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REVISÃO 1º ANO
FEUDALISMO
1. (Puccamp) Preparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar
encontrou numa carta de Flaubert esta frase: "Quando os deuses tinham deixado de existir e o
Cristo ainda não viera, houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em
que o homem ficou sozinho". Os deuses pagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o
triunfo cristão, e Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidão flagrado por
Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica - e não gostou, claro. Quem quer ficar
sozinho num mundo que não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo de uma
teologia, qualquer teologia?



(Luiz Fernando Veríssimo. Banquete com os deuses)



A compreensão do mundo por meio da religião é uma disposição que traduz o pensamento
medieval, cujo pressuposto é

a) o antropocentrismo: a valorização do homem como centro do Universo e a crença no
caráter divino da natureza humana.

b) a escolástica: a busca da salvação através do conhecimento da filosofia clássica e da
assimilação do paganismo.

c) o panteísmo: a defesa da convivência harmônica de fé e razão, uma vez que o Universo,
infinito, é parte da substância divina.

d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas instituídos pela Igreja e não
questionamento das leis divinas.

e) o teocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística medieval, que
considera Deus o centro do Universo.



2. (Fuvest) Sobre as invasões dos "bárbaros" na Europa Ocidental, ocorridas entre os séculos III
e IX, é correto afirmar que:

a) foi uma ocupação militar violenta que, causando destruição e barbárie, acarretou a ruína
das instituições romanas.

b) se, por um lado, causaram destruição e morte, por outro contribuíram, decisivamente, para
o nascimento de uma nova civilização, a da Europa Cristã.
c) apesar dos estragos causados, a Europa conseguiu, afinal, conter os bárbaros, derrotando-os
militarmente e, sem solução de continuidade, absorveu e integrou os seus remanescentes.

d) se não fossem elas, o Império Romano não teria desaparecido, pois, superada a crise do
século III, passou a dispor de uma estrutura sócio-econômica dinâmica e de uma constituição
política centralizada.

e) os Godos foram os povos menos importantes, pois quase não deixaram marcas de sua
presença.



3. (Faap) A doutrina de Platão influenciou os primeiros filósofos medievais, Santo Agostinho,
bispo de Hipona (354 a 430) e Boécio (480 a 524), autores de "Confissões" e "Consolação da
Filosofia", respectivamente. Mas a Filosofia que predominou na Idade Média foi a:

a) Sofística

b) Epicurista

c) Escolástica

d) Existencialista

e) Fenomenológica



4. (Fgv) As principais características do feudalismo eram:

a) Sociedade de ordens, economia levemente industrial, unificação política e mentalidade
impregnada pela religiosidade.

b) Sociedade estamental, economia tipicamente artesanal,                organização   política
descentralizada e mentalidade marcada pela ausência do cristianismo.

c) Sociedade de ordens, economia terciária e competitiva, centralização política e mentalidade
hedonista.

d) Sociedade de ordens, economia agrária e auto-suficiente, fragmentação política e
mentalidade fortemente influenciada pela religiosidade.

e) Sociedade estamental, economia voltada para o mercado externo, fragmentação política e
ausência de mentalidade religiosa.



5. (Fuvest) "O Feudalismo medieval nasceu no seio de uma época infinitamente perturbada.
Em certa medida, ele nasceu dessas mesmas perturbações. Ora, entre as causas que
contribuíram para criar ou manter um ambiente tão tumultuado, algumas existiram
completamente estranhas à evolução interior das sociedades europeias."
(Marc Bloch, A SOCIEDADE FEUDAL)

O texto refere-se:

a) às invasões dos turcos, lombardos e mongóis que a Europa sofreu nos séculos IX e X, depois
do esfacelamento do Império Carolíngio.

b) às invasões prolongadas e devastadoras dos sarracenos, húngaros e vikings na Europa, nos
séculos IX e X (ao Sul, Leste e Norte respectivamente), depois do esfacelamento do Império
Carolíngio.

c) às lutas entre camponeses e senhores no campo e entre trabalhadores e burgueses nas
cidades, impedindo qualquer estabilidade social e política.

d) aos tumultos e perturbações provocadas pelas constantes fomes, pestes e rebeliões que
assolavam as áreas mais densamente povoadas da Europa.

e) à combinação de fatores externos (invasões e introdução de novas doutrinas e heresias) e
internos (escassez de alimentos e revoltas urbanas e rurais).



6.(Mackenzie) O ano de 1054 foi marcado pelo "Cisma do Oriente". Após um longo processo
de conflitos, ocorreu a ruptura entre o papado romano e o patriarca de Constantinopla,
ocasionando:

a) a criação da igreja Cristã Ortodoxa Grega.

b) a transferência da sede do papado para a cidade de Avignon.

c) o conflito denominado Querela das Investiduras.

d) a fundação da Igreja Cristã Protestante.

e) a divisão do Clero em secular ortodoxo e regular monástico.



7. (FGV) Na Idade Média, desenvolveram-se dentro da Igreja, instituições que tinham
corporações de mestres e aprendizes, com privilégios e autonomia administrativa, e
significaram importante avanço intelectual.

O texto anterior refere-se:

a) às Irmandades;

b) aos Museus;

c) às Bibliotecas;

d) aos Conventos;
e) às Universidades.



8. (Mackenzie) A respeito do Sistema Feudal, assinale a alternativa correta.

a) A sociedade feudal era estática e não permitia a mobilidade social, era uma sociedade de
castas - dela faziam parte quatro ordens hierarquizadas: os nobres, o clero, os servos e os
escravos.

b) Consistia em um sistema de relações onde os vassalos doavam terras aos seus suseranos,
que ficavam obrigados a pagar impostos nas formas de produtos e serviços.

c) Esse sistema foi condenado pela Igreja Católica, que não concordava com as exigências
senhoriais que sobrecarregavam os camponeses.

d) Através do domínio político, exercido por meio da violência e da obediência aos costumes, o
servo era obrigado a prestar trabalhos e serviços ao Senhor Feudal.

e) A principal fonte de lucro era o excedente de produção, oriundo do trabalho servil e
livremente comercializado pelos senhores feudais e servos.



9. (Puccamp) Valendo-se de sua crescente influência religiosa, a Igreja passou a exercer
importante papel em diversos setores da vida medieval,

a) como por exemplo nas Universidades, onde disseminaram o cultivo das línguas nacionais.

b) inclusive estimulando o avanço da ciência, sobretudo da medicina.

c) impedindo a divulgação de conhecimentos científicos através do estabelecimento do Index.

d) pois, enriquecida com as grandes doações de terras feitas pela burguesia, passou a se
omitir, não se preocupando mais com a construção de Igrejas e Mosteiros.

e) servindo como instrumento de homogeneização cultural diante da fragmentação política da
sociedade feudal.



10. (Puccamp) A Igreja Cristã foi a instituição mais importante durante a Idade Média. Esta
importância, que já existia nos séculos finais do Império Romano, continuou crescendo na
medida em que

a) associada à sociedade bizantina atuou no combate às heresias.

b) sua influência política, obtida com o apoio dos alamanos, permitiu-lhe que organizasse um
Estado em território conquistado aos saxões.

c) conseguiu ter êxito na conversão dos bárbaros germânicos.
d) aumentou seu domínio, através do Colégio dos Cardeais, sobre o Sacro Império Romano-
Germânico.

e) fortaleceu seu papel no combate ao reformismo exigido pelos monges de Cluny.



11. (Puccamp) A Igreja integrou-se ao Sistema Feudal através dos mosteiros, cujas
características se assemelhavam às dos domínios dos senhores feudais. Como tinha

a) o controle do destino espiritual, procurou combater a usura entre os integrantes do clero e
entre os judeus, no que foi rigorosamente obedecida.

b) o monopólio da cultura, tinha também o monopólio da interpretação da realidade social.

c) grande influência na formação da mentalidade, insistia no ideal do preço justo, permitindo
que na venda dos produtos se cobrasse a mais apenas o custo do transporte.

d) o controle da realidade social, exigia que os cristãos distribuíssem os excedentes entre seus
parentes mais próximos para auferir lucros.

e) a fiscalização sobre a distribuição dos excedentes em épocas de calamidade, inibia a
atuação dos comerciantes inescrupulosos, ameaçando-os com multas ou com a perda de suas
propriedades.



12. (Puccamp) Para compreender a unificação religiosa e política da Arábia por Maomé, é
necessário conhecer:

a) a atuação das seitas religiosas sunita e xiita, que contribuíram para a consolidação do Estado
teocrático islâmico.

b) os princípios legitimistas obedecidos pela tribo coraixita, da qual fazia parte.

c) os fundamentos do sincretismo religioso que marcou a doutrina islâmica.

d) as particularidades da vida dos árabes nos séculos anteriores ao surgimento do islamismo.

e) a atuação da dinastia dos Omíadas que, se misturando com os habitantes da região do
Maghreb, converteram-se à religião muçulmana e passaram a ser chamados de mouros.



13. (FGV) Para explicar a rápida expansão muçulmana, ou do Islão, há vários fatores. Qual dos
tópicos a seguir não é explicativo disso:

a) o crescimento demográfico da população árabe, que pressionava o povo a procurar terras
favoráveis à agricultura;

b) à fraqueza defensiva do Ocidente, devida à política de paz e tolerância da Igreja Católica;
c) o império Bizantino e o Império Persa guerrearam durante séculos, enfraquecendo-se
mutuamente;

d) no Ocidente a expansão árabe soube aproveitar as fraquezas dos Estados bárbaros
descentralizados, que sucederam o Império Romano;

e) o estímulo muçulmano à Guerra Santa (Jihad), coordenado pelos califas, em nome da
expansão da fé islâmica.



14. (Uel) "O modo de produção feudal, que se desenvolve e atinge seu apogeu na Alta Idade
Média, é caracterizado essencialmente pela existência das relações servis de produção..."



Assinale a alternativa que se identifica com a fonte de poder e riqueza no modo de produção a
que o texto se refere.

a) " ... Deus quis que, entre os homens, houvesse soluta igualdade..."

b) " ... os acontecimentos provam o julgamento de Deus sobre nós..."

c) " ... a luta social desaparece quando os homem vivem em comunhão..."

d) " ... não havia senhor sem terra, nem terra sem senhor..."

e) " ... quando Adão cavava a terra e Eva fiava, onde estavam os senhores... "



15. (Uel) Entre os fatores internos e externos que contribuíram para a formação do sistema
feudal encontram-se

a) as instituições germânicas, como o 'comitatus' e o direito oral.

b) a utilização das moedas de prata republicana ou SOLIDI IMPERIAIS e a assimilação do
arianismo.

c) a introdução pelos germanos da noção de Estado e a organização judicial caracterizada pelo
'wergeld'.

d) a prática constante do nicolaísmo e o enfraquecimento dos patrícios romanos.

e) a aceitação da simonia e o aperfeiçoamento da lavra (arados melhores, mais cortantes e
resistentes).



16. (Ufes) Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones (imagens pintadas ou
esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) constituíam a "revelação da eternidade no
tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que Deus tinha se revelado ao
homem e por isso era possível representá-Lo de forma visível."

              (Franco Jr., H. e Andrade Filho, R. O. O IMPÉRIO BIZANTINO. São Paulo:
Brasiliense, 1994. p. 27).



Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no Império Bizantino, o imperador Leão III,
em 726, condenou tal prática por idolatria, desencadeando assim a chamada "crise
iconoclasta".

Dentre os fatores que motivaram a ação de Leão III, podemos citar o (a):

a) intolerância da corte imperial para com os habitantes da Ásia Menor, região onde o culto
aos ícones servia de pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam se emancipar.

b) necessidade de conter a proliferação de culto às imagens, num contexto de reaproximação
da Sé de Roma com o imperador bizantino, uma vez que o papado se posicionava contra a
instituição dos ícones e exigia a sua erradicação.

c) tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã, Teodora, a qual valendo-se do
prestígio de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja Bizantina, aspirava secretamente a
sagrar-se imperatriz.

d) aproximação do imperador, por meio do califado de Damasco, com o credo islâmico que,
recuperando os princípios originais do monoteísmo judaico-cristão, condenava a
materialização da essência sagrada da divindade em pedaços de pano ou madeira.

e) descontentamento imperial com o crescente prestígio e riqueza dos mosteiros (principais
possuidores e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço monástico numerosos jovens,
impedindo-os, com isso de contribuírem para o Estado na qualidade de soldados, marinheiros
e camponeses.



17. (Ufpe) A expansão muçulmana atingiu territórios da Europa, contribuindo para a
divulgação de hábitos culturais que marcaram a formação histórica da Península Ibérica. Além
disso, mudou as relações comerciais da época. Em relação a outros povos e à Igreja Católica, os
muçulmanos:

a) mantiveram, ao longo de sua história, uma tradição de total tolerância religiosa.

b) eram temidos, em razão do seu grande poderio militar.

c) mantiveram uma convivência sem choques culturais, revelando-se, no entanto, intolerantes
com os judeus.

d) foram intolerantes e violentos, não assimilando as culturas adversárias.

e) só eram temidos em Portugal, pelos cristãos e pelos judeus, sendo bem aceitos na Espanha.
18. (Unaerp) O feudalismo, como todos os outros modos de produção, não surgiu
repentinamente. Ele foi o resultado:

a) do surgimento da Igreja Católica Romana, instituição que, de certa forma, tomou o lugar do
Estado romano.

b) de uma síntese entre a sociedade romana em expansão e a sociedade bárbaro-germânica
em decadência.

c) das contribuições isoladas dos bárbaros e dos romanos que deram aos feudos um caráter
urbano.

d) do fortalecimento do Estado e da fragmentação política.

e) de uma lenta transformação que começou no final do império romano, passou pela invasão
dos bárbaros-germânicos no século V, atravessou o império carolíngio, e começou a se efetivar
a partir do século IX.



19. (Unesp) O Império Árabe está associado a um legado cultural islâmico secular. Assinale o
significado histórico correto da expressão islâmica que se manifesta na crise atual do Golfo
Pérsico.

a) "Jihad" é a luta pela fé, pela restauração da palavra de Alá e ação contra a opressão.

b) "Muçulmano" é ser árabe necessariamente.

c) "Mesquita" é livro sagrado.

d) "Kiffer" é aquele que pratica rezas diárias e segue o Islã.

e) "Hégira" é vocábulo árabe que no léxico português significa tufão.



20. (Unesp) A Civilização Bizantina floresceu na Idade Média, deixando em muitas regiões da
Ásia e da Europa testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale importante e preponderante
contribuição artística bizantina que se difundiu expressando forte destinação religiosa:

a) Adornos de bronze e cobre.

b) Aquedutos e esgotos.

c) Telhados de beirais recurvos.

d) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas.

e) Vias calçadas com artefatos de couro.
BAIXA IDADE MÉDIA
1. (Unesp) As invasões e dominação de vastas regiões pelos árabes na Península Ibérica
provocaram transformações importantes para portugueses e espanhóis, que os diferenciaram
do restante da Europa medieval. As influências dos árabes, na região, relacionaram-se a

a) acordos comerciais entre cristãos e mouros, a fim de favorecer a utilização das rotas de
navegação marítima em torno dos continentes africano e asiático, para obter produtos e
especiarias.

b) conflitos entre cristãos e muçulmanos, que facilitaram a centralização da monarquia da
Espanha e Portugal, sem necessitar do apoio da burguesia para efetivar as grandes navegações
oceânicas.

c) difusão das idéias que ocasionaram a criação da Companhia de Jesus, responsável pela
catequese nas terras americanas e africanas conquistadas através das grandes navegações.

d) acordos entre cristãos e muçulmanos, para facilitar a disseminação das idéias e ciências
romanas, fundamentais para o crescimento comercial e das artes náuticas.

e) contribuições para a cultura científica, possibilitando ampliação de conhecimentos,
principalmente na matemática e astronomia, que permitiram criações de técnicas marítimas
para o desenvolvimento das navegações oceânicas.



2. (Fatec) Em O RENASCIMENTO, Nicolau Sevcenko afirma:



"O comércio sai da crise do século XIV fortalecido. O mesmo ocorre com a atividade
manufatureira, sobretudo aquela ligada à produção bélica, à construção naval e à produção de
roupas e tecidos, nas quais tanto a Itália quanto a Flandres se colocaram à frente das demais.
As minas de metais nobres e comuns da Europa Central também são enormemente ativadas.
Por tudo isso muitos historiadores costumam tratar o século XV como um período de
Revolução Comercial."



A Revolução Comercial ocorreu graças:

a) às repercussões econômicas das viagens ultramarinas de descobrimento.

b) ao crescimento populacional europeu, que tornava imperativa a descoberta de novas terras
onde a população excedente pudesse ser instalada.
c) a uma mistura de idealismo religioso e espírito de aventura, em tudo semelhante àquela
que levou à formação das cruzadas.

d) aos Atos de Navegação lançados por Oliver Cromwell.

e) à auto-suficiência econômica lusitana e à produção de excedentes para exportação.



3. (Faap) As cruzadas no Oriente Médio (séculos XI-XIII) tiveram profunda repercussão sobre o
feudalismo porque, entre outros motivos,

a) diminuíram o prestígio da Santa Sé, em virtude da separação das Igrejas cristãs de Roma e
de Bizâncio.

b) impediram os contatos culturais com civilizações refinadas como a bizantina e a árabe.

c) aceleraram o comércio e o desenvolvimento de manufaturas, promovendo o crescimento de
uma nova camada social.

d) desintegraram o sistema de comércio com o Oriente, gerando a decadência dos portos de
Veneza, Gênova e Marselha.

e) estimularam a expansão da economia agrária, que minou a economia monetária dos centros
urbanos.



4. (Fuvest) A "Querela das Investiduras" foi um conflito instaurado entre

a) os Papas e os Imperadores do Sacro Império Romano-Germânico.

b) os senhores feudais e os cavaleiros.

c) as ordens religiosas e os Patriarcas de Constantinopla.

d) os monges de Cluny e o Papa Gregório VII.

e) os gibelinos e o Imperador Henrique IV.



5. (Fuvest) As comunas medievais caracterizaram-se por:

a) radicalismo político que tendia ao anti-clericalismo.

b) autonomia das cidades em relação aos senhores feudais, com governo, direito e símbolos
próprios.

c) aumento do clericalismo, resultando no reforço da autoridade papal.

d) fortalecimento da submissão à autoridade dos senhores feudais.
e) aglomeração de marginalizados que exerciam o banditismo.



6. (Fuvest) Do Grande Cisma, sofrido pelo Cristianismo no século XI, resultou:

a) o estabelecimento dos tribunais de Inquisição pela Igreja Católica.

b) a Reforma Protestante, que levou à quebra da unidade da Igreja Católica na Europa
Ocidental.

c) a heresia dos Albigenses, condenada pelo Papa Inocêncio II.

d) a divisão da Igreja em Católica Romana e Ortodoxa Grega.

e) a "Querela das Investiduras", que proibia a investidura de clérigos por leigos.



7. (Fuvest) A proliferação das universidades medievais, no século XIII, responsável por
importantes transformações culturais, está relacionada:

a) ao Renascimento cultural promovido por Carlos Magno e pelos homens cultos que trouxe
para sua corte.

b) à invenção da imprensa que possibilitou a reprodução dos livros a serem consultados por
mestres e alunos.

c) à importância de se difundir o ensino do latim, língua utilizada pela Igreja para escrever
tratados teológicos, cartas e livros.

d) ao crescimento do comércio, ao desenvolvimento das cidades e às aspirações de
conhecimentos da burguesia.

e) à determinação de eliminar a ignorância e o analfabetismo da chamada Idade das Trevas.



8. (Fuvest) A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais visíveis e terríveis do
que se conhece como a crise do século XIV. Como conseqüência dessa crise, ocorrida na Baixa
Idade Média,

a) o movimento de reforma do cristianismo foi interrompido por mais de um século, antes de
reaparecer com Lutero e iniciar a modernidade;

b) o campesinato, que estava em vias de conquistar a liberdade, voltou novamente a cair, por
mais de um século, na servidão feudal;

c) o processo de centralização e concentração do poder político intensificou-se até se tornar
absoluto, no início da modernidade;
d) o feudalismo entrou em colapso no campo, mas manteve sua dominação sobre a economia
urbana até o fim do Antigo Regime;

e) entre as classes sociais, a nobreza foi a menos prejudicada pela crise, ao contrário do que
ocorreu com a burguesia.



9. (Fuvest) Na representação que a sociedade feudal, da Europa Ocidental, deixou de si mesma
(em textos e em outros documentos não escritos),

a) os nobres, por guerrearem, ocupavam o primeiro lugar na escala social.

b) as mulheres, quando ricas, ocupavam um alto lugar na escala social.

c) os clérigos, por orarem, ocupavam o segundo lugar na escala social.

d) os burgueses, por viverem no ócio, ocupavam um lugar médio na escala social.

e) os camponeses, por labutarem, ocupavam o último lugar na escala social.



10. (Mackenzie) Sobre a Carta Magna inglesa de 1215, é correto afirmar que:

a) foi assinada pelo rei João Sem Terra, consolidando a separação entre a Inglaterra e o Papa,
tornando-o chefe da Igreja.

b) determinou que os bens da Igreja passariam às mão da nobreza inglesa que apoiava o rei
João Sem Terra, instituindo a monarquia constitucional.

c) proclamou o rei João Sem Terra, Lorde Protetor da Inglaterra, Escócia e Irlanda,
desencadeando uma onda de nacionalismo extremado.

d) foi imposta pela nobreza inglesa ao rei João Sem Terra, limitando o poder real e obrigando-o
a respeitar os direitos tradicionais de seus vassalos.

e) criou o Parlamento inglês bicameral constituído pelas câmaras dos lordes e dos comuns,
impondo ao rei João Sem Terra a declaração de Direitos "Bill ofRights".



11. (Mackenzie) A peste negra, que dizimou cerca de um terço da população européia, as
revoltas camponesas ocasionadas pelo precário equilíbrio da produção agrícola, e a Guerra dos
Cem Anos, entre França e Inglaterra, foram responsáveis:

a) pela formação da sociedade feudo-clerical.

b) pela crise do mercantilismo econômico.

c) pelo fortalecimento da nobreza em detrimento do poder real.
d) pela aceleração da crise do absolutismo.

e) pela crise do feudalismo e consolidação do poder real.



12. (Mackenzie) "Chegou o dia em que o comércio cresceu, e cresceu tanto que afetou
profundamente toda a vida da Idade Média. O século XI viu o comércio andar a passos largos;
o século XIl viu a Europa ocidental transformar-se em conseqüência disso.''

                 Leo Huberman



Assinale a alternativa relacionada ao texto anterior.

a) Os efeitos do renascimento urbano e comercial foram sentidos simultaneamente em todo o
território europeu.

b) O modo de produção servil foi imediatamente substituído pelo desenvolvimento de centros
industriais e pelo trabalho assalariado.

c) A ampliação de novos mercados e centros urbanos contribuiu para a redução do
crescimento demográfico e da migração.

d) A expansão marítima comercial européia, através da aliança dos reis com a burguesia,
consolidou as relações mercantis na Ásia, Europa e América.

e) O renascimento comercial trouxe o crescimento das cidades, a expansão do mercado e a
ascensão de um novo grupo social.



13. (Mackenzie) "(...) A cabeça descoberta, um joelho em terra, sem esporas e sem guantes, e
havendo cumprido com todas as formalidades prescritas pelos costumes desta província da
Borgonha (...) declarou em voz alta: 'Senhor Barão e senhor da baronia de Vitrysur-Loire (...)
me reconheço vosso vassalo e vos faço fé e homenagem (...) Peço-vos, com todo o respeito
que vos é devido, a investidura dos ditos feudos, tanto em propriedade como em usufruto,
com oferecimento e comprometimento de ajuda e de préstimos (...)' "

         (R. Boutruche)



A condição de vassalo impunha:

a) prestação de serviços não remunerados aos senhores e pagamento de diversos tributos
(talha, corvéia, banalidade) em troca da permissão de uso de terra e proteção militar.

b) uma situação na qual, embora inferior, nivelava-se socialmente ao vilão, preso à terra
recebida e obrigado a prestar homenagens aos nobres e cavaleiros.
c) a cada família de servos um lote de terra arrendada e a obrigação de prestar serviços
militares, proteger as terras e cidades do suserano.

d) auxílio militar, provisionamento de cavaleiros, hospedagem, participação nos tribunais do
senhor e garantia do pagamento de resgate em caso de captura do senhor.

e) ausência de juramento de fidelidade e proteção, obrigação de lavrar as terras que recebiam
e de prestar ajuda militar aos reis suseranos supremos, que detinham o poder político
centralizado.



14. (Mackenzie) Em outubro de 1347, navios mercantes genoveses chegaram ao porto de
Messina. Os marinheiros doentes tinham estranhas inchações escuras, do tamanho de um ovo
ou uma maçã, nas axilas e virilhas, que purgavam pus e sangue e eram acompanhadas de
bolhas e manchas negras por todo o corpo. Sentiam muitas dores e morriam rapidamente
cinco dias depois dos primeiros sintomas.



TUCHMAN, Barbara W. Um Espelho Distante. O terrível século XIV. Rio de Janeiro: José
Olympio Editora, 1990.



Cerca de 25 milhões de pessoas morreram entre os anos de 1347 e 1350. Dentre os fatores
que contribuíram para esse acontecimento destacamos:

a) a formação do modo de Produção Feudal.

b) a decadência e posterior desaparecimento da dinastia Carolíngia na Europa medieval.

c) o aumento do intercâmbio comercial entre Europa e Oriente após as Cruzadas.

d) o fim da Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra devido à peste negra.

e) a expansão Marítima e Comercial Européia e a descoberta do novo mundo.



15. (Pucsp) A sociedade feudal era estamental e fragmentada politicamente. O cerimonial a
seguir transcrito, representativo do relacionamento estabelecido entre nobres, determinava as
condições para a doação dos feudos, colocando até mesmo o rei dentro desse sistema de
reciprocidade:



"Aos 7 dos idos de Abril, quinta-feira, foram prestadas as homenagens ao conde; o que foi
cumprido segundo as formas determinadas para prestação de fé e de fidelidade, segundo a
ordem seguinte. Em primeiro lugar, eles fizeram homenagem assim: o conde perguntou ao
futuro vassalo se queria tornar-se seu homem sem reserva, e este respondeu:
- 'quero-o ',- depois, com as mãos apertadas entre as do conde, aliaram-se por um beijo. Em
segundo lugar, aquele que tinha feito homenagem empenhou a sua fé (...) e, em terceiro lugar,
ele jurou isto sobre as relíquias dos santos.



Em seguida, com a vara que tinha na mão, o conde deu-lhes investidura (a posse simbólica do
feudo), a todos que acabavam de prestar-lhe homenagem, de prometer-lhe fidelidade e de
prestar-lhe juramento. "



(Gilberto de Bruges, "História da morte de Carlos o Bom, conde de Flandres", in FREITAS,
Gustavo de. 900 TEXTOS E DOCUMENTOS DE HISTÓRIA, vol. 4521 I, Lisboa, Plátano.)



O cerimonial descrito

a) estabelecia uma rede de lealdades entre os diferentes estratos da sociedade medieval,
contribuindo para a centralização monárquica.

b) delimitava direitos e obrigações entre nobreza, clero e povo.

c) estabelecia as condições para o ingresso na categoria de nobres, possibilitando ascensão
social.

d) prescrevia as condições de doação dos feudos, estabelecendo uma hierarquização do ponto
de vista econômico, contribuindo para o fortalecimento do poder real.

e) estabelecia uma hierarquização do ponto de vista militar, no interior de um sistema de
reciprocidade, incluindo obrigações de fidelidade e proteção, no qual constituía a recompensa.



16. (Uel) Uma das conseqüências das Cruzadas foi a consolidação do renascimento comercial
europeu, ao

a) interromper a expansão dos francos do Norte da Europa e ao impedir que o comércio
ficasse monopolizado pelas cidades de Antuérpia e Amsterdã.

b) expulsar os árabes do Mediterrâneo e ao permitir o domínio do comércio pelas cidades
italianas, na região, principalmente Gênova e Veneza.

c) estender o controle comercial do pontificado romano a todo o continente, favorecendo as
cidades de Flandres e Champagne.

d) possibilitar a apropriação pelos mercadores europeus dos centros comerciais dominados
pelos bretões e florentinos.
e) generalizar o comércio baseado na troca direta, herdado dos povos germanos e saxões.



17. (Ufpe) Com o fim das invasões bárbaras na Europa, entre os séculos XI e XIV, a população
européia experimentou um clima de maior segurança e, conseqüentemente, houve um
aumento quantitativo desta população.

Com relação a este período, assinale a alternativa correta:

a) O aumento de nascimento na classe nobre gerou problemas em relação as terras,
resultando em guerras entre os feudos.

b) As cruzadas também ocorreram nesse período e podem ter motivado o aumento da
população.

c) Houve um desenvolvimento em todos os níveis devido ao aumento da produção e das
atividades comerciais, com o restabelecimento completo das rotas com o oriente e o
crescimento das cidades.

d) É um período marcado por grandes perdas na produção agrícola.

e) No final desse período, a Europa assiste a uma nova invasão dos chamados "povos
bárbaros".



18. (Ufpe) Apesar das constantes disputas, a sociedade feudal teve na cavalaria momentos que
fugiram da violência, trazendo novos hábitos e costumes culturais. Sobre a cavalaria dessa
sociedade, podemos afirmar que:

a) sua atuação foi resultante apenas de ações da Igreja, que instituiu a Paz de Deus para findar
as guerras por disputas familiares, entre os senhores feudais.

b) teve semelhanças com práticas do exército romano, no seu período inicial de formação,
quando se salientava a bravura mítica dos seus generais.

c) não trouxe modificações que merecessem importância para as relações sociais da época,
marcada pela mediocridade intelectual e pelo predomínio da fé católica.

d) produziu mudanças no comportamento dos seus componentes, apesar de a bravura e a
honra dos cavaleiros já fazerem parte dessa tradição.

e) seu surgimento, segundo alguns historiadores, se articula com instituições da democracia
grega, pela proteção dada às mulheres e pelos sentimentos de justiça social cultivados.



19. (Unesp) A vida cultural européia, na Baixa Idade Média (do XI ao XV séculos), pode ser
caracterizada pelo(a):
a) esforço de Ptolomeu para estruturar os conceitos geográficos.

b) multiplicação das Universidades e difusão da arquitetura gótica.

c) deslocamento, de Córdoba para Paris, do centro de gravidade da cultura muçulmana.

d) difusão do dogma escolástico baseado na negação da união entre a fé e a razão para a
busca da verdade.

e) decadência do ensino urbano seguido de sua ruralização.



20. (Unesp) A Baixa Idade Média tem sua importância ligada à dissolução de um modo de
produção e o início da longa fase de transição que levará ao desenvolvimento de um outro.
Assinale a alternativa diretamente relacionada com a crise e a desagregação do sistema feudal:

a) Condenação do modo de produção feudal pela Igreja Católica Apostólica Romana.

b) Declínio do comércio a longa distância, florescimento da pequena indústria e
enfraquecimento do poder central dos monarcas.

c) Equilíbrio entre o ritmo da produção e do consumo.

d) Exigências senhoriais sobrecarregando os camponeses e a substituição de obrigações
antigas por contratos de arrendamento da terra e por pagamento em dinheiro.

e) Predomínio do modo assalariado de trabalho acarretando, em curto prazo, mudanças
profundas na Europa Oriental.




ABSOLUTISMO



1. (Cesgranrio) A frase de Luiz XIV, "L'Etatc'est moi" (O Estado sou eu), como definição da
natureza do absolutismo monárquico, significava:

a) a unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma Igreja Francesa (nacional);

b) a superioridade do príncipe em relação a todas as classes sociais, reduzindo a um lugar
humilde a burguesia enriquecida;

c) a submissão da nobreza feudal pela eliminação de todos os seus privilégios fiscais;

d) a centralização do poder real e absoluto do monarca na sua pessoa, sem quaisquer limites
institucionais reconhecidos;
e) o desejo régio de garantir ao Estado um papel de juiz imparcial no conflito entre a
aristocracia e o campesinato.



2. (Faap) Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias,
justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam
legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do
governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos
os meios disponíveis, pois que "os fins justificam os meios." Professou suas ideias na famosa
obra:

a) "Leviatã"

b) "Do Direito da Paz e da Guerra"

c) "República"

d) "O Príncipe"

e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras"



3. (Fgv) A chamada Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) foi considerada como a última grande
guerra de religião da Época Moderna. A seu respeito é correto afirmar:

a) O conflito levou ao enfraquecimento do império Habsburgo e ao estabelecimento de uma
nova situação internacional com o fortalecimento do reino francês.

b) O conflito iniciou-se com a proclamação da independência das Províncias Unidas, que se
separavam, assim, dos domínios do império Habsburgo.

c) O conflito marcou a vitória definitiva dos huguenotes sobre os católicos na França, apoiados
pelo monarca Henrique de Bourbon, desde o final do século XVI.

d) O conflito estimulou a reação dos Estados Ibéricos que, em aliança com o papado,
desencadearam a chamada Contrarreforma Católica.

e) O conflito caracterizou-se pelas intervenções inglesas no continente europeu, através de
tropas formadas por grupos populares enviadas por Oliver Cromwell.



4. (FUVEST) No processo de formação dos Estados Nacionais da França e da Inglaterra podem
ser identificados os seguintes aspectos:

a) fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do Estado Moderno

b) ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja

c) desagregação do feudalismo e centralização política
d) diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial

e) enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado e a Igreja



5. (FUVEST) O Estado Moderno Absolutista atingiu seu maior poder de atuação no século XVII.
Na arte e na economia suas expressões foram respectivamente:

a) rococó e liberalismo.

b) renascentismo e capitalismo.

c) barroco e mercantilismo.

d) maneirismo e colonialismo.

e) classicismo e economicismo.



6. (Mackenzie) Sobre as Guerras de Religião ocorridas na França durante o século XVI, é
correto afirmar que:

a) decretaram o fim da Dinastia dos Bourbons, através do Edito de Nantes, proclamado na
"Noite de São Bartolomeu".

b) aceleraram o processo de consolidação do Estado Absolutista, permitindo a chegada ao
poder de reis protestantes aliados à burguesia mercantil católica.

c) motivaram a aliança do Partido Huguenote com a Rainha Catarina de Médicis, provocando,
na célebre "Noite de São Bartolomeu", o massacre dos membros da Santa Liga aliada da
nobreza calvinista.

d) expressaram o confronto político-religioso entre a nobreza católica, liderada pelos Guises e
os Huguenotes ligados aos Bourbons, ocasionando crises no processo de consolidação do
absolutismo.

e) provocaram o confronto entre os Huguenotes, membros do Partido Papista e os Calvinistas
integrantes da Santa Liga, fortalecendo o absolutismo.



7. (Mackenzie) O florentino Nicolau Maquiavel (1469 - 1527) rompeu com a religiosidade
medieval, estabelecendo nítida distinção entre a moral individual e a moral pública. Em seu
livro "O Príncipe" preconizava que:

a) o chefe de Estado deve ser um chefe de exército. O Estado em guerra deve renunciar a todo
sentimento de humanidade... O equilíbrio das forças está inscrito nos tratados. Mas os chefes
de Estado não devem hesitar em trair sua palavra ou violar sua assinatura no interesse do
Estado.
b) somente a autoridade ilimitada do soberano poderia manter a ordem interna de uma
nação. A ordem política internacional é a mais importante; sem ela se estabeleceria o caos e a
turbulência política.

c) na transformação do Estado Natural para o Estado Civil, legitima-se o poder absoluto do rei,
uma vez que o segundo monta-se a partir do indivíduo, que cede seus direitos em troca de
proteção contra a violência e o caos do primeiro.

d) o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus... Os reis... são
deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê mais longe e de mais
alto; deve-se acreditar que ele vê melhor...

e) há três espécies de governo: o republicano, o monárquico e o despótico... A liberdade
política não se encontra senão nos governos moderados... Para que não se possa abusar do
poder, é preciso que pela disposição das coisas, o poder faça parar o poder.



8. (Mackenzie) “... herdara uma nação dividida pelos conflitos religiosos, sociais (Frondas) e
externos (Guerra dos Trinta Anos). Seu reinado submeteu a nobreza, recolhendo-a ao seu
grandioso Palácio, onde se desenvolveram paralelamente o Barroco e o Classicismo..."

(Cláudio Vicentino - adaptado)

O fragmento de texto relaciona-se:

a) ao despotismo esclarecido da Czarina Catarina, a Grande da Rússia.

b) ao absolutismo monárquico do rei francês Luís XIV.

c) ao Imperialismo de Napoleão Bonaparte.

d) à monarquia feudal francesa do rei Felipe, o Belo.

e) à Inglaterra, durante a reforma religiosa do rei Henrique VIII.



9. (Puccamp) Como características gerais dos Estados Modernos, que se organizavam na
Europa Ocidental no período que vai do século XV ao XVIII, pode-se mencionar entre outros, a

a) consolidação da burguesia industrial no poder e a descentralização administrativa.

b) centralização e unificação administrativa, bem como o desenvolvimento do mercantilismo.

c) confirmação das obrigações feudais e o estímulo à produção urbano-industrial.

d) superação das relações feudais e a não intervenção na economia.

e) consolidação do localismo político e a montagem de um exército nacional.
10. (Pucpr) As Guerras Civis Religiosas do século XVI na França favoreceram o fortalecimento
do poder absoluto dos monarcas da dinastia Bourbon, que reinaram do século XVI ao XVIII e
parte do XIX. Assinale a única alternativa errada no que se refere ao absolutismo real na
França:

a) Luís XIII, filho de Henrique IV e Maria de Médicis, teve longo reinado, sendo muito ajudado
pela hábil política do Cardeal Richelieu.

b) Luís XIV marcou o auge do absolutismo real, mandou construir o suntuoso Palácio de
Versalhes e continuou, através de Colbert, a aplicar o mercantilismo no plano econômico.

c) Na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), sob o rei Luís XV, a França vitoriosa tomou aos
ingleses partes da Índia e, na América, a enorme região da Louisiana.

d) Na Guerra de Sucessão da Espanha (1701-1713), França e Espanha lutaram contra uma
coligação europeia. Os tratados de Utrecht e Rastadt definiram a paz. A França perdeu para a
Inglaterra a Terra Nova e Acádia e a Espanha perdeu Gibraltar, ainda em poder daquela
potência insular.

e) Henrique IV fundou a dinastia de Bourbon e pacificou a França, tendo os protestantes
(huguenotes) alcançado liberdade de culto e o domínio sobre várias cidades fortificadas, nos
termos do Edito de Nantes (1598).



11. (Pucsp) "O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis
são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e
de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..."

(Jacques Bossuet.)

Essas afirmações de Bossuet referem-se ao contexto

a) do século XII, na França, no qual ocorria uma profunda ruptura entre Igreja e Estado pelo
fato de o Papa almejar o exercício do poder monárquico por ser representante de Deus.

b) do século X, na Inglaterra, no qual a Igreja Católica atuava em total acordo com a nobreza
feudal.

c) do século XVIII, na Inglaterra, no qual foi desenvolvida a concepção iluminista de governo,
como está exposta.

d) do século XVII, na França, no qual se consolidavam as monarquias nacionais.

e) do século XVI, na Espanha, no momento da união dos tronos de Aragão e Castela.



12. (Unirio)

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

(BANDEIRA, Manoel. "Vou-me embora pra Pasárgada". In: VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA
E OUTROS POEMAS. Rio de Janeiro, Ediouro, 1997.)



O reino imaginário de Pasárgada e os privilégios dos amigos do rei podem ser comparados à
situação da nobreza europeia com a formação das Monarquias Nacionais Modernas. A razão
fundamental do apoio que esta nobreza forneceu ao rei, no intuito de manter-se "amiga" do
mesmo, conservando inúmeras regalias, pode ser explicada pela (o):

a) composição de um corpo burocrático que absorve a nobreza, tornando esse segmento
autônomo em relação às atividades agrícolas que são assumidas pelo capital mercantil.

b) subordinação dos negócios da burguesia emergente aos interesses da nobreza fundiária,
obstaculizando o desenvolvimento das atividades comerciais.

c) manutenção de forças militares locais que atuaram como verdadeiras milícias aristocráticas
na repressão aos levantes camponeses.

d) repressão que as monarquias empreenderiam às revoltas camponesas, restabelecendo a
ordem no meio rural em proveito da aristocracia agrária.

e) completo restabelecimento das relações feudo-vassálicas, freando temporariamente o
processo de assalariamento da mão-de-obra e de entrada do capital mercantil no campo.



13. (Ufrs) Pelo Edito de Nantes, em 1598, Henrique IV da França

a) reprimiu violentamente os protestantes em Paris, no acontecimento conhecido como "A
Noite de São Bartolomeu".

b) instituiu a cobrança de impostos territoriais somente para os protestantes franceses.

c) estabeleceu a igualdade política entre os diferentes credos.

d) diminuiu o poder dos católicos franceses, assegurando a supremacia política aos
huguenotes.

e) concentrou todo o poder em suas mãos, implantando o absolutismo na França.
14. (Ufrs) Em meados do século XVII, a Inglaterra mergulhou em uma guerra civil conhecida
como Revolução Inglesa de 1640.

Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO está relacionada com esse contexto
histórico.

a) No ápice da Revolução, o rei Carlos I foi executado, e a República proclamada. Oliver
Cromwell tornou-se o dirigente máximo da Inglaterra. Com o fim da guerra civil, Cromwell
instituiu um governo democrático, supervisionado pelo conjunto do Parlamento, no qual os
direitos humanos passaram a ser respeitados e as classes populares encontraram voz ativa.

b) Os puritanos, grupo político que desejava recuperar os valores do cristianismo primitivo e
que recusava a autoridade do rei em matéria de fé, constituíram-se nos principais adversários
das ideias absolutistas.

c) Após a morte de Elisabeth Tudor em 1603, ascendeu ao trono da Inglaterra a dinastia
escocesa dos Stuart, os quais careceram da habilidade política necessária para negociar com o
Parlamento inglês.

d) Uma das medidas da Revolução foi o estabelecimento do Ato de Navegação de 1651, que se
tornou uma das bases da prosperidade comercial da Inglaterra. O Ato pretendeu obter para os
navios ingleses o comércio de transportes da Europa e excluir do comércio com as colônias
inglesas todos os rivais.

e) A queda da monarquia inglesa abriu caminho para o surgimento de reivindicações radicais,
como a dos niveladores, que defendiam a abertura do Parlamento às classes populares, ou a
dos escavadores, que aspiravam a uma redistribuição de terras que contemplasse os pequenos
produtores.



15. (Ufscar) Sobre a "Guerra dos Trinta Anos" (1618-1648), é correto afirmar que

a) foi um conflito entre católicos e protestantes dentro do Sacro Império Germânico.

b) Espanha e Portugal se aliaram para combater o protestantismo holandês.

c) Portugal negociou tratados de abastecimento de alimentos com a Inglaterra, para
sobreviver aos ataques holandeses.

d) Portugal expandiu sua conquista na Ásia, pelo fato de o continente estar fora dos interesses
dos negociantes flamengos.

e) o Brasil permaneceu sob o controle português, garantindo os lucros açucareiros para a
Coroa lusa.
16. (Pucmg) Oriundo da crise do feudalismo, o Estado Absolutista representou a organização
política dominante na sociedade europeia entre os séculos XV e XVIII, podendo ser
caracterizado pela:

a) supressão dos monopólios comerciais, possibilitando o desenvolvimento das manufaturas
nacionais.

b) quebra das barreiras regionalistas do feudo e da comuna, agilizando e integrando a
economia nacional.

c) abolição das formas de exploração das terras típicas do feudalismo, tornando a sociedade
mais dinâmica.

d) ascensão política do grupo burguês, que passa a gerir o Estado segundo seus interesses
particulares.

e) ausência efetiva de instrumento de controle, quer no plano moral ou temporal, sobre o
poder do rei.



17. (UNAERP) A política externa de Luís XIV, o Rei Sol, teve como principal característica:

a) A ruína da economia francesa em decorrência das sucessivas guerras que a França travou
contra outros países para preservar sua supremacia na Europa, juntamente com os gastos
vultosos para manutenção da corte.

b) A consolidação do absolutismo monárquico através da redução dos poderes da alta
burguesia.

c) Concentração da autoridade política na pessoa do rei.

d) Por ter reduzido seus ministros à condição de meros funcionários, passar a fiscalizar,
pessoalmente, todos os negócios do Estado.

e) A autossuficiência do país com a regulamentação da produção, a criação de manufaturas do
Estado e o incremento do comércio exterior.



18. (UNESP) O início da Época Moderna está ligado a um processo geral de transformações
humanística, artística, cultural e política. A concentração do poder promoveu um tipo de
Estado. Para alguns pensadores da época, que procuraram fundamentar o Absolutismo:

a) a função do Estado é agir de acordo com a vontade da maioria.

b) a História se explica pelo valor da raça de um povo.

c) a fidelidade ao poder absoluto reside na separação dos três poderes.

d) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o seu representante na Terra.
e) a soberania máxima reside no próprio povo.



19. (UNESP) "O soberano não é proprietário de seus súditos. Deve respeitar sua liberdade e
seus bens em conformidade com a lei divina e com a lei natural. Deve governar de acordo com
os costumes, verdadeira constituição consuetudinária. (...) O príncipe apresenta-se como
árbitro supremo entre as ordens e os corpos. Deve impor a sua vontade aos mais poderosos de
seus súditos. Consegue-o na medida em que esses necessitam dessa arbitragem."

(André Corvisier, HISTÓRIA MODERNA.)



Esta é uma das caracterizações possíveis

a) dos governos coloniais da América.

b) das relações entre fiéis e as Igrejas Protestantes.

c) do Império Carolíngio.

d) dos califados islâmicos.

e) das monarquias absolutistas.



20. (UFRJ) O texto a seguir trata das incursões francesas na América; entretanto, essas ainda
não representavam que a França tivesse dado início à sua expansão.



Ao longo do século XVI, os franceses estiveram na América, mas isso não significava uma
atitude sistemática e coerente desenvolvida pela Coroa. Era, no mais das vezes, atuação de
corsários e de uns poucos indivíduos. Como exemplo, pode-se mencionar as invasões do litoral
brasileiro, (...), e algumas visitas à América do Norte.

(FARIA, R. de M.; BERUTTI, F. C.; MARQUES, A. M. "História para o Ensino Médio". Belo
Horizonte: Lê. 1998. p.182).



Dentre os motivos que levaram a França a iniciar tardiamente sua expansão marítima e
comercial, podemos destacar

a) os problemas internos ligados à consolidação do Estado Nacional.

b) a derrota da França na violenta guerra contra a Alemanha.

c) a falta de associação entre a Coroa e a Burguesia francesa.
d) a violenta disputa religiosa entre calvinistas e luteranos.

e) a não inclusão das classes superiores no projeto expansionista.




GRANDES NAVEGAÇÕES
1. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português,
podemos afirmar que:

a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas
para a manutenção do empreendimento.

b) a conquista da Baía de Argüim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle
sobre importantíssima rota comercial intra-africana.

c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de
abastecimento de escravos para o mercado europeu.

d) o domínio português de Piro e Sidon e o conseqüente monopólio de especiarias do Oriente
Próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia.

e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o
preço dos escravos, tanto nos portos africanos, quanto nas praças brasileiras.



2. (Cesgranrio) O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no
século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente,...

a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano.

b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente.

c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar às
Índias.

d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que
o afastava da América.

e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da
rota da Índia.



3. (Ufpe) Portugal e Espanha foram, no século XV, as nações modernas da Europa, portanto
pioneiras nos grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações portuguesas e as
espanholas, no que diz respeito a esses descobrimentos.
1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram, em 1492, as terras do Canadá.

2. Os portugueses chegaram ao Cabo das Tormentas, na África, em 1488.

3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o Oriente, em 1498.

4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira circunavegação da Terra iniciada em 1519,
por Fernão de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de volta à Espanha em 1522.

5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o Continente Americano com
as Índias.



Estão corretos apenas os itens:

a) 2, 3 e 4;

b) 1, 2 e 3;

c) 3, 4 e 5;

d) 1, 3 e 4;

e) 2, 4 e 5.



4. (Cesgranrio) Com a expansão marítima dos séculos XV/XVI, os países ibéricos desenvolveram
a idéia de "império ultramarino" significando:

a) a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das rotas marítimas, a fim de assegurar a
acumulação do capital mercantil;

b) o estabelecimento das regras que definem o Sistema Colonial nas relações entre as
metrópoles e as demais áreas do "império" para estabelecer as idéias de liberdade comercial;

c) a integração econômica entre várias partes de cada "império" através do comércio
intercolonial e da livre circulação dos indivíduos;

d) a projeção da autoridade soberana e centralizadora das respectivas coroas e sobre tudo e
todos situados no interior desse "império";

e) a junção da autoridade temporal com a espiritual através da criação do Império da
Cristandade.



5. (Cesgranrio) Foram inúmeras as conseqüências da expansão ultramarina dos europeus,
gerando uma radical transformação no panorama da história da humanidade.

Sobressai como UMA importante conseqüência:
a) a constituição de impérios coloniais embasados pelo espírito mercantil.

b) a manutenção do eixo econômico do Mar Mediterrâneo com acesso fácil ao Oceano
Atlântico.

c) a dependência do comércio com o Oriente, fornecedor de produtos de luxo como sândalo,
porcelanas e pedras preciosas.

d) o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição geográfica favorável.

e) a manutenção dos níveis de afluxo de metais preciosos para a Europa.



6. (Fei) O processo de expansão marítima da Península Ibérica iniciou-se ainda nos fins da
Idade Média. A Espanha, ainda dividida e tendo parte de seu território ocupado pelos mouros
"andou atrás" de Portugal. Podemos afirmar que foram fatores decisivos do pioneirismo
português em termos expansionistas EXCETO:

a) o processo de centralização política e administrativa precoce do país, a partir da Revolução
de Aviz

b) a presença de uma nobreza fortalecida que, a partir dos impostos feudais, propiciou o
capital necessário à empreitada expansionista

c) a formação de quadros preparados para as grandes aventuras marítimas na Escola de Sagres

d) o contato e o aproveitamento da cultura moura por parte dos portugueses

e) o incentivo governamental à expansão



7. (Fuvest) No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve
importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supremacia comercial na
Europa. Todavia "em meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os
empreendimentos da coroa ser de vantagem para alguns particulares (...)"

                    (Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássica
Editora, pág.180)



Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal concluímos que:

a) a falta de unidade política e territorial em Portugal determinava a fragilidade econômica
interna.

b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da
produtividade agrícola, diminuição da mão-de-obra, falta de investimentos industriais,
afetando a economia nacional.
c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final do século XV,
empobreceu a economia nacional que ficou carente de capitais.

d) a liberdade comercial praticada pelo Estado português no século XV levou ao escoamento
dos lucros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento em Portugal.

e) o empreendimento marítimo português revelou-se tímido, permanecendo Veneza como o
principal centro redistribuidor dos produtos asiáticos, durante todo o século XVI.



8. (Mackenzie) "Valeu a pena? Tudo vale a pena

       Se a alma não é pequena.

       Quem quer passar além do Bojador

       Tem que passar além da dor.

       Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu".

      (Fernando Pessoa)



O significado de "passar além do Bojador", nas primeiras décadas do século XV, é:

a) ultrapassar a "barreira" que, segundo a tradição grega, era o limite máximo para navegar
sem o perigo de ser atacado por monstros marinhos, permitindo aos navegantes portugueses
atingir a Costa da Guiné.

b) Conquistar Ceuta e encontrar o "Eldorado", lendária terra repleta de prazeres e riquezas,
superando os mitos vinculados ao longo da Idade Média.

c) Conquistar a cidade africana de Calicute, importante feitoria espanhola responsável por
abastecer o mercado oriental de produtos de luxo.

d) Suportar o escaldante sol equatorial, as constantes tempestadesmarítimas e o "mar
tenebroso" das ilhas da América Central.

e) "Dobrar" o Cabo da Boa Esperança, por Vasco da Gama, aventura marítima coberta de mitos
e lendas sobre a existência do "Paraíso" ou "Éden".



9. (Pucmg) O expansionismo marítimo europeu, nos séculos XV-XVI, gerou uma autêntica
"Revolução Comercial", caracterizada por, EXCETO:

a) incorporação de áreas do continente americano e africano às rotas tradicionais do comércio.
b) ascensão das potências mercantis atlânticas, como Portugal e Espanha.

c) afluxo de metais preciosos da América para o Oriente, resultante do escambo de
mercadorias.

d) deslocamento parcial do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico.

e) perda do monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos.



10. (Pucmg) Os descobrimentos dos Tempos Modernos constituíram-se num desdobramento
da Expansão Ultramarina. Nesse contexto, a América era, EXCETO:

a) o filho esperado que permitia aos ibéricos formalizar seus sonhos.

b) propriedade dos reis ibéricos, por direito divino, antes mesmo de ser descoberta.

c) uma oportunidade para os ibéricos transplantarem seus valores culturais.

d) um desafio para os ibéricos transformarem as suas visões imagéticas em realidade.

e) o Paraíso que se identificava com os valores de igualdade e liberdade dos ibéricos.



11. (Pucmg) Em fins da Idade Média, difícil seria imaginar que os mareantes portugueses e
espanhóis, nas viagens de exploração pelo mundo, pudessem contribuir para a formação do
capitalismo porque, EXCETO:

a) os investimentos nas expedições marítimas eram elevados e de alto risco.

b) a arte de navegação era precária e sofria a influência das interpretações proféticas sobre os
oceanos.

c) as informações sobre a existência de outras civilizações eram confusas e fantasiosas.

d) os tripulantes eram supersticiosos transformando qualquer sinal que surgia em maus
presságios.

e) os ibéricos vinham sofrendo sucessivas derrotas na luta contra os muçulmanos pela posse
da península.



12. (Uece) A descoberta de novas terras por navegadores portugueses e espanhóis alimentou a
imaginação dos europeus e fomentou uma visão paradisíaca do novo mundo. Com respeito a
esta "visão do paraíso" nos trópicos, é correto afirmar:

a) os europeus esperavam encontrar monstros e outras entidades mitológicas, o que se
confirmou na presença de animais pré-históricos e seres humanos estranhos.
b) os temores com relação ao inesperado levavam muitas vezes os europeus a demonstrar
uma violência desumana contra os nativos do chamado Novo Mundo.

c) as descrições dos novos territórios, com suas florestas exuberantes e seus pássaros exóticos,
vinham confirmar as expectativas de descoberta do Paraíso na Terra.

d) o encontro com seres de uma nova cultura, em um ambiente natural diferente, criou um
clima propício ao entendimento mútuo e ao respeito pela vida humana, como era pregado
pelos religiosos europeus.



13. (Uerj) O mundo conhecido pelos europeus no século XV abrangia apenas os territórios ao
redor do Mediterrâneo. Foram as navegações dos séculos XV e XVI que revelaram ao Velho
Mundo a existência de outros continentes e povos.

Um dos objetos dos europeus, ao entrarem em comunicação com esses povos, era a:

a) busca de metais preciosos, para satisfazer uma Europa em crise

b) procura de escravos, para atender à lavoura açucareira nos países ibéricos

c) ampliação de mercados consumidores, para desafogar o mercado saturado

d) expansão da fé cristã, para combater os infiéis convertidos ao protestantismo



14. (Uff) No ano de 1998 comemoraram-se os quinhentos anos da chegada de Vasco da Gama
às Índias, fato considerado como um dos marcos das grandes navegações e descobrimentos
que antecederam a descoberta e a colonização do "Novo Mundo".

Assinale a opção que revela uma característica da colonização espanhola na América.

a) Criação de Universidades por toda a área de colonização com o propósito de ilustrar as
elites indígenas americanas para consolidar o domínio colonial.

b) Redirecionamento da política colonial no Novo Mundo tendo como fato determinante o
florescimento do comércio com as Índias.

c) Exploração da mão-de-obra negra escrava por meio de instituições como o "repartimiento"
com o objetivo de atender às demandas de produtos primários da Europa.

d) Divisão do território ocupado em sesmariais com o intuito de extrair maior volume de prata
e ouro do subsolo.

e) Fundação de uma rede de cidades estendida por toda a área ocupada, formando a espinha
dorsal do sistema administrativo e militar.
15. (Ufpe) A chegada dos portugueses à Índia alarmava os venezianos que então dominavam o
comércio das especiarias, pelo Mediterrâneo.

Com relação ao período expansionista dos estados nacionais europeus, assinale a alternativa
incorreta:

a) Os esforços da Escola de Sagres foram, em parte, responsáveis pela utilização do astrolábio,
entre outros instrumentos de navegação, e pelas viagens de expansão ultramarina portuguesa.

b) A centralização do poder e a formação dos estados nacionais europeus têm uma estreita
relação com o desenvolvimento econômico comercial.

c) Os reis limitavam o poder da Igreja em seus territórios, pois atribuíam-se o direito de
investidura dos bispos, sem consultar o papa.

d) Os reis borgonheses conseguiram muito tarde a centralização política do reino devido às
lutas constantes contra os árabes.

e) A burguesia portuguesa desenvolveu suas atividades em cidades litorâneas em função da
pesca e depois do comércio entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte.



16. (Unesp) A transição gradativa do Mundo Medieval para o Mundo Moderno dependeu da
conjugação de inúmeros fatores, europeus e extra-europeus, que ganharam dimensões e
características novas. A inserção do Mundo não-europeu no contexto do colonialismo
mercantilista, inaugurado pelos grandes descobrimentos, contribuiu para:

a) a aceitação, sem resistência, da tutela cultural que o europeu pretendeu exercer sobre os
povos da África e da Ásia.

b) acarretar profunda contenção na expansão civilizatória do Mundo Pré-Colombiano.

c) o indígena demonstrar sua inadaptabilidade racial para o trabalho.

d) que o tráfico negreiro, operação comercial rentável, fosse determinado pela apatia e
preguiça do ameríndio.

e) a montagem de modelo político-administrativo caracterizado pela não intervenção do
Estado Absoluto na vida das colônias.



17. (Unesp) "A conquista de Ceuta foi o primeiro passo na execução de um vasto plano, a um
tempo religioso, político e econômico. A posição de Ceuta facilitava a repressão da pirataria
mourisca nos mares vizinhos; e sua posse, seguida de outras áreas marroquinas, permitiria aos
portugueses desafiar os ataques muçulmanos à cristandade da Península Ibérica."

        (João Lúcio de Azevedo. "Época de Portugal econômico: esboços históricos".)
De acordo com o texto, é correto interpretar que:

a) a expansão marítima portuguesa teve como objetivo expulsar os muçulmanos da Península
Ibérica.

b) a influência do poder econômico marroquino foi decisiva para o desenvolvimento das
navegações portuguesas.

c) o domínio dos portugueses sobre Ceuta era parte de um vasto plano para expulsar os
muçulmanos do comércio africano e indiano.

d) a expansão marítima ibérica visava cristianizar o mundo muçulmano para dominar as rotas
comerciais africanas.

e) o domínio de territórios ao norte da África foi uma etapa fundamental para a expansão
comercial e religiosa de Portugal.



18. (Unirio) Ao longo dos séculos XV e XVI desenvolveram-se na Europa as Grandes
Navegações, que lançaram algumas nações à descoberta de novas terras e continentes. A
expansão ultramarina acarretou o(a):

a) fortalecimento do comércio mediterrâneo e das rotas terrestres para o oriente.

b) fim dos monopólios reais na exploração de diversas atividades econômicas, tais como o sal e
o diamante.

c) declínio das monarquias nacionais apoiadas por segmentos citadinos burgueses.

d) superação dos entraves medievais com o desenvolvimento da economia mercantil.

e) consolidação política e econômica da nobreza provincial ligada aos senhorios e à
propriedade fundiária.



19. (Unirio) Inúmeros escritores e poetas portugueses retrataram o imaginário que
acompanhou o homem ibérico na sua aventura pelos mares nunca dantes navegados. Temores
e fantasias não o impediram de se lançar às águas do mar Oceano, arriscando-se em busca,
principalmente, de:

a) novos caminhos para o Oriente, novos mercados, metais preciosos e propagar a fé cristã.

b) escravos africanos, cana-de-açúcar, metais preciosos e catequizar os indígenas.

c) escravos e ouro, desvendar os segredos dos mares e descobrir correntes marítimas
desconhecidas.

d) ouro e marfim, expandir o protestantismo e romper o monopólio árabe-veneziano no
Mediterrâneo.
e) pau-brasil, testar os novos conhecimentos náuticos e conhecer novas rotas.



20. (Fuvest) O período 1450-1550, de transição da Medievalidade para a Modernidade,
conheceu dentre outras características:

a) decadência econômica e racionalização da vida religiosa.

b) revalorização do aristotelismo e consolidação do Estado Absolutista.

c) forte efervescência religiosa e intensa expansão comercial.

d) avanço do liberalismo burguês e recuo do feudalismo.

e) hegemonia europeia francesa e despontar da arte gótica.




REFORMA PROTESTANTE

1. (Mackenzie) O Rei Henrique VIII, aclamado defensor da fé pela Igreja Católica, rompeu com
o Papa Clemente VII em 1534, por:

a) opor-se ao Ato de Supremacia que submetia a Igreja Anglicana à autoridade do Papa.

b) rever todos os dogmas da Igreja Católica, incluindo a indissolubilidade do sagrado
matrimônio, através do Ato dos Seis Artigos.

c) aceitar as 95 teses de Martinho Lutero, que denunciavam as irregularidades da Igreja
Católica.

d) ambicionar assumir as terras e as riquezas da Igreja Católica e enfraquecer sua influência na
Inglaterra.

e) defender que o trabalho e a acumulação de capital são manifestações da predestinação à
salvação eterna como professava Santo Agostinho.



2. (Pucpr) As Guerras Civis Religiosas do século XVI na França favoreceram o fortalecimento do
poder absoluto dos monarcas da dinastia Bourbon, que reinaram do século XVI ao XVIII e parte
do XIX. Assinale a única alternativa errada no que se refere ao absolutismo real na França:

a) Luís XIII, filho de Henrique IV e Maria de Médicis, teve longo reinado, sendo muito ajudado
pela hábil política do Cardeal Richelieu.
b) Luís XIV marcou o auge do absolutismo real, mandou construir o suntuoso Palácio de
Versalhes e continuou, através de Colbert, a aplicar o mercantilismo no plano econômico.

c) Na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), sob o rei Luís XV, a França vitoriosa tomou aos
ingleses partes da Índia e, na América, a enorme região da Louisiana.

d) Na Guerra de Sucessão da Espanha (1701-1713), França e Espanha lutaram contra uma
coligação europeia. Os tratados de Utrecht e Rastadt definiram a paz. A França perdeu para a
Inglaterra a Terra Nova e Acádia e a Espanha perdeu Gibraltar, ainda em poder daquela
potência insular.

e) Henrique IV fundou a dinastia de Bourbon e pacificou a França, tendo os protestantes
(huguenotes) alcançado liberdade de culto e o domínio sobre várias cidades fortificadas, nos
termos do Edito de Nantes (1598).



3. (Cesgranrio) No contexto dos diversos conflitos religiosos que eclodiram na Europa, ao longo
do século XVI, identificamos a convocação pela Igreja Católica, a partir de 1545, do Concílio de
Trento. Dentre suas determinações, destacamos corretamente o (a):

a) reconhecimento da autoridade política e teológica da Igreja anglicana frente ao papado,
encerrando os conflitos provocados na Inglaterra devido à luta de Henrique VIII contra o
Vaticano.

b) fim do clero regular como solução para conter os abusos cometidos pela Igreja, tais como a
venda de indulgências e sacramentos.

c) oficialização da doutrina calvinista que admitia o lucro comercial como uma dádiva divina e
não mais como um pecado usurário, como um novo dogma católico.

d) submissão da Igreja católica aos Estados imperiais laicos e a validade da livre interpretação
da Bíblia.

e) reafirmação da hierarquia eclesiástica católica e a reativação do tribunal do Santo Ofício da
Inquisição.



4. (Cesgranrio) Os movimentos reformistas religiosos que surgiram na Europa moderna, entre
os séculos XV e XVI, variaram em seus fundamentos e prática frente aos dogmas religiosos
instituídos pela Igreja Católica. Marque a opção que relaciona corretamente um desses
movimentos reformistas com seu fundamento doutrinário.

a) O humanismo defendeu a extinção do Papado como necessária para o desenvolvimento de
uma nova religião baseada na tolerância e no respeito às crenças religiosas individuais.

b) O luteranismo condenou a doutrina da predestinação e a livre interpretação das escrituras
sagradas.
c) O calvinismo, em sua concepção moral, valorizou o trabalho e justificou o lucro, formulando
uma doutrina que correspondia às necessidades de uma moral burguesa.

d) O anglicanismo instituiu uma doutrina protestante, cuja hierarquia eclesiástica subordinava
o poder temporal dos monarcas à autoridade divina dos Papas.

e) O Concíliode Trento promoveu uma reformulação dos dogmas religiosos católicos,
disciplinando o clero e restringindo sua autoridade aos assuntos ligados à fé cristã.



5. (Fgv) Foram elementos da Reforma Católica no século XVI:

a) A tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais, a defesa do princípio da infalibilidade
da Igreja e a proibição do casamento dos clérigos.

b) A afirmação da doutrina da predestinação, a condenação das indulgências como
instrumento para a salvação e a manutenção do celibato dos clérigos.

c) A manutenção do latim como língua litúrgica, a reafirmação do livre-arbítrio e a eliminação
do batismo como um dos sacramentos.

d) A tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais, a abolição da confissão e a crítica ao
culto das imagens.

e) A manutenção do latim como língua litúrgica, o estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício
e a criação da Companhia de Jesus.



6. (Fuvest) O período 1450-1550, de transição da Medievalidade para a Modernidade,
conheceu dentre outras características:

a) decadência econômica e racionalização da vida religiosa.

b) revalorização do aristotelismo e consolidação do Estado Absolutista.

c) forte efervescência religiosa e intensa expansão comercial.

d) avanço do liberalismo burguês e recuo do feudalismo.

e) hegemonia europeia francesa e despontar da arte gótica.



7. (Fuvest) "Depois que a Bíblia foi traduzida para o inglês, todo homem, ou melhor, todo rapaz
e toda rapariga, capaz de ler o inglês, convenceram-se de que falavam com Deus onipotente e
que entendiam o que Ele dizia".



Esse comentário de Thomas Hobbes (1588-1679)
a) ironiza uma das consequências da Reforma, que levou ao livre exame da Bíblia e à
alfabetização dos fiéis.

b) alude à atitude do papado, o qual, por causa da Reforma, instou os leigos a que não
deixassem de ler a Bíblia.

c) elogia a decisão dos reis Carlos I e Jaime I, ao permitir que seus súditos escolhessem entre as
várias igrejas.

d) ressalta o papel positivo da liberdade religiosa para o fortalecimento do absolutismo
monárquico.

e) critica a diminuição da religiosidade, resultante do incentivo à leitura da Bíblia pelas igrejas
protestantes.



8. (G1) João Calvino defendia que alguns homens já nascem salvos pela vontade de Deus e que
o indício dessa salvação, seria o acúmulo de riquezas através das virtudes e do trabalho.

Tal princípio ia de encontro aos interesses da burguesia.



O texto acima refere-se:

a) à livre interpretação da Bíblia.

b) à predestinação.

c) às indulgências.

d) à simonia.

e) ao Ato de Supremacia.



9. (Mackenzie) "É preciso ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres, ou empresta a
quem está necessitado, faz melhor do que se comprasse indulgências".

         (Martinho Lutero)

As Indulgências eram:

a) documentos de compra e venda de cargos e títulos eclesiásticos a qualquer pessoa que os
desejasse.

b) cartas que permitiam a negociação de relíquias sagradas, usadas por Cristo, Maria ou
Santos.
c) dispensas, isenções de algumas regras da Igreja Católica ou de votos feitos anteriormente
pelos fiéis.

d) proibições de receber o dízimo oferecido pelos fiéis e incentivo à prática da usura pelo alto
clero.

e) absolvições dos pecados de vivos e mortos, concedidas através de cartas vendidas aos fiéis.



10. (Mackenzie) As transformações religiosas do século XVI, comumente conhecidas pelo
nome de Reforma Protestante, representaram no campo espiritual o que foi o Renascimento
no plano cultural; um ajustamento de ideias e valores às transformações socioeconômicas da
Europa. Dentre seus principais reflexos, destacam-se:

a) a expansão da educação escolástica e do poder político do papado devido à extrema
importância atribuída à Bíblia.

b) o rompimento da unidade cristã, expansão das práticas capitalistas e fortalecimento do
poder das monarquias.

c) a diminuição da intolerância religiosa e fim das guerras provocadas por pretextos religiosos.

d) a proibição da venda de indulgências, término do índex e o fim do princípio da salvação pela
fé e boas obras na Europa.

e) a criação pela igreja protestante da Companhia de Jesus em moldes militares para
monopolizar o ensino na América do Norte.



11. (Puccamp) No início da Época Moderna pode-se relacionar a Reforma Protestante, nos
campos político e cultural, respectivamente,

a) à fragmentação do poder temporal na Inglaterra e à disseminação do racionalismo.

b) ao enfraquecimento do poder central no Santo Império e à divulgação da língua alemã, a
partir da tradução da Bíblia.

c) ao surgimento do poder de origem divina na França e ao progresso científico.

d) ao desaparecimento do poder absolutista e à valorização do individualismo, na Espanha.

e) à expansão do poder feudal e ao desenvolvimento da estética barroca na pintura e na
escultura, na Itália.



12. (Puccamp) Analise a decisão da Igreja Católica sobre as indulgências, no Concílio de Trento,
no século XVI.
"Havendo Jesus Cristo concedido à Igreja o poder de conceder indulgência (...); ensina e
ordena o sacrossanto Concílio que o uso das indulgências (...) deve conservar-se pela Igreja (...)
Não obstante, deseja que se proceda com moderação na sua concessão (...) a fim de que, pela
facilidade de concedê-las, não decaia a disciplina eclesiástica. E ansiando para que se
emendem e corrijam os abusos que se introduziram nelas, motivo que leva os hereges a
blasfemarem contra elas, estabelece (...) que se exterminem de forma absoluta todos os lucros
ilícitos que se cobram dos fiéis para que as consigam; pois disto se originaram muitos abusos
no povo cristão."

         (Adhemar Marques et al. "História Moderna através de textos". São Paulo: Contexto,
1997. p.121)



O Concílio de Trento foi um acontecimento que marcou a Reforma da Igreja Católica. A decisão
do Concílio sobre as indulgências representou:

a) a mudança de atribuições no interior da hierarquia da Igreja, que centralizava ainda mais o
poder de cobrar pelas indulgências.

b) a reafirmação dos princípios da Igreja diante da insubordinação dos seguidores da
Companhia de Jesus, que aderiram às ideias protestantes.

c) o reconhecimento público dos erros cometidos pela Igreja, resultando na reaproximação
com os dissidentes.

d) uma afronta para o povo pobre cristão que se utilizava da prática da Igreja de conceder as
indulgências aos infiéis em troca de bens materiais.

e) uma reação da Igreja aos movimentos reformistas que questionavam a concessão das
indulgências como um valor para a obtenção da salvação.



13. (Pucmg) Em 1517 começa, no Sacro Império Romano-Germânico, o movimento de reforma
liderado por Martinho Lutero, que defendia:

a) a fé como elemento fundamental para a salvação dos indivíduos.

b) o relaxamento dos costumes dos membros da Igreja daquela época.

c) a confissão obrigatória, o jejum e o culto aos santos e mártires.

d) o princípio da predestinação e da busca do lucro por meio do trabalho.

e) o reconhecimento do monarca como chefe supremo da Igreja.



14. (Pucsp) A doutrina calvinista estabelecia para seus adeptos uma vida regrada, disciplinada,
dedicada ao trabalho, afastada do ócio, dos vícios e da ostentação. Esse código de conduta
levou alguns autores a considerar esses princípios do calvinismo como fatores que
favoreceriam o processo de acumulação capitalista. Dentro dessa doutrina, apoiada numa
interpretação particular da noção de onisciência divina, conformar-se a esse ideal de conduta
não seria o caminho para a salvação, mas seus resultados visíveis - o sucesso material - dariam
ao eleito a confirmação do estado de graça.

Esse código de conduta fundamentava-se no princípio doutrinário que pregava

a) a justificação pela fé, ou seja, a fé como meio de obtenção da graça e da salvação.

b) a predestinação à salvação, ou seja, a ideia de que alguns já nascem escolhidos por Deus
para serem salvos, estado impossível de ser modificado, passível, apenas, de ser reconhecido
pelos "sinais" presentes na vida dos "eleitos".

c) a salvação pelas obras, ou seja, a redenção por um ato voluntário do indivíduo, que deveria
cumprir os mandamentos divinos, praticar a caridade, intensificar orações e peregrinações.

d) a vocação missionária e a opção pelos pobres, ou seja, a missão de pregar o evangelho e
difundir a doutrina especialmente entre aqueles que se achavam destituídos das riquezas
terrenas.

e) a valorização do ascetismo, a flagelação do corpo e a negação da posse de riquezas
materiais como meios de alcançar a graça divina, afastando da mente e da alma aquilo que
seria considerado "tentação da carne".



15. (Uel) "Uma importante atividade intelectual, desenvolvida por Galileu, no século XVII, foi
objeto de controvérsias, sobretudo nos meios da Igreja Católica".



O texto refere-se

a) à ideia de que o conhecimento se reduzia à constatação da existência: "Penso, logo existo".

b) à análise do mundo animal, como um espaço intermediário entre a Física e a Psicologia.

c) à utilização de experimentos na investigação da verdade científica.

d) à ideia de que a origem do conhecimento estava na dúvida metódica.

e) ao princípio de que a matéria atrai a matéria, na razão inversa de suas massas.



16. (Uel) Dentre os fatores que contribuíram para a difusão do Movimento Reformista
Protestante, no início do século XVI, destaca-se

a) o cerceamento da liberdade de crítica provocado pelo Renascimento Cultural.

b) o declínio do particularismo urbano que veio a favorecer o aparecimento das Universidades.
c) o abuso político cometido pela Companhia de Jesus.

d) o conflito político observado tanto na Alemanha como na França.

e) a inadequação das teorias religiosas católicas para com o progresso do capitalismo
comercial.



17. (Unirio) Dentre os fatores que contribuíram para a eclosão do movimento reformista
protestante, no início do século XVI, destacamos o(s):

a) declínio do nacionalismo no processo de formação dos estados modernos.

b) embate entre o progresso do capitalismo comercial e as teorias religiosas católicas.

c) fim do comércio de indulgências patrocinado pela Igreja Católica.

d) encerramento da liberdade de crítica provocado pelo Renascimento Cultural.

e) abusos cometidos pela Companhia de Jesus e pela ação política do Concílio de Trento.



18. (Unirio) No século XVI, diversos movimentos reformistas de caráter religioso eclodiram na
Europa. Sobre esses movimentos é correto afirmar que o:

a) Humanismo foi o primeiro movimento reformista que criticou os abusos contidos nas
práticas da Igreja Católica, propondo a submissão do Papa ao poder secular dos imperadores e
reis.

b) Luteranismo difundiu-se rapidamente entre os segmentos servis da Alemanha e das regiões
nórdicas, pois pregava a insubordinação e a luta armada dos camponeses contra a nobreza
senhorial e o clero, aliados políticos nessas regiões.

c) Calvinismo significou um recrudescimento das concepções e práticas reformistas, pois
criticou os valores burgueses através da condenação do empréstimo de dinheiro a juros e do
trabalho manual.

d) Anglicanismo reforçou a autoridade do Vaticano na Inglaterra com a promulgação do Ato de
Supremacia, por Henrique VIII, que devolveu os bens e as propriedades do clero católico
confiscados pela nobreza inglesa.

e) Concílio de Trento marcou a reação da Igreja à difusão do Protestantismo, reafirmando os
dogmas católicos e fortalecendo os instrumentos de poder do papado, tais como o Tribunal do
Santo Ofício e a criação do índice de Livros Proibidos.



19. (Unirio) "Deus chama cada um para uma vocação particular cujo objetivo é a glorificação
dele mesmo. O comerciante que busca o lucro, pelas qualidades que o sucesso econômico
exige: o trabalho, a sobriedade, a ordem, responde também ao chamado de Deus, santificando
de seu lado o mundo pelo esforço, e sua ação é santa."

(João Calvino. In: Mousnier, Roland. História Geral das Civilizações. Os séculos XVI e XVII: os
processos da civilização europeia. SP: Difel, 1973, p. 90, tomo IV, v. 1.)



A opção que correlaciona a citação acima com o contexto da reforma protestante, no século
XVI, que pregava mudanças no cristianismo e na ação da igreja católica é o

a) calvinismo, a condenação da doutrina da predestinação absoluta formulada pelo
pensamento tomista medieval.

b) anglicanismo, a supressão do clero e dos sacramentos na vida religiosa como forma de
enfraquecimento do papado.

c) luteranismo e no calvinismo, a pregação teológica de submissão do Estado à Igreja
reformada.

d) luteranismo, a defesa do princípio da salvação do homem pela fé sem a necessidade de
intermediação da Igreja e da realização de obras pias.

e) anglicanismo e no luteranismo, a substituição do latim pelo alemão nos cultos religiosos.



20. (Uerj) O texto a seguir se refere ao período do início da transição do feudalismo para o
capitalismo.



A expansão navegadora que decorreu do desenvolvimento mercantil ao fim do medievalismo é
contemporânea da cisão religiosa definida com a Reforma. Como aquela expansão foi
capitaneada pelas nações católicas, "colonização" e catequese religiosa confundiram-se.

          SODRÉ, N. W. "Síntese de História da Cultura Brasileira". Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1999. 19. ed., p.15.



A articulação entre catequese e colonização na América acima descrita pode ser entendida

a) pelo interesse do colonizador europeu em conquistar a confiança do ameríndio, conhecedor
dos caminhos que levaram às minas de metais preciosos existentes em toda a região
continental americana.

b) como uma preocupação quanto ao risco de influência das religiões dos africanos, trazidos à
América para o trabalho escravo, sobre os ameríndios, afastando-os da "verdadeira" religião
(cristã).
c) pela busca da melhoria do trabalho do ameríndio através da influência de uma cultura
superior (a europeia), o que garantiria uma possibilidade de ascensão social do indígena a
médio ou longo prazo.

d) como resultado de um conflito entre Igreja Católica e os governantes dos Estados Modernos
europeus, todos em busca de afirmação política e econômica, apresentando assim
antagonismos inconciliáveis.

e) pela fusão de interesses nem sempre pacíficos dos Estados colonizadores e da Igreja
Católica visando, entre outros objetivos, à maior exploração do "gentio" e seu afastamento da
pregação reformista.

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FEUDALISMO E IGREJA MEDIEVAL

  • 1. REVISÃO 1º ANO FEUDALISMO 1. (Puccamp) Preparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar encontrou numa carta de Flaubert esta frase: "Quando os deuses tinham deixado de existir e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem ficou sozinho". Os deuses pagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o triunfo cristão, e Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidão flagrado por Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica - e não gostou, claro. Quem quer ficar sozinho num mundo que não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo de uma teologia, qualquer teologia? (Luiz Fernando Veríssimo. Banquete com os deuses) A compreensão do mundo por meio da religião é uma disposição que traduz o pensamento medieval, cujo pressuposto é a) o antropocentrismo: a valorização do homem como centro do Universo e a crença no caráter divino da natureza humana. b) a escolástica: a busca da salvação através do conhecimento da filosofia clássica e da assimilação do paganismo. c) o panteísmo: a defesa da convivência harmônica de fé e razão, uma vez que o Universo, infinito, é parte da substância divina. d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas instituídos pela Igreja e não questionamento das leis divinas. e) o teocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística medieval, que considera Deus o centro do Universo. 2. (Fuvest) Sobre as invasões dos "bárbaros" na Europa Ocidental, ocorridas entre os séculos III e IX, é correto afirmar que: a) foi uma ocupação militar violenta que, causando destruição e barbárie, acarretou a ruína das instituições romanas. b) se, por um lado, causaram destruição e morte, por outro contribuíram, decisivamente, para o nascimento de uma nova civilização, a da Europa Cristã.
  • 2. c) apesar dos estragos causados, a Europa conseguiu, afinal, conter os bárbaros, derrotando-os militarmente e, sem solução de continuidade, absorveu e integrou os seus remanescentes. d) se não fossem elas, o Império Romano não teria desaparecido, pois, superada a crise do século III, passou a dispor de uma estrutura sócio-econômica dinâmica e de uma constituição política centralizada. e) os Godos foram os povos menos importantes, pois quase não deixaram marcas de sua presença. 3. (Faap) A doutrina de Platão influenciou os primeiros filósofos medievais, Santo Agostinho, bispo de Hipona (354 a 430) e Boécio (480 a 524), autores de "Confissões" e "Consolação da Filosofia", respectivamente. Mas a Filosofia que predominou na Idade Média foi a: a) Sofística b) Epicurista c) Escolástica d) Existencialista e) Fenomenológica 4. (Fgv) As principais características do feudalismo eram: a) Sociedade de ordens, economia levemente industrial, unificação política e mentalidade impregnada pela religiosidade. b) Sociedade estamental, economia tipicamente artesanal, organização política descentralizada e mentalidade marcada pela ausência do cristianismo. c) Sociedade de ordens, economia terciária e competitiva, centralização política e mentalidade hedonista. d) Sociedade de ordens, economia agrária e auto-suficiente, fragmentação política e mentalidade fortemente influenciada pela religiosidade. e) Sociedade estamental, economia voltada para o mercado externo, fragmentação política e ausência de mentalidade religiosa. 5. (Fuvest) "O Feudalismo medieval nasceu no seio de uma época infinitamente perturbada. Em certa medida, ele nasceu dessas mesmas perturbações. Ora, entre as causas que contribuíram para criar ou manter um ambiente tão tumultuado, algumas existiram completamente estranhas à evolução interior das sociedades europeias."
  • 3. (Marc Bloch, A SOCIEDADE FEUDAL) O texto refere-se: a) às invasões dos turcos, lombardos e mongóis que a Europa sofreu nos séculos IX e X, depois do esfacelamento do Império Carolíngio. b) às invasões prolongadas e devastadoras dos sarracenos, húngaros e vikings na Europa, nos séculos IX e X (ao Sul, Leste e Norte respectivamente), depois do esfacelamento do Império Carolíngio. c) às lutas entre camponeses e senhores no campo e entre trabalhadores e burgueses nas cidades, impedindo qualquer estabilidade social e política. d) aos tumultos e perturbações provocadas pelas constantes fomes, pestes e rebeliões que assolavam as áreas mais densamente povoadas da Europa. e) à combinação de fatores externos (invasões e introdução de novas doutrinas e heresias) e internos (escassez de alimentos e revoltas urbanas e rurais). 6.(Mackenzie) O ano de 1054 foi marcado pelo "Cisma do Oriente". Após um longo processo de conflitos, ocorreu a ruptura entre o papado romano e o patriarca de Constantinopla, ocasionando: a) a criação da igreja Cristã Ortodoxa Grega. b) a transferência da sede do papado para a cidade de Avignon. c) o conflito denominado Querela das Investiduras. d) a fundação da Igreja Cristã Protestante. e) a divisão do Clero em secular ortodoxo e regular monástico. 7. (FGV) Na Idade Média, desenvolveram-se dentro da Igreja, instituições que tinham corporações de mestres e aprendizes, com privilégios e autonomia administrativa, e significaram importante avanço intelectual. O texto anterior refere-se: a) às Irmandades; b) aos Museus; c) às Bibliotecas; d) aos Conventos;
  • 4. e) às Universidades. 8. (Mackenzie) A respeito do Sistema Feudal, assinale a alternativa correta. a) A sociedade feudal era estática e não permitia a mobilidade social, era uma sociedade de castas - dela faziam parte quatro ordens hierarquizadas: os nobres, o clero, os servos e os escravos. b) Consistia em um sistema de relações onde os vassalos doavam terras aos seus suseranos, que ficavam obrigados a pagar impostos nas formas de produtos e serviços. c) Esse sistema foi condenado pela Igreja Católica, que não concordava com as exigências senhoriais que sobrecarregavam os camponeses. d) Através do domínio político, exercido por meio da violência e da obediência aos costumes, o servo era obrigado a prestar trabalhos e serviços ao Senhor Feudal. e) A principal fonte de lucro era o excedente de produção, oriundo do trabalho servil e livremente comercializado pelos senhores feudais e servos. 9. (Puccamp) Valendo-se de sua crescente influência religiosa, a Igreja passou a exercer importante papel em diversos setores da vida medieval, a) como por exemplo nas Universidades, onde disseminaram o cultivo das línguas nacionais. b) inclusive estimulando o avanço da ciência, sobretudo da medicina. c) impedindo a divulgação de conhecimentos científicos através do estabelecimento do Index. d) pois, enriquecida com as grandes doações de terras feitas pela burguesia, passou a se omitir, não se preocupando mais com a construção de Igrejas e Mosteiros. e) servindo como instrumento de homogeneização cultural diante da fragmentação política da sociedade feudal. 10. (Puccamp) A Igreja Cristã foi a instituição mais importante durante a Idade Média. Esta importância, que já existia nos séculos finais do Império Romano, continuou crescendo na medida em que a) associada à sociedade bizantina atuou no combate às heresias. b) sua influência política, obtida com o apoio dos alamanos, permitiu-lhe que organizasse um Estado em território conquistado aos saxões. c) conseguiu ter êxito na conversão dos bárbaros germânicos.
  • 5. d) aumentou seu domínio, através do Colégio dos Cardeais, sobre o Sacro Império Romano- Germânico. e) fortaleceu seu papel no combate ao reformismo exigido pelos monges de Cluny. 11. (Puccamp) A Igreja integrou-se ao Sistema Feudal através dos mosteiros, cujas características se assemelhavam às dos domínios dos senhores feudais. Como tinha a) o controle do destino espiritual, procurou combater a usura entre os integrantes do clero e entre os judeus, no que foi rigorosamente obedecida. b) o monopólio da cultura, tinha também o monopólio da interpretação da realidade social. c) grande influência na formação da mentalidade, insistia no ideal do preço justo, permitindo que na venda dos produtos se cobrasse a mais apenas o custo do transporte. d) o controle da realidade social, exigia que os cristãos distribuíssem os excedentes entre seus parentes mais próximos para auferir lucros. e) a fiscalização sobre a distribuição dos excedentes em épocas de calamidade, inibia a atuação dos comerciantes inescrupulosos, ameaçando-os com multas ou com a perda de suas propriedades. 12. (Puccamp) Para compreender a unificação religiosa e política da Arábia por Maomé, é necessário conhecer: a) a atuação das seitas religiosas sunita e xiita, que contribuíram para a consolidação do Estado teocrático islâmico. b) os princípios legitimistas obedecidos pela tribo coraixita, da qual fazia parte. c) os fundamentos do sincretismo religioso que marcou a doutrina islâmica. d) as particularidades da vida dos árabes nos séculos anteriores ao surgimento do islamismo. e) a atuação da dinastia dos Omíadas que, se misturando com os habitantes da região do Maghreb, converteram-se à religião muçulmana e passaram a ser chamados de mouros. 13. (FGV) Para explicar a rápida expansão muçulmana, ou do Islão, há vários fatores. Qual dos tópicos a seguir não é explicativo disso: a) o crescimento demográfico da população árabe, que pressionava o povo a procurar terras favoráveis à agricultura; b) à fraqueza defensiva do Ocidente, devida à política de paz e tolerância da Igreja Católica;
  • 6. c) o império Bizantino e o Império Persa guerrearam durante séculos, enfraquecendo-se mutuamente; d) no Ocidente a expansão árabe soube aproveitar as fraquezas dos Estados bárbaros descentralizados, que sucederam o Império Romano; e) o estímulo muçulmano à Guerra Santa (Jihad), coordenado pelos califas, em nome da expansão da fé islâmica. 14. (Uel) "O modo de produção feudal, que se desenvolve e atinge seu apogeu na Alta Idade Média, é caracterizado essencialmente pela existência das relações servis de produção..." Assinale a alternativa que se identifica com a fonte de poder e riqueza no modo de produção a que o texto se refere. a) " ... Deus quis que, entre os homens, houvesse soluta igualdade..." b) " ... os acontecimentos provam o julgamento de Deus sobre nós..." c) " ... a luta social desaparece quando os homem vivem em comunhão..." d) " ... não havia senhor sem terra, nem terra sem senhor..." e) " ... quando Adão cavava a terra e Eva fiava, onde estavam os senhores... " 15. (Uel) Entre os fatores internos e externos que contribuíram para a formação do sistema feudal encontram-se a) as instituições germânicas, como o 'comitatus' e o direito oral. b) a utilização das moedas de prata republicana ou SOLIDI IMPERIAIS e a assimilação do arianismo. c) a introdução pelos germanos da noção de Estado e a organização judicial caracterizada pelo 'wergeld'. d) a prática constante do nicolaísmo e o enfraquecimento dos patrícios romanos. e) a aceitação da simonia e o aperfeiçoamento da lavra (arados melhores, mais cortantes e resistentes). 16. (Ufes) Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones (imagens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) constituíam a "revelação da eternidade no
  • 7. tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que Deus tinha se revelado ao homem e por isso era possível representá-Lo de forma visível." (Franco Jr., H. e Andrade Filho, R. O. O IMPÉRIO BIZANTINO. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27). Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no Império Bizantino, o imperador Leão III, em 726, condenou tal prática por idolatria, desencadeando assim a chamada "crise iconoclasta". Dentre os fatores que motivaram a ação de Leão III, podemos citar o (a): a) intolerância da corte imperial para com os habitantes da Ásia Menor, região onde o culto aos ícones servia de pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam se emancipar. b) necessidade de conter a proliferação de culto às imagens, num contexto de reaproximação da Sé de Roma com o imperador bizantino, uma vez que o papado se posicionava contra a instituição dos ícones e exigia a sua erradicação. c) tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã, Teodora, a qual valendo-se do prestígio de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja Bizantina, aspirava secretamente a sagrar-se imperatriz. d) aproximação do imperador, por meio do califado de Damasco, com o credo islâmico que, recuperando os princípios originais do monoteísmo judaico-cristão, condenava a materialização da essência sagrada da divindade em pedaços de pano ou madeira. e) descontentamento imperial com o crescente prestígio e riqueza dos mosteiros (principais possuidores e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço monástico numerosos jovens, impedindo-os, com isso de contribuírem para o Estado na qualidade de soldados, marinheiros e camponeses. 17. (Ufpe) A expansão muçulmana atingiu territórios da Europa, contribuindo para a divulgação de hábitos culturais que marcaram a formação histórica da Península Ibérica. Além disso, mudou as relações comerciais da época. Em relação a outros povos e à Igreja Católica, os muçulmanos: a) mantiveram, ao longo de sua história, uma tradição de total tolerância religiosa. b) eram temidos, em razão do seu grande poderio militar. c) mantiveram uma convivência sem choques culturais, revelando-se, no entanto, intolerantes com os judeus. d) foram intolerantes e violentos, não assimilando as culturas adversárias. e) só eram temidos em Portugal, pelos cristãos e pelos judeus, sendo bem aceitos na Espanha.
  • 8. 18. (Unaerp) O feudalismo, como todos os outros modos de produção, não surgiu repentinamente. Ele foi o resultado: a) do surgimento da Igreja Católica Romana, instituição que, de certa forma, tomou o lugar do Estado romano. b) de uma síntese entre a sociedade romana em expansão e a sociedade bárbaro-germânica em decadência. c) das contribuições isoladas dos bárbaros e dos romanos que deram aos feudos um caráter urbano. d) do fortalecimento do Estado e da fragmentação política. e) de uma lenta transformação que começou no final do império romano, passou pela invasão dos bárbaros-germânicos no século V, atravessou o império carolíngio, e começou a se efetivar a partir do século IX. 19. (Unesp) O Império Árabe está associado a um legado cultural islâmico secular. Assinale o significado histórico correto da expressão islâmica que se manifesta na crise atual do Golfo Pérsico. a) "Jihad" é a luta pela fé, pela restauração da palavra de Alá e ação contra a opressão. b) "Muçulmano" é ser árabe necessariamente. c) "Mesquita" é livro sagrado. d) "Kiffer" é aquele que pratica rezas diárias e segue o Islã. e) "Hégira" é vocábulo árabe que no léxico português significa tufão. 20. (Unesp) A Civilização Bizantina floresceu na Idade Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da Europa testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale importante e preponderante contribuição artística bizantina que se difundiu expressando forte destinação religiosa: a) Adornos de bronze e cobre. b) Aquedutos e esgotos. c) Telhados de beirais recurvos. d) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas. e) Vias calçadas com artefatos de couro.
  • 9. BAIXA IDADE MÉDIA 1. (Unesp) As invasões e dominação de vastas regiões pelos árabes na Península Ibérica provocaram transformações importantes para portugueses e espanhóis, que os diferenciaram do restante da Europa medieval. As influências dos árabes, na região, relacionaram-se a a) acordos comerciais entre cristãos e mouros, a fim de favorecer a utilização das rotas de navegação marítima em torno dos continentes africano e asiático, para obter produtos e especiarias. b) conflitos entre cristãos e muçulmanos, que facilitaram a centralização da monarquia da Espanha e Portugal, sem necessitar do apoio da burguesia para efetivar as grandes navegações oceânicas. c) difusão das idéias que ocasionaram a criação da Companhia de Jesus, responsável pela catequese nas terras americanas e africanas conquistadas através das grandes navegações. d) acordos entre cristãos e muçulmanos, para facilitar a disseminação das idéias e ciências romanas, fundamentais para o crescimento comercial e das artes náuticas. e) contribuições para a cultura científica, possibilitando ampliação de conhecimentos, principalmente na matemática e astronomia, que permitiram criações de técnicas marítimas para o desenvolvimento das navegações oceânicas. 2. (Fatec) Em O RENASCIMENTO, Nicolau Sevcenko afirma: "O comércio sai da crise do século XIV fortalecido. O mesmo ocorre com a atividade manufatureira, sobretudo aquela ligada à produção bélica, à construção naval e à produção de roupas e tecidos, nas quais tanto a Itália quanto a Flandres se colocaram à frente das demais. As minas de metais nobres e comuns da Europa Central também são enormemente ativadas. Por tudo isso muitos historiadores costumam tratar o século XV como um período de Revolução Comercial." A Revolução Comercial ocorreu graças: a) às repercussões econômicas das viagens ultramarinas de descobrimento. b) ao crescimento populacional europeu, que tornava imperativa a descoberta de novas terras onde a população excedente pudesse ser instalada.
  • 10. c) a uma mistura de idealismo religioso e espírito de aventura, em tudo semelhante àquela que levou à formação das cruzadas. d) aos Atos de Navegação lançados por Oliver Cromwell. e) à auto-suficiência econômica lusitana e à produção de excedentes para exportação. 3. (Faap) As cruzadas no Oriente Médio (séculos XI-XIII) tiveram profunda repercussão sobre o feudalismo porque, entre outros motivos, a) diminuíram o prestígio da Santa Sé, em virtude da separação das Igrejas cristãs de Roma e de Bizâncio. b) impediram os contatos culturais com civilizações refinadas como a bizantina e a árabe. c) aceleraram o comércio e o desenvolvimento de manufaturas, promovendo o crescimento de uma nova camada social. d) desintegraram o sistema de comércio com o Oriente, gerando a decadência dos portos de Veneza, Gênova e Marselha. e) estimularam a expansão da economia agrária, que minou a economia monetária dos centros urbanos. 4. (Fuvest) A "Querela das Investiduras" foi um conflito instaurado entre a) os Papas e os Imperadores do Sacro Império Romano-Germânico. b) os senhores feudais e os cavaleiros. c) as ordens religiosas e os Patriarcas de Constantinopla. d) os monges de Cluny e o Papa Gregório VII. e) os gibelinos e o Imperador Henrique IV. 5. (Fuvest) As comunas medievais caracterizaram-se por: a) radicalismo político que tendia ao anti-clericalismo. b) autonomia das cidades em relação aos senhores feudais, com governo, direito e símbolos próprios. c) aumento do clericalismo, resultando no reforço da autoridade papal. d) fortalecimento da submissão à autoridade dos senhores feudais.
  • 11. e) aglomeração de marginalizados que exerciam o banditismo. 6. (Fuvest) Do Grande Cisma, sofrido pelo Cristianismo no século XI, resultou: a) o estabelecimento dos tribunais de Inquisição pela Igreja Católica. b) a Reforma Protestante, que levou à quebra da unidade da Igreja Católica na Europa Ocidental. c) a heresia dos Albigenses, condenada pelo Papa Inocêncio II. d) a divisão da Igreja em Católica Romana e Ortodoxa Grega. e) a "Querela das Investiduras", que proibia a investidura de clérigos por leigos. 7. (Fuvest) A proliferação das universidades medievais, no século XIII, responsável por importantes transformações culturais, está relacionada: a) ao Renascimento cultural promovido por Carlos Magno e pelos homens cultos que trouxe para sua corte. b) à invenção da imprensa que possibilitou a reprodução dos livros a serem consultados por mestres e alunos. c) à importância de se difundir o ensino do latim, língua utilizada pela Igreja para escrever tratados teológicos, cartas e livros. d) ao crescimento do comércio, ao desenvolvimento das cidades e às aspirações de conhecimentos da burguesia. e) à determinação de eliminar a ignorância e o analfabetismo da chamada Idade das Trevas. 8. (Fuvest) A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais visíveis e terríveis do que se conhece como a crise do século XIV. Como conseqüência dessa crise, ocorrida na Baixa Idade Média, a) o movimento de reforma do cristianismo foi interrompido por mais de um século, antes de reaparecer com Lutero e iniciar a modernidade; b) o campesinato, que estava em vias de conquistar a liberdade, voltou novamente a cair, por mais de um século, na servidão feudal; c) o processo de centralização e concentração do poder político intensificou-se até se tornar absoluto, no início da modernidade;
  • 12. d) o feudalismo entrou em colapso no campo, mas manteve sua dominação sobre a economia urbana até o fim do Antigo Regime; e) entre as classes sociais, a nobreza foi a menos prejudicada pela crise, ao contrário do que ocorreu com a burguesia. 9. (Fuvest) Na representação que a sociedade feudal, da Europa Ocidental, deixou de si mesma (em textos e em outros documentos não escritos), a) os nobres, por guerrearem, ocupavam o primeiro lugar na escala social. b) as mulheres, quando ricas, ocupavam um alto lugar na escala social. c) os clérigos, por orarem, ocupavam o segundo lugar na escala social. d) os burgueses, por viverem no ócio, ocupavam um lugar médio na escala social. e) os camponeses, por labutarem, ocupavam o último lugar na escala social. 10. (Mackenzie) Sobre a Carta Magna inglesa de 1215, é correto afirmar que: a) foi assinada pelo rei João Sem Terra, consolidando a separação entre a Inglaterra e o Papa, tornando-o chefe da Igreja. b) determinou que os bens da Igreja passariam às mão da nobreza inglesa que apoiava o rei João Sem Terra, instituindo a monarquia constitucional. c) proclamou o rei João Sem Terra, Lorde Protetor da Inglaterra, Escócia e Irlanda, desencadeando uma onda de nacionalismo extremado. d) foi imposta pela nobreza inglesa ao rei João Sem Terra, limitando o poder real e obrigando-o a respeitar os direitos tradicionais de seus vassalos. e) criou o Parlamento inglês bicameral constituído pelas câmaras dos lordes e dos comuns, impondo ao rei João Sem Terra a declaração de Direitos "Bill ofRights". 11. (Mackenzie) A peste negra, que dizimou cerca de um terço da população européia, as revoltas camponesas ocasionadas pelo precário equilíbrio da produção agrícola, e a Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, foram responsáveis: a) pela formação da sociedade feudo-clerical. b) pela crise do mercantilismo econômico. c) pelo fortalecimento da nobreza em detrimento do poder real.
  • 13. d) pela aceleração da crise do absolutismo. e) pela crise do feudalismo e consolidação do poder real. 12. (Mackenzie) "Chegou o dia em que o comércio cresceu, e cresceu tanto que afetou profundamente toda a vida da Idade Média. O século XI viu o comércio andar a passos largos; o século XIl viu a Europa ocidental transformar-se em conseqüência disso.'' Leo Huberman Assinale a alternativa relacionada ao texto anterior. a) Os efeitos do renascimento urbano e comercial foram sentidos simultaneamente em todo o território europeu. b) O modo de produção servil foi imediatamente substituído pelo desenvolvimento de centros industriais e pelo trabalho assalariado. c) A ampliação de novos mercados e centros urbanos contribuiu para a redução do crescimento demográfico e da migração. d) A expansão marítima comercial européia, através da aliança dos reis com a burguesia, consolidou as relações mercantis na Ásia, Europa e América. e) O renascimento comercial trouxe o crescimento das cidades, a expansão do mercado e a ascensão de um novo grupo social. 13. (Mackenzie) "(...) A cabeça descoberta, um joelho em terra, sem esporas e sem guantes, e havendo cumprido com todas as formalidades prescritas pelos costumes desta província da Borgonha (...) declarou em voz alta: 'Senhor Barão e senhor da baronia de Vitrysur-Loire (...) me reconheço vosso vassalo e vos faço fé e homenagem (...) Peço-vos, com todo o respeito que vos é devido, a investidura dos ditos feudos, tanto em propriedade como em usufruto, com oferecimento e comprometimento de ajuda e de préstimos (...)' " (R. Boutruche) A condição de vassalo impunha: a) prestação de serviços não remunerados aos senhores e pagamento de diversos tributos (talha, corvéia, banalidade) em troca da permissão de uso de terra e proteção militar. b) uma situação na qual, embora inferior, nivelava-se socialmente ao vilão, preso à terra recebida e obrigado a prestar homenagens aos nobres e cavaleiros.
  • 14. c) a cada família de servos um lote de terra arrendada e a obrigação de prestar serviços militares, proteger as terras e cidades do suserano. d) auxílio militar, provisionamento de cavaleiros, hospedagem, participação nos tribunais do senhor e garantia do pagamento de resgate em caso de captura do senhor. e) ausência de juramento de fidelidade e proteção, obrigação de lavrar as terras que recebiam e de prestar ajuda militar aos reis suseranos supremos, que detinham o poder político centralizado. 14. (Mackenzie) Em outubro de 1347, navios mercantes genoveses chegaram ao porto de Messina. Os marinheiros doentes tinham estranhas inchações escuras, do tamanho de um ovo ou uma maçã, nas axilas e virilhas, que purgavam pus e sangue e eram acompanhadas de bolhas e manchas negras por todo o corpo. Sentiam muitas dores e morriam rapidamente cinco dias depois dos primeiros sintomas. TUCHMAN, Barbara W. Um Espelho Distante. O terrível século XIV. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1990. Cerca de 25 milhões de pessoas morreram entre os anos de 1347 e 1350. Dentre os fatores que contribuíram para esse acontecimento destacamos: a) a formação do modo de Produção Feudal. b) a decadência e posterior desaparecimento da dinastia Carolíngia na Europa medieval. c) o aumento do intercâmbio comercial entre Europa e Oriente após as Cruzadas. d) o fim da Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra devido à peste negra. e) a expansão Marítima e Comercial Européia e a descoberta do novo mundo. 15. (Pucsp) A sociedade feudal era estamental e fragmentada politicamente. O cerimonial a seguir transcrito, representativo do relacionamento estabelecido entre nobres, determinava as condições para a doação dos feudos, colocando até mesmo o rei dentro desse sistema de reciprocidade: "Aos 7 dos idos de Abril, quinta-feira, foram prestadas as homenagens ao conde; o que foi cumprido segundo as formas determinadas para prestação de fé e de fidelidade, segundo a ordem seguinte. Em primeiro lugar, eles fizeram homenagem assim: o conde perguntou ao futuro vassalo se queria tornar-se seu homem sem reserva, e este respondeu:
  • 15. - 'quero-o ',- depois, com as mãos apertadas entre as do conde, aliaram-se por um beijo. Em segundo lugar, aquele que tinha feito homenagem empenhou a sua fé (...) e, em terceiro lugar, ele jurou isto sobre as relíquias dos santos. Em seguida, com a vara que tinha na mão, o conde deu-lhes investidura (a posse simbólica do feudo), a todos que acabavam de prestar-lhe homenagem, de prometer-lhe fidelidade e de prestar-lhe juramento. " (Gilberto de Bruges, "História da morte de Carlos o Bom, conde de Flandres", in FREITAS, Gustavo de. 900 TEXTOS E DOCUMENTOS DE HISTÓRIA, vol. 4521 I, Lisboa, Plátano.) O cerimonial descrito a) estabelecia uma rede de lealdades entre os diferentes estratos da sociedade medieval, contribuindo para a centralização monárquica. b) delimitava direitos e obrigações entre nobreza, clero e povo. c) estabelecia as condições para o ingresso na categoria de nobres, possibilitando ascensão social. d) prescrevia as condições de doação dos feudos, estabelecendo uma hierarquização do ponto de vista econômico, contribuindo para o fortalecimento do poder real. e) estabelecia uma hierarquização do ponto de vista militar, no interior de um sistema de reciprocidade, incluindo obrigações de fidelidade e proteção, no qual constituía a recompensa. 16. (Uel) Uma das conseqüências das Cruzadas foi a consolidação do renascimento comercial europeu, ao a) interromper a expansão dos francos do Norte da Europa e ao impedir que o comércio ficasse monopolizado pelas cidades de Antuérpia e Amsterdã. b) expulsar os árabes do Mediterrâneo e ao permitir o domínio do comércio pelas cidades italianas, na região, principalmente Gênova e Veneza. c) estender o controle comercial do pontificado romano a todo o continente, favorecendo as cidades de Flandres e Champagne. d) possibilitar a apropriação pelos mercadores europeus dos centros comerciais dominados pelos bretões e florentinos.
  • 16. e) generalizar o comércio baseado na troca direta, herdado dos povos germanos e saxões. 17. (Ufpe) Com o fim das invasões bárbaras na Europa, entre os séculos XI e XIV, a população européia experimentou um clima de maior segurança e, conseqüentemente, houve um aumento quantitativo desta população. Com relação a este período, assinale a alternativa correta: a) O aumento de nascimento na classe nobre gerou problemas em relação as terras, resultando em guerras entre os feudos. b) As cruzadas também ocorreram nesse período e podem ter motivado o aumento da população. c) Houve um desenvolvimento em todos os níveis devido ao aumento da produção e das atividades comerciais, com o restabelecimento completo das rotas com o oriente e o crescimento das cidades. d) É um período marcado por grandes perdas na produção agrícola. e) No final desse período, a Europa assiste a uma nova invasão dos chamados "povos bárbaros". 18. (Ufpe) Apesar das constantes disputas, a sociedade feudal teve na cavalaria momentos que fugiram da violência, trazendo novos hábitos e costumes culturais. Sobre a cavalaria dessa sociedade, podemos afirmar que: a) sua atuação foi resultante apenas de ações da Igreja, que instituiu a Paz de Deus para findar as guerras por disputas familiares, entre os senhores feudais. b) teve semelhanças com práticas do exército romano, no seu período inicial de formação, quando se salientava a bravura mítica dos seus generais. c) não trouxe modificações que merecessem importância para as relações sociais da época, marcada pela mediocridade intelectual e pelo predomínio da fé católica. d) produziu mudanças no comportamento dos seus componentes, apesar de a bravura e a honra dos cavaleiros já fazerem parte dessa tradição. e) seu surgimento, segundo alguns historiadores, se articula com instituições da democracia grega, pela proteção dada às mulheres e pelos sentimentos de justiça social cultivados. 19. (Unesp) A vida cultural européia, na Baixa Idade Média (do XI ao XV séculos), pode ser caracterizada pelo(a):
  • 17. a) esforço de Ptolomeu para estruturar os conceitos geográficos. b) multiplicação das Universidades e difusão da arquitetura gótica. c) deslocamento, de Córdoba para Paris, do centro de gravidade da cultura muçulmana. d) difusão do dogma escolástico baseado na negação da união entre a fé e a razão para a busca da verdade. e) decadência do ensino urbano seguido de sua ruralização. 20. (Unesp) A Baixa Idade Média tem sua importância ligada à dissolução de um modo de produção e o início da longa fase de transição que levará ao desenvolvimento de um outro. Assinale a alternativa diretamente relacionada com a crise e a desagregação do sistema feudal: a) Condenação do modo de produção feudal pela Igreja Católica Apostólica Romana. b) Declínio do comércio a longa distância, florescimento da pequena indústria e enfraquecimento do poder central dos monarcas. c) Equilíbrio entre o ritmo da produção e do consumo. d) Exigências senhoriais sobrecarregando os camponeses e a substituição de obrigações antigas por contratos de arrendamento da terra e por pagamento em dinheiro. e) Predomínio do modo assalariado de trabalho acarretando, em curto prazo, mudanças profundas na Europa Oriental. ABSOLUTISMO 1. (Cesgranrio) A frase de Luiz XIV, "L'Etatc'est moi" (O Estado sou eu), como definição da natureza do absolutismo monárquico, significava: a) a unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma Igreja Francesa (nacional); b) a superioridade do príncipe em relação a todas as classes sociais, reduzindo a um lugar humilde a burguesia enriquecida; c) a submissão da nobreza feudal pela eliminação de todos os seus privilégios fiscais; d) a centralização do poder real e absoluto do monarca na sua pessoa, sem quaisquer limites institucionais reconhecidos;
  • 18. e) o desejo régio de garantir ao Estado um papel de juiz imparcial no conflito entre a aristocracia e o campesinato. 2. (Faap) Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis, pois que "os fins justificam os meios." Professou suas ideias na famosa obra: a) "Leviatã" b) "Do Direito da Paz e da Guerra" c) "República" d) "O Príncipe" e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras" 3. (Fgv) A chamada Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) foi considerada como a última grande guerra de religião da Época Moderna. A seu respeito é correto afirmar: a) O conflito levou ao enfraquecimento do império Habsburgo e ao estabelecimento de uma nova situação internacional com o fortalecimento do reino francês. b) O conflito iniciou-se com a proclamação da independência das Províncias Unidas, que se separavam, assim, dos domínios do império Habsburgo. c) O conflito marcou a vitória definitiva dos huguenotes sobre os católicos na França, apoiados pelo monarca Henrique de Bourbon, desde o final do século XVI. d) O conflito estimulou a reação dos Estados Ibéricos que, em aliança com o papado, desencadearam a chamada Contrarreforma Católica. e) O conflito caracterizou-se pelas intervenções inglesas no continente europeu, através de tropas formadas por grupos populares enviadas por Oliver Cromwell. 4. (FUVEST) No processo de formação dos Estados Nacionais da França e da Inglaterra podem ser identificados os seguintes aspectos: a) fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do Estado Moderno b) ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja c) desagregação do feudalismo e centralização política
  • 19. d) diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial e) enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado e a Igreja 5. (FUVEST) O Estado Moderno Absolutista atingiu seu maior poder de atuação no século XVII. Na arte e na economia suas expressões foram respectivamente: a) rococó e liberalismo. b) renascentismo e capitalismo. c) barroco e mercantilismo. d) maneirismo e colonialismo. e) classicismo e economicismo. 6. (Mackenzie) Sobre as Guerras de Religião ocorridas na França durante o século XVI, é correto afirmar que: a) decretaram o fim da Dinastia dos Bourbons, através do Edito de Nantes, proclamado na "Noite de São Bartolomeu". b) aceleraram o processo de consolidação do Estado Absolutista, permitindo a chegada ao poder de reis protestantes aliados à burguesia mercantil católica. c) motivaram a aliança do Partido Huguenote com a Rainha Catarina de Médicis, provocando, na célebre "Noite de São Bartolomeu", o massacre dos membros da Santa Liga aliada da nobreza calvinista. d) expressaram o confronto político-religioso entre a nobreza católica, liderada pelos Guises e os Huguenotes ligados aos Bourbons, ocasionando crises no processo de consolidação do absolutismo. e) provocaram o confronto entre os Huguenotes, membros do Partido Papista e os Calvinistas integrantes da Santa Liga, fortalecendo o absolutismo. 7. (Mackenzie) O florentino Nicolau Maquiavel (1469 - 1527) rompeu com a religiosidade medieval, estabelecendo nítida distinção entre a moral individual e a moral pública. Em seu livro "O Príncipe" preconizava que: a) o chefe de Estado deve ser um chefe de exército. O Estado em guerra deve renunciar a todo sentimento de humanidade... O equilíbrio das forças está inscrito nos tratados. Mas os chefes de Estado não devem hesitar em trair sua palavra ou violar sua assinatura no interesse do Estado.
  • 20. b) somente a autoridade ilimitada do soberano poderia manter a ordem interna de uma nação. A ordem política internacional é a mais importante; sem ela se estabeleceria o caos e a turbulência política. c) na transformação do Estado Natural para o Estado Civil, legitima-se o poder absoluto do rei, uma vez que o segundo monta-se a partir do indivíduo, que cede seus direitos em troca de proteção contra a violência e o caos do primeiro. d) o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus... Os reis... são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê mais longe e de mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor... e) há três espécies de governo: o republicano, o monárquico e o despótico... A liberdade política não se encontra senão nos governos moderados... Para que não se possa abusar do poder, é preciso que pela disposição das coisas, o poder faça parar o poder. 8. (Mackenzie) “... herdara uma nação dividida pelos conflitos religiosos, sociais (Frondas) e externos (Guerra dos Trinta Anos). Seu reinado submeteu a nobreza, recolhendo-a ao seu grandioso Palácio, onde se desenvolveram paralelamente o Barroco e o Classicismo..." (Cláudio Vicentino - adaptado) O fragmento de texto relaciona-se: a) ao despotismo esclarecido da Czarina Catarina, a Grande da Rússia. b) ao absolutismo monárquico do rei francês Luís XIV. c) ao Imperialismo de Napoleão Bonaparte. d) à monarquia feudal francesa do rei Felipe, o Belo. e) à Inglaterra, durante a reforma religiosa do rei Henrique VIII. 9. (Puccamp) Como características gerais dos Estados Modernos, que se organizavam na Europa Ocidental no período que vai do século XV ao XVIII, pode-se mencionar entre outros, a a) consolidação da burguesia industrial no poder e a descentralização administrativa. b) centralização e unificação administrativa, bem como o desenvolvimento do mercantilismo. c) confirmação das obrigações feudais e o estímulo à produção urbano-industrial. d) superação das relações feudais e a não intervenção na economia. e) consolidação do localismo político e a montagem de um exército nacional.
  • 21. 10. (Pucpr) As Guerras Civis Religiosas do século XVI na França favoreceram o fortalecimento do poder absoluto dos monarcas da dinastia Bourbon, que reinaram do século XVI ao XVIII e parte do XIX. Assinale a única alternativa errada no que se refere ao absolutismo real na França: a) Luís XIII, filho de Henrique IV e Maria de Médicis, teve longo reinado, sendo muito ajudado pela hábil política do Cardeal Richelieu. b) Luís XIV marcou o auge do absolutismo real, mandou construir o suntuoso Palácio de Versalhes e continuou, através de Colbert, a aplicar o mercantilismo no plano econômico. c) Na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), sob o rei Luís XV, a França vitoriosa tomou aos ingleses partes da Índia e, na América, a enorme região da Louisiana. d) Na Guerra de Sucessão da Espanha (1701-1713), França e Espanha lutaram contra uma coligação europeia. Os tratados de Utrecht e Rastadt definiram a paz. A França perdeu para a Inglaterra a Terra Nova e Acádia e a Espanha perdeu Gibraltar, ainda em poder daquela potência insular. e) Henrique IV fundou a dinastia de Bourbon e pacificou a França, tendo os protestantes (huguenotes) alcançado liberdade de culto e o domínio sobre várias cidades fortificadas, nos termos do Edito de Nantes (1598). 11. (Pucsp) "O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..." (Jacques Bossuet.) Essas afirmações de Bossuet referem-se ao contexto a) do século XII, na França, no qual ocorria uma profunda ruptura entre Igreja e Estado pelo fato de o Papa almejar o exercício do poder monárquico por ser representante de Deus. b) do século X, na Inglaterra, no qual a Igreja Católica atuava em total acordo com a nobreza feudal. c) do século XVIII, na Inglaterra, no qual foi desenvolvida a concepção iluminista de governo, como está exposta. d) do século XVII, na França, no qual se consolidavam as monarquias nacionais. e) do século XVI, na Espanha, no momento da união dos tronos de Aragão e Castela. 12. (Unirio) Vou-me embora pra Pasárgada
  • 22. Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada (BANDEIRA, Manoel. "Vou-me embora pra Pasárgada". In: VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA E OUTROS POEMAS. Rio de Janeiro, Ediouro, 1997.) O reino imaginário de Pasárgada e os privilégios dos amigos do rei podem ser comparados à situação da nobreza europeia com a formação das Monarquias Nacionais Modernas. A razão fundamental do apoio que esta nobreza forneceu ao rei, no intuito de manter-se "amiga" do mesmo, conservando inúmeras regalias, pode ser explicada pela (o): a) composição de um corpo burocrático que absorve a nobreza, tornando esse segmento autônomo em relação às atividades agrícolas que são assumidas pelo capital mercantil. b) subordinação dos negócios da burguesia emergente aos interesses da nobreza fundiária, obstaculizando o desenvolvimento das atividades comerciais. c) manutenção de forças militares locais que atuaram como verdadeiras milícias aristocráticas na repressão aos levantes camponeses. d) repressão que as monarquias empreenderiam às revoltas camponesas, restabelecendo a ordem no meio rural em proveito da aristocracia agrária. e) completo restabelecimento das relações feudo-vassálicas, freando temporariamente o processo de assalariamento da mão-de-obra e de entrada do capital mercantil no campo. 13. (Ufrs) Pelo Edito de Nantes, em 1598, Henrique IV da França a) reprimiu violentamente os protestantes em Paris, no acontecimento conhecido como "A Noite de São Bartolomeu". b) instituiu a cobrança de impostos territoriais somente para os protestantes franceses. c) estabeleceu a igualdade política entre os diferentes credos. d) diminuiu o poder dos católicos franceses, assegurando a supremacia política aos huguenotes. e) concentrou todo o poder em suas mãos, implantando o absolutismo na França.
  • 23. 14. (Ufrs) Em meados do século XVII, a Inglaterra mergulhou em uma guerra civil conhecida como Revolução Inglesa de 1640. Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO está relacionada com esse contexto histórico. a) No ápice da Revolução, o rei Carlos I foi executado, e a República proclamada. Oliver Cromwell tornou-se o dirigente máximo da Inglaterra. Com o fim da guerra civil, Cromwell instituiu um governo democrático, supervisionado pelo conjunto do Parlamento, no qual os direitos humanos passaram a ser respeitados e as classes populares encontraram voz ativa. b) Os puritanos, grupo político que desejava recuperar os valores do cristianismo primitivo e que recusava a autoridade do rei em matéria de fé, constituíram-se nos principais adversários das ideias absolutistas. c) Após a morte de Elisabeth Tudor em 1603, ascendeu ao trono da Inglaterra a dinastia escocesa dos Stuart, os quais careceram da habilidade política necessária para negociar com o Parlamento inglês. d) Uma das medidas da Revolução foi o estabelecimento do Ato de Navegação de 1651, que se tornou uma das bases da prosperidade comercial da Inglaterra. O Ato pretendeu obter para os navios ingleses o comércio de transportes da Europa e excluir do comércio com as colônias inglesas todos os rivais. e) A queda da monarquia inglesa abriu caminho para o surgimento de reivindicações radicais, como a dos niveladores, que defendiam a abertura do Parlamento às classes populares, ou a dos escavadores, que aspiravam a uma redistribuição de terras que contemplasse os pequenos produtores. 15. (Ufscar) Sobre a "Guerra dos Trinta Anos" (1618-1648), é correto afirmar que a) foi um conflito entre católicos e protestantes dentro do Sacro Império Germânico. b) Espanha e Portugal se aliaram para combater o protestantismo holandês. c) Portugal negociou tratados de abastecimento de alimentos com a Inglaterra, para sobreviver aos ataques holandeses. d) Portugal expandiu sua conquista na Ásia, pelo fato de o continente estar fora dos interesses dos negociantes flamengos. e) o Brasil permaneceu sob o controle português, garantindo os lucros açucareiros para a Coroa lusa.
  • 24. 16. (Pucmg) Oriundo da crise do feudalismo, o Estado Absolutista representou a organização política dominante na sociedade europeia entre os séculos XV e XVIII, podendo ser caracterizado pela: a) supressão dos monopólios comerciais, possibilitando o desenvolvimento das manufaturas nacionais. b) quebra das barreiras regionalistas do feudo e da comuna, agilizando e integrando a economia nacional. c) abolição das formas de exploração das terras típicas do feudalismo, tornando a sociedade mais dinâmica. d) ascensão política do grupo burguês, que passa a gerir o Estado segundo seus interesses particulares. e) ausência efetiva de instrumento de controle, quer no plano moral ou temporal, sobre o poder do rei. 17. (UNAERP) A política externa de Luís XIV, o Rei Sol, teve como principal característica: a) A ruína da economia francesa em decorrência das sucessivas guerras que a França travou contra outros países para preservar sua supremacia na Europa, juntamente com os gastos vultosos para manutenção da corte. b) A consolidação do absolutismo monárquico através da redução dos poderes da alta burguesia. c) Concentração da autoridade política na pessoa do rei. d) Por ter reduzido seus ministros à condição de meros funcionários, passar a fiscalizar, pessoalmente, todos os negócios do Estado. e) A autossuficiência do país com a regulamentação da produção, a criação de manufaturas do Estado e o incremento do comércio exterior. 18. (UNESP) O início da Época Moderna está ligado a um processo geral de transformações humanística, artística, cultural e política. A concentração do poder promoveu um tipo de Estado. Para alguns pensadores da época, que procuraram fundamentar o Absolutismo: a) a função do Estado é agir de acordo com a vontade da maioria. b) a História se explica pelo valor da raça de um povo. c) a fidelidade ao poder absoluto reside na separação dos três poderes. d) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o seu representante na Terra.
  • 25. e) a soberania máxima reside no próprio povo. 19. (UNESP) "O soberano não é proprietário de seus súditos. Deve respeitar sua liberdade e seus bens em conformidade com a lei divina e com a lei natural. Deve governar de acordo com os costumes, verdadeira constituição consuetudinária. (...) O príncipe apresenta-se como árbitro supremo entre as ordens e os corpos. Deve impor a sua vontade aos mais poderosos de seus súditos. Consegue-o na medida em que esses necessitam dessa arbitragem." (André Corvisier, HISTÓRIA MODERNA.) Esta é uma das caracterizações possíveis a) dos governos coloniais da América. b) das relações entre fiéis e as Igrejas Protestantes. c) do Império Carolíngio. d) dos califados islâmicos. e) das monarquias absolutistas. 20. (UFRJ) O texto a seguir trata das incursões francesas na América; entretanto, essas ainda não representavam que a França tivesse dado início à sua expansão. Ao longo do século XVI, os franceses estiveram na América, mas isso não significava uma atitude sistemática e coerente desenvolvida pela Coroa. Era, no mais das vezes, atuação de corsários e de uns poucos indivíduos. Como exemplo, pode-se mencionar as invasões do litoral brasileiro, (...), e algumas visitas à América do Norte. (FARIA, R. de M.; BERUTTI, F. C.; MARQUES, A. M. "História para o Ensino Médio". Belo Horizonte: Lê. 1998. p.182). Dentre os motivos que levaram a França a iniciar tardiamente sua expansão marítima e comercial, podemos destacar a) os problemas internos ligados à consolidação do Estado Nacional. b) a derrota da França na violenta guerra contra a Alemanha. c) a falta de associação entre a Coroa e a Burguesia francesa.
  • 26. d) a violenta disputa religiosa entre calvinistas e luteranos. e) a não inclusão das classes superiores no projeto expansionista. GRANDES NAVEGAÇÕES 1. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos afirmar que: a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a manutenção do empreendimento. b) a conquista da Baía de Argüim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle sobre importantíssima rota comercial intra-africana. c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de abastecimento de escravos para o mercado europeu. d) o domínio português de Piro e Sidon e o conseqüente monopólio de especiarias do Oriente Próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia. e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos africanos, quanto nas praças brasileiras. 2. (Cesgranrio) O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente,... a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano. b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente. c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias. d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da América. e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da rota da Índia. 3. (Ufpe) Portugal e Espanha foram, no século XV, as nações modernas da Europa, portanto pioneiras nos grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações portuguesas e as espanholas, no que diz respeito a esses descobrimentos.
  • 27. 1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram, em 1492, as terras do Canadá. 2. Os portugueses chegaram ao Cabo das Tormentas, na África, em 1488. 3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o Oriente, em 1498. 4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira circunavegação da Terra iniciada em 1519, por Fernão de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de volta à Espanha em 1522. 5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o Continente Americano com as Índias. Estão corretos apenas os itens: a) 2, 3 e 4; b) 1, 2 e 3; c) 3, 4 e 5; d) 1, 3 e 4; e) 2, 4 e 5. 4. (Cesgranrio) Com a expansão marítima dos séculos XV/XVI, os países ibéricos desenvolveram a idéia de "império ultramarino" significando: a) a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das rotas marítimas, a fim de assegurar a acumulação do capital mercantil; b) o estabelecimento das regras que definem o Sistema Colonial nas relações entre as metrópoles e as demais áreas do "império" para estabelecer as idéias de liberdade comercial; c) a integração econômica entre várias partes de cada "império" através do comércio intercolonial e da livre circulação dos indivíduos; d) a projeção da autoridade soberana e centralizadora das respectivas coroas e sobre tudo e todos situados no interior desse "império"; e) a junção da autoridade temporal com a espiritual através da criação do Império da Cristandade. 5. (Cesgranrio) Foram inúmeras as conseqüências da expansão ultramarina dos europeus, gerando uma radical transformação no panorama da história da humanidade. Sobressai como UMA importante conseqüência:
  • 28. a) a constituição de impérios coloniais embasados pelo espírito mercantil. b) a manutenção do eixo econômico do Mar Mediterrâneo com acesso fácil ao Oceano Atlântico. c) a dependência do comércio com o Oriente, fornecedor de produtos de luxo como sândalo, porcelanas e pedras preciosas. d) o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição geográfica favorável. e) a manutenção dos níveis de afluxo de metais preciosos para a Europa. 6. (Fei) O processo de expansão marítima da Península Ibérica iniciou-se ainda nos fins da Idade Média. A Espanha, ainda dividida e tendo parte de seu território ocupado pelos mouros "andou atrás" de Portugal. Podemos afirmar que foram fatores decisivos do pioneirismo português em termos expansionistas EXCETO: a) o processo de centralização política e administrativa precoce do país, a partir da Revolução de Aviz b) a presença de uma nobreza fortalecida que, a partir dos impostos feudais, propiciou o capital necessário à empreitada expansionista c) a formação de quadros preparados para as grandes aventuras marítimas na Escola de Sagres d) o contato e o aproveitamento da cultura moura por parte dos portugueses e) o incentivo governamental à expansão 7. (Fuvest) No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supremacia comercial na Europa. Todavia "em meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem para alguns particulares (...)" (Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág.180) Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal concluímos que: a) a falta de unidade política e territorial em Portugal determinava a fragilidade econômica interna. b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da produtividade agrícola, diminuição da mão-de-obra, falta de investimentos industriais, afetando a economia nacional.
  • 29. c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final do século XV, empobreceu a economia nacional que ficou carente de capitais. d) a liberdade comercial praticada pelo Estado português no século XV levou ao escoamento dos lucros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento em Portugal. e) o empreendimento marítimo português revelou-se tímido, permanecendo Veneza como o principal centro redistribuidor dos produtos asiáticos, durante todo o século XVI. 8. (Mackenzie) "Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu". (Fernando Pessoa) O significado de "passar além do Bojador", nas primeiras décadas do século XV, é: a) ultrapassar a "barreira" que, segundo a tradição grega, era o limite máximo para navegar sem o perigo de ser atacado por monstros marinhos, permitindo aos navegantes portugueses atingir a Costa da Guiné. b) Conquistar Ceuta e encontrar o "Eldorado", lendária terra repleta de prazeres e riquezas, superando os mitos vinculados ao longo da Idade Média. c) Conquistar a cidade africana de Calicute, importante feitoria espanhola responsável por abastecer o mercado oriental de produtos de luxo. d) Suportar o escaldante sol equatorial, as constantes tempestadesmarítimas e o "mar tenebroso" das ilhas da América Central. e) "Dobrar" o Cabo da Boa Esperança, por Vasco da Gama, aventura marítima coberta de mitos e lendas sobre a existência do "Paraíso" ou "Éden". 9. (Pucmg) O expansionismo marítimo europeu, nos séculos XV-XVI, gerou uma autêntica "Revolução Comercial", caracterizada por, EXCETO: a) incorporação de áreas do continente americano e africano às rotas tradicionais do comércio.
  • 30. b) ascensão das potências mercantis atlânticas, como Portugal e Espanha. c) afluxo de metais preciosos da América para o Oriente, resultante do escambo de mercadorias. d) deslocamento parcial do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico. e) perda do monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos. 10. (Pucmg) Os descobrimentos dos Tempos Modernos constituíram-se num desdobramento da Expansão Ultramarina. Nesse contexto, a América era, EXCETO: a) o filho esperado que permitia aos ibéricos formalizar seus sonhos. b) propriedade dos reis ibéricos, por direito divino, antes mesmo de ser descoberta. c) uma oportunidade para os ibéricos transplantarem seus valores culturais. d) um desafio para os ibéricos transformarem as suas visões imagéticas em realidade. e) o Paraíso que se identificava com os valores de igualdade e liberdade dos ibéricos. 11. (Pucmg) Em fins da Idade Média, difícil seria imaginar que os mareantes portugueses e espanhóis, nas viagens de exploração pelo mundo, pudessem contribuir para a formação do capitalismo porque, EXCETO: a) os investimentos nas expedições marítimas eram elevados e de alto risco. b) a arte de navegação era precária e sofria a influência das interpretações proféticas sobre os oceanos. c) as informações sobre a existência de outras civilizações eram confusas e fantasiosas. d) os tripulantes eram supersticiosos transformando qualquer sinal que surgia em maus presságios. e) os ibéricos vinham sofrendo sucessivas derrotas na luta contra os muçulmanos pela posse da península. 12. (Uece) A descoberta de novas terras por navegadores portugueses e espanhóis alimentou a imaginação dos europeus e fomentou uma visão paradisíaca do novo mundo. Com respeito a esta "visão do paraíso" nos trópicos, é correto afirmar: a) os europeus esperavam encontrar monstros e outras entidades mitológicas, o que se confirmou na presença de animais pré-históricos e seres humanos estranhos.
  • 31. b) os temores com relação ao inesperado levavam muitas vezes os europeus a demonstrar uma violência desumana contra os nativos do chamado Novo Mundo. c) as descrições dos novos territórios, com suas florestas exuberantes e seus pássaros exóticos, vinham confirmar as expectativas de descoberta do Paraíso na Terra. d) o encontro com seres de uma nova cultura, em um ambiente natural diferente, criou um clima propício ao entendimento mútuo e ao respeito pela vida humana, como era pregado pelos religiosos europeus. 13. (Uerj) O mundo conhecido pelos europeus no século XV abrangia apenas os territórios ao redor do Mediterrâneo. Foram as navegações dos séculos XV e XVI que revelaram ao Velho Mundo a existência de outros continentes e povos. Um dos objetos dos europeus, ao entrarem em comunicação com esses povos, era a: a) busca de metais preciosos, para satisfazer uma Europa em crise b) procura de escravos, para atender à lavoura açucareira nos países ibéricos c) ampliação de mercados consumidores, para desafogar o mercado saturado d) expansão da fé cristã, para combater os infiéis convertidos ao protestantismo 14. (Uff) No ano de 1998 comemoraram-se os quinhentos anos da chegada de Vasco da Gama às Índias, fato considerado como um dos marcos das grandes navegações e descobrimentos que antecederam a descoberta e a colonização do "Novo Mundo". Assinale a opção que revela uma característica da colonização espanhola na América. a) Criação de Universidades por toda a área de colonização com o propósito de ilustrar as elites indígenas americanas para consolidar o domínio colonial. b) Redirecionamento da política colonial no Novo Mundo tendo como fato determinante o florescimento do comércio com as Índias. c) Exploração da mão-de-obra negra escrava por meio de instituições como o "repartimiento" com o objetivo de atender às demandas de produtos primários da Europa. d) Divisão do território ocupado em sesmariais com o intuito de extrair maior volume de prata e ouro do subsolo. e) Fundação de uma rede de cidades estendida por toda a área ocupada, formando a espinha dorsal do sistema administrativo e militar.
  • 32. 15. (Ufpe) A chegada dos portugueses à Índia alarmava os venezianos que então dominavam o comércio das especiarias, pelo Mediterrâneo. Com relação ao período expansionista dos estados nacionais europeus, assinale a alternativa incorreta: a) Os esforços da Escola de Sagres foram, em parte, responsáveis pela utilização do astrolábio, entre outros instrumentos de navegação, e pelas viagens de expansão ultramarina portuguesa. b) A centralização do poder e a formação dos estados nacionais europeus têm uma estreita relação com o desenvolvimento econômico comercial. c) Os reis limitavam o poder da Igreja em seus territórios, pois atribuíam-se o direito de investidura dos bispos, sem consultar o papa. d) Os reis borgonheses conseguiram muito tarde a centralização política do reino devido às lutas constantes contra os árabes. e) A burguesia portuguesa desenvolveu suas atividades em cidades litorâneas em função da pesca e depois do comércio entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte. 16. (Unesp) A transição gradativa do Mundo Medieval para o Mundo Moderno dependeu da conjugação de inúmeros fatores, europeus e extra-europeus, que ganharam dimensões e características novas. A inserção do Mundo não-europeu no contexto do colonialismo mercantilista, inaugurado pelos grandes descobrimentos, contribuiu para: a) a aceitação, sem resistência, da tutela cultural que o europeu pretendeu exercer sobre os povos da África e da Ásia. b) acarretar profunda contenção na expansão civilizatória do Mundo Pré-Colombiano. c) o indígena demonstrar sua inadaptabilidade racial para o trabalho. d) que o tráfico negreiro, operação comercial rentável, fosse determinado pela apatia e preguiça do ameríndio. e) a montagem de modelo político-administrativo caracterizado pela não intervenção do Estado Absoluto na vida das colônias. 17. (Unesp) "A conquista de Ceuta foi o primeiro passo na execução de um vasto plano, a um tempo religioso, político e econômico. A posição de Ceuta facilitava a repressão da pirataria mourisca nos mares vizinhos; e sua posse, seguida de outras áreas marroquinas, permitiria aos portugueses desafiar os ataques muçulmanos à cristandade da Península Ibérica." (João Lúcio de Azevedo. "Época de Portugal econômico: esboços históricos".)
  • 33. De acordo com o texto, é correto interpretar que: a) a expansão marítima portuguesa teve como objetivo expulsar os muçulmanos da Península Ibérica. b) a influência do poder econômico marroquino foi decisiva para o desenvolvimento das navegações portuguesas. c) o domínio dos portugueses sobre Ceuta era parte de um vasto plano para expulsar os muçulmanos do comércio africano e indiano. d) a expansão marítima ibérica visava cristianizar o mundo muçulmano para dominar as rotas comerciais africanas. e) o domínio de territórios ao norte da África foi uma etapa fundamental para a expansão comercial e religiosa de Portugal. 18. (Unirio) Ao longo dos séculos XV e XVI desenvolveram-se na Europa as Grandes Navegações, que lançaram algumas nações à descoberta de novas terras e continentes. A expansão ultramarina acarretou o(a): a) fortalecimento do comércio mediterrâneo e das rotas terrestres para o oriente. b) fim dos monopólios reais na exploração de diversas atividades econômicas, tais como o sal e o diamante. c) declínio das monarquias nacionais apoiadas por segmentos citadinos burgueses. d) superação dos entraves medievais com o desenvolvimento da economia mercantil. e) consolidação política e econômica da nobreza provincial ligada aos senhorios e à propriedade fundiária. 19. (Unirio) Inúmeros escritores e poetas portugueses retrataram o imaginário que acompanhou o homem ibérico na sua aventura pelos mares nunca dantes navegados. Temores e fantasias não o impediram de se lançar às águas do mar Oceano, arriscando-se em busca, principalmente, de: a) novos caminhos para o Oriente, novos mercados, metais preciosos e propagar a fé cristã. b) escravos africanos, cana-de-açúcar, metais preciosos e catequizar os indígenas. c) escravos e ouro, desvendar os segredos dos mares e descobrir correntes marítimas desconhecidas. d) ouro e marfim, expandir o protestantismo e romper o monopólio árabe-veneziano no Mediterrâneo.
  • 34. e) pau-brasil, testar os novos conhecimentos náuticos e conhecer novas rotas. 20. (Fuvest) O período 1450-1550, de transição da Medievalidade para a Modernidade, conheceu dentre outras características: a) decadência econômica e racionalização da vida religiosa. b) revalorização do aristotelismo e consolidação do Estado Absolutista. c) forte efervescência religiosa e intensa expansão comercial. d) avanço do liberalismo burguês e recuo do feudalismo. e) hegemonia europeia francesa e despontar da arte gótica. REFORMA PROTESTANTE 1. (Mackenzie) O Rei Henrique VIII, aclamado defensor da fé pela Igreja Católica, rompeu com o Papa Clemente VII em 1534, por: a) opor-se ao Ato de Supremacia que submetia a Igreja Anglicana à autoridade do Papa. b) rever todos os dogmas da Igreja Católica, incluindo a indissolubilidade do sagrado matrimônio, através do Ato dos Seis Artigos. c) aceitar as 95 teses de Martinho Lutero, que denunciavam as irregularidades da Igreja Católica. d) ambicionar assumir as terras e as riquezas da Igreja Católica e enfraquecer sua influência na Inglaterra. e) defender que o trabalho e a acumulação de capital são manifestações da predestinação à salvação eterna como professava Santo Agostinho. 2. (Pucpr) As Guerras Civis Religiosas do século XVI na França favoreceram o fortalecimento do poder absoluto dos monarcas da dinastia Bourbon, que reinaram do século XVI ao XVIII e parte do XIX. Assinale a única alternativa errada no que se refere ao absolutismo real na França: a) Luís XIII, filho de Henrique IV e Maria de Médicis, teve longo reinado, sendo muito ajudado pela hábil política do Cardeal Richelieu.
  • 35. b) Luís XIV marcou o auge do absolutismo real, mandou construir o suntuoso Palácio de Versalhes e continuou, através de Colbert, a aplicar o mercantilismo no plano econômico. c) Na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), sob o rei Luís XV, a França vitoriosa tomou aos ingleses partes da Índia e, na América, a enorme região da Louisiana. d) Na Guerra de Sucessão da Espanha (1701-1713), França e Espanha lutaram contra uma coligação europeia. Os tratados de Utrecht e Rastadt definiram a paz. A França perdeu para a Inglaterra a Terra Nova e Acádia e a Espanha perdeu Gibraltar, ainda em poder daquela potência insular. e) Henrique IV fundou a dinastia de Bourbon e pacificou a França, tendo os protestantes (huguenotes) alcançado liberdade de culto e o domínio sobre várias cidades fortificadas, nos termos do Edito de Nantes (1598). 3. (Cesgranrio) No contexto dos diversos conflitos religiosos que eclodiram na Europa, ao longo do século XVI, identificamos a convocação pela Igreja Católica, a partir de 1545, do Concílio de Trento. Dentre suas determinações, destacamos corretamente o (a): a) reconhecimento da autoridade política e teológica da Igreja anglicana frente ao papado, encerrando os conflitos provocados na Inglaterra devido à luta de Henrique VIII contra o Vaticano. b) fim do clero regular como solução para conter os abusos cometidos pela Igreja, tais como a venda de indulgências e sacramentos. c) oficialização da doutrina calvinista que admitia o lucro comercial como uma dádiva divina e não mais como um pecado usurário, como um novo dogma católico. d) submissão da Igreja católica aos Estados imperiais laicos e a validade da livre interpretação da Bíblia. e) reafirmação da hierarquia eclesiástica católica e a reativação do tribunal do Santo Ofício da Inquisição. 4. (Cesgranrio) Os movimentos reformistas religiosos que surgiram na Europa moderna, entre os séculos XV e XVI, variaram em seus fundamentos e prática frente aos dogmas religiosos instituídos pela Igreja Católica. Marque a opção que relaciona corretamente um desses movimentos reformistas com seu fundamento doutrinário. a) O humanismo defendeu a extinção do Papado como necessária para o desenvolvimento de uma nova religião baseada na tolerância e no respeito às crenças religiosas individuais. b) O luteranismo condenou a doutrina da predestinação e a livre interpretação das escrituras sagradas.
  • 36. c) O calvinismo, em sua concepção moral, valorizou o trabalho e justificou o lucro, formulando uma doutrina que correspondia às necessidades de uma moral burguesa. d) O anglicanismo instituiu uma doutrina protestante, cuja hierarquia eclesiástica subordinava o poder temporal dos monarcas à autoridade divina dos Papas. e) O Concíliode Trento promoveu uma reformulação dos dogmas religiosos católicos, disciplinando o clero e restringindo sua autoridade aos assuntos ligados à fé cristã. 5. (Fgv) Foram elementos da Reforma Católica no século XVI: a) A tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais, a defesa do princípio da infalibilidade da Igreja e a proibição do casamento dos clérigos. b) A afirmação da doutrina da predestinação, a condenação das indulgências como instrumento para a salvação e a manutenção do celibato dos clérigos. c) A manutenção do latim como língua litúrgica, a reafirmação do livre-arbítrio e a eliminação do batismo como um dos sacramentos. d) A tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais, a abolição da confissão e a crítica ao culto das imagens. e) A manutenção do latim como língua litúrgica, o estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício e a criação da Companhia de Jesus. 6. (Fuvest) O período 1450-1550, de transição da Medievalidade para a Modernidade, conheceu dentre outras características: a) decadência econômica e racionalização da vida religiosa. b) revalorização do aristotelismo e consolidação do Estado Absolutista. c) forte efervescência religiosa e intensa expansão comercial. d) avanço do liberalismo burguês e recuo do feudalismo. e) hegemonia europeia francesa e despontar da arte gótica. 7. (Fuvest) "Depois que a Bíblia foi traduzida para o inglês, todo homem, ou melhor, todo rapaz e toda rapariga, capaz de ler o inglês, convenceram-se de que falavam com Deus onipotente e que entendiam o que Ele dizia". Esse comentário de Thomas Hobbes (1588-1679)
  • 37. a) ironiza uma das consequências da Reforma, que levou ao livre exame da Bíblia e à alfabetização dos fiéis. b) alude à atitude do papado, o qual, por causa da Reforma, instou os leigos a que não deixassem de ler a Bíblia. c) elogia a decisão dos reis Carlos I e Jaime I, ao permitir que seus súditos escolhessem entre as várias igrejas. d) ressalta o papel positivo da liberdade religiosa para o fortalecimento do absolutismo monárquico. e) critica a diminuição da religiosidade, resultante do incentivo à leitura da Bíblia pelas igrejas protestantes. 8. (G1) João Calvino defendia que alguns homens já nascem salvos pela vontade de Deus e que o indício dessa salvação, seria o acúmulo de riquezas através das virtudes e do trabalho. Tal princípio ia de encontro aos interesses da burguesia. O texto acima refere-se: a) à livre interpretação da Bíblia. b) à predestinação. c) às indulgências. d) à simonia. e) ao Ato de Supremacia. 9. (Mackenzie) "É preciso ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres, ou empresta a quem está necessitado, faz melhor do que se comprasse indulgências". (Martinho Lutero) As Indulgências eram: a) documentos de compra e venda de cargos e títulos eclesiásticos a qualquer pessoa que os desejasse. b) cartas que permitiam a negociação de relíquias sagradas, usadas por Cristo, Maria ou Santos.
  • 38. c) dispensas, isenções de algumas regras da Igreja Católica ou de votos feitos anteriormente pelos fiéis. d) proibições de receber o dízimo oferecido pelos fiéis e incentivo à prática da usura pelo alto clero. e) absolvições dos pecados de vivos e mortos, concedidas através de cartas vendidas aos fiéis. 10. (Mackenzie) As transformações religiosas do século XVI, comumente conhecidas pelo nome de Reforma Protestante, representaram no campo espiritual o que foi o Renascimento no plano cultural; um ajustamento de ideias e valores às transformações socioeconômicas da Europa. Dentre seus principais reflexos, destacam-se: a) a expansão da educação escolástica e do poder político do papado devido à extrema importância atribuída à Bíblia. b) o rompimento da unidade cristã, expansão das práticas capitalistas e fortalecimento do poder das monarquias. c) a diminuição da intolerância religiosa e fim das guerras provocadas por pretextos religiosos. d) a proibição da venda de indulgências, término do índex e o fim do princípio da salvação pela fé e boas obras na Europa. e) a criação pela igreja protestante da Companhia de Jesus em moldes militares para monopolizar o ensino na América do Norte. 11. (Puccamp) No início da Época Moderna pode-se relacionar a Reforma Protestante, nos campos político e cultural, respectivamente, a) à fragmentação do poder temporal na Inglaterra e à disseminação do racionalismo. b) ao enfraquecimento do poder central no Santo Império e à divulgação da língua alemã, a partir da tradução da Bíblia. c) ao surgimento do poder de origem divina na França e ao progresso científico. d) ao desaparecimento do poder absolutista e à valorização do individualismo, na Espanha. e) à expansão do poder feudal e ao desenvolvimento da estética barroca na pintura e na escultura, na Itália. 12. (Puccamp) Analise a decisão da Igreja Católica sobre as indulgências, no Concílio de Trento, no século XVI.
  • 39. "Havendo Jesus Cristo concedido à Igreja o poder de conceder indulgência (...); ensina e ordena o sacrossanto Concílio que o uso das indulgências (...) deve conservar-se pela Igreja (...) Não obstante, deseja que se proceda com moderação na sua concessão (...) a fim de que, pela facilidade de concedê-las, não decaia a disciplina eclesiástica. E ansiando para que se emendem e corrijam os abusos que se introduziram nelas, motivo que leva os hereges a blasfemarem contra elas, estabelece (...) que se exterminem de forma absoluta todos os lucros ilícitos que se cobram dos fiéis para que as consigam; pois disto se originaram muitos abusos no povo cristão." (Adhemar Marques et al. "História Moderna através de textos". São Paulo: Contexto, 1997. p.121) O Concílio de Trento foi um acontecimento que marcou a Reforma da Igreja Católica. A decisão do Concílio sobre as indulgências representou: a) a mudança de atribuições no interior da hierarquia da Igreja, que centralizava ainda mais o poder de cobrar pelas indulgências. b) a reafirmação dos princípios da Igreja diante da insubordinação dos seguidores da Companhia de Jesus, que aderiram às ideias protestantes. c) o reconhecimento público dos erros cometidos pela Igreja, resultando na reaproximação com os dissidentes. d) uma afronta para o povo pobre cristão que se utilizava da prática da Igreja de conceder as indulgências aos infiéis em troca de bens materiais. e) uma reação da Igreja aos movimentos reformistas que questionavam a concessão das indulgências como um valor para a obtenção da salvação. 13. (Pucmg) Em 1517 começa, no Sacro Império Romano-Germânico, o movimento de reforma liderado por Martinho Lutero, que defendia: a) a fé como elemento fundamental para a salvação dos indivíduos. b) o relaxamento dos costumes dos membros da Igreja daquela época. c) a confissão obrigatória, o jejum e o culto aos santos e mártires. d) o princípio da predestinação e da busca do lucro por meio do trabalho. e) o reconhecimento do monarca como chefe supremo da Igreja. 14. (Pucsp) A doutrina calvinista estabelecia para seus adeptos uma vida regrada, disciplinada, dedicada ao trabalho, afastada do ócio, dos vícios e da ostentação. Esse código de conduta
  • 40. levou alguns autores a considerar esses princípios do calvinismo como fatores que favoreceriam o processo de acumulação capitalista. Dentro dessa doutrina, apoiada numa interpretação particular da noção de onisciência divina, conformar-se a esse ideal de conduta não seria o caminho para a salvação, mas seus resultados visíveis - o sucesso material - dariam ao eleito a confirmação do estado de graça. Esse código de conduta fundamentava-se no princípio doutrinário que pregava a) a justificação pela fé, ou seja, a fé como meio de obtenção da graça e da salvação. b) a predestinação à salvação, ou seja, a ideia de que alguns já nascem escolhidos por Deus para serem salvos, estado impossível de ser modificado, passível, apenas, de ser reconhecido pelos "sinais" presentes na vida dos "eleitos". c) a salvação pelas obras, ou seja, a redenção por um ato voluntário do indivíduo, que deveria cumprir os mandamentos divinos, praticar a caridade, intensificar orações e peregrinações. d) a vocação missionária e a opção pelos pobres, ou seja, a missão de pregar o evangelho e difundir a doutrina especialmente entre aqueles que se achavam destituídos das riquezas terrenas. e) a valorização do ascetismo, a flagelação do corpo e a negação da posse de riquezas materiais como meios de alcançar a graça divina, afastando da mente e da alma aquilo que seria considerado "tentação da carne". 15. (Uel) "Uma importante atividade intelectual, desenvolvida por Galileu, no século XVII, foi objeto de controvérsias, sobretudo nos meios da Igreja Católica". O texto refere-se a) à ideia de que o conhecimento se reduzia à constatação da existência: "Penso, logo existo". b) à análise do mundo animal, como um espaço intermediário entre a Física e a Psicologia. c) à utilização de experimentos na investigação da verdade científica. d) à ideia de que a origem do conhecimento estava na dúvida metódica. e) ao princípio de que a matéria atrai a matéria, na razão inversa de suas massas. 16. (Uel) Dentre os fatores que contribuíram para a difusão do Movimento Reformista Protestante, no início do século XVI, destaca-se a) o cerceamento da liberdade de crítica provocado pelo Renascimento Cultural. b) o declínio do particularismo urbano que veio a favorecer o aparecimento das Universidades.
  • 41. c) o abuso político cometido pela Companhia de Jesus. d) o conflito político observado tanto na Alemanha como na França. e) a inadequação das teorias religiosas católicas para com o progresso do capitalismo comercial. 17. (Unirio) Dentre os fatores que contribuíram para a eclosão do movimento reformista protestante, no início do século XVI, destacamos o(s): a) declínio do nacionalismo no processo de formação dos estados modernos. b) embate entre o progresso do capitalismo comercial e as teorias religiosas católicas. c) fim do comércio de indulgências patrocinado pela Igreja Católica. d) encerramento da liberdade de crítica provocado pelo Renascimento Cultural. e) abusos cometidos pela Companhia de Jesus e pela ação política do Concílio de Trento. 18. (Unirio) No século XVI, diversos movimentos reformistas de caráter religioso eclodiram na Europa. Sobre esses movimentos é correto afirmar que o: a) Humanismo foi o primeiro movimento reformista que criticou os abusos contidos nas práticas da Igreja Católica, propondo a submissão do Papa ao poder secular dos imperadores e reis. b) Luteranismo difundiu-se rapidamente entre os segmentos servis da Alemanha e das regiões nórdicas, pois pregava a insubordinação e a luta armada dos camponeses contra a nobreza senhorial e o clero, aliados políticos nessas regiões. c) Calvinismo significou um recrudescimento das concepções e práticas reformistas, pois criticou os valores burgueses através da condenação do empréstimo de dinheiro a juros e do trabalho manual. d) Anglicanismo reforçou a autoridade do Vaticano na Inglaterra com a promulgação do Ato de Supremacia, por Henrique VIII, que devolveu os bens e as propriedades do clero católico confiscados pela nobreza inglesa. e) Concílio de Trento marcou a reação da Igreja à difusão do Protestantismo, reafirmando os dogmas católicos e fortalecendo os instrumentos de poder do papado, tais como o Tribunal do Santo Ofício e a criação do índice de Livros Proibidos. 19. (Unirio) "Deus chama cada um para uma vocação particular cujo objetivo é a glorificação dele mesmo. O comerciante que busca o lucro, pelas qualidades que o sucesso econômico
  • 42. exige: o trabalho, a sobriedade, a ordem, responde também ao chamado de Deus, santificando de seu lado o mundo pelo esforço, e sua ação é santa." (João Calvino. In: Mousnier, Roland. História Geral das Civilizações. Os séculos XVI e XVII: os processos da civilização europeia. SP: Difel, 1973, p. 90, tomo IV, v. 1.) A opção que correlaciona a citação acima com o contexto da reforma protestante, no século XVI, que pregava mudanças no cristianismo e na ação da igreja católica é o a) calvinismo, a condenação da doutrina da predestinação absoluta formulada pelo pensamento tomista medieval. b) anglicanismo, a supressão do clero e dos sacramentos na vida religiosa como forma de enfraquecimento do papado. c) luteranismo e no calvinismo, a pregação teológica de submissão do Estado à Igreja reformada. d) luteranismo, a defesa do princípio da salvação do homem pela fé sem a necessidade de intermediação da Igreja e da realização de obras pias. e) anglicanismo e no luteranismo, a substituição do latim pelo alemão nos cultos religiosos. 20. (Uerj) O texto a seguir se refere ao período do início da transição do feudalismo para o capitalismo. A expansão navegadora que decorreu do desenvolvimento mercantil ao fim do medievalismo é contemporânea da cisão religiosa definida com a Reforma. Como aquela expansão foi capitaneada pelas nações católicas, "colonização" e catequese religiosa confundiram-se. SODRÉ, N. W. "Síntese de História da Cultura Brasileira". Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. 19. ed., p.15. A articulação entre catequese e colonização na América acima descrita pode ser entendida a) pelo interesse do colonizador europeu em conquistar a confiança do ameríndio, conhecedor dos caminhos que levaram às minas de metais preciosos existentes em toda a região continental americana. b) como uma preocupação quanto ao risco de influência das religiões dos africanos, trazidos à América para o trabalho escravo, sobre os ameríndios, afastando-os da "verdadeira" religião (cristã).
  • 43. c) pela busca da melhoria do trabalho do ameríndio através da influência de uma cultura superior (a europeia), o que garantiria uma possibilidade de ascensão social do indígena a médio ou longo prazo. d) como resultado de um conflito entre Igreja Católica e os governantes dos Estados Modernos europeus, todos em busca de afirmação política e econômica, apresentando assim antagonismos inconciliáveis. e) pela fusão de interesses nem sempre pacíficos dos Estados colonizadores e da Igreja Católica visando, entre outros objetivos, à maior exploração do "gentio" e seu afastamento da pregação reformista.