1. Existem em todo o homem, a todo o momento, duas
postulações simultâneas, uma a Deus, outra a Satanás. A
invocação a Deus, ou espiritualidade, é um desejo de elevar-
se; aquela a Satanás, ou animalidade, é uma alegria de
precipitar-se no abismo. Charles Baudelaire
2. Simbolismo
Teve como precursor o francês Charles Baudelaire,
autor de As Flores do mal, 1857, coletânea de poemas
sobre diversos temas: morte, tédio, amor, paraíso,
exílio, etc.
Remorso póstumo
Quando fores dormir, ó bela tenebrosa
Em fundo de uma cripta em mármore lavrada
Quando tiveres só por alcova e morada
O vazio abismal de carneira chuvosa;
4. Simbolismo
George Frederic,
pintor e escultor
inglês, que ficou
famoso por suas obras
que buscaram
representar as
emoções e as
aspirações da vida
numa linguagem
simbólica universal.
5. Simbolismo
No Brasil, seu marco são as publicações de Missal
e Broquéis, em 1893, obras de Cruz e Souza que
tiveram o reconhecimento apenas da crítica e de
um público restrito.
6. Simbolismo
Revalorização da vida espiritual do ser humano;
Ah! Toda alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
7. Simbolismo
Sublimação - oposição entre matéria e espírito;
Fecha os olhos e morre calmamente!
Morre sereno do Dever cumprido!
Nem o mais leve, nem um só gemido
Traia, sequer, o teu sentir latente.
8. Simbolismo
Subjetivismo e introspecção – interesse pela
dimensão psicológica e transcendental do
homem, pelos fenômenos da mente, não pela
lógica das palavras;
Estrelas que luzis na abóbada infinita,
Inquietamente, assim, com um olhar que fascina,
Vendo-vos palpitar, meu coração palpita,
Mordido de paixão por essa luz divina...
9. Simbolismo
Desprezo à descrição objetiva – explora o poder de
sugestão da linguagem;
.Ampla montanha abrupta ante nós se alevanta:
É a montanha da vida, ao luar e à luz da aurora...
Tudo é perfume e paz; este, que a sobe, canta.
Tudo é tristeza e dor: este, que a desce, chora.
10. Simbolismo
Culto da forma;
Vou pela sombra. O luar é suave como
O sol que morre no claror supremo.
Agora a lua, em demorado assomo,
Domina todo o céu, de extremo a extremo
11. Simbolismo
Musicalidade;
Entre brumas ao longe surge a aurora,
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu risonho
Toda branca de sol.
E o sino canta em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
12. Simbolismo
Enfoque espiritualista da mulher.
Celeste... É assim, divina, que te chamas.
Belo nome tu tens, Dona Celeste...
Que outro terias entre humanas damas,
Tu que embora na terra do céu vieste?
13. Simbolismo
Outros autores brasileiros:
Alphonsus Guimaraens
Emiliano Perneta
Mario Pederneiras
Raul de Leôni
Eduardo Guimaraens
Augusto dos Anjos