3. • A prática de encolher cabeças é um costume associado
em certas culturas em algumas tribos que habitam a
região do Amazonas, África e ilhas isoladas do Pacifico,
em preservar os crânios de seus inimigos e usá-los como
talismãs ou troféu de guerra, , em outros casos, o
encolhimento de cabeças representa apenas um ritual
de mumificação para preservar o corpo ou pelo menos
parte dele, de seus entes queridos, na esperança de
possam mesmo após a morte, estes ainda se tornem
símbolos de proteção de uma tribo, clã ou família.
4.
5. Técnica de encolhimento :
• A técnica utilizada pelos indígenas Shuaras,
um grupo étnico que habita uma faixa da
floresta Amazônica entre o Peru e Equador e
conhecidos como encolhedores de cabeças,
consiste em diversas etapas. A cabeça é
retirada do corpo na altura do tronco em
seguida é feito um corte na parte na parte
traseira da cabeça por onde são retirados os
ossos e separada a carne da pele.
6. • Uma vez limpa o couro, este é fervido em
água quente com taninos, uma substancia
extraído do quebracho, uma planta usada
para curtir peles, após pele ser curtida é posta
para secar com pedras quentes sendo
introduzidas em seu interior, e para que não
haja deformação, os nativos Shuaras usam
uma espécie de clipe de palmeira para manter
a boca fechada.
7.
8. • O clipe é aplicado nas orelhas. Todo o processo
leva seis dias para ser concluído e no ultimo dia é
celebrado do final dos trabalhos com festa com
uma festa ritual chamada Tzantza.
• Em Papua-Nova Guiné, o resultado do
encolhimento de cabeças esta associada ao
desejo de preservar o corpo de seus entes
queridos e para isto usa-se o processo de
defumação após a retirada dos ossos da cabeça.
9.
10. Os Pigmeus da África:
• Os pigmeus são um grupo étnico caracterizado
pela baixa estatura da população (inferior a 1,50
metro). Eles vivem, principalmente, na região das
florestas da África Equatorial. Há também grupos
de pigmeus que vivem na Ásia (Índia
principalmente) e na Oceania. Além da baixa
estatura, os pigmeus se caracterizam por possuir
pele de cor escura (negra) e cabelos
encaracolados.
11. • Alguns grupos de pigmeus vivem da caça,
pesca e coleta de frutos e raízes. Outros
grupos praticam agricultura de subsistência
(plantam e colhem apenas para a
alimentação).
12.
13. • O grupo de pigmeus de menor estatura é o
bambuti. Vivem na região do vale do rio Congo e
possuem, em média, alturas que variam entre
1,30 e 1,40 metro.
• - Os andamanenses (grupo de pigmeus asiáticos)
possuem uma forma de vida bem primitiva.
Como desconhecem a produção de fogo, eles
mantém as fogueiras acesas permanentemente.
• - O grupo de pigmeus conhecidos como semang
vivem na copa das árvores, em habitações feitas
de galhos e folhas.
14.
15. • Os povos ‘Pigmeu’ são tradicionalmente
caçadores-coletores que vivem nas florestas
tropicais em toda a África central.
• O termo ‘Pigmeu’ ganhou conotações
negativas, mas foi recuperado por alguns
grupos indígenas como um termo de
identidade.
16. • Porém, essas comunidades se identificam
principalmente como ‘povos da floresta’,
devido à importância fundamental da floresta
à sua cultura, modo de vida e história.
• Cada um é um povo distinto, como o Twa,
Aka, Baka e Mbuti vivendo em países de toda
a África Central, incluindo a República da
África Central, a República Democrática do
Congo, Ruanda, Uganda e Camarões.
19. • Grupos diferentes apresentam línguas e
tradições de caça diversas. Embora cada
comunidade enfrente ameaças e desafios
diferentes, o racismo, a exploração madeireira
e projetos de conservação são grandes
problemas para muitos, todos contribuindo
para sérios problemas de saúde. As
estimativas atuais indicam que a população
dos povos Pigmeu é de cerca de meio milhão.
22. • O centro da identidade desses povos é a sua
conexão íntima com a floresta onde eles
vivem, e que têm adorado e protegido por
gerações.
• Jengi, o espírito da floresta, é uma das poucas
palavras comuns a muitas das diversas línguas
faladas pelos povos da floresta.
23. • A importância da floresta como seu lar espiritual
e físico, e como fonte de sua religião, medicina,
subsistência e identidade cultural é enorme.
• Tradicionalmente, as pequenas comunidades
frequentemente se movimentavam por
territórios florestais distintos, reunindo uma
vasta gama de produtos florestais, coletando mel
silvestre e trocando mercadorias com sociedades
sedentárias vizinhas.
24.
25.
26. • Técnicas de caça variam entre os povos da
floresta, e incluem arcos e flechas, lanças e redes.
• Mas muitas comunidades foram deslocadas por
projetos de conservação e suas florestas
remanescentes foram degradadas pela
exploração madeireira extensiva, expansão por
parte dos agricultores, e atividades comerciais,
como o comércio intensivo de carne.
27. • Poucos receberam qualquer compensação
pela perda de seu modo de viver auto-
sustentável na floresta, e muitos enfrentam
níveis extremos de pobreza e problemas de
saúde em assentamentos na periferia da terra
que já lhes pertenceu.
28.
29. • Em Ruanda, por exemplo, muitas pessoas Twa
que foram deslocadas de suas terras ganham
a vida fazendo e vendendo cerâmica.
• Agora, esta subsistência está ameaçada pela
perda de acesso a argila através da
privatização da terra e pela disponibilidade
crescente de produtos de plástico.
30. • Mendigar e vender seu trabalho barato se
tornaram as únicas opções para muitos povos
da floresta deslocados e marginalizados.
• Um problema fundamental para os povos
Pigmeu é a falta de reconhecimento dos
direitos territoriais de caçadores-coletores,
juntamente com a negação de sua condição
‘indígena’ em muitos estados africanos.
31.
32. • Sem direitos reconhecidos nacionalmente
para as terras florestais das quais dependem,
forasteiros ou o estado podem tomar suas
terras sem barreiras legais e compensação.
• Aquelas comunidades que perderam seus
meios de vida tradicionais e as suas terras se
encontram na parte inferior da sociedade
nacional – vítimas de discriminação que afeta
cada aspecto de suas vidas.