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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA
      INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA OBEDIDADE
                                                        Adryane Suellen Monteiro da Silva 1
                                                               ane.lou.chard@hotmail.com
                                                                Bianca Freitas dos Santos 2
                                                            bianca_freitas55@hotmail.com
                                                          Márcio Roberto Pantoja Moraes 3
                                                                 marciopanto@gmail.com

Resumo: O presente artigo refere-se a uma pesquisa realizada numa nona série do Ensino
Fundamental, utilizando a resolução de problemas como estratégia de ensino e
aprendizagem, discutindo o tema “Resolvendo problemas matemáticos de forma
interdisciplinar com o tema obesidade”. A pesquisa propôs verificar as possibilidades
metodológicas oferecidas pela resolução de problemas, apresentando-se como um método
para a melhoria do ensino e aprendizagem, relacionando a matemática com um assunto
muito atual hoje: a obesidade. A partir da pesquisa e análise de dados referentes ao tema,
foram elaboradas situações-problema que oportunizem o desenvolvimento de conceitos
matemáticos que os alunos já possuem e a introdução de novos conhecimentos. A introdução
de assuntos do cotidiano, relacionando-os com a matemática, contribui para um aprendizado
significativo dos conteúdos previstos e o tema abordado apresenta diversidade e oportuniza a
interdisciplinaridade.

Palavras chaves: Resolução        de   problemas,   obesidade,   conhecimento     cognitivo,
Interdisciplinaridade.

INTRODUÇÃO

          A experiência vivida por professores e alunos, traz a convicção de que não basta
oferecer escolarização, mas é preciso oferecer uma educação que atenda as necessidades de
formação dos educandos, desenvolvendo-o como um ser crítico, formando-o para o trabalho e
instigando sua aptidão para agir no ambiente em que vive. Por isso, é preciso o envolvimento
da família e do docentes no processo de ensino e aprendizagem, assim como, um maior
investimento em políticas públicas em Educação.
       Aliado a esses importantes aspectos, está o envolvimento do professor, principalmente
quanto às metodologias de ensino utilizadas, que precisam ser repensadas diante da
necessidade da conquista da melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem.

1 Graduando do curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade do Estado do
  Pará
2 Graduando do curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade do Estado do
  Pará
3 Graduando do curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade do Estado do
  Pará
Dos anseios e inquietações provocados por poucos conteúdos produzidos
relacionando a resolução de problemas matemáticos com a Obesidade, utilizou-se uma
estratégia que possibilitou a abordagem do assunto, ao retomar conteúdos ou introduzir novos
conceitos em sala de aula.
           Este artigo apresenta algumas considerações sobre a metodologia na pesquisa, que
relata as atividades realizadas e os resultados obtidos, utilizando a resolução de problemas
como estratégia de ensino, com abordagem do tema “Resolvendo problemas matemáticos de
forma interdisciplinar com o tema obesidade” em uma turma da 9ª série do Ensino
Fundamental da Educação Básica.

A DIFICULDADE EM SE ENSINAR MATEMÁTICA DE FORMA
CONTEXTUALIZADA
           A matemática há muito tempo vem sendo ensinada da seguinte maneira: exposição
do assunto e exercício de fixação. Porém, após muitas pesquisas, nas últimas décadas, como
chegou-se a conclusão de que esse método de ensino não proporcionava uma aprendizagem
significativa, que era a tão procurada naquele momento. No entanto, após essas mudanças
tantos curriculares quanto programáticas e até mesmo nos métodos de ensino, não houve uma
alteração expressiva nos resultados, que foi quando se percebeu que um dos grandes
contribuidores para a permanência dessa realidade latente era a postura do professor em sala
de aula.
           Na pesquisa realizada reforça-se a ideia de que o ensino da matemática constitui-se
de um triângulo, cujos três vértices são: o professor, o aluno e a Matemática. Dentro desse
“triângulo da educação”, o papel do docente resumi-se em aproximar o discente da
Matemática, mas para realizar isso precisa ter um trabalho reflexivo em cima de sua forma de
ensinar, o que facilitará a sua tarefa em questão.
           Entretanto, o educador erra ao apresentar uma Matemática totalmente abstrata, não
ligada-a à realidade, esquecendo-se que ela durante muito tempo e mais ainda na realidade,
possui uma aplicabilidade variada e uma importância significativa para o homem. Como
reforço apresentamos o pensamento de Bento de Jesus Caraça (1975):

                        A matemática é geralmente considerada uma ciência à parte, desligada da
                        realidade, vivendo na penumbra do gabinete, um gabinete fechado onde
                        entram os ruídos do mundo exterior, nem o sol nem os clamores dos homens.
                        Isto, só em parte é verdadeiro. Sem dúvida, a Matemática possui problemas
                        próprios, que não têm ligação imediata com os problemas da vida social.
                        Mas não há dúvida também de que os seus fundamentos mergulham tanto
como os de outro qualquer ramo da Ciência, na vida real, uns e outros
                           entroncam-se na mesma madre (p. 14).

           No ensino da matemática, o professor precisa ter consciência que o aluno tem que
compreender a finalidade dos conceitos, caso contrário, o aluno acaba menosprezando a
matemática, e é exatamente aí que entra a importância de sua percepção na necessidade de
vivenciar seu aluno em resumir acontecimentos concretos a resolução de problemas
matemáticos, o que comprovará a real utilidade dessa matéria para ele.
           A aprendizagem contextualizada preconizada pelos PCN 4 visa que o aluno aprenda
a mobilizar competências para solucionar problemas com contextos apropriados, de maneira a
ser capaz de transferir essa capacidade de resolução de problemas para os contextos do mundo
social e, especialmente, do mundo produtivo.
           Em Matemática, a contextualização é um instrumento bastante útil, desde que
interpretada numa abordagem mais ampla e não empregada de modo artificial e forçado, e que
não se restrinja apenas ao cotidiano do aluno. Defende-se a ideia de que a contextualização
estimula a criatividade, o espírito inventivo e a curiosidade do aluno.
           Resumidamente, ensino contextualizado envolve a aplicação de conceitos
matemáticos em situações da vida real – baseadas em negócios, indústria e no cotidiano –
completadas por atividades práticas manuais – nos laboratórios, utilizando, por exemplo,
vários instrumentos de medida.
           De acordo com os PCN, os professore ressaltam problemas oriundos do ensino
tradicional: procedimentos mecânicos e falta de significado, a valorização da memorização
sem compreensão. Dentro desta perspectiva tem-se a transmissão de informação, o aluno
aprende a reproduzir através da memorização e essa reprodução é a garantia de que aprendeu.
           É exatamente ai que está o grande problema. Muitos professores estão tão
enraizado ao ensino tradicional que não conseguem levar para a sala de aula, a relação da vida
real, o cotidiano do aluno com outras matérias e com a matemática.
           Para que essa realidade sofra mudanças tanto quantitativas quanto qualitativa, o
educador precisa primeiramente conhecer os seus alunos. O professor não deverá de modo
algum ter a grande ilusão de que um método utilizado com sucesso em um aluno terá o

4 Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática: foram elaborados com o objetivo de orientar as escolas a
   planejarem seus currículos, que possam prever situações em que os alunos tenham acesso aos conhecimentos
   socialmente elaborados e que são necessários ao exercer a cidadania, que eles consigam evidenciar a
   importância que a Matemática tem para compreender o mundo em sua volta, e também consigam perceber
   que esta área do conhecimento estimula a criatividade, a curiosidade, o espírito de investigação e o
   desenvolvimento da capacidade de resolver problemas.
mesmo resultado em outros. O docente deve ter a plena consciência de que cada discente
possui uma velocidade de obtenção de conhecimentos de acordo com seu desenvolvimento
cognitivo.

RESULTADO DA PESQUISA COM ALUNOS DO 9º ANO

       Foi realizada uma pesquisa entre alunos e professores de uma escola particular de
Mosqueiro em que foi elaborado um questionário com 9 perguntas aos professores, que estão
relacionadas com a atuação do professor de modo geral, os instrumentos de avaliação
utilizados, as dificuldades de aprendizagem e a utilização de material didático, e outro
questionário com 9 perguntas direcionado aos alunos, que relacionam a matemática aplicada
no dia a dia e a importância da matemática relacionada com conteúdos como a obesidade.
       A turma era composta por 20 alunos, dos quais 50% tinham 13 ou 14 anos e os outros
50% tinham entre 15 e 17 anos, sendo que 55% do total eram do sexo masculino. Foi
perguntado se eles achavam importante relacionar a matemática com o seu dia-a-dia e 90%
dos alunos entrevistados consideraram de grande importância relacionar a matemática com
temas do dia a dia.




       Na visão de Skovsmose (2001), ensinar uma Matemática mais significativa e voltada
para aos interesses sociais é educar democraticamente, visando alcançar a todos, para que a
sociedade possa participar, discutir e refletir as influências dessa ciência no dia-a-dia. A
estrutura com que a Matemática é apresentada nas escolas desarticula a educação crítica.
Concretizar a Matemática, tirando-a da abstração, é envolvê-la na sua construção e
comunicação com a realidade, é torná-la uma ciência de uso cotidiano ao alcance de todos,
democratizando esse conhecimento.
       Perguntamos aos alunos se o seu professor de matemática estimula a turma com
atividades diferentes e 55% disseram que eles utilizam essa relação, ou seja, estimulam a
turma com atividades que poderiam prender muito mais a atenção do aluno e fazer com que
houvesse uma melhor aprendizagem.
Ponte (1994, p. 2) diz que:
                             Para os alunos, a principal razão do insucesso na disciplina de
                             Matemática resulta desta ser extremamente difícil de compreender. No
                             seu entender, os professores não a explicam muito bem nem a tornam
                             interessante. Não percebem para que serve nem porque são obrigados
                             a estudá-la. Alguns alunos interiorizam mesmo desde cedo uma auto-
                             imagem de incapacidade em relação à disciplina. Dum modo geral,
                             culpam-se a si próprios, aos professores, ou às características
                             específicas da Matemática.

       A realidade das escolas atualmente mostra que o aluno está condicionado a considerar
a Matemática uma disciplina desnecessária e de difícil compreensão. Essa crença provém da
própria sociedade, que contribuiu, e ainda contribui, para que a Matemática tenha essa
imagem.
       Outra pergunta feita aos alunos foi se o seu professor já trabalhou o tema obesidade
relacionado com algum assunto matemático e observamos que apenas 15% dos professores
fizeram essa relação com a obesidade, que é um assunto muito importante a ser trabalhado,
pela quantidade de jovens obesos nos dias de hoje.




       Como observa MEDEIROS (2003, p.25):
                             Antigamente, se divertir significava ir procurar a turma para uma
                             partida de basquete, empinar pipa, andar de bicicleta, patins, apostar
                             corridas. Se era verão, nadavam no clube ou no rio. Hoje em dia, se
                             divertir significa ficar imóvel diante duma tela onde as únicas partes
                             do corpo que se movimentam são os olhos e os dedos.

       Perguntamos se eles possuem algum familiar ou amigos com obesidade e 70% dos
alunos disseram que têm parentes ou amigos obesos.




       De acordo com a Organização mundial da Saúde (2004) há uma necessidade urgente
de melhorar o treinamento de todos os profissionais de saúde envolvidos no controle de sobre
peso e obesidade, cita que prevenir o ganho de peso e a obesidade tente a ser mais eficaz em
longo prazo do que tratar suas conseqüências depois de já estar desenvolvidas.
Foi feita também uma pesquisa com 4 professores dessa mesma escola e perguntamos
se eles utilizam a Resolução de Problema em suas aulas e todos responderam sim. Quando se
trata de 1º e 2º graus, Dante (2000) considera a resolução de problemas como a principal
razão de se aprender e ensinar a matemática, porque através dela que se inicia o aluno no
modo de pensar e nas aplicações da matemática no nível elementar.
       Foi perguntado se eles costumam inserir a matemática em contextos que mostram a
grande aplicação dessa disciplina em outras áreas, auxiliando de maneira eficiente a resolução
de problemas e qual. Todos os professores afirmaram inserir, dos quais 3 disseram que
utilizam essa aplicação em Física, 1 utiliza em Português e 2 na Biologia. O que nos mostra
que alguns professores utilizam a interdisciplinaridade.




       Perguntamos se eles acham que é possível relacionar o problema da obesidade com
conteúdos matemáticos e como fariam essa relação. Todos os professores entrevistados acham
que é possível relacionar o problema da obesidade com conteúdos matemáticos, sendo que 2
afirmaram que fariam essa relação pela fórmula do IMC e 4 com questões contextualizadas.




       No questionário também foi perguntado se eles têm alunos obesos em sua turma e
quantos. Os professores afirmaram que tem entre 1 e 3 aluno com obesidade. A situação no
Brasil é: 40% da população é obesa e, desse percentual, 15% são crianças e se essa situação
não for contornada, o número de obesos continuará aumentando, podendo atingir cerca de 70
milhões de pessoas (ANGELIS, 2003). Essa população tem se tornado cada vez mais
sedentária, uma vez que a cada dia as cidades se tornam mais violentas e as crianças trocam as
brincadeiras saudáveis por vídeo – games, computadores e televisões.
       O que nos faz concluir que é realmente importante relacionar a obesidade com
conteúdos matemáticos, pois em cada turma há pelo menos 1 aluno obeso. Podemos observar
que a obesidade pode ser trabalhada com a fórmula do IMC (Índice de Massa Corpórea), com
questões contextualizadas, Operações algébricas, porcentagem, gráficos (barra, coluna,
setores, pizza), e principalmente de forma interdisciplinar.


RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS

       A típica aula de matemática ainda é uma aula expositiva, em que o professor passa
para o quadro negro aquilo que ele julga importante, como afirma D’Ambrosio (1989). O
aluno, por sua vez, copia da lousa para o seu caderno e em seguida procura fazer uma
repetição na aplicação de um modelo de solução apresentado pelo professor. Essa prática
revela a concepção de que é possível aprender matemática através de um processo de
transmissão de conhecimento. Mais ainda, de que a resolução de problemas reduz-se a
procedimentos determinados pelo professor. Em nenhum momento no processo escolar, numa
aula de matemática geram-se situações em que o aluno deva ser criativo, ou onde o aluno
esteja motivado a solucionar um problema pela curiosidade criada pela situação em si ou pelo
próprio desafio do problema.
       A resolução de problemas é hoje muito estudada e pesquisada pelos educadores
matemáticos devido a sua grande importância no ensino de matemática. Entretanto, embora
tão valorizado, este tem sido, ao longo dos anos, um dos tópicos mais difíceis de serem
trabalhados na sala de aula. É bastante comum o aluno desistir de solucionar um problema
matemático, afirmando não ter aprendido como resolver aquele tipo de questão ainda, quando
ele não consegue reconhecer qual o algoritmo ou processo de solução apropriado para aquele
problema. Falta aos alunos uma flexibilidade de solução e a coragem de tentar soluções
alternativas, diferentes das propostas pelos professores. Há muitos fatores que agravam essa
dificuldade. O objetivo da tendência é discutir e apresentar sugestões de como minimizar essa
dificuldade, visando dar uma contribuição para a melhoria da prática educativa matemática na
sala de aula.
       Um dos principais objetivos do ensino de matemática é fazer o aluno pensar
produtivamente e, para isso, nada melhor do que apresentar situações problema que o
envolvam, o desafiem e o motivem a querer resolvê-las. Esta é uma das razões pela qual a
resolução de problemas tem sido reconhecida no mundo todo como umas das metas
fundamentais da matemática no 1º grau.
       É preciso desenvolver no aluno habilidade de elaborar um raciocínio lógico e fazer uso
inteligente e eficaz dos recursos disponíveis, para que ele possa propor boas soluções a
questões que surgem em seu dia-a-dia, na escola ou fora dela. Segundo Polya, são quatro as
etapas principais para a resolução de um problema:
Passo 1: É preciso compreender o problema;
Passo 2: Encontrar a conexão entre os dados e a incógnita e chegar a um plano de resolução;
Passo 3: Executar o plano;
Passo 4: Examinar a solução obtida.
       Resolver problemas sempre foi uma forma utilizada para ensinar Matemática desde a
antiguidade, porém resolver exercícios de Matemática nem sempre é resolver um problema
matemático. Portanto, é extremamente necessário entender a diferença entre exercício e
problema. De acordo com Dante (2000, p.43):
                     Exercício, como o próprio nome diz, serve para exercitar, para praticar um
                     determinado algoritmo ou processo. O aluno lê o exercício e extrai as
                     informações necessárias para praticar uma ou mais habilidades algorítmicas.
                     Problema, ou problema-processo, é a descrição de uma situação onde se
                     procura algo desconhecido e não se tem previamente nenhum algoritmo que
                     garanta sua solução. A solução de um problema-processo exige certa dose de
                     iniciativa, e criatividade aliada ao conhecimento de algumas estratégias.

       Contrariando essa prática de ensino apenas teórica, a resolução de problemas deve
deixar de ser um objetivo final, que se utiliza enfadonhamente através de técnicas e fórmulas
para se chegar a uma resposta, para ser uma construção e apropriação do conhecimento com
significado. Assim sendo, sintonizá-los com suas necessidades de desenvolvimento social,
quebrará o aprender Matemática pela coisa em si e consolidará o aprender Matemática como
ciência de investigação e nada melhor do que trabalhar com temas que estão em nossa vida
diariamente, como a obesidade.

OBESIDADE

       A obesidade é considerada pela Organização Mundial da saúde, como um problema de
proporção mundial, e predispõe o ser humano a várias patologias. O excesso de gordura
corporal é um dos maiores problemas de saúde em muitos países, especialmente os mais
industrializados. NAHAS (1999, p.23)
       Segundo NAHAS (1999, p.24) “Uma boa alimentação representa uma das melhores
maneiras de prevenir doenças”. É interessante notarmos que os hábitos alimentares estão
ligados aos costumes e valores de cada povo.
       Alimentação e cultura são temas que vem preocupando não só os antropólogos como
os estudiosos de nutrição. É uma espécie de alfa e ômega que, investigando o passado,
estabelece dados mais seguros para o futuro. Estudos sistematizados da conduta humana em
relação à alimentação comprovam que hábito alimentar é uma parte inseparável de uma forma
de vida. (ORNELLAS, 1978, p. 273)
       Para um breve esclarecimento do que se entende por obesidade, utilizamos a definição
de LEITE (1996): “A obesidade é um distúrbio complexo relacionado com numerosos fatores
que desequilibram o balanço energético e é, em geral, doença. Esses fatores podem ser
resumidos em externos e internos. O primeiro seria a violência, o baixo gasto energético. O
segundo são os fatores genéticos”.
       A organização Mundial de Saúde (OMS) define sobrepeso como o peso corporal que
excede do peso normal dos indivíduos da mesma raça, sexo, idade e constituição física.
Enquanto a obesidade é a doença na qual o excesso de gordura corporal acumulada no
organismo aumentou o peso corporal de tal forma que pode prejudicar a saúde. Ambos,
sobrepeso e obesidade, podem ser provocados pelo desequilíbrio entre a quantidade de
calorias consumidas e gastas (site OMS). Contudo, “... outros autores entendem que suas
causas vão além desse desequilíbrio, podendo ser resultantes de fatores genéticos,
metabólicos, neuroendócrinos, comportamentais, sociais e psicológicos”. (PATRÍCIO, 1999)
       Segundo GUEDES (1998, p.15) conceitualmente obesidade é considerada como
acumulo excessivo de gordura no tecido adiposo, regionalizado ou em todo o corpo,
desencadeado por uma série de fatores associados aos aspectos ambientais e/ou endócrinos
metabólicos.
       Estudiosos têm utilizado o IMC (Índice de Massa Corporal) como instrumento de
estimativa da obesidade. Através do cálculo de IMC (peso em Kg dividido pela altura ao
quadrado em metros) é possível saber se alguém está acima ou abaixo dos parâmetros ideais
de peso para sua estatura.
       Essa fórmula do IMC pode ser trabalhada de diversas formas quando tratamos de
educação.

TRABALHANDO O TEMA OBESIDADE NA INTERDISCIPLINARIDADE

       A proposta a ser apresentada tem por objetivo estimular a curiosidade dos alunos e a
incentivar professores de matemática a trabalhar de forma interdisciplinar, motivando e
envolvendo seus alunos. Cabendo ao professor de matemática entrar em contato com o
professor de ciências e pedir sua contribuição para que, durante suas aulas, seja ministrado
com os alunos leituras sobre o tema Obesidade, informando-os a respeito do cálculo do IMC e
sobre a tabela disponibilizada pela Organização Mundial da Saúde onde se tem a noção do
peso ideal. Competindo ao professor de matemática explicar como é feito o cálculo do IMC, e
a interpretação da tabela de classificação, trabalhando, assim, as noções de peso e altura.
       Os dados obtidos podem ser organizados em gráficos ou tabelas. Havendo interesse, o
cálculo do IMC pode ser estendido a toda a comunidade escolar. O professor de Matemática
pode também solicitar que os alunos façam uma atividade de pesquisa em casa, por meio da
qual os mesmos calcularão o IMC de seus familiares. O professor deve lembrar aos alunos
que tiveram os resultados alterados que é interessante apresentar estes resultados para os pais
para que eles tomem conhecimento deste assunto e providenciem algum tratamento à criança.
       Os professores podem avaliar seus alunos a partir da participação e colaboração nos
exemplos e nos cálculos individuais de IMC, e através do entendimento deles a respeito do
tema abordado, podendo colocá-lo em debate para maiores discussões. Desse modo, os alunos
podem apresentar um bom engajamento e maior interesse durante as aulas de Matemática,
assim como obter um melhor aproveitamento do conteúdo trabalhado nas aulas de Ciências.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

       A pesquisa dispõe de alguns resultados relevantes com vistas à possibilidade de se
trilhar novos caminhos rumo à conquista da melhoria do processo de ensino e aprendizagem
em Matemática, vislumbrando-se o objetivo geral do ensino que permeia a formação geral do
aluno, para a vida e para o trabalho.
       A partir da pesquisa podemos elaborar uma proposta de plano de aula com o tema
Obesidade na interdisciplinaridade, que nos fez pensar em diversificar, modernizar e
problematizar os conteúdos em Matemática. Sendo necessárias que as situações de ensino da
Matemática apresentem aos alunos todas as riquezas e possibilidades de aplicação dessa
disciplina para que, dessa forma, desperte o interesse, a participação e, consequentemente,
atenda a seu objetivo geral de abordagem, que reside na formação de um cidadão crítico e
apto para agir em sociedade.

REFERÊNCIAS
ANGELIS, R.C. Riscos e prevenção da obesidade: Fundamentos Fisiológicos e
Nutricionais para tratamento. São Paulo: Atheneu, 2003.

D’AMBROSIO, Beatriz S. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates. SBEM. Ano
II. N2. Brasília. 1989.
DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo:
Ática, 2000.
FERNANDES, Susana da Silva. A contextualização no ensino da matemática – um estudo
com alunos e professores do ensino fundamental da rede particular de ensino do Distrito
Federal. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/22806987/5-ACONTEXTUALIZACAO-
NO-ENSINO-DE-MATEMATICA
GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Controle do Peso Corporal: Composição Corporal,
Atividade Física e nutrição. Londrina (PR): Editora Midiograf 1998.
LEITE, P. F. Exercício, envelhecimento e promoção de saúde. Belo Horizonte: Editora
Health, 1996. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd101/envelh.htm
MEDEIROS, Geraldo. O gordo absolvido. Editora Arx, São Paulo, 2002.
NAVARRA, Agustín, Ph. D. Capacitação de professores em Matemática
Contextualizada:    Projeto       bem-sucedido       no  Brasil. Disponível em:
www.cord.org/uploadedfiles/Brazil report Portuguese.pdf.
NAHAS, M. V. Obesidade, controle de peso e atividade física. Londrina: Midiograf, 1999.
ORNELAS, L.H. A alimentação através dos tempos. 1 ed. Rio de Janeiro: Série Cadernos
Didáticos, FENAME, 1978.
PATRÍCIO, Z.M. A busca de satisfação no processo e no produto viver: A qualidade de
vida do trabalhador na complexidade das interações do cotidiano. Florianópolis PCA,
1999.
POLYA, George. A arte de resolver problemas. Tradução Araújo, Heitor Lisboa. Rio de
janeiro, editora interciência - 2006.

PONTE, J. P. Matemática: uma disciplina condenada ao insucesso. NOESIS, n. 32, p. 24-26,
1994.     Disponível        em:       http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/docs-pt/94-
Ponte(NOESIS).doc.
SANTANA, Danielle Alves de. Obesidade infantil nas Escolas. Disponível em:
http://www.webartigos.com/articles/4718/1/A-Obesidade-Infantil-Nas-Escolas/pagina1.html
SKOVSMOSE, Olé. Educação matemática crítica: A questão da democracia. Campinas,
SP: Papirus, 2001.
VASCONCELOS, Cláudia Cristina, Ensino-Aprendizagem da Matemática: Velhos
problemas, Novos desafios. Disponível em http://www.ipv.pt/millenium/20_ect6.htm
ANEXO
Caro aluno este questionário está sendo aplicado por alunos da Universidade do
Estado do Pará (UEPA), do Curso de Licenciatura Plena em Matemática para
uma pesquisa acadêmica a fim de realizar uma estatística sobre o seu ensino e
aprendizado.
Idade _____anos              Sexo: ( ) masculino ( ) feminino

Série_____       Peso_______       Altura:________

   1 - Você acha importante relacionar a matemática com seu dia-a-dia?
       (     ) sim           ( ) não

   2 – O seu professor estimula a sua turma com atividades diferentes?
       (     ) sim           ( ) não

   3 - Como você gosta de aprender matemática:
       (     ) resolvendo problemas      (   ) através de jogos

       (     ) através da informática    (   ) aula tradicional

   4 - O seu professor já trabalhou o tema Obesidade relacionado com algum
   assunto matemático?
       (     ) sim           (   ) não

   5 - Você possui algum familiar com obesidade?
       (     ) sim           (   ) não

   6 - Você tem amigos obesos?
       (     ) sim           (   ) não

   7 - Você sabe calcular a fórmula da obesidade?
       (     ) sim           (   ) não

   8 - Se déssemos a fórmula da obesidade você saberia calcular?
   IMC=

       ( ) sim               ( ) não

   9 - Você acha importante trabalhar o tema obesidade em sala de aula?
       ( ) sim               ( ) não
Caro professor este questionário está sendo aplicado por alunos da Universidade do
Estado do Pará (UEPA), do Curso de Licenciatura Plena em Matemática para uma
pesquisa acadêmica sobre resoluções de problemas matemática.

1 - Você utiliza a Resolução de Problema em suas aulas?
( ) sim      ( ) não

2 - Você emprega algum método para a Resolução de Problemas?
( ) sim      ( ) não

Qual método? (Se sim)

( ) George Pólya       ( ) Dante     ( )Outros:_____________________________________

3 - Você costuma inserir a matemática em contextos que mostram a grande aplicação
dessa disciplina em outras áreas, auxiliando de maneira eficiente a resolução de
problemas?
    ( ) sim                    ( ) não

   Se sim, qual (is)?
   ( ) Física                        ( ) Química             ( ) Português      (   )
outros:__________________________________

4 - Você costuma estimular seus alunos com atividades extracurriculares.
   ( ) sim                           ( ) não

5 - Quais recursos você utiliza em suas aulas?
   ( ) apenas quadro, pincel e apagador.

   ( ) Recursos de múltimidea.

   ( ) jogos.                  ( )outros__________________

6 - Você acha que é possível relacionar o problema da obesidade com conteúdos
matemáticos?
   ( ) sim                           ( ) não

Como você faria essa relação (Se sim)?
   ( ) fórmula do IMC ( ) questões contextualizadas
( ) outros_____________________

7 - Você costuma orientar seus alunos para uma boa alimentação?
   ( ) sim                        ( ) não

8 - Você tem alunos obesos em sua turma?
   ( ) sim                        ( ) não

Se sim, quantos?   ( )1a3         ( )4a7                ( ) 8 a10   ( ) mais de 10
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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA OBEDIDADE

  • 1. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA OBEDIDADE Adryane Suellen Monteiro da Silva 1 ane.lou.chard@hotmail.com Bianca Freitas dos Santos 2 bianca_freitas55@hotmail.com Márcio Roberto Pantoja Moraes 3 marciopanto@gmail.com Resumo: O presente artigo refere-se a uma pesquisa realizada numa nona série do Ensino Fundamental, utilizando a resolução de problemas como estratégia de ensino e aprendizagem, discutindo o tema “Resolvendo problemas matemáticos de forma interdisciplinar com o tema obesidade”. A pesquisa propôs verificar as possibilidades metodológicas oferecidas pela resolução de problemas, apresentando-se como um método para a melhoria do ensino e aprendizagem, relacionando a matemática com um assunto muito atual hoje: a obesidade. A partir da pesquisa e análise de dados referentes ao tema, foram elaboradas situações-problema que oportunizem o desenvolvimento de conceitos matemáticos que os alunos já possuem e a introdução de novos conhecimentos. A introdução de assuntos do cotidiano, relacionando-os com a matemática, contribui para um aprendizado significativo dos conteúdos previstos e o tema abordado apresenta diversidade e oportuniza a interdisciplinaridade. Palavras chaves: Resolução de problemas, obesidade, conhecimento cognitivo, Interdisciplinaridade. INTRODUÇÃO A experiência vivida por professores e alunos, traz a convicção de que não basta oferecer escolarização, mas é preciso oferecer uma educação que atenda as necessidades de formação dos educandos, desenvolvendo-o como um ser crítico, formando-o para o trabalho e instigando sua aptidão para agir no ambiente em que vive. Por isso, é preciso o envolvimento da família e do docentes no processo de ensino e aprendizagem, assim como, um maior investimento em políticas públicas em Educação. Aliado a esses importantes aspectos, está o envolvimento do professor, principalmente quanto às metodologias de ensino utilizadas, que precisam ser repensadas diante da necessidade da conquista da melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem. 1 Graduando do curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade do Estado do Pará 2 Graduando do curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade do Estado do Pará 3 Graduando do curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade do Estado do Pará
  • 2. Dos anseios e inquietações provocados por poucos conteúdos produzidos relacionando a resolução de problemas matemáticos com a Obesidade, utilizou-se uma estratégia que possibilitou a abordagem do assunto, ao retomar conteúdos ou introduzir novos conceitos em sala de aula. Este artigo apresenta algumas considerações sobre a metodologia na pesquisa, que relata as atividades realizadas e os resultados obtidos, utilizando a resolução de problemas como estratégia de ensino, com abordagem do tema “Resolvendo problemas matemáticos de forma interdisciplinar com o tema obesidade” em uma turma da 9ª série do Ensino Fundamental da Educação Básica. A DIFICULDADE EM SE ENSINAR MATEMÁTICA DE FORMA CONTEXTUALIZADA A matemática há muito tempo vem sendo ensinada da seguinte maneira: exposição do assunto e exercício de fixação. Porém, após muitas pesquisas, nas últimas décadas, como chegou-se a conclusão de que esse método de ensino não proporcionava uma aprendizagem significativa, que era a tão procurada naquele momento. No entanto, após essas mudanças tantos curriculares quanto programáticas e até mesmo nos métodos de ensino, não houve uma alteração expressiva nos resultados, que foi quando se percebeu que um dos grandes contribuidores para a permanência dessa realidade latente era a postura do professor em sala de aula. Na pesquisa realizada reforça-se a ideia de que o ensino da matemática constitui-se de um triângulo, cujos três vértices são: o professor, o aluno e a Matemática. Dentro desse “triângulo da educação”, o papel do docente resumi-se em aproximar o discente da Matemática, mas para realizar isso precisa ter um trabalho reflexivo em cima de sua forma de ensinar, o que facilitará a sua tarefa em questão. Entretanto, o educador erra ao apresentar uma Matemática totalmente abstrata, não ligada-a à realidade, esquecendo-se que ela durante muito tempo e mais ainda na realidade, possui uma aplicabilidade variada e uma importância significativa para o homem. Como reforço apresentamos o pensamento de Bento de Jesus Caraça (1975): A matemática é geralmente considerada uma ciência à parte, desligada da realidade, vivendo na penumbra do gabinete, um gabinete fechado onde entram os ruídos do mundo exterior, nem o sol nem os clamores dos homens. Isto, só em parte é verdadeiro. Sem dúvida, a Matemática possui problemas próprios, que não têm ligação imediata com os problemas da vida social. Mas não há dúvida também de que os seus fundamentos mergulham tanto
  • 3. como os de outro qualquer ramo da Ciência, na vida real, uns e outros entroncam-se na mesma madre (p. 14). No ensino da matemática, o professor precisa ter consciência que o aluno tem que compreender a finalidade dos conceitos, caso contrário, o aluno acaba menosprezando a matemática, e é exatamente aí que entra a importância de sua percepção na necessidade de vivenciar seu aluno em resumir acontecimentos concretos a resolução de problemas matemáticos, o que comprovará a real utilidade dessa matéria para ele. A aprendizagem contextualizada preconizada pelos PCN 4 visa que o aluno aprenda a mobilizar competências para solucionar problemas com contextos apropriados, de maneira a ser capaz de transferir essa capacidade de resolução de problemas para os contextos do mundo social e, especialmente, do mundo produtivo. Em Matemática, a contextualização é um instrumento bastante útil, desde que interpretada numa abordagem mais ampla e não empregada de modo artificial e forçado, e que não se restrinja apenas ao cotidiano do aluno. Defende-se a ideia de que a contextualização estimula a criatividade, o espírito inventivo e a curiosidade do aluno. Resumidamente, ensino contextualizado envolve a aplicação de conceitos matemáticos em situações da vida real – baseadas em negócios, indústria e no cotidiano – completadas por atividades práticas manuais – nos laboratórios, utilizando, por exemplo, vários instrumentos de medida. De acordo com os PCN, os professore ressaltam problemas oriundos do ensino tradicional: procedimentos mecânicos e falta de significado, a valorização da memorização sem compreensão. Dentro desta perspectiva tem-se a transmissão de informação, o aluno aprende a reproduzir através da memorização e essa reprodução é a garantia de que aprendeu. É exatamente ai que está o grande problema. Muitos professores estão tão enraizado ao ensino tradicional que não conseguem levar para a sala de aula, a relação da vida real, o cotidiano do aluno com outras matérias e com a matemática. Para que essa realidade sofra mudanças tanto quantitativas quanto qualitativa, o educador precisa primeiramente conhecer os seus alunos. O professor não deverá de modo algum ter a grande ilusão de que um método utilizado com sucesso em um aluno terá o 4 Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática: foram elaborados com o objetivo de orientar as escolas a planejarem seus currículos, que possam prever situações em que os alunos tenham acesso aos conhecimentos socialmente elaborados e que são necessários ao exercer a cidadania, que eles consigam evidenciar a importância que a Matemática tem para compreender o mundo em sua volta, e também consigam perceber que esta área do conhecimento estimula a criatividade, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas.
  • 4. mesmo resultado em outros. O docente deve ter a plena consciência de que cada discente possui uma velocidade de obtenção de conhecimentos de acordo com seu desenvolvimento cognitivo. RESULTADO DA PESQUISA COM ALUNOS DO 9º ANO Foi realizada uma pesquisa entre alunos e professores de uma escola particular de Mosqueiro em que foi elaborado um questionário com 9 perguntas aos professores, que estão relacionadas com a atuação do professor de modo geral, os instrumentos de avaliação utilizados, as dificuldades de aprendizagem e a utilização de material didático, e outro questionário com 9 perguntas direcionado aos alunos, que relacionam a matemática aplicada no dia a dia e a importância da matemática relacionada com conteúdos como a obesidade. A turma era composta por 20 alunos, dos quais 50% tinham 13 ou 14 anos e os outros 50% tinham entre 15 e 17 anos, sendo que 55% do total eram do sexo masculino. Foi perguntado se eles achavam importante relacionar a matemática com o seu dia-a-dia e 90% dos alunos entrevistados consideraram de grande importância relacionar a matemática com temas do dia a dia. Na visão de Skovsmose (2001), ensinar uma Matemática mais significativa e voltada para aos interesses sociais é educar democraticamente, visando alcançar a todos, para que a sociedade possa participar, discutir e refletir as influências dessa ciência no dia-a-dia. A estrutura com que a Matemática é apresentada nas escolas desarticula a educação crítica. Concretizar a Matemática, tirando-a da abstração, é envolvê-la na sua construção e comunicação com a realidade, é torná-la uma ciência de uso cotidiano ao alcance de todos, democratizando esse conhecimento. Perguntamos aos alunos se o seu professor de matemática estimula a turma com atividades diferentes e 55% disseram que eles utilizam essa relação, ou seja, estimulam a turma com atividades que poderiam prender muito mais a atenção do aluno e fazer com que houvesse uma melhor aprendizagem.
  • 5. Ponte (1994, p. 2) diz que: Para os alunos, a principal razão do insucesso na disciplina de Matemática resulta desta ser extremamente difícil de compreender. No seu entender, os professores não a explicam muito bem nem a tornam interessante. Não percebem para que serve nem porque são obrigados a estudá-la. Alguns alunos interiorizam mesmo desde cedo uma auto- imagem de incapacidade em relação à disciplina. Dum modo geral, culpam-se a si próprios, aos professores, ou às características específicas da Matemática. A realidade das escolas atualmente mostra que o aluno está condicionado a considerar a Matemática uma disciplina desnecessária e de difícil compreensão. Essa crença provém da própria sociedade, que contribuiu, e ainda contribui, para que a Matemática tenha essa imagem. Outra pergunta feita aos alunos foi se o seu professor já trabalhou o tema obesidade relacionado com algum assunto matemático e observamos que apenas 15% dos professores fizeram essa relação com a obesidade, que é um assunto muito importante a ser trabalhado, pela quantidade de jovens obesos nos dias de hoje. Como observa MEDEIROS (2003, p.25): Antigamente, se divertir significava ir procurar a turma para uma partida de basquete, empinar pipa, andar de bicicleta, patins, apostar corridas. Se era verão, nadavam no clube ou no rio. Hoje em dia, se divertir significa ficar imóvel diante duma tela onde as únicas partes do corpo que se movimentam são os olhos e os dedos. Perguntamos se eles possuem algum familiar ou amigos com obesidade e 70% dos alunos disseram que têm parentes ou amigos obesos. De acordo com a Organização mundial da Saúde (2004) há uma necessidade urgente de melhorar o treinamento de todos os profissionais de saúde envolvidos no controle de sobre peso e obesidade, cita que prevenir o ganho de peso e a obesidade tente a ser mais eficaz em longo prazo do que tratar suas conseqüências depois de já estar desenvolvidas.
  • 6. Foi feita também uma pesquisa com 4 professores dessa mesma escola e perguntamos se eles utilizam a Resolução de Problema em suas aulas e todos responderam sim. Quando se trata de 1º e 2º graus, Dante (2000) considera a resolução de problemas como a principal razão de se aprender e ensinar a matemática, porque através dela que se inicia o aluno no modo de pensar e nas aplicações da matemática no nível elementar. Foi perguntado se eles costumam inserir a matemática em contextos que mostram a grande aplicação dessa disciplina em outras áreas, auxiliando de maneira eficiente a resolução de problemas e qual. Todos os professores afirmaram inserir, dos quais 3 disseram que utilizam essa aplicação em Física, 1 utiliza em Português e 2 na Biologia. O que nos mostra que alguns professores utilizam a interdisciplinaridade. Perguntamos se eles acham que é possível relacionar o problema da obesidade com conteúdos matemáticos e como fariam essa relação. Todos os professores entrevistados acham que é possível relacionar o problema da obesidade com conteúdos matemáticos, sendo que 2 afirmaram que fariam essa relação pela fórmula do IMC e 4 com questões contextualizadas. No questionário também foi perguntado se eles têm alunos obesos em sua turma e quantos. Os professores afirmaram que tem entre 1 e 3 aluno com obesidade. A situação no Brasil é: 40% da população é obesa e, desse percentual, 15% são crianças e se essa situação não for contornada, o número de obesos continuará aumentando, podendo atingir cerca de 70 milhões de pessoas (ANGELIS, 2003). Essa população tem se tornado cada vez mais sedentária, uma vez que a cada dia as cidades se tornam mais violentas e as crianças trocam as brincadeiras saudáveis por vídeo – games, computadores e televisões. O que nos faz concluir que é realmente importante relacionar a obesidade com conteúdos matemáticos, pois em cada turma há pelo menos 1 aluno obeso. Podemos observar que a obesidade pode ser trabalhada com a fórmula do IMC (Índice de Massa Corpórea), com
  • 7. questões contextualizadas, Operações algébricas, porcentagem, gráficos (barra, coluna, setores, pizza), e principalmente de forma interdisciplinar. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS A típica aula de matemática ainda é uma aula expositiva, em que o professor passa para o quadro negro aquilo que ele julga importante, como afirma D’Ambrosio (1989). O aluno, por sua vez, copia da lousa para o seu caderno e em seguida procura fazer uma repetição na aplicação de um modelo de solução apresentado pelo professor. Essa prática revela a concepção de que é possível aprender matemática através de um processo de transmissão de conhecimento. Mais ainda, de que a resolução de problemas reduz-se a procedimentos determinados pelo professor. Em nenhum momento no processo escolar, numa aula de matemática geram-se situações em que o aluno deva ser criativo, ou onde o aluno esteja motivado a solucionar um problema pela curiosidade criada pela situação em si ou pelo próprio desafio do problema. A resolução de problemas é hoje muito estudada e pesquisada pelos educadores matemáticos devido a sua grande importância no ensino de matemática. Entretanto, embora tão valorizado, este tem sido, ao longo dos anos, um dos tópicos mais difíceis de serem trabalhados na sala de aula. É bastante comum o aluno desistir de solucionar um problema matemático, afirmando não ter aprendido como resolver aquele tipo de questão ainda, quando ele não consegue reconhecer qual o algoritmo ou processo de solução apropriado para aquele problema. Falta aos alunos uma flexibilidade de solução e a coragem de tentar soluções alternativas, diferentes das propostas pelos professores. Há muitos fatores que agravam essa dificuldade. O objetivo da tendência é discutir e apresentar sugestões de como minimizar essa dificuldade, visando dar uma contribuição para a melhoria da prática educativa matemática na sala de aula. Um dos principais objetivos do ensino de matemática é fazer o aluno pensar produtivamente e, para isso, nada melhor do que apresentar situações problema que o envolvam, o desafiem e o motivem a querer resolvê-las. Esta é uma das razões pela qual a resolução de problemas tem sido reconhecida no mundo todo como umas das metas fundamentais da matemática no 1º grau. É preciso desenvolver no aluno habilidade de elaborar um raciocínio lógico e fazer uso inteligente e eficaz dos recursos disponíveis, para que ele possa propor boas soluções a
  • 8. questões que surgem em seu dia-a-dia, na escola ou fora dela. Segundo Polya, são quatro as etapas principais para a resolução de um problema: Passo 1: É preciso compreender o problema; Passo 2: Encontrar a conexão entre os dados e a incógnita e chegar a um plano de resolução; Passo 3: Executar o plano; Passo 4: Examinar a solução obtida. Resolver problemas sempre foi uma forma utilizada para ensinar Matemática desde a antiguidade, porém resolver exercícios de Matemática nem sempre é resolver um problema matemático. Portanto, é extremamente necessário entender a diferença entre exercício e problema. De acordo com Dante (2000, p.43): Exercício, como o próprio nome diz, serve para exercitar, para praticar um determinado algoritmo ou processo. O aluno lê o exercício e extrai as informações necessárias para praticar uma ou mais habilidades algorítmicas. Problema, ou problema-processo, é a descrição de uma situação onde se procura algo desconhecido e não se tem previamente nenhum algoritmo que garanta sua solução. A solução de um problema-processo exige certa dose de iniciativa, e criatividade aliada ao conhecimento de algumas estratégias. Contrariando essa prática de ensino apenas teórica, a resolução de problemas deve deixar de ser um objetivo final, que se utiliza enfadonhamente através de técnicas e fórmulas para se chegar a uma resposta, para ser uma construção e apropriação do conhecimento com significado. Assim sendo, sintonizá-los com suas necessidades de desenvolvimento social, quebrará o aprender Matemática pela coisa em si e consolidará o aprender Matemática como ciência de investigação e nada melhor do que trabalhar com temas que estão em nossa vida diariamente, como a obesidade. OBESIDADE A obesidade é considerada pela Organização Mundial da saúde, como um problema de proporção mundial, e predispõe o ser humano a várias patologias. O excesso de gordura corporal é um dos maiores problemas de saúde em muitos países, especialmente os mais industrializados. NAHAS (1999, p.23) Segundo NAHAS (1999, p.24) “Uma boa alimentação representa uma das melhores maneiras de prevenir doenças”. É interessante notarmos que os hábitos alimentares estão ligados aos costumes e valores de cada povo. Alimentação e cultura são temas que vem preocupando não só os antropólogos como os estudiosos de nutrição. É uma espécie de alfa e ômega que, investigando o passado, estabelece dados mais seguros para o futuro. Estudos sistematizados da conduta humana em
  • 9. relação à alimentação comprovam que hábito alimentar é uma parte inseparável de uma forma de vida. (ORNELLAS, 1978, p. 273) Para um breve esclarecimento do que se entende por obesidade, utilizamos a definição de LEITE (1996): “A obesidade é um distúrbio complexo relacionado com numerosos fatores que desequilibram o balanço energético e é, em geral, doença. Esses fatores podem ser resumidos em externos e internos. O primeiro seria a violência, o baixo gasto energético. O segundo são os fatores genéticos”. A organização Mundial de Saúde (OMS) define sobrepeso como o peso corporal que excede do peso normal dos indivíduos da mesma raça, sexo, idade e constituição física. Enquanto a obesidade é a doença na qual o excesso de gordura corporal acumulada no organismo aumentou o peso corporal de tal forma que pode prejudicar a saúde. Ambos, sobrepeso e obesidade, podem ser provocados pelo desequilíbrio entre a quantidade de calorias consumidas e gastas (site OMS). Contudo, “... outros autores entendem que suas causas vão além desse desequilíbrio, podendo ser resultantes de fatores genéticos, metabólicos, neuroendócrinos, comportamentais, sociais e psicológicos”. (PATRÍCIO, 1999) Segundo GUEDES (1998, p.15) conceitualmente obesidade é considerada como acumulo excessivo de gordura no tecido adiposo, regionalizado ou em todo o corpo, desencadeado por uma série de fatores associados aos aspectos ambientais e/ou endócrinos metabólicos. Estudiosos têm utilizado o IMC (Índice de Massa Corporal) como instrumento de estimativa da obesidade. Através do cálculo de IMC (peso em Kg dividido pela altura ao quadrado em metros) é possível saber se alguém está acima ou abaixo dos parâmetros ideais de peso para sua estatura. Essa fórmula do IMC pode ser trabalhada de diversas formas quando tratamos de educação. TRABALHANDO O TEMA OBESIDADE NA INTERDISCIPLINARIDADE A proposta a ser apresentada tem por objetivo estimular a curiosidade dos alunos e a incentivar professores de matemática a trabalhar de forma interdisciplinar, motivando e envolvendo seus alunos. Cabendo ao professor de matemática entrar em contato com o professor de ciências e pedir sua contribuição para que, durante suas aulas, seja ministrado com os alunos leituras sobre o tema Obesidade, informando-os a respeito do cálculo do IMC e sobre a tabela disponibilizada pela Organização Mundial da Saúde onde se tem a noção do
  • 10. peso ideal. Competindo ao professor de matemática explicar como é feito o cálculo do IMC, e a interpretação da tabela de classificação, trabalhando, assim, as noções de peso e altura. Os dados obtidos podem ser organizados em gráficos ou tabelas. Havendo interesse, o cálculo do IMC pode ser estendido a toda a comunidade escolar. O professor de Matemática pode também solicitar que os alunos façam uma atividade de pesquisa em casa, por meio da qual os mesmos calcularão o IMC de seus familiares. O professor deve lembrar aos alunos que tiveram os resultados alterados que é interessante apresentar estes resultados para os pais para que eles tomem conhecimento deste assunto e providenciem algum tratamento à criança. Os professores podem avaliar seus alunos a partir da participação e colaboração nos exemplos e nos cálculos individuais de IMC, e através do entendimento deles a respeito do tema abordado, podendo colocá-lo em debate para maiores discussões. Desse modo, os alunos podem apresentar um bom engajamento e maior interesse durante as aulas de Matemática, assim como obter um melhor aproveitamento do conteúdo trabalhado nas aulas de Ciências. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa dispõe de alguns resultados relevantes com vistas à possibilidade de se trilhar novos caminhos rumo à conquista da melhoria do processo de ensino e aprendizagem em Matemática, vislumbrando-se o objetivo geral do ensino que permeia a formação geral do aluno, para a vida e para o trabalho. A partir da pesquisa podemos elaborar uma proposta de plano de aula com o tema Obesidade na interdisciplinaridade, que nos fez pensar em diversificar, modernizar e problematizar os conteúdos em Matemática. Sendo necessárias que as situações de ensino da Matemática apresentem aos alunos todas as riquezas e possibilidades de aplicação dessa disciplina para que, dessa forma, desperte o interesse, a participação e, consequentemente, atenda a seu objetivo geral de abordagem, que reside na formação de um cidadão crítico e apto para agir em sociedade. REFERÊNCIAS ANGELIS, R.C. Riscos e prevenção da obesidade: Fundamentos Fisiológicos e Nutricionais para tratamento. São Paulo: Atheneu, 2003. D’AMBROSIO, Beatriz S. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates. SBEM. Ano II. N2. Brasília. 1989. DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo: Ática, 2000.
  • 11. FERNANDES, Susana da Silva. A contextualização no ensino da matemática – um estudo com alunos e professores do ensino fundamental da rede particular de ensino do Distrito Federal. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/22806987/5-ACONTEXTUALIZACAO- NO-ENSINO-DE-MATEMATICA GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Controle do Peso Corporal: Composição Corporal, Atividade Física e nutrição. Londrina (PR): Editora Midiograf 1998. LEITE, P. F. Exercício, envelhecimento e promoção de saúde. Belo Horizonte: Editora Health, 1996. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd101/envelh.htm MEDEIROS, Geraldo. O gordo absolvido. Editora Arx, São Paulo, 2002. NAVARRA, Agustín, Ph. D. Capacitação de professores em Matemática Contextualizada: Projeto bem-sucedido no Brasil. Disponível em: www.cord.org/uploadedfiles/Brazil report Portuguese.pdf. NAHAS, M. V. Obesidade, controle de peso e atividade física. Londrina: Midiograf, 1999. ORNELAS, L.H. A alimentação através dos tempos. 1 ed. Rio de Janeiro: Série Cadernos Didáticos, FENAME, 1978. PATRÍCIO, Z.M. A busca de satisfação no processo e no produto viver: A qualidade de vida do trabalhador na complexidade das interações do cotidiano. Florianópolis PCA, 1999. POLYA, George. A arte de resolver problemas. Tradução Araújo, Heitor Lisboa. Rio de janeiro, editora interciência - 2006. PONTE, J. P. Matemática: uma disciplina condenada ao insucesso. NOESIS, n. 32, p. 24-26, 1994. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/docs-pt/94- Ponte(NOESIS).doc. SANTANA, Danielle Alves de. Obesidade infantil nas Escolas. Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/4718/1/A-Obesidade-Infantil-Nas-Escolas/pagina1.html SKOVSMOSE, Olé. Educação matemática crítica: A questão da democracia. Campinas, SP: Papirus, 2001. VASCONCELOS, Cláudia Cristina, Ensino-Aprendizagem da Matemática: Velhos problemas, Novos desafios. Disponível em http://www.ipv.pt/millenium/20_ect6.htm
  • 12. ANEXO Caro aluno este questionário está sendo aplicado por alunos da Universidade do Estado do Pará (UEPA), do Curso de Licenciatura Plena em Matemática para uma pesquisa acadêmica a fim de realizar uma estatística sobre o seu ensino e aprendizado. Idade _____anos Sexo: ( ) masculino ( ) feminino Série_____ Peso_______ Altura:________ 1 - Você acha importante relacionar a matemática com seu dia-a-dia? ( ) sim ( ) não 2 – O seu professor estimula a sua turma com atividades diferentes? ( ) sim ( ) não 3 - Como você gosta de aprender matemática: ( ) resolvendo problemas ( ) através de jogos ( ) através da informática ( ) aula tradicional 4 - O seu professor já trabalhou o tema Obesidade relacionado com algum assunto matemático? ( ) sim ( ) não 5 - Você possui algum familiar com obesidade? ( ) sim ( ) não 6 - Você tem amigos obesos? ( ) sim ( ) não 7 - Você sabe calcular a fórmula da obesidade? ( ) sim ( ) não 8 - Se déssemos a fórmula da obesidade você saberia calcular? IMC= ( ) sim ( ) não 9 - Você acha importante trabalhar o tema obesidade em sala de aula? ( ) sim ( ) não
  • 13. Caro professor este questionário está sendo aplicado por alunos da Universidade do Estado do Pará (UEPA), do Curso de Licenciatura Plena em Matemática para uma pesquisa acadêmica sobre resoluções de problemas matemática. 1 - Você utiliza a Resolução de Problema em suas aulas? ( ) sim ( ) não 2 - Você emprega algum método para a Resolução de Problemas? ( ) sim ( ) não Qual método? (Se sim) ( ) George Pólya ( ) Dante ( )Outros:_____________________________________ 3 - Você costuma inserir a matemática em contextos que mostram a grande aplicação dessa disciplina em outras áreas, auxiliando de maneira eficiente a resolução de problemas? ( ) sim ( ) não Se sim, qual (is)? ( ) Física ( ) Química ( ) Português ( ) outros:__________________________________ 4 - Você costuma estimular seus alunos com atividades extracurriculares. ( ) sim ( ) não 5 - Quais recursos você utiliza em suas aulas? ( ) apenas quadro, pincel e apagador. ( ) Recursos de múltimidea. ( ) jogos. ( )outros__________________ 6 - Você acha que é possível relacionar o problema da obesidade com conteúdos matemáticos? ( ) sim ( ) não Como você faria essa relação (Se sim)? ( ) fórmula do IMC ( ) questões contextualizadas
  • 14. ( ) outros_____________________ 7 - Você costuma orientar seus alunos para uma boa alimentação? ( ) sim ( ) não 8 - Você tem alunos obesos em sua turma? ( ) sim ( ) não Se sim, quantos? ( )1a3 ( )4a7 ( ) 8 a10 ( ) mais de 10