2. CAPITALISMO
Capitalismo é um sistema económico em que os meios de produção e distribuição são
de propriedade privada e com fins lucrativos. Na lógica do capitalismo está o aumento
de rendimentos. Decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não
são feitos pelo governo e os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em
empresas e os salários são pagos aos trabalhadores pelas próprias empresas. O capitalismo
é predominante na zona ocidental.
O capitalismo é o sistema sócio-económico baseado no reconhecimento dos direitos
individuais, em que toda propriedade é privada e o governo existe para banir a iniciação
de violência humana. Em uma sociedade capitalista, o governo tem três órgãos: a polícia, o
exército e as cortes de lei.
O capitalismo só pode funcionar quando há meios tecnológicos e sociais para garantir o
consumo e acumular capitais. Quando assim sucede, tem conservado e até aumenta a
capacidade económica de produzir riqueza.
Dentro do capitalismo existem diversos tipos, como o capitalismo financeiro (também
conhecido como capitalismo monopolista), que corresponde a um tipo de economia
capitalista em que o grande comércio e a grande indústria são controlados pelo poderio
económico dos bancos comerciais e outras instituições financeiras.
3. SOCIALISMO
Socialismo é uma doutrina política e económica que surgiu no final do século XVIII e se
caracteriza pela ideia de transformação da sociedade através da distribuição equilibrada de
riquezas e propriedades, diminuindo a distância entre ricos e pobres.
Karl Marx, um dos principais filósofos do movimento, afirmava que o socialismo seria
alcançado a partir de uma reforma social, com luta de classes e revolução do proletariado,
pois no sistema socialista não deveria haver classes sociais nem propriedade privada.
Todos os bens e propriedades particulares seriam de todas as pessoas e haveria repartição
do trabalho comum e dos objetos de consumo, eliminando as diferenças económicas entre os
indivíduos.
O sistema socialista é oposto ao capitalismo, cujo sistema se baseia na propriedade
privada dos meios de produção e no mercado liberal, concentrando a riqueza em
poucos.
A origem do socialismo tem raízes intelectuais e surgiu como resposta aos movimentos
políticos da classe trabalhadora e às críticas aos efeitos da Revolução Industrial (capitalismo
industrial). Na teoria marxista, o socialismo representava a fase intermediária entre o fim do
capitalismo e a implantação do comunismo.
O socialismo sugeria uma reforma gradual da sociedade capitalista.
5. COMUNISMO
Muitas vezes as expressões comunismo e socialismo são usadas como sinônimos, o que
não é correto.
No entanto, os dois conceitos representam ideologias com algumas semelhanças, pois
representam uma forma de protesto ou uma alternativa ao capitalismo.
Comunismo é uma doutrina social, segundo a qual se pode e deve "restabelecer" o
que se chama "estado natural", em que todos teriam o mesmo direito a tudo,
mediante a abolição da propriedade privada. Nos séculos XIX e XX, o termo foi usado
para qualificar um movimento político.
A grande reanimação do comunismo ou do socialismo (termos utilizados nos primeiros
momentos de forma indistinta como sinônimos), no princípio do século XIX, está
relacionada com a Revolução Industrial. Os abusos do capitalismo e do liberalismo
económico, cometidos pela tremenda transformação da economia e da indústria,
provocaram um movimento crítico que, em muitos casos, vem a se relacionar com as
ideias comunistas.
O comunismo moderno se exprime primeiramente a nível de doutrina através do
marxismo, depois no marxismo-leninismo e, em parte, também no maoísmo marxista e é
fundamentalmente uma doutrina destinada à igualdade compulsiva da maioria.
O comunismo afirma que as condições de vida (principalmente as económicas) do homem
determinam a sua consciência e considera que o desenvolvimento da capacidade de
produção graças à técnica e também à ciência desencadeiam uma evolução dialética onde
a sociedade esclavagista deveria dar lugar à sociedade socialista.
6. O que caracteriza o comunismo são os raciocínios gerais e as argumentações pela
consequência, pelo que muitas vezes as suas deduções são falsas. Assim, o fato real
da crescente concentração do capital não eliminou a relevante dinâmica das pequenas
empresas e a importância do sistema de produção não trouxe a importância dos seus
agentes, mas sim o papel crescente do setor ligado ao mercado. Por sua vez, a
dinâmica social ligada às concepções comunistas não se revelou exata, pelo contrário,
se tornou claro que é um erro considerar que as nações mais desenvolvidas
industrialmente seriam as primeiras a conduzir a uma revolução socialista. Também é
errônea a hipótese de que em toda a parte seriam os operários industriais a força
motora do movimento revolucionário.
Numa certa altura, o comunismo passou a ser reivindicado pelos partidos comunistas,
que revelaram grande combatividade em revoluções na Alemanha, Áustria e Hungria,
em 1918. Entre 1917 e 1921 foram fundados quase todos os partidos comunistas que
posteriormente vieram a ser importantes: o alemão (no final de 1918 e princípio de
1919), o partido comunista de França e Indonésia (1920), e em 1921 o italiano e
chinês.
Atualmente não existe no mundo comunista a mesma centralização que havia nos
anos 30 e 40. De igual forma, os partidos comunistas já não são em toda a parte a
força política mais revolucionária.
7. MARXISMO
Marxismo é um sistema ideológico que critica radicalmente o capitalismo e proclama a
emancipação da humanidade numa sociedade sem classes e igualitária.
As linhas básicas do marxismo foram traçadas entre 1840 e 1850 pelo filósofo social alemão Karl Marx e o
revolucionário alemão Friedrich Engels, sendo o sistema mais tarde completado e modificado por eles e
por seus discípulos, entre eles, Trotsky, Lenine e Stalin.
No ano de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicam o Manifesto Comunista, onde fazendo uma análise
da própria realidade em que viviam chegaram a algumas conclusões acerca do trabalho, da propriedade,
das relações produtivas e principalmente a violenta exploração dos trabalhadores. Neste contexto, Max e
Engels propõem a luta pelo fim do capitalismo com a adição imediata do socialismo, onde as massas
trabalhadoras possuindo os meios de produção assumiriam o poder político e económico.
O Marxismo tornou-se um dos movimentos intelectuais e políticos mais influentes da sociedade
contemporânea.
O Marxismo ou Socialismo Marxista embora promovesse congressos e cooperação operária, teve curta
duração, vindo a dissolver-se em 1876, devido à repressão sofrida e às divergências internas. Apesar
disto, novas organizações operárias e partidos políticos se destacaram, entre eles o Partido Social
Democrata, fundado na Alemanha por Wilhelm Liebknecht e August Bebel.
Foi na Rússia, que o Socialismo Marxista teve maior repercussão, serviu de inspiração para o Partido
Operário Social Democrata Russo e fundamentou a criação do primeiro Estado Socialista, em 1917,
dividindo o mundo em Capitalista de um lado e Socialista do outro.
8. LIBERALISMO
O liberalismo é uma doutrina político-económica e sistema doutrinário que se
caracteriza pela sua atitude de abertura e tolerância a vários níveis. De acordo
com essa doutrina, o interesse geral requer o respeito pela liberdade cívica,
econômica e da consciência dos cidadãos.
O liberalismo surgiu na época do iluminismo contra a tendência absolutista e indica
que a razão humana e o direito inalienável à ação e realização própria, livre e sem
limites, são o melhor caminho para a satisfação dos desejos e necessidades da
humanidade. Este otimismo da razão exigia não só a liberdade de pensamento mas
também a liberdade política e económica.
O liberalismo acreditava no progresso da humanidade a partir da livre concorrência
das forças sociais e era contrário às acusações das autoridades (religiosas ou
estatais) sobre a conduta do indivíduo, tanto no campo ideológico como no campo
material, devido à sua desconfiança básica sobre todo o tipo de obrigação (individual
e coletiva).
Na sua origem, o liberalismo defendia não só as liberdades individuais mas também
da dos povos, e chegou mesmo a colaborar com os novos movimentos de libertação
nacional surgidos durante o século XIX, tanto na Europa como nos territórios
ultramarinos (sobretudo na América Latina).
9. No âmbito político, o liberalismo deu os seus primeiros passos com a revolução
francesa e americana; os direitos humanos constituiram, seguidamente o seu
primeiro ato de fé político.
O liberalismo foi a ideologia política da burguesia (liberal), a qual, amparada
por essa ideologia, conseguiu conquistar uma posição predominante durante o
século XIX e até à I Guerra Mundial, altura em que se tornou a força política
dominante em quase todo o mundo ocidental.
O fracasso do liberalismo face aos grandes problemas políticos e sociais que,
depois da I Guerra Mundial, surgiram na Europa central teve como
consequência que a Alemanha, Itália e outros países mergulhassem em crises
profundas e prolongadas, que contribuiu para o florescimento de sistemas
totalitários (fascismo, nacional-socialismo, falangismo, etc.).
Posteriormente à II Guerra Mundial e face a outros movimentos de tendência
democrata-cristã ou social-democrata, o liberalismo ressurgiu, pretendendo
constituir de novo uma opção no campo político e económico.
10. ANARQUISMO
Anarquismo é um sistema político que defende a anarquia, que
busca o fim do Estado e da sua autoridade.
O termo anarquismo tem origem na palavra grega anarkhia, que
significa "ausência de governo". Representa o estado da sociedade
ideal em que o bem comum resultaria da coerente conjugação dos
interesses de cada um. A anarquia é contra a divisão em classes e
por consequência é contra toda a espécie de opressão de uns sobre
os outros. Vulgarmente é entendida como a situação política em que
a constituição, o direito e as leis deixam de ter razão de existir.
O anarquismo recusa a reforma progressiva como meio de
desenvolvimento do estado, o qual deverá ser fruto da destruição
radical da ordem estatal, através da ação direta, que inclui os
atentados (propaganda pela ação).