O documento descreve um diagnóstico educacional realizado na Escola Estadual Constâncio Correia de Alvarenga. O resumo é:
(1) A escola atende 450 alunos de baixa renda com histórico desde 1966;
(2) A comunidade local tem alto índice de analfabetismo e pobreza;
(3) A escola precisa se adaptar para melhor atender dois alunos com necessidades especiais e a diversidade de seus estudantes.
1. Prezado grupo,
Li a resposta de vocês com muita atenção e fiquei muito feliz em perceber o quanto
vocês tem avançado em nossos estudos sobre a Educação Inclusiva.
No intuito de contribuir para a construção de propostas curriculares que atendam à
diversidade, segue algumas dicas. Vamos lá?
Elaboração de Diagnóstico da Escola Estadual “Constâncio Correia de Alvarenga”
Por: Erika Silva Freitas Lopes, Ilma Souto Neto Silva, Hernany Simim Madureira, Maria Da
Luz Silva Vieira, Maria Aparecida Andrade Ferreira e Idelze Rodrigues Brandão Viega.
1. Descrição da escola e de suas condições de atendimento:
1.1. Breve histórico:
A Escola Estadual Constâncio Correia de Alvarenga, localizada na Avenida
Governador Magalhães Pinto, s/n, no município de Nacip Raydan, estado de Minas Gerais, foi
fundada em 13 de maio de 1966 e criada pelo decreto nº 9729 de 19 de abril de 1966, como
Grupo Escolar “Constâncio Correia de Alvarenga”, funcionando com séries iniciais do ensino
fundamental. Em 09 março de 1976, foi implantada a extensão de série, iniciando com a 5ª
série, e as demais séries a serem implantadas gradativamente desde que se cumpra todas as
cláusulas de convênio, passando a denominar-se E. E. “Constâncio Correia de Alvarenga”.
Conforme a portaria 2184/2002, considerando parecer de CEE nº 647, de 06/09/2002 ao
Decreto nº 43.002, de 09/11/2001, fica autorizado o Ensino Médio passando a Escola a
identificar-se como E. E. “Constâncio Correia de Alvarenga” de Ensino Fundamental e
Ensino Médio. Em 2005, passou a funcionar nesta escola a modalidade de ensino Educação
de Jovens e Adultos - EJA, de ensino fundamental de 5ª e 6ª séries e as demais séries a serem
implantadas gradativamente até que se cumpra todo o Ensino Fundamental nesta modalidade.
Em 2008, a escola implementou a Educação de Jovens e Adultos - EJA, de ensino Médio e a
partir de 14/09/2009, foi integrado à EJA de Ensino Médio o Programa de Educação
Profissional para Jovens e Adultos – PEP EJA com ênfase em Técnico Administrativo.
1.2. Caracterização da escola e comunidade de entorno:
2. A maior parte da comunidade do entorno apresenta condição sócio-econômica baixa,
bem como atendida pelo programa “bolsa família” do Governo Federal. A população
nacipense possui um índice de analfabetismo em torno de 20%.
Dos 450 alunos atendidos pela nossa escola, em média, 15% usam de transporte
público escolar, pois estes residem na zona rural.
A etnia dos alunos é 2,4% se declaram de cor preta, 0,44% amarela, 10,28% branca e
86,88% parda.
Quanto ao rendimento escolar, de acordo com análises feitas por avaliações externas
pelas terminalidades de cada etapa de escolaridade, em média global, 11,46% dos alunos se
encontram em baixo desempenho, 57,5% no nível intermediário e 31,03% no nível
recomendável. Como um agravante problema, muitos de nossos alunos são filhos de pais
alcoólatras, o que prejudica diretamente no seu rendimento escolar.
Com as indicações de suas multiplicidades, esta escola atende dois alunos
comprovados através de laudos médicos portando transtornos globais no desenvolvimento e
síndrome de down. Apesar de a escola ser acessível para todos, ela não possui um espaço
físico específico como uma sala de recursos apropriada para atendê-los.
Alguns profissionais desta escola estão sendo capacitados para atender a diversidade
de nossa clientela, embora esta possa contar com uma parceria com a Prefeitura que oferece
alguns profissionais, como: fonoaudiólogo, dentista, nutricionista, psicólogo e ainda, um
trabalho diferenciado com a assistente social para complementar o atendimento aos alunos
com NEE.
2. Condições para o desenvolvimento do currículo
O currículo para uma escola inclusiva se refere a uma nova forma de concepção
curricular, que tem que dar conta da diversidade do alunado da escola. Diante deste quadro,
torna-se necessário desenvolver ações para preparar e coordenar as atividades de sala de aula,
imprimindo às mesmas uma dinâmica mais compatível com a realidade social e menos tediosa
para os alunos.
De acordo com o diagnóstico apresentado no item nº1.2, a escola precisa desenvolver
as seguintes ações:
• Capacitação de todo o corpo docente para o processo de inclusão;
• Aquisição de espaço físico específico para a sala de recursos;
3. • Adaptar equipamentos e materiais didáticos à situação do aluno;
• Contratar professor de apoio;
• Desenvolver uma metodologia de atendimento diferenciado para trabalhar com alunos
de transtornos globais de desenvolvimento;
• Adaptar materiais de uso comum em sala de aula;
• Criar um projeto em parceria com a família, secretaria de assistência social e escola,
conscientizando sobre a inclusão e diversidade na escola, desenvolvendo uma forma
dinâmica de trabalho integrado.
Percebam que é a partir dessa atividade que vocês pensarão e elaborarão o “Plano
de Ação Pedagógica”, documento único por escola que deverá ser construído após
o encerramento desta disciplina.
Agora é com vocês: sigam as orientações e envie sua resposta final até o dia 10 de
outubro de 2010.
Maiores esclarecimentos enviem um Correio Acadêmico direcionado ao Professor
da Disciplina 5.
Um grande abraço e bons estudos!
Judson Vieira
Tutor PUC Minas Virtual