflexão sobre o sistema de escrita
alfabético e de apropriação da linguagem
que se escreve.
5. ATIVIDADES PERMANENTES:
- Leitura realizada pelo(a) professor(a):
(Leitura em voz alta de textos literários, jornalísticos e
sobre curiosidades).
- Leitura pelo aluno:
Roda de biblioteca com diversas finalidades: apreciar a
qualidade literária dos textos, conhecer diferentes
suportes de texto.
6. Matrizes Curriculares Municipais – Língua Portuguesa
Escutar textos lidos pelo professor, atribuindo-lhe
sentido, associando texto e contexto.
Ler livros na classe, na biblioteca e em casa
(empréstimos de livros).
Socializar as experiências de leitura.
7.
8. - Análise e reflexão sobre o sistema de escrita:
( para os alunos não- alfabéticos)
Leitura e escrita dos nomes dos alunos da sala.
Leitura do alfabeto exposto na sala.
Leitura e escrita de textos conhecidos de memória.
Leitura e escrita de títulos de livros, de listas diversas
(nomes dos ajudantes da semana, brincadeiras
preferidas, professores e funcionários), ingredientes de
uma receita, leitura de rótulos etc.
9. Matrizes Curriculares Municipais – Língua Portuguesa
Construir a escrita a partir do seu nome.
Escrever palavras, frases e pequenos textos
contextualizando-os.
Utilizar diferentes gêneros, como história em
quadrinhos, pinturas, músicas etc.
10. - Comunicação oral:
Roda de conversa.
Reconto de histórias conhecidas ou pessoais, de filmes
etc.
Exposição de objetos, materiais de pesquisa etc.
Situações que permitam emitir opiniões sobre
acontecimentos, curiosidades etc.
11. Matrizes Curriculares Municipais – Língua Portuguesa
Participar de situações comunicativas: ouvir com atenção,
intervir sem sair do assunto tratado, formular e responder
perguntas, explicar e ouvir explicações, manifestar e
acolher opiniões.
Narrar fatos e histórias em sequência temporal e casual.
Trabalhar com variados gêneros discursivos: contos,
poemas, canções, parlendas, anúncios, notícias, cartas,
receitas etc.
12.
13. - Produção de texto escrito:
Produção coletiva, em dupla e individual – de um
bilhete, de um texto instrucional etc.
( Produção oral com destino escrito)
Reescrita de textos conhecidos – coletiva, em
dupla, individual.
14. Matrizes Curriculares Municipais – Língua Portuguesa
Considerar para quem o texto foi escrito, o porquê e as
características do gênero.
Introduzir progressivamente aspectos notacionais.
Introduzir progressivamente aspectos discursivos.
15.
16. SEQUÊNCIA DIDÁTICA:
“planejadas e orientadas com o objetivo de promover
uma aprendizagem específica e definida. São
sequenciadas com a intenção de oferecer desafios com
graus diferentes de complexidade para que as crianças
possam ir paulatinamente resolvendo problemas a
partir das diferentes proposições”. (RCNEI)
17. Exemplo:
Sequência didática – produção oral com destino escrito –
Era uma vez um conto de fadas....
Atividade 1 – Leitura de contos tradicionais.
Atividade 2 – Ouvir uma história gravada em CD.
Atividade 3 – Produção oral da história escolhida.
18. Sequência:
Escolha boas versões dos contos: Branca de Neve,
Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e João e Maria.
Leia trechos que descrevem os personagens ou
cenários (“tinha os lábios vermelhos como sangue, os
cabelos pretos como o ébano e era branca como a
neve”, por exemplo) para que os alunos descubram de
que história foram retirados.
19. Promova uma discussão a respeito da linguagem
utilizada e do papel das descrições nas histórias:
- Como o uso das palavras e expressões pode servir
para causar os efeitos desejados (por exemplo,
pergunte como sabemos que a Chapeuzinho está
amedrontada com a “avó”)?
- Como a descrição de ambientes pode criar suspense,
diferentes climas numa história?
-Como a descrição de um personagem – seu jeito, sua
personalidade – nos provoca, nos faz imaginá-lo?
- A caracterização de um personagem nos ajuda a
saber qual é a história contada?
20. Escolha, com os alunos, um conto entre aqueles mais
conhecidos, para ser produzido oralmente. Leia-o em
diferentes versões.
Se houver possibilidade, deixe-os ouvir um conto em
CD.
Promova o reconto oral desse conto com a colaboração
de todos os alunos.
Planeje coletivamente o processo de produção oral do
conto a ser escrito por você.
Escreva a produção oral dos alunos.
21. Nessa sequência fica evidente o trabalho com boas
situações de aprendizagens mencionadas nas
atividades permanentes.
22. PROJETO DIDÁTICO:
Se caracterizam por serem conjuntos de atividades
envolvendo uma ou mais linguagens e possuem um
produto final que será socializado para um público
externo à sala de aula. Em geral, possuem duração de
várias semanas.
23. Erros mais comuns:
- Focar o trabalho excessivamente no produto
final. Os alunos aprendem muito mais com todo o
processo do que com a chamada culminância.
- Não aproveitar os projetos para refletir sobre o
sistema alfabético e ortográfico. Os alunos devem
realizar registros e ter atividades de leitura em diversas
etapas, articulando o sistema de escrita com as práticas
de linguagem.
24.
25.
26. Assim como as sequências didáticas, os projetos
didáticos devem ter uma intencionalidade definida e
sabendo que após alcançarem a aquisição do sistema
de escrita o próximo passo é a produção de bons textos
nosso caminho será:
“Aspectos necessários para a produção de bons
textos”.
27. Bibliografia:
MOGI DAS CRUZES, Secretaria Municipal de Educação. Matrizes
curriculares municipais para a educação básica: 9 anos- Língua
Portuguesa. Secretaria Municipal de Educação. Mogi das Cruzes: SME,
2009.
São Paulo (Estado), Secretaria da Educação. Ler e escrever: guia de
planejamento e orientações didáticas; professor alfabetizador – 1a série
Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da
Educação; adaptação do material original, Claudia Rosenberg
Aratangy, Rosalinda Soares Ribeiro de Vasconcelos. - 3. ed. São Paulo :
FDE, 2010.