1. 10 Ótimos filmes brasileiros que ninguém assistiu
Redentor (2004)
Primeiro longa-metragem de Claudio Torres, que depois faria sucesso com A Mulher
Invisível e O Homem do Futuro, Redentor é estrelado por Pedro Cardoso e Miguel Falabela,
apesar de ser um drama. Mesmo com a presença dos astros, e da presença de Fernando
Torres e Fernanda Montenegro, pais do diretor, o filme atingiu menos de 50 mil espectadores.
Ainda assim, muitos consideram que este trabalho é bastante superior às comédias que o
cineasta lançou depois com muito sucesso.
A Máquina (2005)
Mais conhecidos hoje como os pais da atriz e cantora Clarice Falcão, o diretor João Falcão e a
roteirista Adriana Falcão tinham um status alto quando lançaram A Máquina no cinema.
Responsáveis por obras de sucesso na televisão, como a série O Auto da Compadecida, que
logo viraria filme, e Sexo Frágil, o casal não conseguiu obter sucesso no cinema, mesmo com
nomes como Mariana Ximenes e Paulo Autran, em um conto de fadas moderno adaptado para
o sertão do nordeste do Brasil.
2. Eu Me Lembro (2005)
Poucos brasileiros conhecem o cineasta baiano Edgard Navarro, mas é certo que ele desperta
um forte sentimento naqueles que assistem a seus filmes, mesmo aqueles que não gostem
daquilo que viu. Comparado com o clássico Amacord, do italiano Federico Fellini, Eu Me
Lembro conta a história de um homem desde o nascimento até a fase adulta, com fatos
históricos como pano de fundo. Com um elenco com poucos nomes conhecidos, o filme
encanta pela poesia de suas cenas e pela bela produção.
A Via Láctea (2006)
Filha do poeta Mario Chamie e formada em filosofia e música, a cineasta Lina Chamie encheu
seu segundo filme, A Via Láctea de poesia e sentimento. Usando como base uma discussão de
casal, e como pano de fundo a caótica cidade de São Paulo, o filme estrelado por Marco Ricca
e Alice Braga penetra a fundo a relação entre os personagens, através de um jogo de sons,
palavras e imagens. Natural, desta forma, que o público se sinta ao final da projeção como se
tivesse acabado de apreciar uma obra de arte.
3. Falsa Loura (2007)
É fácil ter uma impressão errada do filme do mestre Carlos Reichenbach, já que o intuito do
experiente diretor neste seu último trabalho é justamente brincar com o as aparências, e talvez
justamente isto tenha afastado parte do público. Apesar de um ótimo roteiro e um elenco
competente, o longa acabou tendo mais destaque apenas atualmente, e por apresentar cenas
sensuais com a atriz Rosanne Mulholland, deCarrossel, o que não faz jus à obra, que conta a
história de uma operária iludida por um romance com um astro da música popular.
Onde Andará Dulce Veiga? (2007)
Baseado na obra de Caio Fernando Abreu – o real, não o do Facebook – o longa-metragem
Onde Andará Dulce Veiga? é filmado pelo grande amigo do escritor, Guilherme de
Almeida Prado, que mesmo assim afugentou alguns fãs de Caio. Com Maitê Proença, Eriberto
Leão e Carolina Dickmann, o filme conta a história de um jornalista que tenta desvendar o
mistério que envolve o desaparecimento de uma famosa cantora popular. Apesar de ser um
ótimo filme, o baixo desempenho no cinema fez com que a obra tivesse dificuldade em ser
lançada em DVD.
4. Bróder (2009)
A relação entre três grandes amigos de uma infância pobre que tomaram rumos diferentes
resultou em um maravilhoso filme pelas mãos do cineasta Jeferson De. A premissa parece
banal, já que mostra um dos jovens como um famoso jogador de futebol (Jonathan
Haagensen), outro como criminoso (Caio Blat) e o terceiro como um trabalhador em
dificuldades (Silvio Guindane). A forma como o roteiro é conduzido, no entanto, dá ao longa
grandes atrativos, com inspiração no norte-americano Spike Lee, mas recheado de elementos
bem brasileiros. Mesmo assim, o drama pouco foi visto.
Tempos de Paz (2009)
Adaptado da peça de teatro de Bosco Brasil, Tempos de Paz, de Daniel Filho, que mostra a
tensa relação entre um ator polonês que tenta entrar no Brasil, vivido por Dan Stulbach, e o
agente da alfândega que tenta impedí-lo, papel de Tony Ramos. A dupla mostra um show de
interpretação pouco visto no cinema brasileiro. Com um texto pesado, o drama acabou não
chamando tanto a atenção do público, mesmo com a presença dos atores e di retor globais, e
levou aos cinemas pouco menos de 20 mil pessoas, número bastante diferente do filme
anterior de Daniel Filho, também com Tony Ramos, Se Eu Fosse Você 2, que teve uma bilheteria
de quase 6 milhões de ingressos.
5. Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009)
Dois dos maiores nomes do cinema pernambucano se uniram em um projeto bastante autoral e
poético que resultou em Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo. Marcelo Gomes (Cinema,
Aspirinas e Urubus) e o cearense Karim Aïnouz (Madame Satã) usaram cenas que já haviam
filmado, mas não usaram em filmes anteriores e criaram, em cima disso, a história de um
geólogo que cruza sem a sua mulher amada o sertão nordestino, tão árido quanto seu coração.
Sem mostrar sequer seu único ator, Irandhir Santos, o ousado filme enche os corações
daqueles poucos que arriscam assistir e encarar sua difícil, porém bela, narrativa.
Heleno (2011)
Nem mesmo a presença de um dos maiores astros brasileiros do cinema, de uma das
mulheres mais bonitas do país e tratando de um assunto que está entre os favoritos no
Brasil, Heleno conseguiu conquistar o público. Estrelado por Rodrigo Santoro e Alinne Moraes,
o filme conta a história do jogador de futebol Heleno de Freitas. Talvez por ser preto e branco,
ou por mostrar mais o drama pessoal do atleta do botafogo, que morreu jovem decorrente de
sua vida desregrada, ou mesmo por trazer um Rodrigo Santoro assustador pela doença do
personagem, o longa teve um resultado bem aquém do esperado.
Fonte BR Cine