2. • Roma, atual capital da Itália, é o centro de onde
emergiu um dos mais extensos impérios
constituídos durante a Antiguidade. Fixada na
porção central da Península Itálica, esta cidade
foi criada no século VIII a.C. e contou com
diferentes influências culturais e étnicas. Antes
de falarmos sobre a criação da civilização
romana, devemos assinalar os diversos povos
que contribuíram para a origem da mesma. Entre
estes, destacamos os etruscos, úmbrios, latinos,
sabinos, samnitas e gregos.
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4. • Antes da criação da cidade de Roma, os etruscos
se destacavam como uma das principais
civilizações da porção central da Península Itálica.
Os territórios etruscos alcançavam porções do
Lácio e da Campanha. Cerca de doze centros
urbanos eram ali distribuídos, estabelecendo
uma economia bastante estruturada devido às
intensas atividades comerciais. Esse
desenvolvimento se deu também devido às boas
relações firmadas com os fenícios, fixados na
porção norte do continente africano.
5. • Eles dominaram boa parte da Península Itálica
até se renderem ao domínio romano. As
necrópoles da região da Toscana contam sua
história e os geneticistas tentam descobrir se
deixaram descendentes.
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8. • A criação de Roma é conhecidamente marcada
pela lenda envolvendo os irmãos Rômulo e
Remo. Segundo a história descrita na obra
Eneida, do poeta Virgilio, o povo romano é
descendente do herói troiano Enéias. Sua fuga
para a Península Itálica se deu em função da
destruição da cidade de Tróia, invadida pelos
gregos em 1400 a.C.. Após sua chegada, criou
uma nova cidade chamada Lavínio. Tempos
depois, seu filho Ascânio criou o reino de Alba
Longa.
9. • Neste reino a princesa Rea Sílvia, filha do rei
Numitor engravidou do deus da guerra (Marte) O
envolvimento da princesa com a divindade deu
origem aos gêmeos Rômulo e Remo, que
deveriam ter direito de reinar sobre Alba Longa.
No entanto, Amúlio, irmão do rei, fez um plano
para tomar o governo e, por isso, decidiu jogar as
crianças no rio Tibre. Rômulo e Remo
sobreviveram graças aos cuidados de uma loba
que os amamentou e os entregou à proteção de
uma família camponesa.
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11. • Quando chegaram à idade adulta, os irmãos
retornaram para Alba Longa e destituíram
Amúlio, logo em seguida decidiram criar a cidade
de Roma. Rômulo, que tinha o favor dos deuses,
traçou o local onde seriam feitas as primeiras
obras da cidade. Inconformado com a decisão do
irmão, Remo saltou sobre a marca feita por
Rômulo. Em resposta, Rômulo acabou
assassinando Remo, tornando-se o primeiro
monarca da história de Roma.
12. • Essa explicação mítica é contraposta às pesquisas
históricas e arqueológicas que apontam uma
hipótese menos heróica sobre as origens de
Roma. Segundo especialistas, a fundação de
Roma ocorreu a partir da construção de uma
fortificação criada pelos latinos e sabinos. Esses
dois povos tomaram tal iniciativa, pois resistiam
às invasões militares feitas pelos etruscos. No
entanto, os mesmos etruscos vieram a dominar a
região no século VII a.C.. A partir da fixação
desses povos, inicia-se historicamente o início da
civilização romana.
14. A Monarquia Romana:
• O estudo da monarquia romana conta com
um conjunto de fontes históricas bastante
limitadas. A maioria das informações obtidas
desse período é tirada da interpretação de
lendas que fazem referência aos sete reinados
instituídos nesta época. Embora a fundação
de Roma seja uma história de natureza mítica,
estas lendas apontam Rômulo com sendo o
primeiro rei de Roma.
16. • Segundo a lenda do “Rapto das Sabinas”, uma
das primeiras preocupações de Rômulo era
empreender formas para que a cidade fosse
povoada. Com isso, passou a atrair fugitivos e
pastores de diferentes regiões com a garantia de
que concederia uma esposa a cada um dos novos
habitantes. Para cumprir sua palavra, organizou
um banquete para distrair os habitantes da tribo
dos Sabinos. Nesse meio tempo, raptou suas
mulheres para torná-las esposas dos romanos.
18. • Essa lenda fala sobre o processo de fusão entre
os romanos e sabinos, que se alternariam na
ocupação do trono real. De fato, o segundo rei de
Roma, Numa Pompílio, é de origem sabina e foi
responsável pela organização dos cultos
religiosos da cidade. Outras lendas explicam
como os limites da cidade romana se estenderam
com a conquista de novas regiões. Túlio Hostílio,
o terceiro rei, teria dominado a cidade de Alba
Longa. Anco Márico, sucessor do trono, foi quem
construiu o porto de Óstia e a ponte Sublícia.
19. • No século VII a.C., a cidade de Roma passou a ser
governada por reis de origem etrusca. O primeiro
deles, Tarquínio, O Antigo; foi responsável pela
construção de importantes obras públicas. Sérvio
Túlio, seu sucessor, preocupou-se em proteger a
cidade com a construção de uma muralha. Além
disso, dividiu a população em quatro grandes
tribos urbanas e promoveu a distinção social do
povo romano com base em suas riquezas.
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21. • A economia do período monárquico era agropastoril.
Os patrícios compunham a elite romana,
representando os proprietários de terra. Costumavam
se reunir em torno da liderança de um mesmo chefe
familiar e cultuavam antepassados em comum. Os
encontros religiosos eram normalmente realizados nas
cúrias. Os parentes mais pobres dos patrícios, os
clientes, não possuíam terras e viviam sob a proteção
dos patrícios. Todo aquele que não pertencesse à
família de algum patrício era considerado plebeu.
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23. • No governo de Tarquínio, O Soberbo, foram
criados o sistema de esgoto da cidade de
Roma, chamado de “cloaca máxima”, e um
templo de adoração ao deus Júpiter. Tarquínio
foi deposto porque desagradava à elite
econômica romana ao conceder benefícios às
camadas mais pobres da população.
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26. • Com a queda do rei etrusco, o Conselho dos
Anciãos, órgão de representação política dos
patrícios, inaugurou o regime republicano em
Roma. Essa transformação só foi possível
graças à crise vivida no interior do Império
Etrusco, após as derrotas militares sofridas
contra os gregos e gauleses. A instituição da
República marcou a hegemonia dos patrícios
nos quadros políticos e econômicos do antigo
povo romano