1. "É sábio o homem que pôs em si
tudo que leva à felicidade ou
dela se aproxima"
2. O mito narrava a origem através de
genealogias derivadas de forças divinas
sobrenaturais e personalizadas.
A Filosofia, ao contrário, explica a
produção natural das coisas por elementos
e causas naturais e impessoais.
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO...??
O Mito pretende narrar como as coisas eram ou tinham sido no
passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era
antes que tudo existisse tal como existe no presente.
O Mito aceita contradições e mesmo assim, era tido como verdadeiro.
A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no
passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as
coisas são como são; Não admite contradições – exige explicação
coerente e racional.
A Ciência Moderna não mostra a verdade das coisas em si mesmas;
a ciência apresenta apenas modelos teóricos provisórios que tentam
explicar a realidade. Essas ‘verdades’ que a ciência apresenta duram
enquanto não surgirem outros modelos teóricos melhores
4. Os primeiros Filósofos/Cientistas: Filósofos
da Natureza. Cerca de 550 a.C..
Interesse:
Desvendar os fenômenos da natureza, as
transformações da natureza.
Estudar o Cosmos e o surgimento da vida.
Tales de Mileto, Pitágoras de Samos,
Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto
Heráclito de Éfeso, Parmênides, Demócrito
5. > Investigação cosmológicas (racionais)
>Investigavam a natureza e os processos
naturais
>perceberam o dinamismo das mudanças que
ocorrem na physis - realidade primeira, originária
e fundamental (natureza).
>procuravam uma substância básica, um
princípio primordial (arché) causa de todas as
transformações da natureza
Os pré-socráticos filósofos
da natureza (naturalistas)
ou fisicistas
6. • A palavra grega Physis pode ser traduzida por
natureza, mas seu significado é mais amplo.
Refere-se também à realidade, não aquela
pronta e acabada, mas a que se encontra em
movimento e transformação, a que nasce e se
desenvolve, o fundo eterno, perene, imortal e
imperecível de onde tudo brota e para onde
tudo retorna.
7. • Para os filósofos pré-socráticos, a arché ou
arqué ( ρχή; origem), seria um princípio queἀ
deveria estar presente em todos os
momentos da existência de todas as coisas; no
início, no desenvolvimento e no fim de tudo.
Princípio pelo qual tudo vem a ser.
8. • Encontraram respostas diversas.
• Não queriam recorrer ao mito.
• Os primeiros a dar um passo na forma
científica de pensar.
9. Escola Jônica
• Tales de Mileto
• Anaximandro de Mileto
• Anaxímenes de Mileto
• Heráclito de Éfeso
10. Mileto
• Os três primeiros filósofos que surgiram foram
de Mileto.
• São eles:
Tales
Anaximandro
Anaxímenes.
11. Tales de Mileto
• O primeiro filósofo pré-
socrático: Tales de Mileto
(cerca de 625/4-558/6 a.C.)
Queria descobrir um
elemento físico que fosse
constante em todas as coisas.
13. Água
• Observando a vida animal e
vegetal concluiu que a água, ou o
úmido, é o princípio de todas as
coisas.
• somente a água permanece
basicamente a mesma, em todas
as transformações dos corpos,
apesar de assumir diferentes
estados.
14. Anaximandro de Mileto
(610-547 a.C.)
• Introduziu o conceito de arché para
designar o primum, a realidade primeira
e última das coisas.
• A arché para ele é algo que transcende
os limites do observável.
• Denominou-o apeíron, termo grego que
significa “indeterminado”, “o infinito”
• O ápeiron seria a “massa geradora” dos
seres, contendo em si todos os
elementos contrários.
15. Anaxímenes de Mileto
(588-524 a.C)
• Admitia que a origem é
indeterminada, mas não
acreditava em seu caráter
oculto.
• Tentou uma possível conciliação
entre as concepções de Tales e
as de Anaximandro.
• concluiu ser o ar o princípio de
todas as coisas.
16. O ar
• o ar é a própria vida, a força vital, a divindade
que “anima” o mundo, aquilo que dá
testemunho à respiração.
17. Heráclito de Éfeso
544-484 a.C
• Concebia a realidade do
mundo como algo
dinâmico, em permanente
transformação.
• A vida era impulsionada
pela luta das forças
contrárias.
• É pela luta dessas forças
que o mundo se modifica e
evolui.
19. • só a mudança e o movimento são reais
• identidade das coisas iguais a si mesmas é ilusória
• Nessa dualidade, que é uma guerra, no fundo é
harmonia entre os contrários
• O que mantém o fluxo do movimento é a luta dos
contrários, pois “a guerra é pai de todos, rei de todos”
20. Doutrina dos contrários
• O ser é múltiplo, por estar constituído de
oposições internas.
• a forma do ser é devir pelo qual todas as coisas
são sujeitas ao tempo e à sua relativa
transformação
• Heráclito chamou seu princípio de logos, que
significa regra segunda a qual todas as coisas se
realizam e lei comum que a todos governa–
incluiu racionalidade e inteligência.
21. Devir- vir a ser
• “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo
rio”, pois na segunda vez não somos os
mesmo, e também o rio mudou.
23. Pitágoras de Samos
(570-490 a.C.)
• Fundador de poderosa
sociedade de caráter religioso e
filosófico - Sociedade pitagórica
• As contribuições da escola
pitagórica são encontradas
matemática, música e
astronomia.
24. Número
• a essência de todas as
coisas reside nos
números, os quais
representam a ordem e
a harmonia.
26. Arquitas de Tarento
• Representante da escola
pitagórica de grande destaque
• um dos responsáveis por
mudanças fundamentais na
matemática do quinto século
antes de Cristo.
28. Parmênides de Eléia: o ser é imóvel
(540-470 a.C.)
• o principal expoente da
chamada escola eleática.
• critica a filosofia
heraclitiana.
• ao “tudo flui”, contrapõe
a imobilidade do ser.
• Arché- “o ser é”
29. Defendia a existência de dois caminhos para a
compreensão da realidade – expressou esse
pensamento no poema Sobre a Natureza.
• caminho da razão, que permite encontrar a
Verdade, imutável e perfeita (épistêmê)
• o dos sentidos, ou da Opinião (doxa) que só
nos permite conhecer as aparências das
coisas, confusas e contraditórias
30. O ser e o não ser
O caminho da verdade nos leva a
compreender que:
• “o ser é” - e o “não ser não é” - o não ser não
pode ser conhecido.
• O ser, portanto, é e deve ser afirmado, o não-
ser não é e deve ser negado, e esta é a
verdade
• o ser é a única coisa pensável e exprimível
• o ser é único, imutável, incriado e eterno.
31. Mundo sensível e mundo
inteligível
• o movimento existe apenas no mundo
sensível, e a percepção pelos sentidos é
ilusória.
• Só o mundo inteligível é verdadeiro, pois está
submetido ao princípio que hoje chamamos
de identidade e de não-contradição.
32. • Uma das conseqüências dessa teoria é a
identidade entre o ser e o pensar:
o que não conseguir pensar não pode ser na
realidade.
Penso, logo sou!
Descartes
33. Zenão
• o que se move sempre está no
mesmo agora
• Tenta demonstrar que a própria
noção de movimento era inviável
e contraditória
• paradoxo de Zenão, que se
refere à corrida de Aquiles com
uma tartaruga
34. Aquiles e a tartaruga
• Zenão sabia que Aquiles
pode alcançar a
tartaruga.
• ele pretendia
demonstrar as
conseqüências
paradoxais de encarar o
tempo e o espaço como
constituídos por uma
sucessão infinita de
pontos e instantes
individuais consecutivos
35. Isso demonstram as dificuldades por que
passou o pensamento racional para
compreender conceitos como :
• movimento, espaço, tempo e infinito
36. Escola pluralista
• Empédoclis de Agrigento: água, fogo, ar e
terra.
• Anaxágoras de Clazómena
• Leucipo de Abdera
• Demócrito de Abdera
37. Empédoclis de Agrigento
• arché: água, fogo, ar e terra.
• elementos são movidos e
misturados de diferentes
maneiras em função de dois
princípios universais opostos
38. • Amor (philia, em grego) – responsável pela
força de atração e união e pelo movimento de
crescente harmonização das coisas;
• >ódio (neikos, em grego) – responsável pela
força de repulsão e desagregação e pelo
movimento de decadência, dissolução e
separação das coisas.
39. • Aceitava de Parmênides a racionalidade que
afirma a existência e permanência do ser
• procurava encontrar uma maneira de tornar
racional os dados captados por nossos
sentidos.
40. Anaxágoras de Clazómena
• propôs, um princípio que
atendesse tanto às exigências
teóricas do "ser" imutável, quanto
à contestação da existência das
múltiplas manifestações da
realidade.
• faz da multiplicidade o principal
objeto do seu pensamento,
• manifestando-se acerca da
natureza do múltiplo:
41. Arché: nous
• Nous:a força motriz que formou o mundo a partir do
caos original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.
é ilimitado, autônomo e não misturado com nada
mais,
age sobre as homeomerias (sementes) ordenando-as
e constituindo o mundo sensível
• Homeomerias: sementes que dão origem a realidade
na pluralidade de manifestações
42. Leucipo de Abdera
• Primeiro professor da
escola atomista.
• Não se tem muito
informação sobre ele.
43. Demócrito de Abdera
(430-370)
• Responsável pelo
desenvolvimento do atomismo
• todas as coisas que formam a
realidade são constituídas por
partículas invisíveis e indivisíveis
45. • Para ele, o átomo seria o equivalente ao
conceito de ser em Parmênides.
• Tudo tem uma causa. E os átomos são a causa
última do mundo.
47. • Eram professores viajantes que, por
determinado preço, vendiam ensinamentos
práticos de filosofia.
48. • Levando em consideração os interesses dos
alunos, davam
aulas de eloquência e de sagacidade mental.
Ensinavam conhecimentos
úteis para o sucesso nos negócios públicos e
privados.
Objetivo:
49. • Era uma época de lutas políticas e intenso
conflito de opiniões nas assembleias
democráticas. Por isso, os cidadãos mais
ambiciosos sentiam necessidade de aprender
a arte de argumentar em público para
conseguir persuadir em assembleias e, muitas
vezes, fazer prevalecer seus interesses
individuais e de classe.
51. • Essas características dos ensinamentos dos sofistas
favoreceram o surgimento de concepções filosóficas
relativistas sobre as coisas.
• o relativismo de suas teses fundamenta-se numa
concepção flexível sobre os homens, a sociedade e a
compreensão do real.
• Para os sofistas, as opiniões humanas são infindáveis,
diversas e não podem ser reduzidas a uma única verdade.
Assim, não existiriam valores ou verdades absolutas.
52. • o termo sofista significa “sábio”.
Entretanto, com o decorrer do tempo,
ganhou o sentido de “impostor”, devido às
críticas de Platão.
53. • Considerou-se a sofística - a arte dos
sofistas - apenas uma atitude viciosa do
espírito, uma arte de manipular
raciocínios, de produzir o falso, de iludir
os ouvintes, sem qualquer amor pela
verdade.
54. •A verdade, em grego – aletheia - a
manifestação daquilo que é, o não-oculto, se
opõe a pseudos que significa o falso, aquilo
que se esconde, que ilude.
Os sofistas parecem não buscar a aletheia, se
contentam com pseudos. Tanto assim, que se
usa a palavra sofisma, derivada de sofista, para
designar um raciocínio aparentemente correio,
mas que na verdade é falso ou inconclusivo,
geralmente formulado com o objetivo de
enganar alguém.
55. Sócrates
• Com o desenvolvimento das cidades (polis) gregas, a vida em
sociedade passa a ser uma questão importante.
• Sócrates vive em Atenas, que é uma cidade de grande
importância, nesse período de expansão urbana da Grécia, por
isso, a sua preocupação central é com a seguinte questão:
como devo viver?
• As pessoas precisavam desenvolver normas de convivência
para o espaço da cidade que era um fenômeno relativamente
novo na história da humanidade, diferente da vida do campo,
com mais agitação política, comercial e social. Nesse sentido,
debatiam questões importantes para o convívio em sociedade,
ex: ética, fazer o bem, virtudes, política, etc.
56. Sócrates
• Toda a sua filosofia é exposta em diálogos críticos com seus
interlocutores.
• Sócrates andava pela cidade (feiras, mercados, praças, prédios
públicos, etc.)e debatia com as pessoas interessadas sobre
assuntos referentes a vida em sociedade.
• O conteúdo dos diálogos chegou até nós por meio de seus
discípulos, especialmente de Platão, pois Sócrates não deixou
nada escrito.
57. Sócrates
• Para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio.
• Como atingir a sabedoria?
• Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita investigação que
começa pelo conhecimento de si mesmo.
• Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo:
conhece-te a ti mesmo.
• À medida que o homem se conhece bem, ele chega à
conclusão de que não sabe nada.
• Para ser sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria
ignorância. Só sei que nada sei, repetia sempre Sócrates.
58. Sócratese a Maiêutica
• Maiêutica: método para chegar ao conhecimento.
• Para Sócrates o papel do filósofo fazer com que as pessoas
chegassem ao conhecimento e para isso criou a maiêutica.
• Sócrates tinha um método de diálogo para levar o seu interlocutor
(pessoas com quem estava debatendo) a perceber por si só sua
própria ignorância sobre os assuntos tratados.
• Por meio da ironia, fazendo perguntas e respondendo as
perguntas com outras perguntas, levava o interlocutor a cair em
contradição, Sócrates o conduzia a confessar a própria
ignorância.
• Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria disposto a
percorrer o caminho da verdade.
59. Sócratese a Maiêutica
• Quando se diz que a maiêutica é a arte de dar à luz as idéias,
está se subentendendo que o conhecimento está dentro da
pessoa e por meio maiêutica ela vai “parir” o conhecimento.
• Para Sócrates, uma mente submetida a um interrogatório
adequado seria capaz de explicitar conhecimentos que já
estavam latentes na alma. Afinal, tanto para Sócrates quanto
para Platão, a alma, antes de se unir ao corpo, contemplara as
idéias na sua essência, no mundo das Idéias. Bastava,
portanto, fazer um esforço para recordar. Conhecer é recordar.
• O objetivo mais importante do diálogo é encontrar o conceito.
Ele pergunta, por exemplo, o que é justiça? E, aos poucos,
eliminando definições imperfeitas, ele vai chegando a um
conceito mais puro, mais correto.
60. O Destino de Sócrates
• A maior arte de Sócrates era a investigação, feita com o auxílio
de seus interlocutores. Aquele que investiga, questiona.
Aquele que questiona, perturba a ordem estabelecida. Isso faz
surgir muitos inimigos de Sócrates.
• Sócrates é acusado de corromper a juventude e de desprezar
os deuses da cidade. Com base nessas acusações ele é
condenado a beber cicuta (veneno extraído de uma planta do
mesmo nome). Segundo testemunho de Platão em Apologia de
Sócrates, ele ficou imperturbável durante o julgamento e, no
final, ao se despedir de seus discípulos, ele diz:
Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para viverdes. Quanto
a quem vai para um lugar melhor, só deus sabe.
62. Platão
• É filho de uma nobre família ateniense e seu nome verdadeiro é Arístocles. Seu
apelido de Platão é devido à sua constituição física e significa “ombros
largos”. Ele foi discípulo de Sócrates e após a sua morte, fez muitas viagens,
ampliando sua cultura e suas reflexões.
• Por volta de 387 a.C., Platão fundou sua própria escola de filosofia, nos jardins
construídos pelo seu amigo Academus, o que deu à escola o nome de
Academia. É uma das primeiras instituições de ensino superior do mundo
ocidental.
• Platão, diferentemente se Sócrates, tinha o hábito de escrever sobre suas
idéias. Foi ele quem resgatou boa parte do pensamento de seu mestre
Sócrates.
• Platão não andava promovendo debates pelos locais públicos como seu
mestre, mas ao contrário, fundou uma academia de filosofia.
• Devido a isso, Platão era mais restrito, pois para chegar a ele somente quem
pudesse entrar na academia, ou seja, os filhos dos aristocratas da época.
63. Platão
• Do mundo sensível das opiniões ao mundo inteligível das
idéias.
• Segundo Platão, os sentidos só podem nos fornecer o
conhecimento das sombras da verdadeira realidade, e através
deles só conseguimos ter opiniões.
• O conhecimento verdadeiro se consegue através da dialética, que
é a arte de colocar à prova todo conhecimento adquirido,
purificando-o de toda imperfeição para atingir a verdade.
• Cada opinião emitida é questionada até que se chegue à verdade.
• Platão, assim como seu mestre Sócrates, acreditava que o
conhecimento era inato ao ser humano, ou seja, todo o
conhecimento estava na pessoa, bastava exercitar ou refletir para
“relembrar” as respostas dos questionamentos. Aristóteles,
discípulo de Platão, não compartilha dessa idéia, para ele o
conhecimento só era possível por meio da experiência e da
percepção, ou seja, deveria ser adquirido.
64. Alegoria da Caverna
• Aprisionado no seu corpo, o homem só consegue enxergar as
sombras e não a realidade em si. Para explicar isso, Platão cria a
• Alegoria da Caverna.
• Há homens presos, desde meninos, por correntes nos pés e no
pescoço, com o rosto voltado para o fundo da Caverna. Próximo à
entrada da caverna desfila-se com muitos objetos diferentes, cujas
sombras são projetadas pela luz do Sol na parede do fundo. Os
prisioneiros contemplam as sombras, pensando tratar-se da
realidade, pois é a única que conhecem.
• Um dos prisioneiros consegue escapar, e, voltando-se para a
entrada da caverna, num primeiro momento tem sua vista ofuscada
pela luz intensa, mas aos poucos ele se acostuma e começa a
descobrir que a realidade é bem diferente daquela que ele
conheceu a vida toda, por meio das sombras. Esse homem se
compadece dos companheiros da prisão e volta para lhes anunciar
aquilo que contemplara. Ele é chamado de louco e é morto pelos
companheiros.
65. Alegoria da Caverna
Explicação:
• As sombras que os homens enxergam no fundo da caverna representam as
aparências da realidade e não a realidade em si. Mas aqueles homens que
foram, desde a infância, acostumados a crer que as sombras eram a realidade,
não podiam imaginar que a realidade verdadeira estava lá fora.
• Quando um desses homens consegue escapar da caverna e tem contato com o
mundo verdadeiro, ele percebe que as projeções na parede nada mais são do
que uma ilusão, pois a realidade das coisas era outra. O homem cai em si e
entende que sempre foi enganado pelas sombras.
• Quando volta para caverna e tenta convencer os outros de que aquelas
sombras não representam a realidade dos fatos, ninguém acredita e o chamam
de louco.
• Esse mito se refere a Sócrates que tentava demonstrar a realidade ou a
verdade de vários fatos de Atenas, como a política, por exemplo, uma vez que
as pessoas acreditavam em discursos que não condiziam com a realidade, mas
eram só uma forma de enganar. Contudo, como vimos, Sócrates desagradou
muita gente ao tentar esclarecer as pessoas sobre a verdade e, por isso, foi
condenado a morte.
67. Aristóteles
• Sua vida: Aristóteles foi preceptor de Alexandre Magno, na corte de
Pela, e isso facilitou suas pesquisas pois, quando Alexandre
expandiu o império Macedônico, o filósofo teve mais acesso às
informações sobre formas de governo e sobre o mundo natural (do
qual Aristóteles fez uma das primeiras classificações conhecidas).
• O Liceu: Quando Alexandre sobe ao trono na Macedônia,
Aristóteles deixa a corte de Pela e volta para Atenas, onde funda
sua própria escola de filosofia, próxima ao templo de Apolo Liceano
(por isso passa a se chamar LICEU), seguindo orientação que
rivaliza com a Academia de Platão que, nesse tempo, é dirigida por
Xenócrates. A Academia era mais voltada para as Matemáticas,
enquanto o Liceu se dedicava principalmente às ciências naturais.
68. Aristóteles
• Aristóteles foi discípulo de Platão, mas seguiu o próprio caminho,
com uma filosofia bem diferente do mestre.
• Quanto ao método de exposição da filosofia, enquanto Platão
utilizara os diálogos, Aristóteles foi um sistematizador. Embora
ele também tenha escrito diálogos, o que chegou até nós foi
apenas uma parte das suas obras produzidas em forma descritiva e
ordenada.
69. Aristóteles
• Aristóteles organizou o conhecimento de até então. Criou sistemas
classificatórios para a natureza, sobre o céu, sobre os fenômenos
atmosféricos; exame da física como movimento, infinito, vazio,
lugar, tempo, etc.
• Também estudou sobre sensação, memória, respiração, história
dos animais; classificou as espécies vivas, etc.
• Formas de governo, retórica (argumentação), etc.
• Em suma, ele organizou ou sistematizou praticamente todo
conhecimento acumulado até então.