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Direitos Humanos
Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres
    humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a ideia
    também de liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade
    perante a lei.
As ideias de direitos humanos tem origem no conceito filosófico de direitos
    naturais que seriam atribuídos por Deus; alguns sustentam que não
    haveria nenhuma diferença entre os direitos humanos e os direitos
    naturais e vêem na distinta nomenclatura etiquetas para uma mesma
    ideia. Outros argumentam ser necessário manter termos separados para
    eliminar a associação com características normalmente relacionadas com
    os direitos naturais, sendo John Searl talvez o mais importante filósofo a
    desenvolver esta teoria.
Existe um importante debate sobre a origem cultural dos direitos humanos. Geralmente se considera que
tenham sua raiz na cultura ocidental moderna, mas existem ao menos duas posturas principais mais.
Alguns afirmam que todas as culturas possuem visões de dignidade que se são uma forma de direitos
humanos, e fazem referência a proclamações como a Carta de Mandén, de1222, declaração fundacional
do Império de Mali. Não obstante, nem em japonês nem em sânscrito clássico, por exemplo, existiu o
termo "direito" até que se produziram contatos com a cultura ocidental, já que culturas orientais
colocaram tradicionalmente um peso nos deveres. Existe também quem considere que o Ocidente não
criou a ideia nem o conceito do direitos humanos, ainda que tenha encontrado uma maneira concreta de
sistematizá-los, através de uma discussão progressiva e com base no projeto de uma filosofia dos direitos
humanos.
As teorias que defendem o universalismo dos direitos humanos se contrapõem ao relativismo cultural, que
afirma a validez de todos os sistemas culturais e a impossibilidade de qualquer valorização absoluta desde
um marco externo, que, neste caso, seriam os direitos humanos universais. Entre essas duas posturas
extremas situa-se uma gama de posições intermediárias. Muitas declarações de direitos humanos emitidas
por organizações internacionais regionais põem um acento maior ou menor no aspecto cultural e dão mais
importância a determinados direitos de acordo com sua trajetória histórica. A Organização da Unidade
Africana proclamou em 1981 A fricana de Direitos Humanos e de Povos , que reconhecia princípios
da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e adicionava outros que tradicionalmente se
tinham negado na África, como o direito de livre determinação ou o dever dos Estados de eliminar todas as
formas de exploração econômica estrangeira. Mais tarde, os Estados africanos que acordaram a Declaração
de Túnez, em 6 de novembro de 1992, afirmaram que não se pode prescrever um modelo determinado a
nível universal, já que não podem se desvincular as realidades históricas e culturais de cada nação e as
tradições, normas e valores de cada povo. Em uma linha similar se pronunciam a Declaração de Bangkok,
emitida por países asiáticos em 23 de abril de 1993, e de Cairo, firmada pela Organização da Conferência
Islâmica em 5 de agosto de 1990
Também a visão ocidental-capitalista dos direitos humanos, centrada nos direitos civis e
políticos, como a liberdade de opinião, de expressão e de voto, se opôs durante a Guerra
Fria, o bloco socialista, que privilegiava a satisfação das necessidades elementares, porém
era suprimida a propriedade privada, a possibilidade de discordar, e de eleger os
representantes com eleições livres de multipla escolha
Antecedentes Antigos
     Um dos documentos mais antigos que vinculou os direitos
     humanos é o Cilindro de Ciro, que contêm uma declaração do
     rei persa (antigo Irã) Ciro II depois de sua conquista
     da Babilônia em 539 aC. Foi descoberto em 1879 e a ONU o
     traduziu em 1971 a todos seus idiomas oficiais. Pode ser
     resultado de uma tradição mesopotâmica centrada na figura
     do rei justo, cujo primeiro exemplo conhecido é o rei
     Urukagina, de Lagash, que reinou durante o século XXIV aC, e
     de onde cabe destacar também Hammurabi da Babilônia e
     seu famoso Código de Hammurabi, que data do século XVIII
     aC. O Cilindro de Ciro apresentava características inovadoras,
     especialmente em relação à religião. Nele era declarada a
     liberdade de religião e abolição da escravatura. Tem sido
     valorizado positivamente por seu sentido humanista e
     inclusive foi descrito como a primeira declaração de direitos
     humanos.
     Documentos muito posteriores, como a Carta
     Magna da Inglaterra, de 1215, e a Carta de Mandén, de 1222,
     se tem associado também aos direitos humanos. Na Roma
     antiga havia o conceito de direito na cidadania romana a
     todos romanos.
Em 1979, em uma conferência do Instituto Internacional de Direitos
Humanos, Karel Vasak propôs uma classificação dos direitos humanos em
gerações,inspirado no lema da Revolução Francesa (liberdade, igualdade,
fraternidade).
Assim, os direitos humanos de primeira geração seriam os direitos de liberdade,
compreendendo os direitos civis, políticos e as liberdades clássicas. Os direitos
humanos de segunda geração ou direitos de igualdade, constituiriam os direitos
econômicos, sociais e culturais. Já como direitos humanos de terceira geração,
chamados direitos de fraternidade, estariam o direito ao meio ambiente
equilibrado, uma saudável qualidade de vida, progresso, paz, autodeterminação
dos povos e outros direitos difusos.
Posteriormente, com os avanços da tecnologia e com a Declaração dos Direitos do
Homem e do Genoma Humano feita pela UNESCO, a doutrina estabeleceu a quarta
geração de direitos como sendo os direitos tecnológicos, tais como o direito de
informação e biodireito.
O jurista brasileiro Paulo Bonavides, defende que o direito à paz, que segundo
Karel Vasak seria um direito de terceira geração, merece uma maior visibilidade,
motivo pelo qual constituiria a quinta geração de direitos humanos
Dia Internacional dos Direitos Humanos
No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU) adotou e proclamou
a Declaração Universal dos Direitos Humanos, e em 1950 o dia
10 dezembro foi estabelecido como Dia Internacional dos
Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas (ONU
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Direitos Humanos Fundamentais

  • 2. Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a ideia também de liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei. As ideias de direitos humanos tem origem no conceito filosófico de direitos naturais que seriam atribuídos por Deus; alguns sustentam que não haveria nenhuma diferença entre os direitos humanos e os direitos naturais e vêem na distinta nomenclatura etiquetas para uma mesma ideia. Outros argumentam ser necessário manter termos separados para eliminar a associação com características normalmente relacionadas com os direitos naturais, sendo John Searl talvez o mais importante filósofo a desenvolver esta teoria.
  • 3. Existe um importante debate sobre a origem cultural dos direitos humanos. Geralmente se considera que tenham sua raiz na cultura ocidental moderna, mas existem ao menos duas posturas principais mais. Alguns afirmam que todas as culturas possuem visões de dignidade que se são uma forma de direitos humanos, e fazem referência a proclamações como a Carta de Mandén, de1222, declaração fundacional do Império de Mali. Não obstante, nem em japonês nem em sânscrito clássico, por exemplo, existiu o termo "direito" até que se produziram contatos com a cultura ocidental, já que culturas orientais colocaram tradicionalmente um peso nos deveres. Existe também quem considere que o Ocidente não criou a ideia nem o conceito do direitos humanos, ainda que tenha encontrado uma maneira concreta de sistematizá-los, através de uma discussão progressiva e com base no projeto de uma filosofia dos direitos humanos. As teorias que defendem o universalismo dos direitos humanos se contrapõem ao relativismo cultural, que afirma a validez de todos os sistemas culturais e a impossibilidade de qualquer valorização absoluta desde um marco externo, que, neste caso, seriam os direitos humanos universais. Entre essas duas posturas extremas situa-se uma gama de posições intermediárias. Muitas declarações de direitos humanos emitidas por organizações internacionais regionais põem um acento maior ou menor no aspecto cultural e dão mais importância a determinados direitos de acordo com sua trajetória histórica. A Organização da Unidade Africana proclamou em 1981 A fricana de Direitos Humanos e de Povos , que reconhecia princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e adicionava outros que tradicionalmente se tinham negado na África, como o direito de livre determinação ou o dever dos Estados de eliminar todas as formas de exploração econômica estrangeira. Mais tarde, os Estados africanos que acordaram a Declaração de Túnez, em 6 de novembro de 1992, afirmaram que não se pode prescrever um modelo determinado a nível universal, já que não podem se desvincular as realidades históricas e culturais de cada nação e as tradições, normas e valores de cada povo. Em uma linha similar se pronunciam a Declaração de Bangkok, emitida por países asiáticos em 23 de abril de 1993, e de Cairo, firmada pela Organização da Conferência Islâmica em 5 de agosto de 1990
  • 4. Também a visão ocidental-capitalista dos direitos humanos, centrada nos direitos civis e políticos, como a liberdade de opinião, de expressão e de voto, se opôs durante a Guerra Fria, o bloco socialista, que privilegiava a satisfação das necessidades elementares, porém era suprimida a propriedade privada, a possibilidade de discordar, e de eleger os representantes com eleições livres de multipla escolha
  • 5. Antecedentes Antigos Um dos documentos mais antigos que vinculou os direitos humanos é o Cilindro de Ciro, que contêm uma declaração do rei persa (antigo Irã) Ciro II depois de sua conquista da Babilônia em 539 aC. Foi descoberto em 1879 e a ONU o traduziu em 1971 a todos seus idiomas oficiais. Pode ser resultado de uma tradição mesopotâmica centrada na figura do rei justo, cujo primeiro exemplo conhecido é o rei Urukagina, de Lagash, que reinou durante o século XXIV aC, e de onde cabe destacar também Hammurabi da Babilônia e seu famoso Código de Hammurabi, que data do século XVIII aC. O Cilindro de Ciro apresentava características inovadoras, especialmente em relação à religião. Nele era declarada a liberdade de religião e abolição da escravatura. Tem sido valorizado positivamente por seu sentido humanista e inclusive foi descrito como a primeira declaração de direitos humanos. Documentos muito posteriores, como a Carta Magna da Inglaterra, de 1215, e a Carta de Mandén, de 1222, se tem associado também aos direitos humanos. Na Roma antiga havia o conceito de direito na cidadania romana a todos romanos.
  • 6. Em 1979, em uma conferência do Instituto Internacional de Direitos Humanos, Karel Vasak propôs uma classificação dos direitos humanos em gerações,inspirado no lema da Revolução Francesa (liberdade, igualdade, fraternidade). Assim, os direitos humanos de primeira geração seriam os direitos de liberdade, compreendendo os direitos civis, políticos e as liberdades clássicas. Os direitos humanos de segunda geração ou direitos de igualdade, constituiriam os direitos econômicos, sociais e culturais. Já como direitos humanos de terceira geração, chamados direitos de fraternidade, estariam o direito ao meio ambiente equilibrado, uma saudável qualidade de vida, progresso, paz, autodeterminação dos povos e outros direitos difusos. Posteriormente, com os avanços da tecnologia e com a Declaração dos Direitos do Homem e do Genoma Humano feita pela UNESCO, a doutrina estabeleceu a quarta geração de direitos como sendo os direitos tecnológicos, tais como o direito de informação e biodireito. O jurista brasileiro Paulo Bonavides, defende que o direito à paz, que segundo Karel Vasak seria um direito de terceira geração, merece uma maior visibilidade, motivo pelo qual constituiria a quinta geração de direitos humanos
  • 7. Dia Internacional dos Direitos Humanos No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, e em 1950 o dia 10 dezembro foi estabelecido como Dia Internacional dos Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas (ONU