O documento discute os preconceitos e estereótipos na sociedade brasileira, especialmente em relação à raça e corpo. Apresenta charges que ilustram como a aparência física, cor da pele e estilo de vestimenta podem levar a julgamentos negativos. Argumenta que, como educadores, devemos combater tais preconceitos e respeitar as diferenças.
2. No Brasil, a visão do branco europeu e
do racismo brotou no dilema de formar
uma nação através de um projeto de
homogeneização. A luta para romper
com o modelo da discriminação e por
uma vida mais digna da população negra
é marcada por muito preconceito e
discriminação, um ideário de igualdade
que resultou no “mito da democracia
racial”. Surgem movimentos para
combater essa desigualdade. Um desses
movimentos é dos afros descendentes,
que buscam igualdade racial, acima de
tudo. A Charge demonstra de maneira
clara esta forma de preconceito. Por que
um negro não pode ser uma autoridade?
A cor da pele não pode ser determinante
para se classificar o grau de instrução de
uma pessoa, sua índole, valores e nada,
apenas que a pessoa tem a cor negra.
3. Assim como a cor da pele, o corpo sempre foi motivo de exclusão. Na idade média, por exemplo,
valorizavam-se as mulheres gordinhas e os homens fortes, pois viam nesses estereótipos a
oportunidade de filhos maiores e mais fortes para as guerras constantes. O corpo possui
ligações com a cultura e a cultura com o corpo, O nosso corpo não só possui ligação com a
cultura de um país, mas também, com a relação entre a sociedade e a economia em vigor.
Outra charge interessante quanto ao estereótipo do“trombadinha” ou “pivete”, a forma como
ele está vestido, a cor da pele, cabelos, tudo fez construir uma imagem negativa do menino. A
crítica é bem construída, por se tratar de uma professora, carregada de valores e conceitos que
precisam ser desconstruídos e trabalhados, atrelando a teoria à sua prática.
4. Pode-se afirmar ainda mais, se o menino chegou já gritando: “fessora”... Por que não interpretar
que o menino a conhecia e pudesse ser seu aluno? Por que quanto ao grau de escolaridade,
segundo o livro “A construção de uma Política de Promoção da Igualdade Racial: uma análise dos
últimos 20 anos, em 2009, sabe-se que a evasão e repetência escolar é maior para a população
negra, demonstrando as poucas perspectivas em atingir um nível de escolaridade que os prepare
para o ingresso no mercado de trabalho em igualdade com a população branca. Se fosse um
menino branco a professora não reagiria da mesma forma, por pressupor que um menino branco
a chamando de”fessora” seria seu aluno.
Na passagem de uma sociedade na qual as diferenças constituem um valor, é imprescindível
desconstruir todas as formas de opressão e lutar contra a homogeneização proposta pelos
modelos dominantes que eliminam as novas gerações o direito de afirmar identidades fora do
padrão proposto socialmente. É extremamente necessário um processo educativo para o
convívio e o respeito às diferenças sem que estas sejam cristalizadas em desigualdades. Pois,
uma vez que, excluídos da participação política e social de nosso país, sofrem com a
discriminação e o preconceito.
5. Os problemas referentes ao preconceito não se resumem à discriminação racial. O preconceito
acontece de múltiplas formas e se aproveita de fenômenos bem comuns, como a aparência
física, opção sexual, a noção de masculino e feminino. Tudo porque as pessoas, muitas delas,
julgam pelo que veem. Abaixo uma crítica que foi amplamente divulgada nas redes sociais.
6. A sátira tornou público o que sabemos, estereotipamos as pessoas, tudo em nossa sociedade é
rotulado. Uma mulher que tem o cabelo curto é masculinizada, um homem que pinta unha e faz
a sobrancelha é feminizado.
O preconceito está sempre presente e rodeando negros, gays, deficientes, gordos etc. Não
somente a cor da pele ou a opção sexual do indivíduo vem se destacando no ranking dos
preconceitos, mas também é cada vez maior e comum o preconceito contra o gordo.
Principalmente no mercado de trabalho. O preconceito contra os gordos é mais evidente com as
mulheres do que com os homens. Os gordos e gordas sofrem e são vítimas de preconceitos não
só nas entrevistas e no emprego, (se for disputar uma vaga de trabalho, precisa torcer para que
nenhuma magra queira o mesmo posto),como também em: festas, lugares públicos, restaurantes
etc.
Sabemos que vivemos numa sociedade diversificada, onde não se sabe conviver com as
diferenças e não se faz nada para mudar esses hábitos que vem de muito tempo atrás e se
estendendo por estupidez e ignorância.
Enfim cada um de nos deve fazer sua parte para que as formas físicas, cor, raça, condição
financeira, não sejam empecilho para a convivência com o outro, que carrega características e
valores que por mais diferentes devem ser respeitadas.
O corpo e movimento tem importância em todas as ações e na aprendizagem estimulando na
espontaneidade, para que se construa posturas de melhor conduta.
Respeito é a palavra chave para que a discriminação não desmereça nenhuma classe ou pessoas,
pois será isso que determinará ou fará com que as convicções do outro sejam atacadas.
Devemos parar de julgar o que não agrada os nossos olhos.
7. A charge acima mostra com clareza todos os pré-conceitos e preconceitos já internalizados em
muitas pessoas e nós como educadores devemos mudar a realidade ao nosso redor ou pelo
menos no âmbito escolar e abrir os olhos para enxergar que não podemos cair no erro e sim aliar
a teoria a prática dentro e fora da sala de aula.
8. Como pedagogos é nossa obrigação lutar contra a perpetuação de tal cultura; Frisando que tal
comportamento nos frusta de crescer pessoalmente. Através destes preconceitos muitas vezes
vezes perdemos a chance de conhecer pessoas maravilhosas capazes de nós ensinar muito.