1. Julho 2009, n.07
BNB-Conjuntura Mensal
Escritório Técnico de Estudos
Econômicos do Nordeste - ETENE
Janeiro/2011 – No 1
2. 2
Presidente
Roberto Smith
Diretoria:
José Alan Teixeira da Rocha
José Sydrião de Alencar Júnior
Luís Carlos Everton de Farias
Oswaldo Serrano de Oliveira
Paulo Sérgio Rebouças Ferraro
Stélio Gama Lyra Júnior
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste – ETENE
Superintendente: José Narciso Sobrinho
Ambiente de Estudos, Pesquisas e Avaliação – AEPA
Gerente: Jânia Maria Pinho Souza
Célula de Estudos e Pesquisas Macroeconômicas, Industriais e de Serviços
Gerente: Airton Saboya Valente Júnior
Central de Informações Econômicas, Sociais e Tecnológicas
Gerente: Francisco Diniz Bezerra
Coordenação: Airton Saboya Valente Júnior
Francisco Diniz Bezerra
Elaboração: Francisco Ferreira Alves
Revisão Vernacular: Hermano José Pinho
Colaboração:
Elias Augusto Cartaxo
Hamilton Reis de Oliveira
Kamille Leão de Souza
Janaína Saldanha de Carvalho
José Wandemberg Rodrigues Almeida
Leonardo Dias Lima
3. Editorial
O Banco do Nordeste, através do ETENE, tem a satisfação de
divulgar o periódico BNB – Conjuntura Mensal, referente a janeiro/2011, que
apresenta uma análise sobre o comportamento de variáveis relevantes da
economia do Nordeste. Além de disseminar informações sobre a Região, a
Conjuntura Mensal visa oferecer subsídios para que se fundamentem
discussões, debates e encaminhamento de matérias de interesse do Nordeste.
O BNB coloca à disposição os contatos (85-3299.5036, e
etene@bnb.gov.br) se houver interesse do leitor em conhecer, com maior
detalhe, um determinado assunto contido no trabalho. Ficaríamos gratos de
receber, através do mesmo endereço, quaisquer críticas ou sugestões, que
possam contribuir para a permanente melhoria deste periódico. No final do
trabalho, são apresentadas três tabelas. A primeira, com os valores e variações
para os principais indicadores econômicos do Nordeste e do Brasil, a segunda
e a terceira exibem variações percentuais e valores absolutos das citadas
variáveis para os estados nordestinos.
Contextos Internacional e Nacional
A queda do ditador da Tunísia, Ben Ali, em meados de janeiro
último, deu início a uma onda de protestos contra governos autoritários em
vários países da Liga Árabe. No Egito, depois de três semanas de protestos e
pressões populares, o Presidente Mubarak renunciou, pondo fim a um governo
que se estendeu por quase 30 anos. O País é conduzido pelo Conselho
Supremo das Forças Armadas, que terá a incumbência de fazer a transição até
as próximas eleições. O principal temor dos Estados Unidos e parte do
Ocidente é que a Nação Egípcia passe a ser governada por fundamentalistas
islâmicos, contrários aos interesses dos países hegemônicos, e tendo como
pano de fundo o papel estratégico do Egito na geopolítica da região,
notadamente pelo Canal de Suez, no norte do país, por onde escoa parte do
petróleo produzido no Golfo Pérsico para o Ocidente. Como reflexo inicial
dessas incertezas e do rigor do inverno no Hemisfério Norte, o preço do barril
do petróleo acaba de ultrapassar a barreira dos US$ 100, nível que não se
registrava desde 2008.
No Brasil, o COPOM, em sua primeira reunião de 2011,
determinou a elevação da taxa básica de juro, de 10,75% para 11,25% ao ano,
sem viés, tendo em vista a robustez da demanda doméstica, impulsionada pelo
crescimento da renda e expansão do crédito, e pelo elevado nível de utilização
dos fatores de produção. A conjugação desses elementos poderia
comprometer o regime de metas para a inflação. Adicionalmente, o Ministério
da Fazenda determinou, no dia 9 de fevereiro, uma redução de R$ 50 bilhões
nas despesas primárias do governo federal para 2011, corte que deverá recair
fortemente sobre as despesas de custeio, suspensão dos benefícios fiscais
concedidos em 2009/2010, redução dos aportes do Tesouro Nacional ao
BNDES além de contenção das emendas apresentadas ao orçamento Geral da
União, providências que serão acompanhadas pelo aumento da eficiência dos
gastos. Segundo o Ministro da Fazenda, serão preservados os investimentos
4. 4
do PAC e os recursos para os programas sociais. A redução anunciada no
orçamento permitirá uma diminuição da demanda do setor público, abrindo
espaço para redução futura da taxa de juros pelo Banco Central e também para
o controle da inflação.
Panorama Geral da Economia do Nordeste
Segundo estimativa realizada pela equipe de Conjuntura
Econômica do BNB-ETENE, a economia do Nordeste deverá crescer 5,4%, em
2011, e 5,0%, em 2012, devendo a economia brasileira experimentar uma
expansão de 5,3% e 4,5%, nos referidos anos.
Dentro desse contexto, a produção nordestina de grãos poderá
atingir 13,6 milhões de toneladas, para a safra 2010/11, significando uma
expansão de 14,3% sobre a safra anterior, segundo informações veiculadas no
quarto levantamento realizado em janeiro último, pela CONAB. Na Região, o
prognóstico climático para os meses de janeiro, fevereiro e março indica que o
volume de chuva deve ficar um pouco acima da média histórica na área que
abrange o Maranhão, Piauí, Ceará, o oeste da Paraíba, do Rio Grande do
Norte e de Pernambuco e o norte da Bahia. Para as demais áreas do
Nordeste, o volume de chuva deve ficar dentro da média histórica. À exceção
de Alagoas e Sergipe, onde estão sendo aguardadas reduções na produção de
grãos de, respectivamente, 9,6% e 6,4%, os demais estados da Região
deverão registrar aumentos significativos, com destaque para Paraíba
(702,8%), Ceará (159,6%), Rio Grande do Norte (92,0%) e Piauí (40,9%),
resultados que se devem em grande medida à quebra de produção ocorrida na
safra passada. A Bahia, que responde por quase metade da produção de
grãos regional, deverá apresentar um pequeno acréscimo na produção (2,4%).
Para o Brasil, a estimativa é de uma produção de grãos de 149,4 milhões de
toneladas, mantendo-se praticamente no mesmo nível da safra anterior.
Em 2010, a produção física da indústria nordestina experimentou
um incremento de 8,1%, comparativamente ao ano anterior, segundo
informações veiculadas pelo IBGE (PIM-PF). Na Região, vale sublinhar os
aumentos de produção exibidos pelas indústrias de máquinas, aparelhos e
materiais elétricos (46,6%), refino de petróleo e álcool (17,4%), metalurgia
básica (13,0%) e minerais não metálicos (11,6%). Entre os estados, cabe
destacar o incremento experimentado pela indústria de Pernambuco (10,2%),
Ceará (9,0%) e Bahia (7,1%). Na mesma base de comparação, a indústria
brasileira apresentou uma expansão de 10,5%, maior índice de crescimento
dos últimos 24 anos, quando foi registrado um aumento de 10,9%, em 1986.
Seguindo o crescimento da produção fabril, os indicadores do
emprego industrial também apresentaram expansão. De janeiro a novembro
de 2010, o pessoal ocupado na indústria nordestina aumentou 5,1%, as horas
pagas cresceram 4,8% e a folha de pagamento exibiu uma expansão real de
6,8%, comparativamente a igual período do ano anterior, resultados que
ficaram um pouco acima das variações observadas para a indústria brasileira,
segundo informações fornecidas pelo IBGE (PIMES). No Nordeste, a indústria
do Ceará registrou o maior crescimento na folha de pagamento (12,2%) e no
5. 5
pessoal ocupado (7,0%), enquanto a indústria de Pernambuco exibiu o maior
incremento nas horas pagas (8,0%).
No acumulado de janeiro a novembro de 2010, o volume de
vendas do comércio varejista ampliado do Nordeste (formado pelo varejo e
acrescido dos segmentos de material de construção e veículos) registrou uma
expansão de 13,2%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior,
situando-se ligeiramente acima do índice obtido em nível nacional (11,9%), de
acordo com informações divulgadas pelo IBGE (PMC). Esses resultados, em
níveis regional e nacional, refletem a expansão do emprego, da massa salarial,
do volume do crédito e dos prazos de pagamento. A propósito, o IPEA acaba
de divulgar a sexta edição da pesquisa Índice de Expectativas das Famílias
(IEF), onde foi constatado que os brasileiros continuam otimistas em relação à
situação socioeconômica do País. Em janeiro último, os indicadores de
ocupação, mercado de trabalho e da permanência nessa condição, e da
melhoria da situação profissional parecem ser os maiores sustentáculos do
otimismo captado pelo IEF, que teve reflexos positivos em questões como
orçamento familiar e aquisição de bens, endividamento e expectativas em
relação à economia nacional.
Em 2010, as exportações nordestinas atingiram US$ 15,9 bilhões,
significando uma expansão de 36,6% sobre os valores do ano anterior, um
pouco acima do índice registrado em nível nacional (32,0%), segundo
informações fornecidas pelo MDIC. No ano passado, os principais produtos
exportados pela Região foram combustíveis, com 7,9% do valor total, vindo em
seguida a pasta química para madeira (7,8%), o açúcar de cana em bruto
(7,1%) e grãos de soja (6,9%). Os Estados Unidos continuam a representar o
principal destino das vendas externas do Nordeste, respondendo por 15,3% do
total, vindo em seguida a China (11,3%), a Argentina (9,6%) e a Holanda
(6,2%). De outra parte, as importações regionais alcançaram US$ 17,5
bilhões, com um incremento de 62,0%, acima da expansão verificada pelas
importações nacionais (42,2%). O principal produto importado pelo Nordeste,
em 2010, foi o óleo diesel, responsável por 14,2% do total, seguido pelas
naftas para petroquímica (5,6%), sulfetos de minério de cobre (5,4%) e
automóveis (4,7%). Os Estados Unidos também representam a principal
origem das compras externas nordestinas, com 16,7% do total, vindo em
seguida a Argentina (10,9%), China (9,8%) e o Chile (5,6%).
Segundo informações fornecidas pelo BACEN, o saldo das
operações de crédito realizadas no Nordeste, no final de novembro de 2010,
atingiu R$ 181,3 bilhões, registrando-se um aumento de 28,3% sobre os
números do mesmo mês do ano anterior, resultado um pouco acima da
expansão verificada em nível nacional (20,8%), superando também os
aumentos verificados nas regiões Norte (26,1%), Sul (21,4%), Sudeste (21,2%)
e Centro-Oeste (18,1%). A propósito, ao longo dos doze meses de 2010, o
Nordeste apresentou, seguidamente, o maior incremento no saldo dos seus
empréstimos, comparativamente às demais regiões do País. Em nível regional,
o maior incremento nas operações de crédito, no período analisado, ocorreu no
Piauí (37,6%), seguido pelo Ceará (35,8%), Sergipe (34,9%) e Maranhão
(31,1%). A expansão dos empréstimos também tem sido acompanhada pela
6. 6
melhoria na qualidade do crédito concedido. Na Região, a taxa de
inadimplência, caracterizada pela proporção das operações com atraso
superior a 90 dias sobre o volume total, caiu de 4,4%, em novembro de 2009,
para 3,4%, em novembro de 2010.
Por outro lado, o saldo das operações de crédito do Banco do
Nordeste, no final de dezembro de 2010, atingiu R$ 40,8 bilhões, superando
em 12,6% o valor registrado em igual posição de 2009. Do referido total, o
FNE participou com 72,4%, representando a principal fonte de recursos de
médio e longo prazos para o financiamento do desenvolvimento da Região.
Entre os estados, os maiores aumentos no saldo dos empréstimos ocorreram
no Piauí (28,7%), na Paraíba (27,4%), no Rio Grande do Norte (26,1%) e em
Pernambuco (14,0%).
Durante o ano passado, o BNB contratou 399,2 mil operações do
FNE, significando um ingresso de recursos na Região da ordem de R$ 10,2
bilhões, com um crescimento de 14,9% sobre os números de 2009. No mesmo
período, foram contratadas 366,4 mil operações do PRONAF (Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), envolvendo um ingresso
líquido de R$ 1,1 bilhão de recursos na economia regional, significando uma
expansão de 26,7%, no período em análise. De outra parte, o CrediAmigo,
programa de microcrédito produtivo orientado e gerido pelo BNB, contratou
1.632,5 mil operações, com uma injeção de R$ 2,1 bilhões e um crescimento
de 37,8%. O CrediAmigo também caracteriza-se por atender a uma clientela
predominantemente feminina (65%) e possuir um reduzido índice de
inadimplência (0,7%), bem abaixo da média nordestina para operações de
crédito para pessoas físicas (5,2%).
No acumulado de janeiro a novembro de 2010, os desembolsos
realizados pelo BNDES no Nordeste atingiram R$ 15,1 bilhões, registrando-se
uma queda de 21,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Vale
sublinhar que, entre as regiões do País, apenas o Nordeste apresentou
resultado negativo. Em nível nacional, as contratações do BNDES atingiram
R$ 153,6 bilhões, com uma expansão de 30,8% no período analisado. A
redução nos desembolsos ocorrida no Nordeste deveu-se exclusivamente a
uma questão de aritmética, representada por uma base de comparação muito
forte, que foi 2009. Em meados do referido ano, houve uma liberação atípica
que correspondeu a mais da metade (55,1%) dos desembolsos realizados em
11 meses, destinada em sua quase totalidade ao estado de Pernambuco, para
o financiamento da Refinaria em Suape. Em 2010, as liberações mensais
apresentaram-se dentro da normalidade, sem grandes alterações.
Em 2010, a arrecadação de receitas federais no Nordeste
alcançou R$ 35,1 bilhões (exclusive receitas previdenciárias), significando um
incremento de 19,4% sobre os números do ano anterior, um pouco acima da
expansão verificada em nível nacional (15,0%), de acordo com informações
fornecidas pela Secretaria da Receita Federal. Na Região, o maior aumento
ocorreu no Maranhão (50,8%), seguido pelo Ceará (26,3%), Sergipe (21,4%) e
Piauí (19,2%). No período considerado, o Nordeste também apresentou
crescimento maior para os principais tributos, em relação à média nacional,
7. 7
como foi o caso do imposto sobre a renda (13,4% contra 8,7%), COFINS
(22,4% contra 18,5%) e CSLL (13,7% contra 3,8%). Para o IPI, ocorreu o
contrário, a expansão da arrecadação no Nordeste (8,3%) ficou abaixo da
verificada no País (30,0%), resultado que pode ser explicado, em parte, pelo
maior peso relativo das isenções/reduções de alíquotas no IPI, no rol de
produtos comercializados na Região, relativamente à média do País.
De janeiro a novembro de 2010, o recolhimento de ICMS no
Nordeste atingiu R$ 36,9 bilhões, representando uma expansão de 20,4%
sobre o valor registrado em igual período do ano anterior e ligeiramente acima
do resultado obtido em nível nacional (18,2%), segundo informações
divulgadas pelo CONFAZ. Entre os estados da Região, o maior aumento na
arrecadação desse tributo ocorreu em Sergipe (29,2%), seguido por
Pernambuco (22,5%), Alagoas (22,3%) e Ceará (20,7%).
Acompanhando o crescimento da atividade econômica, o
mercado de trabalho formal também apresentou-se em expansão. Em 2010,
foram criadas no Nordeste 382,0 mil novas oportunidades de emprego com
carteira assinada, superando em 68,0% o número observado no ano anterior.
Entre as atividades, a que gerou mais empregos celetistas na Região foi o
setor de serviços (132,2 mil), seguido pela construção civil (94,5 mil), comércio
(87,8 mil), indústria (61,3 mil) e agropecuária (6,2 mil). No Nordeste, o estado
que mais criou emprego formal no ano passado foi Pernambuco (98,5 mil),
seguido pela Bahia (91,4 mil), Ceará (72,8 mil) e Maranhão (27,9 mil). No
Brasil, foram gerados no período 2.136,9 mil novos empregos formais, com um
crescimento de 114,7% em relação ao total registrado em 2009.
Em dezembro de 2010, a taxa de desocupação (proporção das
pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa) da
Região Metropolitana de Recife atingiu 6,9%, enquanto para a Região
Metropolitana de Salvador o índice foi de 8,4%, os menores valores já
registrados desde março de 2002, quando o IBGE iniciou a Pesquisa Mensal
do Emprego (PME). Para o conjunto das seis regiões metropolitanas
pesquisadas, a taxa de desocupação atingiu 5,3%, também o menor índice já
observado desde 2002. A propósito, a taxa média de desemprego no País vem
caindo, mensalmente, desde junho do ano passado, como resultado do
crescimento da economia e do emprego. Apenas para fazer um contraponto, a
taxa de desemprego nos 27 países que compõem a União Europeia, em
dezembro do ano passado, havia atingido 9,6%, sendo a mais baixa taxa
registrada na Holanda (4,3%) e a mais alta na Espanha (20,2%). Nos Estados
Unidos, esse indicador alcançou 9,4%, atingindo no Japão 4,9% e 4,1% na
China.
8. 8
Tabela 1
Nordeste e Brasil
Principais Indicadores Econômicos, em 2010
Período/ Unidade NORDESTE Variação BRASIL Variação
Indicadores Mês Valores % (a) Valores % (a)
Estimativa produção grãos (b) 2010/11 Mil t 13.625,9 14,3 149.416,9 0,1
Estimativa área plantada grãos (b) 2010/11 Mil ha 7.920,6 4,9 48.000,9 1,3
Estimativa produtividade grãos (b) 2010/11 Kg/ha 1.720 8,9 3.113 -1,1
Produção física industrial Jan-Dez Nº Índice 108,1 8,1 110,5 10,5
Índice utiz.cap.inst.indústria Nov % 83,2(c) 84,7(d) 84,0(c) 82,7(d)
Pessoal ocupado na indústria Jan-Nov Nº Índice 105,1 5,1 103,4 3,4
Horas pagas na indústria Jan-Nov Nº Índice 104,8 4,8 104,1 4,1
Folha de pagamento real na indústria Jan-Nov Nº Índice 106,8 6,8 106,9 6,9
Comércio varejista – vol. de vendas Jan-Nov Nº Índice 112,4 12,4 111,0 11,0
Com. varej.ampliado – vol. de vendas Jan-Nov Nº Índice 113,2 13,2 111,9 11,9
Exportações Jan-Dez US$ milhões 15.867,7 36,6 201.915,3 32,0
Importações Jan-Dez US$ milhões 17.487,4 62,0 181.648,7 42,2
Saldo das operações de crédito (e) Nov R$ milhões 181.307,0 28,3 1.677.624,0 20,8
Saldo dos depósitos bancários (e) Nov R$ milhões 132.299,7 11,2 2.484.210,0 17,6
Taxa inadimplência operações crédito Nov % 3,4(f) 4,4(g) 3,3(f) 4,4(g)
BNB – Saldo oper. crédito(com FNE) Dez R$ milhões 40.843,7 12,6 - -
BNB - Contratações do FNE Jan-Dez R$ milhões 10.152,7 14,9 - -
BNB - Contratações do PRONAF Jan-Dez R$ milhões 1.100,0 26,7 - -
BNB -Contratações do CrediAmigo Jan-Dez R$ milhões 2.066,3 37,8 - -
BNDES - Contratações Jan-Nov R$ milhões 15.067,3 -21,1 153.616,3 30,8
Arrecadação de receitas federais (h) Jan-Dez R$ milhões 35.078,4 19,4 571.964,3 15,0
Arrecadação de ICMS Jan-Nov R$ milhões 36.946,2 20,4 245.009,2 18,2
Execução Orçam. Tes. Nacional Jan-Nov R$ milhões 19.921,3 19,5 886.467,0 49,0
Saldo emprego formal na indústria Jan-Dez Mil 61,3(i) 39,6(j) 519,2(i) 17,9(j)
Saldo emprego formal na const.civil Jan-Dez Mil 94,5(i) 54,7(j) 254,2(i) 177,2(j)
Saldo emprego formal no comércio Jan-Dez Mil 87,8(i) 57,1(j) 519,6(i) 297,2(j)
Saldo emprego formal nos serviços Jan-Dez Mil 132,2(i) 85,4(j) 869,9(i) 518,3(j)
Saldo emprego formal agropecuária Jan-Dez Mil 6,2(i) -9,3(j) -25,9(i) -15,4(j)
Saldo emprego formal total Jan-Dez Mil 382,1(i) 227,4(j) 2.136,9(i) 995,1(j)
Tx. média de desocupação Recife(k) Dez % 6,9(l) 8,4(m) - -
Tx. média de desocup. Salvador(k) Dez % 8,4(l) 10,7(m) - -
Tx. média de desocupação Brasil (k) Dez % - - 5,3(l) 6,8(m)
Fontes: IBGE, BACEN, MDIC, MTE, CONAB, MF, CONFAZ, BNDES e BNB.
(a) Variação em relação a igual período do ano anterior. Para os indicadores monetários, as variações apresentadas são nominais;
(b) Inclui os produtos caroço de algodão, amendoim (1ª. e 2ª. safras), arroz, aveia, centeio, cevada, feijão (1ª, 2ª, e 3ª. safras), girassol,
mamona, milho (1ª. e 2ª. safras), soja, sorgo, trigo e triticale;
(c) Índice em novembro/2010; (d) Índice em novembro/2009;
(e) Saldo das operações de crédito no Nordeste, com valor superior a R$ 5 mil, realizadas pelos bancos múltiplos, bancos comerciais,
Caixa Econômica Federal, bancos de investimento, companhias hipotecárias, agências de fomento e sociedades de arrendamento
mercantil. Os saldos dos depósitos referem-se apenas aos bancos comerciais e aos bancos múltiplos, com carteira comercial e Caixa
Econômica, no Nordeste e no Brasil;
(f) Taxa em novembro de 2010; (g) Taxa em novembro de 2009;
(h) Não inclui receita previdenciária;
(i) Saldo do emprego formal no período janeiro-dezembro/2010;
(j) Saldo do emprego formal no período janeiro-dezembro/2009:
(k) A taxa média de desocupação é dada pela relação população desocupada/população economicamente ativa. O valor para o Brasil
representa a média para as Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre;
(l) Em dezembro/2010;
(m) Em dezembro/2009.
Notas:
• As variações para o Nordeste do comércio varejista e comércio varejista ampliado foram estimadas a partir da agregação do índice de
volume de vendas de cada Estado, ponderada pela participação da receita bruta de revenda de cada Estado, na receita bruta da Região,
divulgada na pesquisa anual do comércio de 2008, do IBGE;
• O saldo das operações de crédito ou de depósitos bancários corresponde à diferença entre entrada e saída de recursos. É uma variável
de estoque e pontual, uma vez que é apurada em uma determinada data;
• A taxa de inadimplência corresponde ao valor das operações bancárias vencidas há mais de 90 dias sobre o total dos empréstimos;
9. 9
• Contratações de operações de crédito correspondem a uma variável fluxo, significando uma injeção de recursos adicionais, num
determinado período de tempo;
• O saldo do emprego formal corresponde à diferença entre admissões e desligamentos, podendo o mesmo assumir valores positivos ou
negativos.
10. Tabela 2
Estados do Nordeste do Brasil
Variação dos Principais Indicadores Econômicos, em 2010 (a)
Em %
Indicadores Período/ Mara Piauí Ceará R.G. Paraíba Pernam Alagoas Sergipe Bahia Nordeste Brasil
Mês nhão Norte buco
Estimativa produção de grãos (b) 2010/11 13,2 40,9 159,6 92,0 702,8 29,9 -9,6 -6,4 2,4 14,3 0,1
Estimativa área plantada grãos(b) 2010/11 1,3 4,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 10,4 4,9 1,3
Estim. rendim. médio grãos (kg/ha) (b) 2010/11 11,7 34,6 159,4 92,0 706,8 30,0 -9,6 -6,4 -7,3 8,9 -1,1
Produção física industrial Jan-Dez ... ... 9,0 ... ... 10,2 ... ... 7,1 8,1 10,5
Índice utiliz.capac.inst.indústria (c) Nov ... ... 86,5 ... ... 79,8 ... ... 83,1 83,2 84,0
Pessoal ocupado na indústria Jan-Nov ... ... 7,0 ... ... 6,2 ... ... 6,5 5,1 3,4
Horas pagas na indústria Jan-Nov ... ... 6,4 ... ... 8,0 ... ... 5,7 4,8 4,1
Folha de pagamento real na indústria Jan-Nov ... ... 12,2 ... ... 11,7 ... ... 5,2 6,8 6,9
Comér. varejista - volume de vendas Jan-Nov 17,5 4,4 14,4 9,9 19,4 12,1 13,0 13,0 10,3 12,4 11,0
Comér. varejista ampliado - vol.vendas Jan-Nov 15,0 8,8 16,7 9,7 19,3 12,7 13,2 11,0 11,5 13,2 11,9
Exportações Jan-Dez 136,9 -22,9 17,5 10,3 37,7 35,0 17,8 26,1 26,8 36,6 32,0
Importações Jan-Dez 91,5 175,7 76,2 113,0 58,0 65,2 120,1 17,3 41,5 62,0 42,2
Saldo das operações de crédito Nov 31,1 37,6 35,8 30,2 29,7 26,4 28,3 34,9 22,8 28,3 20,8
Saldo dos depósitos bancários Nov 8,5 18,8 23,3 13,8 18,1 4,3 25,5 8,6 5,5 11,2 17,6
Taxa de inadimplência oper.crédito (c) Nov 5,0 3,8 3,1 3,6 3,6 2,3 3,8 3,1 3,7 3,4 3,3
BNB - Saldo oper. crédito (com FNE) Dez 5,8 28,7 8,8 26,1 27,4 14,0 -9,6 15,1 12,2 12,6 ...
BNB - Contratações do FNE Jan-Dez -30,8 68,3 17,6 12,3 60,4 14,2 -1,6 1,0 25,1 14,9 ...
BNB - Contratações do PRONAF Jan-Dez 46,2 32,4 18,3 9,3 30,0 47,2 12,2 33,2 16,1 26,7 ...
BNB - Contratações do CrediAmigo Jan-Dez 32,9 41,2 42,9 37,3 41,4 32,4 28,0 34,9 37,2 37,8 ...
BNDES - Contratações Jan-Nov -27,0 23,2 105,6 98,7 27,6 -69,8 323,8 102,1 66,2 -21,1 30,8
Arrecadação de receitas federais Jan-Dez 50,8 19,2 26,3 15,0 18,6 16,2 15,7 21,4 13,1 19,4 15,0
Arrecadação de ICMS Jan-Nov 16,5 19,7 20,7 16,6 20,4 22,5 22,3 29,2 19,3 20,4 18,2
Execução Orçam.Tesouro Nacional Jan-Nov -9,8 12,1 20,8 59,9 34,4 19,9 21,2 52,5 15,2 19,5 49,0
N º variações acima média Nordeste ... 9 11 18 9 15 11 9 8 6 ... ...
N º variações abaixo média Nordeste ... 9 7 5 9 3 12 9 10 17 ... ...
Fontes: IBGE, INDI/FIEC, BACEN, MDIC, CONAB, MF,CONFAZ, BNDES e BNB.
(a) Variação em relação a igual período do ano anterior. Para os indicadores monetários, as variações apresentadas são nominais.
(b) Inclui os produtos caroço de algodão, amendoim (1ª. e 2ª. safras), arroz, aveia, centeio, cevada, feijão (1ª, 2ª e 3ª. safras), girassol, mamona, milho (1ª. e 2ª. safras), soja, sorgo, trigo e triticale.
(c) Indica o índice percentual da variável observado na data referida, e não a variação do índice.
... Informação inexistente ou desconhecida.
11. Tabela 3
Estados do Nordeste do Brasil
Principais Indicadores Econômicos, em 2010
Valores Absolutos
Indicadores Período/ Unidade Mara Piauí Ceará R.G. Paraíba Pernam Alagoas Sergipe Bahia
Mês nhão Norte buco
Estimativa produção de grãos 2010/11 Mil ton. 2.786,4 1.950,8 873,7 55,3 87,5 315,7 84,9 758,3 6.713,3
Estimativa área plantada grãos 2010/11 Mil ha 1.470,0 1.058,0 1.059,6 79,3 146,6 557,2 125,2 232,6 3.192,1
Estimativa rendimento médio grãos 2010/11 kg/ha 1.896 1.844 825 697 597 567 678 3.260 2.103
Produção física industrial Jan-Dez No. Índice ... ... 109,0 ... ... 110,2 ... ... 107,1
Índice utiliz.cap.inst.indústria Nov % ... ... 86,5 ... ... 79,8 ... ... 83,1
Pessoal ocupado na indústria Jan-Nov No. Índice ... ... 107,0 ... ... 106,2 ... ... 106,5
Horas pagas na indústria Jan-Nov No. Índice ... ... 106,4 ... ... 108,0 ... ... 105,7
Folha de pagamento real na indústria Jan-Nov No. Índice ... ... 112,2 ... ... 111,7 ... ... 105,2
Comér. varejista - volume de vendas Jan-Nov No. Índice 117,5 104,4 114,4 109,9 119,4 112,1 113,0 113,0 110,3
Comér. varejista ampliado - vol.vendas Jan-Nov No. Índice 115,0 108,8 116,7 109,7 119,3 112,7 113,2 111,0 111,5
Exportações Jan-Dez US$ milhões 2.920,3 129,2 1.269,5 284,7 217,8 1.112,5 971,0 76,6 8.886,0
Importações Jan-Dez US$ milhões 3.816,9 188,8 2.167,6 319,3 685,3 3.272,7 247,5 179,8 6.609,8
Saldo das operações de crédito Nov R$ milhões 14.496,0 7.387,0 26.915,0 11.292,0 10.174,0 43.472,0 9.377,0 7.699,0 50.496,0
Saldo dos depósitos bancários Nov R$ milhões 7.177,8 4.267,5 29.130,2 6.476,5 6.963,4 33.784,6 5.397,8 6.267,0 32.835,0
Taxa de inadimplência oper.crédito Nov % 5,0 3,8 3,1 3,6 3,6 2,3 3,8 3,1 3,7
BNB - Saldo oper. crédito (com FNE) Dez R$ milhões 4.014,5 2.462,0 7.779,4 2.232,7 1.976,4 5.011,6 1.828,2 1.919,4 8.799,8
BNB - Contratações do FNE Jan-Dez R$ milhões 929,2 773,8 1.839,8 737,6 535,4 1.580,3 465,6 441,3 2.241,0
BNB - Contratações do PRONAF Jan-Dez R$ milhões 155,9 91,1 203,9 53,6 65,5 152,1 59,4 46,0 166,2
BNB - Contratações do CrediAmigo Jan-Dez R$ milhões 248,6 236,3 620,4 122,5 142,3 158,6 110,6 96,7 244,1
BNDES - Contratações Jan-Nov R$ milhões 818,6 674,6 3.269,0 646,2 443,4 3.640,0 503,7 593,1 4.478,5
Arrecadação de receitas federais Jan-Dez R$ milhões 2.846,3 1.006,1 6.123,4 1.638,3 1.606,9 8.401,2 1.086,4 1.246,0 11.123,8
Arrecadação de ICMS Jan-Nov R$ milhões 2.665,8 1.720,1 5.553,4 2.552,9 2.296,4 7.550,5 1.868,0 1.681,9 11.057,2
Execução Orçam.Tesouro Nacional Jan-Nov R$ milhões 2.086,7 1.175,6 2.976,4 1.815,6 2.088,7 3.285,1 1.203,8 832,9 4.456,5
Saldo emprego formal - Total Jan-Dez Mil 27,9 18,8 72,8 24,9 22,4 98,5 6,1 19,3 91,4
Fontes: IBGE, INDI/FIEC, BACEN, MDIC, CONAB, MF,CONFAZ, BNDES e BNB.
Obs.: As notas da Tabela 1 aplicam-se também nesta tabela, para os respectivos indicadores.
12. 12
GLOSSÁRIO:
BACEN - Banco Central do Brasil;
BNB – Banco do Nordeste do Brasil S.A.
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;
Comércio Varejista - Combustíveis e lubrificantes, hipermercados, supermercados,
produtos alimentícios, bebidas e fumo, tecidos, vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos, artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos de perfumaria e cosméticos, equipamentos e material para escritório,
informática e comunicação, livros, jornais, revistas e papelaria e outros artigos de uso pessoal e doméstico;
Comércio Varejista Ampliado - Comércio varejista mais veículos, motos, partes e peças e material de construção;
COPOM – Comitê de Política Monetária;
CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento;
CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária;
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
ETENE - Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste;
FNE – Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste;
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços;
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
INSS – Instituto Nacional da Seguridade Social;
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada;
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;
MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
MF – Ministério da Fazenda;
MTE/CAGED – Ministério do Trabalho e Emprego/Cadastro Geral de Empregados e Desempregados;
PAC – Programa de Aceleração do Crescimento.
PIB – Produto Interno Bruto, equivalente à soma de toda riqueza produzida (bens e serviços finais);
PIMES - Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário;
PIM-PF - Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física;
PMC - Pesquisa Mensal do Comércio;
PME – Pesquisa Mensal do Emprego, realizada nas Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte,
Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre;
PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar;
Taxa de Inadimplência – Proporção das operações de crédito com atraso superior a 90 dias sobre o valor total das
operações de crédito;
Taxa Média de Desocupação – Dada pela relação população desocupada/população economicamente ativa.