O documento fornece diretrizes para a construção de resumos concisos (relises) para veículos de imprensa. Apresenta os tipos de relises, como padrão, entrevista, dirigido e especial. Fornece dicas sobre tamanho, forma e estilo para impressos, rádio, TV e internet. Recomenda objetividade, brevidade e linguagem jornalística.
2. No mundo ideal...
1. FUNÇÃO:
Levar às redações notícias que possam servir
como material de apoio ou sugestão de pauta,
estimulando solicitações de entrevistas ou de
informações complementares.
2. REDAÇÃO:
Possui parâmetros próprios, dependendo das
situações características de cada assessorado.
Deve atrair pelo valor das informações.
3. Tipos de relises
• Padrão
Destaca o “quê” e o “quem” da informação, ou
seja, o fato em si e os personagens. Na grande
maioria dos casos, os relises devem ser
construídos a partir da técnica da pirâmide
invertida e do estilo jornalístico (frases breves,
palavras curtas, vocabulário usual, ordem
direta e positiva do discurso, adjetivos só
quando necessários).
4. Tipos de relises
• Entrevista
Expressa a opinião do assessorado a respeito de
um fato relacionado a ele, direta ou
indiretamente. Melhor se for usado como
material adicional, caso o cliente tenha algo
importante a ser dito. Em temas muito
controversos, melhor recorrer à coletiva, sendo
ideal enviar um relise deste tipo pós-coletiva
para os que não puderem comparecer.
5. Tipos de relises
• Dirigido
Em geral é distribuído a colunistas ou espaços
bem particulares. Prima pela adequação às
necessidades da seção, o que carece de
profunda análise de estilo do espaço visado.
Deve ser enviado com exclusividade.
6. Tipos de relises
• Especial
Tipo utilizado para contextualizar o fato, com
suas causas e consequências. Geralmente é
produzido sob demanda, por veículo
impossibilitado de cobrir a ação. Logo, deve se
adaptar bem às estruturas do veículo. Também
deve ser enviado com exclusividade.
7. Tipos de relises
• Artigo
Texto opinativo, cuja redação final é feita pelo
assessor de comunicação tomando como base o
esboço inicial construído pelo assessorado.
Observar as definições de cada veículo e enviar
igualmente com exclusividade.
8. Tipos de relises
• Rádio e TV
Devem ser produzido apenas em situações
especiais. Havendo informação relevante para
estes veículos, o assessor deve entrar em
contato telefônico. A não ser que o relise
aborde apenas a divulgação de eventos para
programas que apresentem entrevistas,
reportagens ou notícias diversas.
9. Tratamento da informação
• Na construção de relises é importante observar
que a instituição deve ser sempre mais forte do
que seus representantes.
Use: “as vendas no comércio varejista em Porto Alegre caíram 7% no mês
de julho em relação ao mesmo período no ano passado. A informação
faz parte do levantamento divulgado nesta quarta-feira (9.8.2006)
pelo Instituto de Estudos Econômicos do Rio Grande do Sul.”
E Não: “as vendas no comércio varejista em Porto Alegre caíram 7% no
mês de julho em relação ao mesmo período no ano passado. A
informação foi divulgada nesta quarta-feira (9.8.2006) pelo presidente
do Instituto de Estudos Econômicos do Rio Grande do Sul, Fulano de
Tal.”
10. Tratamento da informação
• É aconselhável observar os mínimos detalhes
para deixar claro que há interesse jornalístico
na informação apresentada.
Use: “o Instituto de Estudos Econômicos do Rio Grande do Sul promove o
II Encontro Regional de Integração Latino-americana, que será
realizado de 23 a 25 de agosto, no Centro de Eventos do Mercosul, em
Porto Alegre. Segundo o presidente do IEE, Fulano de Tal, o objetivo
é...”
E Não: “o Instituto de Estudos Econômicos do Rio Grande do Sul promove
o II Encontro Regional de Integração Latino-americana, que será
realizado de 23 a 25 de agosto, no Centro de Eventos do Mercosul, em
Porto Alegre. O objetivo é...”
11. Textos para impressos
• Tamanho: deve preferir a objetividade e a
brevidade; melhor se não exceder os 2.000
toques.
• Título: variável de uma publicação para outra,
mas o padrão pode ficar entre 24 e 32 toques.
• Texto: vale a pena estudar as principais
convenções das publicações visadas. Como grafar
datas, cargos, intertítulos, uso de declarações.
Precisa receber tratamento rigorosamente
jornalístico e não institucional.
12. Textos para impressos
• Na elaboração de títulos estimulantes, observar:
– USE
• Verbos preferencialmente no presente e na voz ativa. O uso do
futuro composto (vai acontecer, ao invés de acontecerá) é uma
alternativa.
• Maiúsculas apenas quando a língua portuguesa exigir.
• Ordem direta do discurso (sujeito, verbo e complemento).
13. Textos para impressos
• Na elaboração de títulos estimulantes, observar:
– EVITE
• Títulos sem verbo.
• Verbos no passado ou na voz passiva.
• Pontuação interna.
• Artigos definidos ou indefinidos no início do título.
• Gerúndio ou particípio.
• Formas negativas
• Condicional (futuro do pretérito).
14. Textos para impressos
• Na elaboração de títulos estimulantes, observar:
– NÃO USE
• Maiúsculas em todo o título.
• Ponto final, de exclamação ou de interrogação.
• Expressões ambíguas, jogos de palavras, rimas, repetições e
chavões.
• Abreviaturas.
• Pronomes oblíquos.
• Piadas ou trocadilhos.
• Siglas pouco conhecidas.
15. Textos para rádio
• Tamanho: De seis a oito linhas, sendo cada
período ocupando cerca de duas linhas e meia.
– 1 linha 72 caracteres 5 segundos
– 6 linhas 432 caracteres 30 segundos
• Forma: texto corrido, lide, simplificação do
nome de instituições, preferência pela
linguagem oral, sem quaisquer aspas ou
parênteses.
16. Textos para televisão
• Tamanho: geralmente o relise é menos
importante, em termos jornalístico, que a
grande maioria do material produzido pela
própria emissora. Então é preferível que o
texto seja muito breve, não excedendo dez
linhas.
• Forma: espaçamento triplo entre as linhas e
uso de maiúsculas. Preferência pela linguagem
oral, assim como para o rádio.
17. Textos para internet
• Tamanho: as condições de leitura no computador
provocam maior fadiga, levando uma pessoa a ler
25% mais devagar. Então, o texto também deve
primar pela brevidade.
• Título: pequeno, com no máximo cinco palavras.
• Forma: parágrafos com no máximo seis linhas,
contendo informações completas, para evitar o
uso de barra de rolagem no meio da leitura.
Recorra ao uso de tabulações e de listas para
ajudar na visualização.
18. Fontes de Consulta
1. FERRARETTO, Elisa Kopplin. Assessoria de imprensa: teoria e
prática. 5ª Ed; São Paulo: Summus, 2009.
2. DUARTE, Jorge. Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a
Mídia. São Paulo: Atlas, 2002.