Estudo da Bíblia Livro de Êxodo - Capítulo 10º

Missão, Comprometimento e Amor
LIVRO de ÊXODO
Capítulo 10º

Livro de Êxodo Capítulo 10º
1-4 – “Depois disse o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó, porque tenho
endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer
estes meus sinais no meio deles, e para que contes aos ouvidos
de teus filhos, e dos filhos de teus filhos, as coisas que fiz no
Egito, e os meus sinais, que tenho feito entre eles; para que
saibais que eu sou o Senhor. Assim foram Moisés e Arão a Faraó,
e disseram-lhe: Assim diz o Senhor Deus dos hebreus: Até quando
recusarás humilhar-te diante de mim? Deixa ir o meu povo
para que me sirva; Porque se ainda recusares deixar ir o meu
povo, eis que trarei amanhã gafanhotos aos teus termos.”
- “Depois disse o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó... tenho endurecido o
seu coração... para fazer estes meus sinais... e para que contes aos
ouvidos de teus filhos, e dos filhos de teus filhos, as coisas que fiz no
Egito, e os meus sinais, que tenho feito entre eles; para que saibais
que eu sou o Senhor.”
IBRENJ Tijuca – Missão, Comprometimento e Amor

* Os nossos pensamentos não são os do Senhor. (Is. 55:8)
Não raro, ocorrem situações nas quais o Senhor nos dá a Sua ordem; e que
por mais que nos pareça difícil, será sempre melhor obedecermos à Sua doce voz.
- “...Até quando recusarás humilhar-te diante de mim?”
* É o insistir da parte do Senhor diretamente ao coração do homem...
- “...se ainda recusares... eis que trarei amanhã...”
* O Senhor sempre dá e dará tempo à criatura, de modo a lhe proporcionar a
oportunidade do arrependimento (= uma mudança de mente.).
- “... gafanhotos aos teus termos.”
* Considerando as sentenças anteriores, ele bem podia imaginar o que
significava efetivamente um juízo de Deus daquele tipo: Incomparável e sem
precedentes, em relação às pragas de gafanhoto tão comuns à região...

5-7 – “E cobrirão a face da terra, de modo que não se poderá ver
a terra; e eles comerão o restante que escapou, o que vos
ficou da saraiva; também comerão toda árvore que vos cresce no
campo; E encherão as tuas casas, e as casas de todos os teus
servos e as casas de todos os egípcios, quais nunca viram
teus pais, nem os pais de teus pais, desde o dia em que se
acharam na terra até o dia de hoje. E virou-se, e saiu da presença
de Faraó. E os servos de Faraó disseram-lhe: Até quando este
homem nos há de ser por laço? Deixa ir os homens, para que
sirvam ao Senhor seu Deus; ainda não sabes que o Egito está
destruído?”
Por mais que Faraó concebesse as consequências terríveis de
sua obstinada desobediência, foi necessário ao Senhor proferir Sua
Palavra ressaltando os pontos em que aquelas seriam claras e
degradantes.

Por figura, desde que o ser humano deu ouvidos ao “pai da mentira”, preferindo a idolatria
à adoração ao Criador, propiciando a introdução do pecado no mundo; até hoje, infelizmente, a
humanidade decaída colhe os seus amargos frutos:
1) “E cobrirão a face da terra...” – O mundo posto no maligno (I Jo. 5:19);
Assim que o homem pecou foi destituído da glória de Deus e sujeito à morte, sendo o
mundo, por sua vez, subjugado por uma inevitável maldição. “...maldita é a terra por causa de
ti...” (Gn.3:17; Rm. 5:12));
2) “...não se poderá ver a terra;” – A cegueira humana (II Co. 4:4);
3) “...comerão toda árvore...” (Ausência de frutos) – “haverá fomes e pestes...” (Mt.
24:7);
4) “...encherão as tuas casas...” – Famílias conturbadas (Mt. 24:12);
5) “... de todos os teus servos...” – Na administração e trabalho – desonestidade,
corrupção (Tg 5:1-6);
6) “...e de todos os egípcios.” – Na sociedade, falta de amor e paz (Mt. 24:6,7, 12);
7) “...quais nunca viram teus pais.” – Sem igual, porque “no relógio de Deus” é a
última hora. “Sabe, porém isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis.” (II Tm. 3:1).

- “...: Até quando este homem nos há de ser por laço?”
Inegavelmente, continua sendo a resposta humana ao longânimo
convite do Senhor, conforme o verso 3: “...Até quando recusarás
humilhar-te diante de mim?” Tal qual Moisés era visto como “um
laço” diante dos egípcios, assim o é Jesus aos olhos do mundo atual.
Pois o homem natural se vê “preso”, ante a responsabilidade de ter que
assumir um compromisso com o Evangelho, uma vez que se faz
necessária uma vida de renúncia, em santificação. “Se alguém quiser vir
após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mt.
16:24)
- “...ainda não sabes que o Egito está destruído?”
Ora como figura de Satanás – Faraó de fato o sabe, mas insiste em
sua obstinação, não se importando jamais com aquele feito à imagem e
semelhança do Senhor.

8 -11 – “Então Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó, e ele
disse-lhes: Ide, servi ao Senhor vosso Deus. Quais são os
que hão de ir? E Moisés disse: Havemos de ir com os nossos
jovens, e com os nossos velhos; com os nossos filhos, e com
as nossas filhas, com as nossas ovelhas, e com os nossos bois
havemos de ir; porque temos de celebrar uma festa ao
Senhor. Então ele lhes disse: Seja o Senhor assim convosco, como
eu vos deixarei ir a vós e a vossos filhos; olhai que há mal diante da
vossa face. Não será assim; agora ide vós, homens, e servi ao
Senhor; pois isso é o que pedistes. E os expulsaram da
presença de Faraó.”
- “...e ele disse-lhes: Ide, servi ao Senhor vosso Deus...”
Palavras que retratam uma falsa benevolência.
- “...Quais são os que hão de ir?...”
E claro, impostas certas condições... (Só a salvação em Cristo é gratuita!)

- “...Havemos de ir com os nossos jovens, e com os nossos
velhos; com os nossos filhos, e com as nossas filhas, com as
nossas ovelhas, e com os nossos bois havemos de ir; porque
temos de celebrar uma festa ao Senhor.”
* Diante do inimigo: Segurança e autoridade. “Eu e a minha casa
serviremos ao Senhor!” (Js. 24:15)
- “...Não será assim; agora ide vós, homens, e servi ao
Senhor;... E os expulsaram da presença de Faraó.”
* Não queria que os filhos fossem com os pais - Muitos cristãos não
têm percebido a estratégia ardilosa de Satanás em impedir as bênçãos
sobre a família, em especial sobre os filhos que “são herança do
Senhor!”

* Esta foi a 3ª objeção do inimigo.
- Sendo a 1ª no cap. 8º, v. 25 - Para que oferecessem sacrifícios no
Egito, “nesta terra”;
- E a 2ª no cap. 8º, v. 28 – Pudessem ir, contanto que “não fossem
muito longe”;
* Em ambas, vemos o seu malicioso intento procurando fazer com
que Israel não deixasse o território egípcio, ou pelo menos, dele não se
afastasse. Mas, como nos diz Rm. 12:2 “não vos conformeis com este
mundo...” e ainda: apesar de estarmos no mundo, não pertencemos a
ele! (Jo. 17:16).

12 e 13 – “Então disse o Senhor a Moisés: Quanto aos gafanhotos,
estende a tua mão sobre a terra do Egito, para que venham
eles sobre a terra do Egito e comam toda erva da terra, tudo o que
deixou a saraiva. Então estendeu Moisés sua vara sobre a terra
do Egito, e o Senhor trouxe sobre a terra um vento oriental todo
aquele dia e toda aquela noite; e, quando amanheceu, o
vento oriental trouxe os gafanhotos.”
- “...estende a tua mão sobre a terra do Egito... Então
estendeu Moisés sua vara...”
O Senhor havia enviado Moisés para cumprir mais uma etapa da
nobre missão de libertação e salvação do seu povo Israel, e Faraó o
estava impedindo. Então lhe ordena: “estende a tua mão..” e pela
segunda vez o servo não prescinde de “estender a sua vara.” (9:22 e
23).

É curioso, pois aquela vara, para nós outros, como Igreja, representava a
mensagem da Cruz: Cristo “o madeiro verde” que se transformaria em
serpente, ou seja, em maldição por nós no calvário, como nosso bendito
propiciatório. (I Jo. 2:2; Hb. 9:28).
Da mesma forma, na atualidade, a Igreja não pode abrir mão da pregação
da mensagem do Evangelho, pois quando anuncia a Jesus crucificado - que é
loucura para a sabedoria humana – o Senhor faz soprar do Seu Espírito como
“um vento oriental” e por meio do Seu poder, faz cumprir os Seus juízos
sobre os falsos deuses (na verdade demônios, conforme I Co. 10:19 e 20)
deste mundo. Para tanto, importa estarmos posicionados em obediência à Sua
Palavra, “as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus
para destruição de fortalezas...” (II Co. 10:4; Ef. 6:12).
Como Moisés assim procede, o Senhor traz sobre a terra “...um vento
oriental todo aquele dia e toda aquela noite; e, quando amanheceu, o
vento oriental trouxe os gafanhotos.” Então, o que o Senhor previra
acontece a olhos vistos.

Interessante que aqui, o vento oriental soprou “todo aquele dia e
toda aquela noite, e ao amanhecer trouxe os gafanhotos.”
Ao passo que no cap. 14:21, igualmente o Senhor providencia “um
forte vento oriental que soprou toda aquela noite”, fazendo
“retirar-se o mar, que se tornou terra seca e dividindo as águas,” de
maneira que o povo atravessasse pelo mar Vermelho. Mas, neste caso,
Moisés não estende a vara para realizar aquele poderoso sinal, e sim a
mão.
Em ambos os momentos houve, sem dúvida, o miraculoso mover
do Senhor. No primeiro, um juízo sobre os ídolos; e no segundo, um
maravilhoso livramento e uma tão grande salvação. Mas, por que teria
havido o diferencial do detalhe da mão por ocasião da passagem do
mar, e não também o uso da vara...

Em apreço à tipologia bíblica de Moisés, esperamos em Deus Sua
permissão para oportunamente elucidarmos a referida distinção entre o
estender de sua “mão” e o empunhar a “vara”, ao abordarmos o
capítulo 14 deste abençoado Livro.
* Com efeito, era mais uma manifestação do poder do Deus
soberano sobre os falsos deuses egípcios:
- Ísis – deusa da vida;
- Seth – deus da tempestade, dos ventos e protetor dos
plantios;
- Xu – deus do ar;
- Sebeque – deus inseto.

14 e 15 – “E vieram os gafanhotos sobre toda a terra do Egito, e
assentaram-se sobre todos os termos do Egito; tão numerosos
foram que, antes destes nunca houve tantos, nem depois
deles haverá. Porque cobriram a face de toda a terra, de modo
que a terra se escureceu; e comeram toda a erva da terra, e
todo o fruto das árvores, que deixara a saraiva; e não ficou
verde algum nas árvores, nem na erva do campo, em toda a
terra do Egito.”
- “...toda a terra do Egito...”
Deus demonstrando Sua soberania e Seu absoluto poder, sem
deixar qualquer dúvida quanto à veracidade de Sua palavra. Assim, seria
impossível a comparação de Sua natureza divina com qualquer um dos
seus falsos deuses.

- “...antes destes nunca houve tantos, nem depois deles haverá...”
Chega um momento espiritual na vida do homem, crucial, decisivo e até
dramático. Tal qual ocorreu com a vida de Sansão, Manassés, Nabuconodozor e
tantos outros. Então, espera-se do coração humano uma decisão diante do
chamado de Deus.
- “...cobriram a face de toda a terra, de modo que a terra se
escureceu;..”
Momento esse, em que a escuridão lhe sobrevém a ponto de não mais
enxergar sequer um raio da luz do sol... (O Senhor Jesus, o “Sol da Justiça”).
- “...comeram toda a erva ... todo o fruto...e não ficou verde
algum...nem na erva do campo... em toda a terra do Egito.”
Os juízos de Deus são absolutos, bem como inevitáveis as consequências
do pecado. Embora, nessa altura, tivesse dado várias mostras de Sua
misericórdia e tempo para que houvesse um arrependimento; eis a
representação da atual dispensação da Graça em meio a um mundo de morte e
de dor.

16 e 17 – “Então Faraó mandou apressadamente chamar Moisés e
Arão, e lhes disse: Pequei contra o Senhor vosso Deus, e contra
vós. Agora: pois, perdoai-me peço-vos somente esta vez o meu
pecado, e orai ao Senhor vosso Deus que tire de mim mais esta
morte.”
- “...apressadamente chamar Moisés e Arão...”
Mais uma vez não chamou os magos. No íntimo o homem sabe pela
sua própria consciência de que há algo bem mais elevado (a Verdade) do
que as rasteiras, e enganosas, idolatria e magia. Que existe um Deus
acima nos céus. Enquanto não puser seus pés sobre a Rocha, que é Cristo,
estará afundando nas areias movediças da mentira, e em agonia sob o
peso da religião.
- “...Pequei...”
Entretanto, o verdadeiro arrependimento gera “frutos dignos”; “o que
confessa a transgressão e a deixa, alcançará misericórdia.” (Pv. 28:13).

- “...contra o Senhor vosso Deus...”
Faraó apesar de tudo, ainda não via nem considerava o Senhor
como o seu Deus. Até porque, ele próprio sentia-se e era considerado
como tal.
Da mesma forma ocorre hoje com o homem do presente século.
“homens amantes de si mesmos...” (II Tm. 3:2).
- “... Agora: pois, perdoai-me...”
Contudo, o pedido de perdão deve ser acompanhado de verdadeiro
arrependimento (Pv. 28:13);
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” (I Jo: 1:9)
“- ...somente esta vez o meu pecado, e orai ao Senhor vosso
Deus que tire de mim mais esta morte.”
É muito cômodo ao homem se servir da oração de outros para se
aliviar, e não dobrar ele mesmo os seus joelhos diante do Criador.

18-20 – “Saiu, pois, Moisés da presença de Faraó, e orou ao
Senhor. Então o Senhor trouxe um vento ocidental
fortíssimo, o qual levantou os gafanhotos e os lançou no Mar
Vermelho; não ficou um só gafanhoto em todos os termos do
Egito. O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó, e este
não deixou ir os filhos de Israel.”
- “...“Saiu, pois, Moisés da presença de Faraó, e orou ao Senhor...”
Novamente aprendemos com Moisés: É preciso sair da presença de Faraó
para orarmos ao Senhor. Somente assim, seremos ouvidos!
E, lamentavelmente, são tantos os que pensam em se beneficiar achando
possível levar toda uma vida, servindo a dois senhores (Deus e Mamom).
- *...o Senhor trouxe um vento ocidental fortíssimo...”
Deus, o Criador do universo, tem domínio sobre tudo e todos.
Soberanamente aqui, pelo Seu simples mandar, então faz soprar um vento
geograficamente oposto trazendo o revogar do Seu próprio juízo como Deus
Único e Todo-Poderoso, humilhando deste modo o falso deus Seth (deus dos
ventos).

- ...levantou os gafanhotos e os lançou no Mar Vermelho; não ficou
um só gafanhoto...”
Não haverá um “gafanhoto” sequer, como resquício idólatra da terra do
Egito, na vida de quem foi lavado e comprado pelo Sangue de Jesus, e já deste
mundo saiu.
Porquanto, “...tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar.”
(Mq. 7:19).
- “...não ficou um só gafanhoto... “
Perfeito em Seus juízos (8:31); e Perfeito em amor (I Jo. 4:8; Jo. 3:16).
- “...O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó...”
Para que o Seu glorioso nome fosse ainda mais exaltado.
* É inteiramente da economia de Deus tanto a forma como opera, quanto
o objeto de Seus santos desígnios (Dt. 29:29).

21-23 – “Então disse o Senhor a Moisés: Estende a tua mão para o
céu, e virão trevas sobre a terra do Egito, trevas que se
apalpem. E Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve
trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias. Não viu
um ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três
dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas
habitações.”
- “...trevas sobre a terra do Egito...”
Hoje, igualmente, o mundo está em trevas. Porque “jaz no maligno...”
* Na verdade era o Seu juízo sobre os falsos deuses egípcios, adorados como algum
tipo de deus-sol:
- Rá;
- Áten;
- Atum;
- Hórus.

- - “...que se apalpem...trevas espessas...”
- Desta maneira, já que eram deuses feitos pelas mãos dos homens,
haveriam de ser trevas particularmente “palpáveis“, “espessas”; sem
qualquer facho de luz, nem solar, nem lunar. Revelando que aqueles
objetos de idolatria, não representavam absolutamente nada, sem
poder algum para reverter tal situação. Uma vez que eram tidos como
“deuses-luzeiros”.
- - “...por três dias.”
- Porém aquilo consistia em uma mensagem profética, por mais que
não entendessem: Pois, o mundo conheceria Aquele que durante três
dias e três noites haveria de estar no seio da terra, descendo as suas
partes mais baixas, vencendo a morte e o inferno: Cristo ressuscitou.
Aleluia! Apresentando-se ao mundo como o Único e verdadeiro “Sol da
Justiça.” A Ele toda honra e glória, pelos séculos dos séculos!

- “...Não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu
lugar...”
Desta forma, Deus mostrou que o homem na condição de idólatra e
sem o verdadeiro “Sol da Justiça” - o Senhor Jesus Cristo - está
totalmente cego e estagnado em sua vida espiritual.
- “...mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas
habitações.”
Verdadeiramente, nas habitações dos filhos de Israel a candeia está
cheia, e não falta a Luz! Enquanto o mundo está envolto em trevas, o
Espírito Santo como óleo precioso está abastecendo as lâmpadas dos
filhos de Deus (Mt. 25:1-13).

24-26 –“Então Faraó chamou a Moisés, e disse: Ide, servi ao
Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão
também convosco as vossas crianças. Moisés, porém, disse: Tu
também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que
ofereçamos ao Senhor nosso Deus. E também o nosso gado há
de ir conosco, nem uma unha ficará; porque daquele havemos
de tomar, para servir ao Senhor nosso Deus; porque não
sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que
cheguemos lá.”
- “...Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e
vossas vacas;...”
* Ora a 4ª objeção do inimigo para deter os filhos de Deus,
mantendo-os no Egito.

O plano é repetitivo, continua o mesmo: Privaria os israelitas do acesso ao
sacrifício, ao derramar do sangue. Pois, “sem derramamento de sangue não há
remissão de pecados“ (Hb.9:22). E ainda, “Tendo, pois ousadia para entrar no
santuário pelo Sangue de Jesus.” (Hb.10:19). Obviamente Satanás não quer
que confessemos nossos pecados ao Senhor, tampouco que entremos no Santo
dos Santos cultivando plena comunhão com o Pai.
- “...em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao
Senhor nosso Deus.”
O que haveremos de oferecer ao Senhor? Ou “quem entrará no Santuário?
Aquele que é limpo de mãos e puro de coração...” (Sl. 24:3 e 4)
- “...nem uma unha ficará...”
Nada que pertence ao Senhor, que Ele tenha nos concedido como
bênçãos, conquistas, experiências, ou até algo que aos nossos olhos
nos pareça insignificante, devemos deixar para Faraó!

- “...porque deles havemos de tomar, para servir ao Senhor
nosso Deus;”
De nenhum outro, ou seja, somente do Cordeiro nos advém tudo o
que precisamos para oferecer ao Senhor. Fora de Jesus não há nada,
nem ninguém, que agrade a Deus satisfazendo inteiramente Sua
Justiça. Porque só o Senhor tem as palavras de vida eterna (Jo. 6:68);
e “em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro
nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At.
4:12).
- “...porque não sabemos com que havemos de servir ao
Senhor, até que cheguemos lá.”
Isto nos mostra uma total dependência do Senhor. Visto que
precisamos de Sua revelação para caminharmos, sem a qual seremos
como uma criança sem a direção do Pai.

27-29 – “O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó, e este não
os quis deixar ir. E disse-lhe Faraó: Vai-te de mim, guarda-te
que não mais vejas o meu rosto; porque no dia em que vires
o meu rosto, morrerás. E disse Moisés: Bem disseste; eu
nunca mais verei o teu rosto.”
- “E disse-lhe Faraó: Vai-te de mim, guarda-te que não mais vejas
o meu rosto;”
O inimigo não suporta o “verdadeiro adorador” (Jo. 4:23; II Jo. 5:18);
- “...no dia em que vires o meu rosto, morrerás.”
É a triste consequência que resta àquele que depois de ver as maravilhas
de Deus, volta o seu rosto para Faraó: morte espiritual.
- “...eu nunca mais verei o teu rosto.”
Em contrapartida, aquele que tem a certeza do seu chamado, fita o olhar
no alvo que é Cristo, “o Autor e Consumador da nossa fé”, e diz com toda a
ousadia e segurança para o inimigo: Eu nunca mais verei o teu rosto!
Conforme nos inspira Hb. 10:38 - “Mas o justo viverá pela fé. E, se ele recuar, a
minha alma não tem prazer nele.”

Bibliografia:
ALMEIDA, João Ferreira de - Bíblia Sagrada – Edição Corrigida e Revisada Fiel ao
Texto Original (Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.) – 2011.
CESAR, Hilmar Sathler - Dicionário Bíblico de Gematria – 1ª edição – Editora do
C.C.B.B. – Brasília – DF – 1984;
DAVIS, John D. - Dicionário da Bíblia – 14ª edição – 1987;
HALLEY - Manual Bíblico – Editora Vida – 2001;
JOSEFO, Flávio - História dos Hebreus – CPAD – 1990;
KELLER, Werner - E a Bíblia Tinha Razão – Edições Melhoramentos – 2ª edição –
1958 (Arqueologia bíblica);
MACKINTOSH, C. H. - Estudos Sobre o Pentateuco – 2ª edição – 1978 – Depósitos
de Literatura Cristã – Lisboa – Portugal;
MELO, Joel Leitão de - Sombras, Tipos e Mistérios da Bíblia – CPAD – 1ª edição –
1989.
MOODY, D.L. - As Anotações da Bíblia de D. L. Moody – Tradução do Pr. David
Gomes 1979 - Edição da Associação Evangélica Escola Bíblica do Ar. Caixa Portal 866,
ZC 00 – RJ;
OLSON, N. Lawrence – O Plano Divino Através dos Séculos.
PEARLMAN, Moshe - Nos Passos de Moisés – Bloch Editores – 1974 (Arqueologia
bíblica);
SCOFIELD, C.I., com referências e anotações de - Bíblia Sagrada – Edição Corrigida
e Revisada Fiel ao Texto Original (Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil).
WATSON, D. Ana e Dr. S. L. - Conciso Dicionário Bíblico – IBB - 15ª edição – 1987;

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