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Governo do Estado do Pará

  Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará




 O comportamento do emprego
formal na Região de Integração
    do Xingu (2009 a 2011):
O impacto da construção da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte sobre o
  mercado de trabalho na região
Governo do Estado do Pará
                   Simão Robison Oliveira Jatene
                             Governador

                      Helenilson Cunha Pontes
  Vice-Governador / Secretário Especial de Estado de Gestão – Seges




Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará
                   Maria Adelina Guglioti Braglia
                              Presidente

                    Cassiano Figueiredo Ribeiro
 Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural

                        Sérgio Castro Gomes
       Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação

                           Andréa Coelho
      Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais (em exercício)

                           Gracyette Silva
         Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
O comportamento do emprego formal entre 200 e 2011
                                        2009

       De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (      (RAIS), o
número de trabalhadores com vínculos formais ativos no estado do Pará alcançou, em
                      res
2011, o total de 1.037.089. Esse número, quando comparado ao existente em primeiro
de janeiro de 2009, correspondeu a um aumento de 19,09%, equivalendo à criação de
166.220 novos vínculos. Analisando o comportamento do estoque de empregos segundo
as doze Regiões de Integração (RI) que compõem o Estado observa-se que apesar de
                                                                      se,
um quadro de expansão generalizada no período em estudo, as regiões Carajás e Xingu
se destacaram por apresentarem taxas de crescimento bastante superiores às demais
Regiões: 82,25% e 56,07% respectivamente. Além destas, as de Tocantins, Rio Capim e
Guamá, muito embora registrando taxas bem inferiores a Carajás e Xingu, cresceram
acima da média estadual, conforme pode ser verificado no gráfico 1 a seguir.

  Gráfico 1
  Crescimento relativo do emprego formal segundo Regiões de Integração – 20
                                                                         2009/2011
    90       82,25
    80
    70
                     56,07
    60
    50
    40
                             27,92
    30                               22,18
                                             19,52 19,09
                                                         17,55 16,37
    20                                                               14,84 14,27 13,93
                                                                                       11,53   6,79
    10
     0




    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011.
    Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural



       A expansão significativa do emprego na Região do Xingu, foco desta análise, se
dá mais intensamente a partir de 2011 decorrendo, sobretudo, em função d construção
                                                                          da
da hidrelétrica de Belo Monte iniciada em meados de 2010. Segundo estimativas da
                                                                       o
Eletrobrás, esse empreendimento deve propiciar a criação de 42 mil empregos dos
               e                                                         empregos,
quais 20 mil em 2013 quando, de acordo com as previsões, se dará o pico das obras.
       Ao analisar os dados ano a ano, verifica se que já em 2010, com o início das
                                          verifica-se
atividades de implantação dessa hidrelétrica, a geração de empregos formais cresceu em
6,92% na Região, em relação a 2009, enquanto em 2011 comparativamente a 2010 esse
                 ,
crescimento alcançou significativos 45,97%. Verifica-se ainda, que esse crescimento no
                                                       se
emprego formal, vem impactando de forma diferenciada os municípios que compõem a
RI Xingu, conforme se visualiza na tabela 1 a seguir.
TABELA 1: Comportamento do estoque de empregos formais por municípios da RI Xingu – 2009/2011
                                                            Variação 2011/2009       Participação na Região
     Municípios           2009       2010        2011                                         (%)
                                                            Absoluta    Relativa    2009      2010     2011
Altamira                     9.246    10.178       17.293       8.047       87,03    47,44     48,84    56,85
Anapu                          929     1.025        1.432         503       54,14     4,77      4,92     4,71
Brasil Novo                    718       691          891         173       24,09     3,68      3,32     2,93
Medicilândia                 1.020     1.181        1.311         291       28,53     5,23      5,67     4,31
Pacajá                       1.614     1.650        1.886         272       16,85     8,28      7,92     6,20
Placas                       1.061       965          935        -126      -11,88     5,44      4,63     3,07
Porto de Moz                 1.257     1.115        1.744         487       38,74     6,45      5,35     5,73
Senador José Porfírio          553       593          648          95       17,18     2,84      2,85     2,13
Uruará                       2.932     2.941        3.564         632       21,56    15,04     14,11    11,72
Vitória do Xingu               160       500          714         554     346,25      0,82      2,40     2,35
Total da RI Xingu           19.490    20.839       30.418      10.928       56,07   100,00 100,00 100,00
Total do Estado           870.869 951.235       1.037.089     166.220       19,09        -         -        -
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011.
Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural


         De acordo com os dados apresentados observa-se, no período analisado:

    • Dos dez municípios que formam a RI Xingu, Placas foi o único que registrou
perdas sucessivas acumulando, entre 2009 e 2011, uma redução de 11,88% no emprego
formal, correspondendo ao fechamento de 126 postos;
    • Em termos relativos, Vitória do Xingu foi o município que apresentou o maior
dinamismo, com uma taxa de crescimento do emprego formal da ordem de 346,25%.
Em seguida estão Altamira (87,03%), Anapu (54,14%) e Porto de Moz (38,74%);
    • Em termos absolutos, Altamira foi o que gerou o maior número de empregos
(8.407), seguido por Uruará (632), Vitória do Xingu (554), Anapu (503) e Porto de Moz
(487);
    • O município de Altamira que em 2009 já concentrava 47,44% do emprego
formal existente na RI, aumentou ainda mais a sua participação alcançando, em 2011,
um percentual de 56,85%. Em decorrência dessa maior concentração em Altamira
observa-se, entre 2009 e 2011, uma queda nas taxas de participação dos demais
municípios, à exceção de Vitória do Xingu cuja taxa passou de 0,82% em 2009 para
2,35% em 2011;
    • Convém ressaltar que os melhores desempenhos de Altamira e de Vitória do
Xingu, frente aos demais, podem ser explicados pela maior proximidade física desses
municípios com o projeto em execução e, no caso de Altamira, pelo fato de possuir a
melhor infraestrutura física e social da RI Xingu.

       Quando o recorte da análise passa a ser a geração de empregos formais por
grandes setores econômicos, confirma-se a importância da construção da hidrelétrica de
Belo Monte na RI Xingu, principalmente pelo expressivo crescimento das contratações
no setor da Construção Civil, conforme se verifica na tabela 2.
TABELA 2: Comportamento do estoque de empregos formais por Setores Econômicos – 2009/2011
                                                         Variação 2011/2009    Participação na Região (%)
Setores Econômicos       2009       2010       2011
                                                         Absoluta Relativa      2009      2010      2011
Extrativa Mineral             21        64         133       112     533,33       0,11      0,31      0,44
Indúst. de                 1.613     1.924       2.003       390      24,18       8,28      9,23      6,58
Transform.
Serv. Ind. de Util.          135       108         264        129     95,56       0,69       0,52     0,87
Púb.
Construção Civil             270       987       5.972      5.702 2.111,85        1,39       4,74    19,63
Comércio                   3.966     4.337       5.179      1.213     30,58      20,35      20,81    17,03
Serviços                   2.237     2.545       3.150        913     40,81      11,48      12,21    10,36
Administração              9.958     9.528      12.380      2.422     24,32      51,09      45,72    40,70
Pública
Agrop. Ext. Veg, etc.      1.290     1.346       1.337         47       3,64      6,62       6,46     4,40
Total da RI Xingu         19.490    20.839      30.418     10.928     56,07     100,00     100,00   100,00
Total do Estado          870.869 951.235 1.037.089        166.220     19,09          -          -        -
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011.
Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural



        Pelas informações disponíveis observa-se que, tanto em termos absoluto quanto
relativo, todos os setores registraram dados positivos e, à exceção da Agropecuária e
extrativismo vegetal, as taxas de crescimento relativo estiveram acima da média
estadual (19,09%).
        Em números absolutos, o predomínio é da Administração Pública, com 12.380
vínculos em 2011, correspondendo a 40,70% dos empregos formais gerados na RI
Xingu. Contudo, este setor vem diminuindo a sua importância relativa (em 2009 era de
51,09%), em função da grande expansão que vem ocorrendo na Construção Civil, cuja
participação no estoque de empregos formais da RI Xingu, cresceu de 1,39% em 2009
para 19,63% em 2011.
        Esse dinamismo, registrado não só na Construção Civil que, no período 2009 a
2011 cresceu expressivos 2.111,85% assim como nos setores de Extrativa Mineral e nos
Serviços Industriais e de Utilidade Pública, com expansões de 533,33% e 95,56%
respectivamente, ratificam a grande influência da obra de Belo Monte na criação de
empregos diretos. Indiretamente, a obra impacta também os setores do Comércio, dos
Serviços e da Indústria de Transformação na medida em que, além do aumento da
massa salarial, uma obra desse porte ocasiona um forte fluxo migratório para a Região,
pressionando a demanda por bens e serviços. Nesse sentido, quando se analisa o
comportamento do estoque de empregos por sub setores econômicos, observa-se um
maior crescimento em atividades ligadas ao Comércio varejista, à Indústria da madeira e
do mobiliário, a Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, ao
Comércio e administração de imóveis, e às atividades de Transportes e Comunicação.
TABELA 3: Estoque de empregos formais na RI Xingu, por Sub Setores Econômicos – 2009/2011
Sub Setores Econômicos                                             2009      2010       2011
Extrativa mineral                                                      21        64        133
Indústria de produtos minerais não metálicos                          110       123        210
Indústria metalúrgica                                                  13        14         32
Indústria mecânica                                                      1         1         11
Indústria do material elétrico e de comunicação                         0         0          0
Indústria do material de transporte                                    28         8         22
Indústria da madeira e do mobiliário                                1.180     1.253      1.392
Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica                       27        32         45
Indústria da borracha, fumo, couros, peles, similares etc.              7        23         26
Indústria química, de prod. farmacêut., veterinários,                   2         1          0
perfumarias
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos                    6         9         25
Indústria de calçados                                                   0         0          0
Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico          239       460        240
Serviços industriais e de utilidade pública                           135       108        264
Construção civil                                                      270       987      5.972
Comércio varejista                                                  3.579     3.890      4.590
Comércio atacadista                                                   387       447        589
Instituição de crédito, seguros, capitalização                        150       159        199
Comércio e administração de imóv., valores imobil., serviço. Téc.     247       385        703
Transportes e comunicação                                             406       552        530
Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção          1.018     1.016      1.184
Serviços médicos, odontológicos e veterinários                        186       191        210
Ensino                                                                230       242        324
Administração pública direta e autárquica                           9.958     9.528     12.380
Agricultura, silvicultura, criação de animais, extrativismo veg.    1.290     1.346      1.337
Total                                                              19.490    20.839     30.418
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011.
Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural


        Outro aspecto da influência da construção da UH de Belo Monte no dinamismo
do mercado formal de trabalho da RI Xingu pode ser mensurado na observação dos
dados segundo o tipo de vínculo dos trabalhadores. Em 2009 e 2010, o número de
estatutários, vínculo exclusivo das contratações no setor público1, excedia ao total de
celetistas, enquanto em 2011 esse quadro se inverte, denotando a impulsão do setor
privado da Região à medida que as obras avançam.




1
    A administração pública direta e autárquica possui vínculos estatutários e celetistas.
Gráfico 2
   Composição do emprego formal segundo tipo de vínculo – 2009/2011
                              20.000
                              18.000
                              16.000
      Número de vínculos


                              14.000
                              12.000
                              10.000
                               8.000
                               6.000
                               4.000
                               2.000
                                   0
                                                2009             2010                   2011
                           Celetista            8.762            8.383                 18.796
                           Estatutário          10.728           12.456                11.622

        Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011.
        Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural



         Complementando a caracterização do emprego formal na RI Xingu, buscou buscou-se
conhecer minimamente o perfil dos trabalhadores ocupados no mercado formal da
Região em análise, utilizando
                       utilizando-se variáveis básicas, tais como: gênero, faixa etária e
escolaridade, a partir das informações disponíveis na RAIS.
               ,
         No que se refere ao gênero, o estoque de trabalhadores homens cresceu o dobro
do observado entre as mulheres o que pode ser explicado em parte, pela geração de
                          mulheres,
novos empregos ter se dado mais intensamente em atividades vinculadas à construção
civil, setor tradicionalmente demandante de mão de obra masculina.
     ,

TABELA 4: Comportamento do estoque de empregos formais por gênero – 2009/2011
                                                         Variação 2011/2009 Participação na Região (%)
Setores Econômicos                       2009      2010   2011
                                                         Absoluta Relativa      2009     2010    2011
Masculino                  10.078    11.346     17.444      7.366     73,09      51,71    54,44   57,35
Feminino                    9.412     9.493     12.974      3.562     37,85      48,29    45,56   42,65
Total                      19.490    20.839     30.418     10.928     56,07     100,00   100,00 100,00
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011.
Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural


        Quanto à variável faixa etária dos ocupados em empregos formais, os dados
mostram similaridades entre a RI Xingu e o Estado do Pará, com a maioria dos
                          entre
trabalhadores concentrando na faixa etária de 30 a 39 anos, conforme tabela 6 Ainda
               concentrando-se                                   ,                6.
assim, convém ressaltar algumas diferenças observadas na comparação dos resultados.
Uma delas é a de que a RI Xingu apresenta maiores participações nas quatro primeiras
faixas etárias (até 39 anos), invertendo se a situação a partir dos 40 anos. Mais uma vez
                              invertendo-se
pode-se especular uma estreita relação com os empregos gerados pela construção civil,
      se
ao qual estão vinculadas várias atividades que exigem maior esforço físico por parte do
                           várias
trabalhador.
TABELA 6: Distribuição do estoque de empregos por faixa etária – 2009/2011
                         2009                         2010                        2011
Faixa Etária
               RI Xingu         Pará       RI Xingu           Pará       RI Xingu          Pará
Até 17 anos          0,42           0,28          0,36            0,31         0,41            0,28
18 a 24 anos        17,66          14,76        17,16           14,61        18,22           14,51
25 a 29 anos        20,84          19,20        20,27           19,00        20,11           18,48
30 a 39 anos        33,79          32,38        33,92           32,45        33,44           32,95
40 a 49 anos        18,24          20,59        18,86           20,42        17,90           20,39
50 a 64 anos         8,50          12,09          8,94          12,43          9,40          12,58
65 ou mais           0,55           0,71          0,49            0,78         0,52            0,82
Total              100,00         100,00       100,00          100,00       100,00          100,00
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011.
Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural


        Da mesma forma que a variável anterior, quando se analisam os dados relativos
à escolaridade dos trabalhadores, verifica-se similaridade no comportamento da RI
Xingu com o total do Estado. De acordo com a tabela 7 verifica-se uma maior
concentração de trabalhadores com escolaridade relativa ao ensino médio completo,
embora na RI Xingu a participação daquelas com menor grau de escolaridade seja mais
significativa do que o total do Estado, invertendo-se quanto aos graus mais elevados.

TABELA 7: Comportamento do estoque de empregos por nível de escolaridade – 2009/2011
                                      2009                  2010                    2011
     Nível de Escolaridade       RI        Pará        RI         Pará        RI         Pará
                               Xingu                 Xingu                  Xingu
Até 5ª série                     15,20      10,74      15,74       10,18      14,54         9,21
Ens. Fundamental Completo        26,34      22,89      25,46       22,00      26,09        20,70
Ensino Médio Completo            46,92      49,93      47,58       51,31      48,30        52,78
Mais que Ens. Médio Completo     11,53      16,44      11,22       16,51      11,07        17,30
Total                           100,00     100,00     100,00      100,00     100,00       100,00
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011.
Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural

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Emprego formalri

  • 1. Governo do Estado do Pará Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará O comportamento do emprego formal na Região de Integração do Xingu (2009 a 2011): O impacto da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte sobre o mercado de trabalho na região
  • 2. Governo do Estado do Pará Simão Robison Oliveira Jatene Governador Helenilson Cunha Pontes Vice-Governador / Secretário Especial de Estado de Gestão – Seges Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará Maria Adelina Guglioti Braglia Presidente Cassiano Figueiredo Ribeiro Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Sérgio Castro Gomes Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Andréa Coelho Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais (em exercício) Gracyette Silva Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
  • 3. O comportamento do emprego formal entre 200 e 2011 2009 De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais ( (RAIS), o número de trabalhadores com vínculos formais ativos no estado do Pará alcançou, em res 2011, o total de 1.037.089. Esse número, quando comparado ao existente em primeiro de janeiro de 2009, correspondeu a um aumento de 19,09%, equivalendo à criação de 166.220 novos vínculos. Analisando o comportamento do estoque de empregos segundo as doze Regiões de Integração (RI) que compõem o Estado observa-se que apesar de se, um quadro de expansão generalizada no período em estudo, as regiões Carajás e Xingu se destacaram por apresentarem taxas de crescimento bastante superiores às demais Regiões: 82,25% e 56,07% respectivamente. Além destas, as de Tocantins, Rio Capim e Guamá, muito embora registrando taxas bem inferiores a Carajás e Xingu, cresceram acima da média estadual, conforme pode ser verificado no gráfico 1 a seguir. Gráfico 1 Crescimento relativo do emprego formal segundo Regiões de Integração – 20 2009/2011 90 82,25 80 70 56,07 60 50 40 27,92 30 22,18 19,52 19,09 17,55 16,37 20 14,84 14,27 13,93 11,53 6,79 10 0 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011. Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural A expansão significativa do emprego na Região do Xingu, foco desta análise, se dá mais intensamente a partir de 2011 decorrendo, sobretudo, em função d construção da da hidrelétrica de Belo Monte iniciada em meados de 2010. Segundo estimativas da o Eletrobrás, esse empreendimento deve propiciar a criação de 42 mil empregos dos e empregos, quais 20 mil em 2013 quando, de acordo com as previsões, se dará o pico das obras. Ao analisar os dados ano a ano, verifica se que já em 2010, com o início das verifica-se atividades de implantação dessa hidrelétrica, a geração de empregos formais cresceu em 6,92% na Região, em relação a 2009, enquanto em 2011 comparativamente a 2010 esse , crescimento alcançou significativos 45,97%. Verifica-se ainda, que esse crescimento no se emprego formal, vem impactando de forma diferenciada os municípios que compõem a RI Xingu, conforme se visualiza na tabela 1 a seguir.
  • 4. TABELA 1: Comportamento do estoque de empregos formais por municípios da RI Xingu – 2009/2011 Variação 2011/2009 Participação na Região Municípios 2009 2010 2011 (%) Absoluta Relativa 2009 2010 2011 Altamira 9.246 10.178 17.293 8.047 87,03 47,44 48,84 56,85 Anapu 929 1.025 1.432 503 54,14 4,77 4,92 4,71 Brasil Novo 718 691 891 173 24,09 3,68 3,32 2,93 Medicilândia 1.020 1.181 1.311 291 28,53 5,23 5,67 4,31 Pacajá 1.614 1.650 1.886 272 16,85 8,28 7,92 6,20 Placas 1.061 965 935 -126 -11,88 5,44 4,63 3,07 Porto de Moz 1.257 1.115 1.744 487 38,74 6,45 5,35 5,73 Senador José Porfírio 553 593 648 95 17,18 2,84 2,85 2,13 Uruará 2.932 2.941 3.564 632 21,56 15,04 14,11 11,72 Vitória do Xingu 160 500 714 554 346,25 0,82 2,40 2,35 Total da RI Xingu 19.490 20.839 30.418 10.928 56,07 100,00 100,00 100,00 Total do Estado 870.869 951.235 1.037.089 166.220 19,09 - - - Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011. Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural De acordo com os dados apresentados observa-se, no período analisado: • Dos dez municípios que formam a RI Xingu, Placas foi o único que registrou perdas sucessivas acumulando, entre 2009 e 2011, uma redução de 11,88% no emprego formal, correspondendo ao fechamento de 126 postos; • Em termos relativos, Vitória do Xingu foi o município que apresentou o maior dinamismo, com uma taxa de crescimento do emprego formal da ordem de 346,25%. Em seguida estão Altamira (87,03%), Anapu (54,14%) e Porto de Moz (38,74%); • Em termos absolutos, Altamira foi o que gerou o maior número de empregos (8.407), seguido por Uruará (632), Vitória do Xingu (554), Anapu (503) e Porto de Moz (487); • O município de Altamira que em 2009 já concentrava 47,44% do emprego formal existente na RI, aumentou ainda mais a sua participação alcançando, em 2011, um percentual de 56,85%. Em decorrência dessa maior concentração em Altamira observa-se, entre 2009 e 2011, uma queda nas taxas de participação dos demais municípios, à exceção de Vitória do Xingu cuja taxa passou de 0,82% em 2009 para 2,35% em 2011; • Convém ressaltar que os melhores desempenhos de Altamira e de Vitória do Xingu, frente aos demais, podem ser explicados pela maior proximidade física desses municípios com o projeto em execução e, no caso de Altamira, pelo fato de possuir a melhor infraestrutura física e social da RI Xingu. Quando o recorte da análise passa a ser a geração de empregos formais por grandes setores econômicos, confirma-se a importância da construção da hidrelétrica de Belo Monte na RI Xingu, principalmente pelo expressivo crescimento das contratações no setor da Construção Civil, conforme se verifica na tabela 2.
  • 5. TABELA 2: Comportamento do estoque de empregos formais por Setores Econômicos – 2009/2011 Variação 2011/2009 Participação na Região (%) Setores Econômicos 2009 2010 2011 Absoluta Relativa 2009 2010 2011 Extrativa Mineral 21 64 133 112 533,33 0,11 0,31 0,44 Indúst. de 1.613 1.924 2.003 390 24,18 8,28 9,23 6,58 Transform. Serv. Ind. de Util. 135 108 264 129 95,56 0,69 0,52 0,87 Púb. Construção Civil 270 987 5.972 5.702 2.111,85 1,39 4,74 19,63 Comércio 3.966 4.337 5.179 1.213 30,58 20,35 20,81 17,03 Serviços 2.237 2.545 3.150 913 40,81 11,48 12,21 10,36 Administração 9.958 9.528 12.380 2.422 24,32 51,09 45,72 40,70 Pública Agrop. Ext. Veg, etc. 1.290 1.346 1.337 47 3,64 6,62 6,46 4,40 Total da RI Xingu 19.490 20.839 30.418 10.928 56,07 100,00 100,00 100,00 Total do Estado 870.869 951.235 1.037.089 166.220 19,09 - - - Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011. Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Pelas informações disponíveis observa-se que, tanto em termos absoluto quanto relativo, todos os setores registraram dados positivos e, à exceção da Agropecuária e extrativismo vegetal, as taxas de crescimento relativo estiveram acima da média estadual (19,09%). Em números absolutos, o predomínio é da Administração Pública, com 12.380 vínculos em 2011, correspondendo a 40,70% dos empregos formais gerados na RI Xingu. Contudo, este setor vem diminuindo a sua importância relativa (em 2009 era de 51,09%), em função da grande expansão que vem ocorrendo na Construção Civil, cuja participação no estoque de empregos formais da RI Xingu, cresceu de 1,39% em 2009 para 19,63% em 2011. Esse dinamismo, registrado não só na Construção Civil que, no período 2009 a 2011 cresceu expressivos 2.111,85% assim como nos setores de Extrativa Mineral e nos Serviços Industriais e de Utilidade Pública, com expansões de 533,33% e 95,56% respectivamente, ratificam a grande influência da obra de Belo Monte na criação de empregos diretos. Indiretamente, a obra impacta também os setores do Comércio, dos Serviços e da Indústria de Transformação na medida em que, além do aumento da massa salarial, uma obra desse porte ocasiona um forte fluxo migratório para a Região, pressionando a demanda por bens e serviços. Nesse sentido, quando se analisa o comportamento do estoque de empregos por sub setores econômicos, observa-se um maior crescimento em atividades ligadas ao Comércio varejista, à Indústria da madeira e do mobiliário, a Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, ao Comércio e administração de imóveis, e às atividades de Transportes e Comunicação.
  • 6. TABELA 3: Estoque de empregos formais na RI Xingu, por Sub Setores Econômicos – 2009/2011 Sub Setores Econômicos 2009 2010 2011 Extrativa mineral 21 64 133 Indústria de produtos minerais não metálicos 110 123 210 Indústria metalúrgica 13 14 32 Indústria mecânica 1 1 11 Indústria do material elétrico e de comunicação 0 0 0 Indústria do material de transporte 28 8 22 Indústria da madeira e do mobiliário 1.180 1.253 1.392 Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 27 32 45 Indústria da borracha, fumo, couros, peles, similares etc. 7 23 26 Indústria química, de prod. farmacêut., veterinários, 2 1 0 perfumarias Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 6 9 25 Indústria de calçados 0 0 0 Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 239 460 240 Serviços industriais e de utilidade pública 135 108 264 Construção civil 270 987 5.972 Comércio varejista 3.579 3.890 4.590 Comércio atacadista 387 447 589 Instituição de crédito, seguros, capitalização 150 159 199 Comércio e administração de imóv., valores imobil., serviço. Téc. 247 385 703 Transportes e comunicação 406 552 530 Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção 1.018 1.016 1.184 Serviços médicos, odontológicos e veterinários 186 191 210 Ensino 230 242 324 Administração pública direta e autárquica 9.958 9.528 12.380 Agricultura, silvicultura, criação de animais, extrativismo veg. 1.290 1.346 1.337 Total 19.490 20.839 30.418 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011. Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Outro aspecto da influência da construção da UH de Belo Monte no dinamismo do mercado formal de trabalho da RI Xingu pode ser mensurado na observação dos dados segundo o tipo de vínculo dos trabalhadores. Em 2009 e 2010, o número de estatutários, vínculo exclusivo das contratações no setor público1, excedia ao total de celetistas, enquanto em 2011 esse quadro se inverte, denotando a impulsão do setor privado da Região à medida que as obras avançam. 1 A administração pública direta e autárquica possui vínculos estatutários e celetistas.
  • 7. Gráfico 2 Composição do emprego formal segundo tipo de vínculo – 2009/2011 20.000 18.000 16.000 Número de vínculos 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 2009 2010 2011 Celetista 8.762 8.383 18.796 Estatutário 10.728 12.456 11.622 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011. Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Complementando a caracterização do emprego formal na RI Xingu, buscou buscou-se conhecer minimamente o perfil dos trabalhadores ocupados no mercado formal da Região em análise, utilizando utilizando-se variáveis básicas, tais como: gênero, faixa etária e escolaridade, a partir das informações disponíveis na RAIS. , No que se refere ao gênero, o estoque de trabalhadores homens cresceu o dobro do observado entre as mulheres o que pode ser explicado em parte, pela geração de mulheres, novos empregos ter se dado mais intensamente em atividades vinculadas à construção civil, setor tradicionalmente demandante de mão de obra masculina. , TABELA 4: Comportamento do estoque de empregos formais por gênero – 2009/2011 Variação 2011/2009 Participação na Região (%) Setores Econômicos 2009 2010 2011 Absoluta Relativa 2009 2010 2011 Masculino 10.078 11.346 17.444 7.366 73,09 51,71 54,44 57,35 Feminino 9.412 9.493 12.974 3.562 37,85 48,29 45,56 42,65 Total 19.490 20.839 30.418 10.928 56,07 100,00 100,00 100,00 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011. Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Quanto à variável faixa etária dos ocupados em empregos formais, os dados mostram similaridades entre a RI Xingu e o Estado do Pará, com a maioria dos entre trabalhadores concentrando na faixa etária de 30 a 39 anos, conforme tabela 6 Ainda concentrando-se , 6. assim, convém ressaltar algumas diferenças observadas na comparação dos resultados. Uma delas é a de que a RI Xingu apresenta maiores participações nas quatro primeiras faixas etárias (até 39 anos), invertendo se a situação a partir dos 40 anos. Mais uma vez invertendo-se pode-se especular uma estreita relação com os empregos gerados pela construção civil, se ao qual estão vinculadas várias atividades que exigem maior esforço físico por parte do várias trabalhador.
  • 8. TABELA 6: Distribuição do estoque de empregos por faixa etária – 2009/2011 2009 2010 2011 Faixa Etária RI Xingu Pará RI Xingu Pará RI Xingu Pará Até 17 anos 0,42 0,28 0,36 0,31 0,41 0,28 18 a 24 anos 17,66 14,76 17,16 14,61 18,22 14,51 25 a 29 anos 20,84 19,20 20,27 19,00 20,11 18,48 30 a 39 anos 33,79 32,38 33,92 32,45 33,44 32,95 40 a 49 anos 18,24 20,59 18,86 20,42 17,90 20,39 50 a 64 anos 8,50 12,09 8,94 12,43 9,40 12,58 65 ou mais 0,55 0,71 0,49 0,78 0,52 0,82 Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011. Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Da mesma forma que a variável anterior, quando se analisam os dados relativos à escolaridade dos trabalhadores, verifica-se similaridade no comportamento da RI Xingu com o total do Estado. De acordo com a tabela 7 verifica-se uma maior concentração de trabalhadores com escolaridade relativa ao ensino médio completo, embora na RI Xingu a participação daquelas com menor grau de escolaridade seja mais significativa do que o total do Estado, invertendo-se quanto aos graus mais elevados. TABELA 7: Comportamento do estoque de empregos por nível de escolaridade – 2009/2011 2009 2010 2011 Nível de Escolaridade RI Pará RI Pará RI Pará Xingu Xingu Xingu Até 5ª série 15,20 10,74 15,74 10,18 14,54 9,21 Ens. Fundamental Completo 26,34 22,89 25,46 22,00 26,09 20,70 Ensino Médio Completo 46,92 49,93 47,58 51,31 48,30 52,78 Mais que Ens. Médio Completo 11,53 16,44 11,22 16,51 11,07 17,30 Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2009, 2010 e 2011. Elaboração: IDESP/Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural