1) A agricultura urbana tem incentivado o acesso a alimentos saudáveis e nutritivos para estudantes de escolas públicas em Sobradinho através de hortas nas escolas.
2) O programa de hortas comunitárias da Emater-DF em Itapoã tem beneficiado muitas famílias com acesso a alimentos frescos e atividades educacionais.
3) Políticas públicas do GDF têm tentado garantir o acesso a alimentos de qualidade para todas as famílias do DF.
1. Alface, couve, cebolinha, rabanete,
tomate e cenoura são alimentos comuns
à mesa dos brasilienses. No entanto,
para muitas famílias, este cenário está
fora da realidade. Para corrigir essa
distorção, algumas políticas públicas
do GDF têm tentado viabilizar o acesso
a alimentos nutritivos e de qualidade,
tornando as refeições mais completas.
Nesse contexto, o trabalho da Emater-
DF vai além da extensão promovida na
área rural do DF: a melhoria de qualidade
de vida chega até a área urbana. O
programa de Agricultura Urbana tem
mudado a vida de muitas pessoas —
tanto alunos de escolas públicas quanto das cidades que possuem hortas comunitárias.
Aprendizado — Os estudantes de escolas de período integral de Sobradinho já conhecem bem
essa prática. Eles aprendem a importância de cuidar do que a terra produz, além de regar, molhar,
adubar, e colher na hora certa. As escolas têm utilizado as hortas como ferramenta pedagógica,
mostrando como é divertido aprender matemática, ciências e português. As crianças conhecem ainda
o potencial nutritivo destes alimentos, que vão direto para a cantina para dar mais cor à merenda.
A coordenadora de Ensino Integral da Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Sobradinho, Gilvani
Rodrigues, conta que muitas crianças nunca tinham consumido aqueles alimentos. O contato com as
hortaliças folhosas, além do fato de saber que eles produziram aquilo, tem feito uma grande diferença
na vida dos estudantes.
Moisés da Silva tem 30 anos. Ele produziu hortaliças durante muitos anos, e agora colabora com a
Escola Classe Boa Vista, onde é o responsável pela horta. Pai de três filhos — dois dos quais estudam
na escola —, ele faz questão de acompanhar as crianças na lida com a horta. “Essa atividade ensina
valores que não se aprende na vida”,
acredita.
Taina Marcela, de 13 anos, é uma das
1,6 mil estudantes do Centro de Ensino
Fundamental 03 de Sobradinho. Ela
lembra que nunca tinha comido nada do
que é plantado, mas foi aprendendo o
quanto esses alimentos são importantes
para a saúde.Aadolescente lembra ainda
que não gostava da horta. “Eu entrava de
qualquer jeito, achava que tudo era mato
e saia pisando. Quando me matriculei no
ensino integral, isso passou a ser parte
do meu dia a dia e comecei a valorizar
meu próprio trabalho”.
Horta Comunitária — Quem visita a horta comunitária do Itapoã não imagina quantas atividades
acontecem ali. Quando o programa da Emater-DF foi criado, em 2010, técnicos da empresa foram
até o local, orientaram, ministraram cursos de preparo de solo, plantio e colheita. O projeto começou
a dar tão certo que várias pessoas começaram a se interessar.
Hoje os ajudantes são todos voluntários. Eles recebem uma cesta com o que é produzido e
vendem também para os moradores e comércios da região, viabilizando o acesso às pessoas que
não consomem aqueles alimentos. Com o aumento do fluxo de pessoas, outras atividades — como
capoeira, teatro, aulas de cinema, oficinas de reciclagem, grafite e o programa “Picasso não pichava”
— começaram a funcionar no local.
Calebe Amorim, de 14 anos, frequenta o local há um ano. Ele conta que antes ficava em casa
assistindo TV o tempo todo, mas hoje, o trabalho da horta o tem motivado. Ele está escrevendo a
continuação da série “Luz Ferina”, livro que, em parceria com empresa incubadora da Universidade
de Brasília (UnB), vai virar um curta-metragem. Calebe sente-se orgulhoso do seu trabalho e diz que
tem aprendido muito com a horta. “Ajuda na concentração, o cuidado que se tem com a horta é o
mesmo que tenho tido para escrever, minha criatividade aqui aflora”, confessa o garoto.
Uma das responsáveis pelo local há mais de dois anos, Rosângela Rodrigues revela que a horta
tem sido um refúgio para muitos moradores com problemas de depressão, além de tirar os jovens
das ruas. “Muitas crianças que estão aqui hoje poderiam estar no crime. Aqui, elas cuidam de um
bem para a comunidade e para si mesmas”, comemora.
Informativo do Sistema Público da Agricultura - Ano II - Edição n° 47 - Brasília, 10 de outubro de 2013.
Secretaria de Agricultura
e Desenvolvimento Rural
Agricultura urbana incentiva alimentação saudável
2. Produtores mostram potencial da floricultura do DF
Saindo dos bastidores das decorações
e paisagismos, os produtores rurais do
DF foram os protagonistas da FestFlor
Brasil, realizada de 3 a 6 de outubro.
Foram dois salões com estantes de
flores, plantas ornamentais, artesanato e
produtos agroindustriais produzidos, em
sua maioria, pela agricultura familiar. Tudo
isso para aproximar o rural do mercado
consumidor e demais setores da cadeia
produtiva.
Com os espaços fornecidos aos
produtores, a Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) cumpriu seu objetivo de possibilitar a proximidade entre
os produtores, a troca de experiências, divulgação e aumento de vendas. Para o coordenador do
programa de floricultura, Cleison Duval, o evento também contribui como fator motivacional. “A
cada ano mais produtores começam a cultivar flores no DF. Quando nos procuram querendo iniciar
a produção, orientamos para que visitem a FestFlor e conversem com outros produtores. Isso
também ajuda a definir que tipo de plantio querem iniciar”, falou.
Uma das entidades que recebem o apoio da Emater -DF desde sua criação é a Cooperativa dos
Produtores de Flores e Plantas Ornamentais do Distrito Federal (Multiflor). Com acesso a políticas
públicas de incentivo à produção e comercialização, ela cresce a cada ano e atrai mais cooperados.
Nesta edição da FestFlor, foram arrecadados cerca de R$ 40 mil com a venda de flores, plantas
ornamentais e cachepôs de fibra de bananeira, produzidos pelo do grupo Multifibras, composto
principalmente por mulheres de assentamentos rurais.
O produtor Joel Alves de Faria e sua esposa, Rosemary Reis, participam de todas as edições da
feira com a Multiflor. Joel diz que o evento é muito importante para os que ainda estão desenvolvendo
a produção. “Ajuda a divulgar nossos produtos, nosso viveiro e fazer contatos para vendas após
o evento. O público pode conhecer a qualidade das nossas plantas. Como são todas adaptadas
ao nosso clima, vivem por mais tempo que as encontradas nos grandes mercados, que vêm de
outros estados. Isso faz com que mais clientes nos procurem”, conta. Apesar de não ter ponto fixo
de venda, o casal participa das feiras botânicas realizadas em shoppings durante o ano. “Temos
clientes que fazem encomendas para essas exposições”, falou Joel.
A participação dos agricultores na FestFlor Brasil é apenas uma das ações do governo do Distrito
Federal para estimular o acesso ao mercado e o aumento da produção.
3. Agricultores da Estância do Pipiripau recebem
conjunto de mecanização agrícola
Entregabeneficiarámaisde
cem famílias de agricultores
do núcleo rural da região de
Planaltina
Os agricultores familiares
da Estância do Pipiripau, em
Planaltina-DF, receberam
conjunto de mecanização
agrícola neste domingo (6).
Com a entrega, os produtores
rurais terão mais qualidade
de vida e na produção.
“O governador Agnelo está de parabéns pela iniciativa. Antigamente, não tinha critério para o
empréstimo de maquinário e muitas pessoas que não precisavam ganhavam”, disse Edson Batista,
presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Núcleo Rural do Pipiripau I e II
(ASPPP).
“Agora não, as associações dos agricultores têm que elaborar um plano de trabalho e participar
de uma concorrência, quem estiver mais qualificado e organizado, ganha”, completou.
Desde o início do ano, o GDF, por meio da Secretaria de Agricultura e da Emater-DF, empresta
conjuntos de mecanização agrícola. Para obter o empréstimo, os produtores rurais têm que estar
organizados em cooperativas ou associações e cumprir as exigências dos editais.
“Sabemos da grande demanda por máquinas que existe no meio rural de Brasília. É difícil,
principalmente para o pequeno produtor, ter acesso a elas. Agora, este conjunto ficará com os
produtores em tempo integral”, ressaltou o secretário de Agricultura, Lúcio Valadão.
Programa de mecanização
O programa de mecanização agrícola, conhecido como Patrulhas de Mecanização Agrícola,
entregará 26 conjuntos. Com a entrega feita na Estância do Pipiripau, 23 comunidades e mais de
mil famílias de agricultores já foram beneficiadas.
“O esforço do governo Agnelo é fazer com que sejam criadas condições para a geração de
emprego e renda no campo. Temos o desafio de estruturar políticas que cheguem de fato ao meio
rural e mudem a vida das pessoas para melhor e estamos conseguindo”, disse Marcelo Piccin,
presidente da Emater.
Cada conjunto de mecanização é composto por trator agrícola; grade aradora, de 14 discos
de 26 polegadas; carreta agrícola, com capacidade para 4 toneladas; enxada rotativa com kit
encanteirado e distribuidor de calcário e adubo orgânico com capacidade para 2,5 toneladas.
As organizações dos agricultores vencedoras das concorrências poderão ficar com o maquinário
por até cinco anos. Em contrapartida, terão que fazer seguro das máquinas e cumprir as demais
exigências dos editais.
4. Produtores recebem resultados de exames toxicológicos
Mais de 60 produtores rurais atendidos
pela unidade da Emater-DF na Vargem
Bonita receberam, nessa terça-feira (8),
os resultados dos exames toxicológicos
feitos no dia 25 de junho. Os médicos
Marlucy Correia e Ubiratan Loureiro Junior
deram orientações sobre a importância do
cuidado com a saúde.
Segundo Ubiratan, nenhum resultado
foi preocupante. Entretanto, o exame
realizado detecta apenas intoxicação por
agrotóxicos organofosforados e, por isso,
“aqueles que ainda assim apresentarem
sintomas como tontura, dor de cabeça, insônia, falta de apetite, pele irritada, excesso de salivação,
depressão, diarreia e vômito pode procurar o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador
(Cerest) para acompanhamento e exames mais detalhados”, falou. A longo prazo, a intoxicação
crônica por uso de agrotóxicos pode desenvolver doenças mais graves como perda de memória,
surdez, cegueira, insuficiência respiratória e problemas de pele.
No dia da coleta de sangue, foi proferida palestra sobre a importância do uso dos equipamentos
de proteção individual e sobre os principais sintomas de intoxicação.
A próxima etapa inclui um curso de aplicador de agrotóxicos, realizado pela Emater-DF, nos dias
11, 15 e 18 de outubro, no centro comunitário do CAUB I.
A ação tem o objetivo de minimizar e prevenir os riscos à saúde do agricultor, trabalhador rural e
suas famílias. Todo o trabalho é desenvolvido em parceria com o Posto de Saúde do núcleo rural.
5. Informativo produzido pelas assessorias de comunicação social:
Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) - 3051-6347
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) - 3340-3002
Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) - 3363-1024
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Empresários da Ceasa adotam manual de boas práticas
Os empresários da Ceasa-DF
já estão utilizando o Manual de
Boas Práticas. Trata-se de um
documento da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) que
descreve como o trabalho deve
ser realizado no estabelecimento
comercial e a forma correta para
executá-lo. O manual é uma
exigência da Anvisa para todo
o País e serve para orientar o
comerciante sobre como ele
deve lidar com armazenamento, manipulação, limpeza, controle de pragas, utilização da água,
procedimentos de higiene, treinamento de funcionários e o que fazer com o lixo.
Segundo a Anvisa o Manual de Boas Práticas, lançado em outubro de 2002, estabelece um ponto
de garantia para alcançar a qualidade do estabelecimento a partir de Procedimentos Operacionais
Padronizados (POP) que o documento apresenta e cujo objetivo é facilitar o seu acompanhamento.
O empresário Leandro Araujo, dono da Casa de Doces e Queijos Brasília, explica que o manual
é um compromisso natural dos comerciantes da Ceasa para manter a segurança da saúde pública.
“É obrigação de todo comerciante aderir a este manual. Ele significa um passo a frente rumo à
modernização. Além disso, atendemos a exigência dos clientes que querem qualidade e higiene
para consumir”, diz Leandro.
Quem também já aderiu às normas é o empresário João Resende, da Terra Capital – Distribuidora
de Frutas e Verduras Ltda. Para Resende, a implantação do manual é um passo importante para
garantir a qualidade de vida dos consumidores e transformar a Ceasa-DF num modelo para o
Brasil. “O mercado quer melhorar e este manual é uma grande oportunidade para isso. Ele prioriza
a higiene e os empresários da Ceasa precisam assimilar e jogar no mesmo time”, avalia.
O Grupo Perboni é outra empresa da Ceasa que adotou o manual. Segundo o engenheiro
agrônomo Vinícius Moreira, responsável pelo trabalho de implantação na empresa, além de
objetivar a procura pela qualidade elevada dos produtos, o livreto também aumenta a organização
e a apresentação dos produtos. Para Moreira, as obras de reformas que acontecem no boxe da
Perboni oferecem melhores condições para a implantação do manual. “É uma obrigação de todas
as empresas da Ceasa e é preciso que haja maior conscientização sobre esta medida, pois nem
todos a conhecem”, afirma Moreira.
Para o presidente da Ceasa-DF, Wilder Santos, a adoção do Manual de Boas Práticas mostra
que o empresariado que atua no local compreende que o setor de abastecimento está empenhado
em nova estratégia para crescer. Wilder aponta que o principal objetivo é aumentar e assegurar a
qualidade dos produtos desde a sua origem, passando pelo transporte até a comercialização. “Este
manual vai consolidar o crescimento da Ceasa-DF junto aos clientes que a cada semana enchem
nossos pavilhões, principalmente a Pedra aos sábados”, afirma.