SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 10
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Limites
Noção intuitiva de limite
Seja a função f(x)=2x+1. Vamos dar valores a x que se aproximem de 1, pela sua direita (valores
maiores que 1) e pela esquerda (valores menores que 1) e calcular o valor correspondente de y:

x

y = 2x + 1

1,5

4

1,3

3,6

1,1

3,2

1,05

3,1

1,02

3,04

1,01

3,02

x

y = 2x + 1

0,5

2

0,7

2,4

0,9

2,8

0,95

2,9

0,98

2,96

0,99

2,98

Notamos que à medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de 3, ou seja, quando x tende
para 1 (x
1), y tende para 3 (y
3), ou seja:

Observamos que quando x tende para 1, y tende para 3 e o limite da função é 3.
Esse é o estudo do comportamento de f(x) quando x tende para 1 (x
1). Nem é preciso que x
assuma o valor 1. Se f(x) tende para 3 (f(x)
3), dizemos que o limite de f(x) quando x
1 é 3,
embora possam ocorrer casos em que para x = 1 o valor de f(x) não seja 3.
De forma geral, escrevemos:
se, quando x se aproxima de a (x

a), f(x) se aproxima de b (f(x)

b).

Como x² + x - 2 = (x - 1)(x + 2), temos:

Podemos notar que quando x se aproxima de 1 (x 1), f(x) se aproxima de 3, embora para x=1
tenhamos f(x) = 2. o que ocorre é que procuramos o comportamento de y quando x 1. E, no
caso, y
3. Logo, o limite de f(x) é 3.
Escrevemos:

Se g: IR
IR e g(x) = x + 2,
g(x) =
entanto, ambas têm o mesmo limite.

(x + 2) = 1 + 2 = 3, embora g(x)

f(x) em x = 1. No
Limites
Propriedades dos Limites

1ª)
Exemplo:

2ª)
Exemplo:

3ª)
Exemplo:

4ª)
Exemplo:

5ª)
Exemplo:

6ª)
Exemplo:

7ª)
Exemplo:

8ª)
Exemplo:

Limites
Limites Laterais
Se x se aproxima de a através de valores maiores que a ou pela sua direita, escrevemos:

Esse limite é chamado de limite lateral à direita de a.
Se x se aproxima de a através de valores menores que a ou pela sua esquerda, escrevemos:

Esse limite é chamado de limite lateral à esquerda de a.
O limite de f(x) para x a existe se, e somente se, os limites laterais à direita a esquerda são
iguais, ou sejas:

•

Se

•

Se

Continuidade
Dizemos que uma função f(x) é contínua num ponto a do seu domínio se as seguintes condições
são satisfeitas:
•
•

•

Propriedade das Funções contínuas
Se f(x) e g(x)são contínuas em x = a, então:
•
•

f(x) g(x) é contínua em a;
f(x) . g(x) é contínua em a;

•

é contínua em a

.

Limites
Limites envolvendo infinito
Conforme sabemos, a expressão x
(x tende para infinito) significa que x assume valores
superiores a qualquer número real e x
(x tende para menos infinitos), da mesma forma,
indica que x assume valores menores que qualquer número real.
Exemplo:
a)

, ou seja, à medida que x aumenta, y tende para zero e o limite é zero.

b)

, ou seja, à medida que x diminui, y tende para zero e o limite é zero.

c)
, ou seja, quando x se aproxima de zero pela direita de zero
valores maiores que zero, y tende para o infinito e o limite é infinito.

ou por

d)
, ou seja, quando x tende para zero pela esquerda ou por valores menores que
zero, y tende para menos infinito

Limite de uma função polinomial para
Seja a função polinomial

. Então:

Demonstração:

Mas:

Logo:

De forma análoga, para

, temos:
Exemplos:

Limites
Limites trigonométricos

Demonstração:
Para

, temos sen x < x < tg x. Dividindo a dupla desigualdade por sen x > 0, vem:

Invertendo, temos:
Mas:

•
•

g(x) < f(x) < h(x) são funções contínuas e se

, então,

.

Logo,

Limites
Limites exponenciais

Neste caso, e representa a base dos logaritmos naturais ou neperianos. Trata-se do número
irracional e cujo valor aproximado é 2,7182818.

Veja a tabela com valores de x e de

.

1

2

3

10

100

1 000

10 000

100 000

2

x

2,25

2,3703

2,5937

2,7048

2,7169

2,7181

2,7182

Notamos que à medida que
De forma análoga, efetuando a substituição

Ainda de forma mais geral, temos :

.
, temos:
As duas formas acima dão a solução imediata a exercícios deste tipo e evitam substituições
algébricas.

Se
Mas:

,então

.

Logo:

Como x

0 , então u

0. Portanto:

Generalizando a propriedade acima, temos

.
As duas formas acima dão a solução imediata a exercícios deste tipo e evitam substituições
algébricas.

Se
Mas:

,então

.

Logo:

Como x

0 , então u

0. Portanto:

Generalizando a propriedade acima, temos

.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (17)

L hopital
L hopitalL hopital
L hopital
 
Lista de exercícios 5 - Cálculo
Lista de exercícios 5 - CálculoLista de exercícios 5 - Cálculo
Lista de exercícios 5 - Cálculo
 
Apostila: Introdução a Limite, Derivada e Integral
Apostila: Introdução a Limite, Derivada e IntegralApostila: Introdução a Limite, Derivada e Integral
Apostila: Introdução a Limite, Derivada e Integral
 
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
 
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoLista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - Cálculo
 
Limites2
Limites2Limites2
Limites2
 
Funções trigonométricas
Funções trigonométricasFunções trigonométricas
Funções trigonométricas
 
Calculo1 aula03
Calculo1 aula03Calculo1 aula03
Calculo1 aula03
 
Cálculo numérico
Cálculo numéricoCálculo numérico
Cálculo numérico
 
Aula 05 derivadas - conceitos iniciais
Aula 05   derivadas - conceitos iniciaisAula 05   derivadas - conceitos iniciais
Aula 05 derivadas - conceitos iniciais
 
Apostila calculo
Apostila calculoApostila calculo
Apostila calculo
 
Funções e suas propriedades analíticas
Funções e suas propriedades analíticasFunções e suas propriedades analíticas
Funções e suas propriedades analíticas
 
Assintotas e Descontinuidades
Assintotas e DescontinuidadesAssintotas e Descontinuidades
Assintotas e Descontinuidades
 
Lista de exercícios 11
Lista de exercícios 11Lista de exercícios 11
Lista de exercícios 11
 
15 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade215 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade2
 
Mat limites 001
Mat limites  001Mat limites  001
Mat limites 001
 
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESPROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
 

Ähnlich wie Limites

unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.pptunidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.pptThaysonDourado1
 
Introdução à limites - Teoremas e exercícios
Introdução à limites - Teoremas e exercíciosIntrodução à limites - Teoremas e exercícios
Introdução à limites - Teoremas e exercíciosThiagoFDomingosDiasF
 
Lista de exercícios 4 - Cálculo
Lista de exercícios 4 - CálculoLista de exercícios 4 - Cálculo
Lista de exercícios 4 - CálculoCarlos Campani
 
Limites - Matemática
Limites - MatemáticaLimites - Matemática
Limites - MatemáticaMatheus Ramos
 
Cálculo Diferencial em R
Cálculo Diferencial em RCálculo Diferencial em R
Cálculo Diferencial em Rtintintest
 
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia CivilApostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia CivilAna Carolline Pereira
 
APRESENTAÇÃO LIMITE.ppt
APRESENTAÇÃO LIMITE.pptAPRESENTAÇÃO LIMITE.ppt
APRESENTAÇÃO LIMITE.pptssuser24a8bb1
 
Teorema do confronto
Teorema do confrontoTeorema do confronto
Teorema do confrontocalculogrupo
 

Ähnlich wie Limites (20)

Curso de limites v1
Curso de limites v1Curso de limites v1
Curso de limites v1
 
Calculo1 aula04
Calculo1 aula04Calculo1 aula04
Calculo1 aula04
 
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.pptunidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
 
Introdução à limites - Teoremas e exercícios
Introdução à limites - Teoremas e exercíciosIntrodução à limites - Teoremas e exercícios
Introdução à limites - Teoremas e exercícios
 
Limites
LimitesLimites
Limites
 
Limites2
Limites2Limites2
Limites2
 
Calculo1 aula04
Calculo1 aula04Calculo1 aula04
Calculo1 aula04
 
Lista de exercícios 4 - Cálculo
Lista de exercícios 4 - CálculoLista de exercícios 4 - Cálculo
Lista de exercícios 4 - Cálculo
 
CUSC.pptx
CUSC.pptxCUSC.pptx
CUSC.pptx
 
Limites - Matemática
Limites - MatemáticaLimites - Matemática
Limites - Matemática
 
Cálculo Diferencial em R
Cálculo Diferencial em RCálculo Diferencial em R
Cálculo Diferencial em R
 
Calculo1 aula05
Calculo1 aula05Calculo1 aula05
Calculo1 aula05
 
Calculo1 aula05
Calculo1 aula05Calculo1 aula05
Calculo1 aula05
 
Limites infinitos
Limites infinitosLimites infinitos
Limites infinitos
 
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia CivilApostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
 
Calculo1 aula03
Calculo1 aula03Calculo1 aula03
Calculo1 aula03
 
APRESENTAÇÃO LIMITE.ppt
APRESENTAÇÃO LIMITE.pptAPRESENTAÇÃO LIMITE.ppt
APRESENTAÇÃO LIMITE.ppt
 
Teorema do confronto
Teorema do confrontoTeorema do confronto
Teorema do confronto
 
Função Polinomial
Função PolinomialFunção Polinomial
Função Polinomial
 
Limites parte1
Limites parte1Limites parte1
Limites parte1
 

Limites

  • 1. Limites Noção intuitiva de limite Seja a função f(x)=2x+1. Vamos dar valores a x que se aproximem de 1, pela sua direita (valores maiores que 1) e pela esquerda (valores menores que 1) e calcular o valor correspondente de y: x y = 2x + 1 1,5 4 1,3 3,6 1,1 3,2 1,05 3,1 1,02 3,04 1,01 3,02 x y = 2x + 1 0,5 2 0,7 2,4 0,9 2,8 0,95 2,9 0,98 2,96 0,99 2,98 Notamos que à medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de 3, ou seja, quando x tende para 1 (x 1), y tende para 3 (y 3), ou seja: Observamos que quando x tende para 1, y tende para 3 e o limite da função é 3. Esse é o estudo do comportamento de f(x) quando x tende para 1 (x 1). Nem é preciso que x assuma o valor 1. Se f(x) tende para 3 (f(x) 3), dizemos que o limite de f(x) quando x 1 é 3, embora possam ocorrer casos em que para x = 1 o valor de f(x) não seja 3. De forma geral, escrevemos:
  • 2. se, quando x se aproxima de a (x a), f(x) se aproxima de b (f(x) b). Como x² + x - 2 = (x - 1)(x + 2), temos: Podemos notar que quando x se aproxima de 1 (x 1), f(x) se aproxima de 3, embora para x=1 tenhamos f(x) = 2. o que ocorre é que procuramos o comportamento de y quando x 1. E, no caso, y 3. Logo, o limite de f(x) é 3. Escrevemos: Se g: IR IR e g(x) = x + 2, g(x) = entanto, ambas têm o mesmo limite. (x + 2) = 1 + 2 = 3, embora g(x) f(x) em x = 1. No
  • 4. Exemplo: 7ª) Exemplo: 8ª) Exemplo: Limites Limites Laterais Se x se aproxima de a através de valores maiores que a ou pela sua direita, escrevemos: Esse limite é chamado de limite lateral à direita de a. Se x se aproxima de a através de valores menores que a ou pela sua esquerda, escrevemos: Esse limite é chamado de limite lateral à esquerda de a. O limite de f(x) para x a existe se, e somente se, os limites laterais à direita a esquerda são iguais, ou sejas: • Se • Se Continuidade
  • 5. Dizemos que uma função f(x) é contínua num ponto a do seu domínio se as seguintes condições são satisfeitas: • • • Propriedade das Funções contínuas Se f(x) e g(x)são contínuas em x = a, então: • • f(x) g(x) é contínua em a; f(x) . g(x) é contínua em a; • é contínua em a . Limites Limites envolvendo infinito Conforme sabemos, a expressão x (x tende para infinito) significa que x assume valores superiores a qualquer número real e x (x tende para menos infinitos), da mesma forma, indica que x assume valores menores que qualquer número real. Exemplo:
  • 6. a) , ou seja, à medida que x aumenta, y tende para zero e o limite é zero. b) , ou seja, à medida que x diminui, y tende para zero e o limite é zero. c) , ou seja, quando x se aproxima de zero pela direita de zero valores maiores que zero, y tende para o infinito e o limite é infinito. ou por d) , ou seja, quando x tende para zero pela esquerda ou por valores menores que zero, y tende para menos infinito Limite de uma função polinomial para Seja a função polinomial . Então: Demonstração: Mas: Logo: De forma análoga, para , temos:
  • 7. Exemplos: Limites Limites trigonométricos Demonstração: Para , temos sen x < x < tg x. Dividindo a dupla desigualdade por sen x > 0, vem: Invertendo, temos:
  • 8. Mas: • • g(x) < f(x) < h(x) são funções contínuas e se , então, . Logo, Limites Limites exponenciais Neste caso, e representa a base dos logaritmos naturais ou neperianos. Trata-se do número irracional e cujo valor aproximado é 2,7182818. Veja a tabela com valores de x e de . 1 2 3 10 100 1 000 10 000 100 000 2 x 2,25 2,3703 2,5937 2,7048 2,7169 2,7181 2,7182 Notamos que à medida que De forma análoga, efetuando a substituição Ainda de forma mais geral, temos : . , temos:
  • 9. As duas formas acima dão a solução imediata a exercícios deste tipo e evitam substituições algébricas. Se Mas: ,então . Logo: Como x 0 , então u 0. Portanto: Generalizando a propriedade acima, temos .
  • 10. As duas formas acima dão a solução imediata a exercícios deste tipo e evitam substituições algébricas. Se Mas: ,então . Logo: Como x 0 , então u 0. Portanto: Generalizando a propriedade acima, temos .