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Colégio: Instituto Federal - BA Turma: 11811 Turno: Matutino Curso: Refrigeração Industrial Professor: Antônio Vasconcelos Aluno: Diogo Simões da Costa Vilar História do Software Livre O software livre foi criado no início da década de 80, por Richard Stallman, pesquisador do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT. A idéia, em princípio, de que diversas pessoas poderiam 
colaborar
 com o desenvolvimento do software livre, tendo acesso ao seu código fonte e o manipulando, sugerindo e realizando melhorias em seu funcionamento, na década de 80, era algo meio visionário. Poucos tinham conhecimento, tempo e interesse, na opinião da maioria dos envolvidos com a Informática. Mas, contra esta corrente, os poucos colaboradores (alguns hackers, inclusive) permitiram a 
sobrevivência
 do conceito do software livre. Passado o início tenebroso, de poucos adeptos e colaboradores, um grande fator foi decisivo para a alavancada do software livre: a economia. Economicamente o software livre se tornou atrativo para muitas empresas, e o aumento de sua usabilidade abriu campo para a atuação dos profissionais desbravadores (os bandeirantes digitais) e outros profissionais simpatizantes até então, que acabaram vendo neste mercado de software um lugar promissor, profissionalmente falando. Assim, um 
boom
 ocorreu, com o ingresso de diversos profissionais, impulsionados pelo atrativo de novos empregos, novas rendas ou rendas complementares, e assim, os software livres tiveram um acréscimo considerável de colaboradores na construção e aperfeiçoamento de seus códigos fonte, aumentando não só o número de programas rodando na plataforma open source (o termo 
software livre
 em inglês), mas diversificando a oferta de tipos de programas (servidores, banco de dados, aplicações desktop - para escritório) e também a criação de diversos outros tipos de programas, inclusive concorrentes a softwares proprietários, abrindo perspectivas diferentes para o usuário final: optar por software proprietário ou por software livre. Enfim, a liberdade de escolha havia aportado no campo de softwares, na área de Informática. Conceito do Software Livre Muitos relacionam o 
software livre
 a questão de gratuidade, o que não é verdade. A questão de software livre está na relação aberta de programação, que permite aos profissionais com conhecimento técnico necessário a edição, manipulação, alteração e exclusão de trechos do código-fonte do software, permitindo que o mesmo possa alterar o modo de funcionamento do software, adequando-o às mais diversas realidades diagnosticadas de uso do referido software. Podemos definir 04 itens básicos para 
conceituar
 o software livre: 1. Execução do programa Não existe uma regra estipulada para uso do software. Este pode ser utilizado livremente, sem o ônus de qualquer tipo de cobrança, por qualquer usuário, desde que para fins domésticos ([GNU License]). 2. Estudo do código fonte O software livre tem código fonte aberto, isto é, o conjunto de instruções, comandos, processos e programas que o constituem tem seu código fonte (não binário, não executável) aberto para que interessados e estudiosos possam 
analisar, classificar, catalogar, observar, estudar
 o conjunto destas instruções, comandos, processos e programas, conhecendo a estrutura de funcionamento do software na questão de programação. Seria como ver a 
alma
 do software, entender como ele foi feito. 3. Redistribuição de cópias livremente Uma das temáticas do software livre é exatamente isso: difundir o uso do mesmo. Tendo um software livre, não é ilegal realizar cópias livremente, e distribuir para outros interessados, desde que seja sem fins lucrativos (GNU License). 4. Modificação e Aperfeiçoamento do código fonte, com algumas restrições Da mesma forma que é permitido a analise, classificação, catalogação, observação e estudo do código fonte, também é permitido a alteração do código fonte, para fins de aperfeiçoamento do software a situações diagnosticadas. O software livre é interessante neste ponto por permitir a adequação do software livre à necessidades específicas de uma determinada empresa, setor, departamento, ou mesmo regiões do mundo, países, cultura, língua, etc. A permissão de alteração do código fonte abre a possibilidade de milhares de potenciais colaboradores atuarem juntamente no desenvolvimento contínuo e aperfeiçoamento do software livre. A maneira habitual de distribuição de software livre é anexar ao mesmo uma licença de software livre, tornando ainda o código fonte do programa disponível. Licenças de Software Livre Software Livre é uma expressão formalizada pela primeira vez por Richard Stallman, na sequência do início do Projecto GNU[2], e seguidamente da Free Software Foundation como braço legal do Projecto. Todo e qualquer programa de computador cuja licença de direito de autor conceda ao utilizados as seguintes 4 liberdades... A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade no. 0) A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade no. 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade no. 2). A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade no. 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. ... diz-se ser um Software Livre. A realização de tais ações é reservada, pelo conceito de direito de autor, aos detentores dos direitos, que necessitam assim de permitir de forma explícita estas liberdades recorrendo a uma Licença de Software Livre. As licenças de Software Livre também se popularizaram, por darem a garantia jurídica aos utilizadores de que não estão cometendo actos de infracção de direito de autor ao copiar ou modificar o software. Comunidade de Software Livre Inspirados na GPL e nas propostas do movimento do software livre, foi criado um repositório de licenças públicas, chamado Creative Commons, cujos termos se aplicam a variados trabalhos criativos, como criações artísticas colaborativas, textos e software. Entretanto a maioria destas licenças não são reconhecidas como realmente livres pela FSF e pelo movimento de software livre. O software livre está inserido num contexto mais amplo onde a informação (de todos os tipos, não apenas software) é considerada um legado da humanidade e deve ser livre (visão esta que se choca diretamente ao conceito tradicional de propriedade intelectual). Coerentemente, muitas das pessoas que contribuem para os movimentos de Conhecimento Aberto — movimento do software livre, sites Wiki, Creative Commons, etc. — fazem parte da comunidade científica. Cientistas estão acostumados a trabalhar com processos de revisão mútua (ou por pares) e o conteúdo desenvolvido é agregado ao conhecimento científico global. Embora existam casos onde se aplicam as patentes de produtos relacionados ao trabalho científico, a ciência pura, em geral, é livre. Porque Usar Software Livre? Pela simples razão de que nos dias de hoje o computador representa um papel importante, equivalente ao que o lápis e papel desempenhavam alguns anos atrás, para o desempenho da maior parte das profissões. Grande número de empresas fornece computadores a seus funcionários para realizar suas tarefas diárias. A nossa sociedade é extremamente dependente de computadores para seu funcionamento. A enorme fortuna gasta para corrigir os computadores para a virada do milênio é um claro indicador desta dependência. Pois então, é inconcebível que num mundo tão dependente destas máquinas para seu funcionamento, a maior parte dos programas que regem o seu funcionamento sejam fornecidas por um único fabricante e a preços cada vez maiores. Estima-se hoje que mais de 90% dos computadores pessoais sejam baseados nos sistemas operacionais da Microsoft e em seus aplicativos de produtividade como o conjunto de programas Office. Há alguns anos atrás a IBM pagava U$ 9,00 por cada PC que vendia com o sistema operacional Windows 3.1 instalado. O preço pago nos dias de hoje situa-se por volta de U$ 60,00 por cada PC vendido com Windows 9x instalado (o preço real é U$ 75,00 porém é possível se obter alguns descontos caso o fabricante assine um contrato com a Microsoft concordando com algumas exigências da empresa). Além do alto custo dos programas, muitos fabricantes de computadores temem retaliações por parte da Microsoft caso vendam seus PCs com outros sistemas operacionais pré-instalados. A Compaq, em audiência no processo movido pela empresa Netscape contra a Microsoft alegando práticas monopolistas, revelou documentos internos, datados de 1993, onde admitia estes temores. Imagine os preços que teremos que pagar caso este monopólio cada vez maior realmente se consolide eliminando todas as alternativas hoje existentes?  Como se tudo isto já não bastasse, existem rumores de que os termos de licenciamento de produtos Microsoft irão mudar. Nas bases atuais o usuário ao comprar seu computador adquire o direito de uso por tempo indeterminado. Na nova versão o software não será mais adquirido e sim licenciado em bases anuais, exigindo o pagamento de uma nova licença para o uso continuado. Interessante, não?  Esta dominância quase que absoluta, representa perigos reais. A impossibilidade do acesso a computadores irá representar em futuro muito próximo a marginalização das populações ou países que não tenham os recursos necessários para investimento nesta área. Como cidadãos precisamos garantir a qualquer preço o direito ao acesso à computação e à informação cada vez mais essencial para o desempenho de nossas profissões e à nossa vida. Sem esta garantia sem dúvida alguma nos tornaremos no futuro próximo cidadãos ou países de quinta categoria. Não é sem razão que diversos países no mundo, notadamente na Europa, têm apoiado incondicionalmente o movimento de uso de software livre. Estrategicamente não é recomendável que a situação atual de monopólio evolua para um mundo com ainda menos alternativas.  O governo brasileiro já compreendeu a importância da disseminação da cultura em informática para sua população. Infelizmente o programa nacional de informatização, PROINFO de escolas é todo baseado em software proprietário. O alto investimento em software necessariamente irá limitar o número de alunos contemplados pelo projeto. Mas mesmo no Brasil existem iniciativas inovadoras nesta área. O governo gaúcho está promovendo estudos para adoção em grande escala do Linux, tanto em nível administrativo quanto em suas escolas. Na esfera federal, o SERPRO, já há algum tempo, vem conduzindo estudos sobre o Linux. O governo mexicano lançou um programa nacional de informatização de suas escolas baseado exclusivamente no Linux e em software livre. Este programa objetiva equipar entre 20.000 a 35.000 laboratórios anualmente durante os próximos cinco anos. O preço para equipar estes laboratórios com software Microsoft seria de U$ 124 milhões. Com Linux basta comprar um CD de distribuição, vendido por aproximadamente U$ 50,00. E mesmo este CD pode ser duplicado infinitamente sem quaisquer implicações legais, pois o software é totalmente livre. Mesmo os laboratórios equipados com Windows irão fazer a transição para Linux no futuro próximo.  Além desta iniciativa pioneira do governo mexicano, pode-se encontrar na Internet inúmeros relatos de iniciativas isoladas de educadores que conseguiram criar laboratórios de informática para seus alunos utilizando equipamentos obsoletos, descartados por empresas e pelas próprias escolas em que trabalhavam. Ao passo que os ambientes proprietários requerem computadores cada vez mais poderosos, os softwares de código aberto funcionam de maneira bastante satisfatória em computadores com processador Intel 486 e até mesmo 386.  A informatização do setor educacional, extremamente necessária, se vê frente a uma redução do custo e aumento da potência dos computadores no tocante ao hardware e um aumento significativo no custo do software. O setor educacional nacional possui uma parcela administrada pela iniciativa privada e outra administrada pelo governo federal e estados. As universidades e escolas públicas operam sem cobrar absolutamente nada de seus alunos. Não obstante este propósito nobre e sua importante função social, a maioria dos programas de computadores utilizados por estas instituições, embora com descontos, são pagos. O preço educacional do pacote Office no Brasil é de aproximadamente $ 250,00, ou U$ 125,00, o que é uma quantia significativa levando-se em consideração a condição financeira da maioria das escolas e universidades nacionais. Nos EUA, através de acordos celebrados com algumas universidades, o mesmo software é vendido por U$ 5,00, praticamente o custo de criação do CD. A Microsoft porém exige como contrapartida, em muitos casos, uma exclusividade do uso de seus softwares tanto na administração quanto na área acadêmica, o que pode ser desastroso a longo prazo.  O uso de computadores nas escolas é algo extremamente importante. Existem várias correntes que discutem como e se os computadores devem ser usados na educação. Não gostaria de me intrometer nesta questão polêmica. A minha visão do assunto é bastante simplista. Julgo que o maior valor dos computadores na educação não reside em programas para editar textos, fazer figuras, brincar ou qualquer outra atividade do tipo. O mais importante é a comunicação e o acesso à informação que os computadores nos propiciam. Ligado à Internet o computador, qualquer que seja ele, se transforma numa ferramenta de grande poder, que nos permite entrar em contato com culturas diferentes, pessoas interessantes e virtualmente qualquer tipo de informação. A maior parte de nós certamente já passou pela experiência massacrante de passar por uma escola, por aulas desinteressantes, onde o mais importante é manter a disciplina. A nossa curiosidade natural é sistematicamente eliminada em defesa da abominável disciplina. Disciplina tão destoante das crianças brilhantes, inteligentes e interessadas em aprender que todos nós fomos um dia. Para crianças em idade escolar o constante aprender é tão fundamental quanto respirar. Crianças aprendem o tempo inteiro, mesmo quando não estão na escola.  Infelizmente a nossa cultura tende a julgar que o que vale a pena aprender é o que ensinam na escola, o que não poderia estar mais distante da verdade. O poder dos computadores conectados à Internet na educação é justamente atuar como um portal através do qual a curiosidade e ânsia de aprendizado manifestada por toda criança pode ser atendida. Como conciliar estas necessidades, dentro dos padrões vigentes, com o alto custo de aquisição e configuração de um computador?  Os softwares livres são uma alternativa extremamente viável. Para satisfazer a estas necessidades um obsoleto e talvez abandonado computador 386, com Linux, ferramentas de correio eletrônico e um browser Web simples, todos gratuitos, são mais do que suficientes. Desta forma reduz-se dramaticamente o custo de um computador totalmente configurado. Pelo hardware paga-se pouco ou nada e também o software, de ótima qualidade, está disponível gratuitamente. Lembramos novamente, o importante não é o computador de última geração e dispendioso carregado com softwares vendidos a preços exorbitantes e sim o que podemos obter através dele, a forma através da qual ele pode ampliar as fronteiras de nosso conhecimento. O computador na educação é importante sim, mas apenas como um instrumento. Mais vale investir em dez computadores obsoletos do que em apenas um de última geração. Considerando-se que inúmeras empresas trocam computadores ainda em condição de serem utilizados por outros mais potentes, uma integração empresa e escola pode trazer ganhos significativos à sociedade. As escolas ganham por poder oferecer uma melhor formação a seus alunos e as empresas por sua vez poderão contar no futuro com profissionais mais capacitados, cuja demanda cresce vertiginosamente na sociedade de informação em que vivemos.  Felizmente existe uma esperança em nosso futuro. O movimento pelo software livre teve um impulso sem precedentes nos dois últimos anos. Temos hoje uma batalha, cada vez mais feroz, entre dois campos. De um lado, empresas poderosas criando software proprietário e dispendioso e de outro um grupo enorme de programadores espalhados pelo mundo inteiro, cada um deles dedicando-se a criar e desenvolver software livre.  A ponta mais visível deste movimento singular é o sistema operacional Linux, que veio ao mundo por meio das mãos de Linus Torvalds. Em 1991, Linus, então um estudante de ciência da computação na Finlândia, criou um clone do sistema Minux. O primeiro anúncio do Linux apareceu no forum comp.os.minix, dedicado à discussão do sistema operacional Minix, também semelhante ao Unix, criado por Andréw Tannenbaun, um respeitável professor de ciência da computação. Desde seu aparecimento em 1991, o uso do Linux não para de crescer. Nos dois últimos anos, sua popularidade atingiu níveis nunca esperados. Estima-se que sua base de usuários se situe hoje por volta de 10 milhões. Diversas empresas respeitadas e famosas do mundo da computação como IBM, Dell, Compaq, Oracle, já anunciaram seu suporte e respeito elogioso ao Linux.  A despeito do sucesso estrondoso do Linux, o criador deste movimento foi Richard Stallman. Richard começou o movimento pelo software aberto e livre em 1984, nos primeiros momentos da indústria de computadores, quando começaram a aparecer os primeiros softwares comerciais. Richard era então um pesquisador no MIT e trabalhava na área de inteligência artificial. A tradição dos hackers de então era compartilhar mutuamente seu conhecimento, num ambiente de intensa colaboração. Em determinada ocasião Richard precisou corrigir o driver de uma impressora que não estava funcionando corretamente. Solicitou então, ao fabricante do driver, o código fonte do programa para que pudesse realizar as correções necessárias. Para sua surpresa e indignação, seu pedido foi negado. O fabricante alegou que o código fonte era segredo comercial e não podia ser cedido a terceiros. Richard iniciou então seu esforço gigantesco de criar versões abertas para todas as categorias de software existentes, comercializadas sem acesso ao código fonte. Criou então um compilador C, um editor de textos extremamente poderoso e popular chamado emacs e fundou a Free Software Foundation (FSF). Nos anos que se seguiram a FSF criou os aplicativos utilizados por todos os sistemas semelhantes ao Unix, como Linux e FreeBSD, hoje tão populares.  A maior façanha de Richard Stallman não foi a criação de vários programas poderosos e bem escritos. Escrever programas e disponibilizar o código fonte para quem quer que seja poderia resultar justamente no contrário do que pretendia, a liberdade no uso do software. Afinal de contas, se o código é aberto, o que impede que alguém se utilize deste mesmo código, faça algumas modificações, declare que o programa é proprietário e restrinja o acesso ao código modificado? Para impedir que isto acontecesse, Richard escreveu um documento que estabelece a forma sob a qual programas de código fonte aberto podem ser distribuído. O documento especifica que o programa pode ser usado e modificado por quem quer que seja, desde que as modificações efetuadas sejam também disponibilizadas em código fonte. Ou seja, estes softwares têm um carácter viral, no sentido de que o que quer que seja acrescentado ou modificado, também deve ser aberto e distribuído livremente. Este documento chama-se 
Gnu Public License
 ou GPL como é mais conhecido.  O Linux somente possui toda esta força e penetração atual devido ao enorme trabalho desenvolvido por Richard Stallman e por um batalhão de outras pessoas. Estas pessoas dedicaram muito de seu tempo criando programas excepcionalmente bons, que junto com o kernel do Linux, propiciaram a milhões de pessoas um ambiente computacional de trabalho excepcionalmente bom e que melhora a cada dia.  O Linux entretanto, na pessoa de seu criador e coordenador, soube melhor aglutinar o imenso potencial de colaboração da Internet em torno de seu projeto. Contribuições são aceitas, testadas e incorporadas ao sistema operacional a uma velocidade nunca vista.  E é justamente este movimento, cada vez mais poderoso, que nos dá grandes esperanças de tornar a computação disponível a um grande universo de pessoas, por inúmeras razões. Em primeiro lugar vem a questão de custo. Por custo entenda-se tanto a questão do software em si quanto a possibilidade de reutilizar computadores já fora de uso. O software é totalmente gratuito e o hardware pode ser obtido a um custo baixo ou nulo, no caso de doações. Além disto podemos contar com a boa vontade e disposição de ajudar de um número incontável de pessoas. O caráter quase que religioso dos adeptos do movimento de software livre garante um excelente suporte para quem precisa de ajuda. Existem espalhados por todo o mundo os chamados LUG, ou Linux User Groups. Em Phoenix, nos EUA, o grupo de usuários Linux promove reuniões mensais para ensinar os conceitos do Linux aos novos usuários. Nestas reuniões mensais os interessados em aprender mais sobre Linux podem trazer seus computadores para serem configurados gratuitamente . Onde já se viu?  Ótimo, então você chegou até aqui. Possivelmente podemos contar com mais um adepto à propagação do uso de software livre. A pergunta agora é: 
O que pode ser feito para fortalecer este movimento?
. Várias coisas, dependendo da sua habilidade. Se você é um programador, em qualquer linguagem, porque não começar compartilhando aqueles pequenos ou grandes programas que escreveu? Se você não o fizer e ciumentamente guardar o programa para você mesmo, muito em breve ele será inútil ou obsoleto e não servirá para mais nada. Se for compartilhado quem sabe um dia você poderá alcançar a mesma notoriedade e projeção de Linus Torvalds? Nada é impossível. Se você não sabe programar não tem problema. Documente o que sabe. Todos profissionais de informática sabem que uma boa documentação pode vir a ser até mais importante do que o programa em si. Se você não tem tempo para escrever documentos extensos ou complexos não tem problema. Escreva notas curtas ou dicas relatando o que aprendeu, aqueles truques que ajudam a resolver problemas. Participe de listas de discussão (ou crie a sua própria, compartilhando o que você sabe e também aprendendo com os outros. Tudo bem, você não quer fazer nada disto. Não tem problema. Comece a usar software livre. A transição da plataforma Windows para Linux não é algo trivial (embora esteja se tornando cada vez mais fácil com o passar do tempo). Tente usar software livre na plataforma que está acostumado, Windows ou Macintosh, apenas para citar algumas. Por exemplo, use o StarOffice, um conjunto de aplicativos para automação de escritórios disponível gratuitamente para download na Internet. Como o StarOffice possui versões para diversos sistemas operacionais, quando você fizer a transição para um sistema Linux poderá continuar usando os aplicativos com que se familiarizou. Outro exemplo notável é o software GIMP , abreviação de Gnu Image Manipulation Program, usado para tratamento de imagens. Nascido em ambiente Linux, este software possui funcionalidade em muitos pontos equivalente ao Adobe Photoshop. Existe também uma versão adaptada para o ambiente Windows. Então porque não usá-la? Não custa nada.  Lembre-se, o que quer que possamos fazer para contribuir para o movimento de software livre é válido. Comece usando um software livre, qualquer que seja ele. Não precisa mudar para Linux agora. Comece devagar. O importante é compreender que a causa do software livre é válida e importante para seu futuro e do seu país. Compartilhe sua opinião com seus amigos. Peça-lhes para contarem aos seus amigos, e aos amigos dos amigos. Crie uma lista de discussão. Não pense que seu esforço é insignificante. A Internet e a possibilidade de comunicação que nos oferece serve como um amplificador de nossas idéias e convicções como nunca existiu antes. Não se esqueça de que o movimento em prol do software livre se reforça justamente por meio de pessoas que o usam e o julgam de boa qualidade. A maioria dos programadores não obtém ganhos financeiros. O que os gratifica e incentiva a produzirem mais é justamente o reconhecimento de sua competência e seu talento.  O mais difícil entretanto é vencer hábitos profundamente arraigados. Todos nós criamos, com o passar do tempo, uma profunda resistência a mudarmos os nossos hábitos. A argumentação geralmente segue a linha de que se foi tão difícil aprender a usar os programas de computador que possuimos por que deveriamos mudar tudo de uma hora para outra? Novamente, lembre-se de que um mundo sem opções, em qualquer área que seja, em última instância será prejudicial a todos nós. Você se lembra ou já ouviu falar da crise do petróleo? Pois então, o risco que hoje corremos com os programas de computador é semelhante. À medida que o preço dos programas de computadores sobe os reflexos se manifestam em praticamente todos os aspectos de nossa vida. Lembre-se que todos os custos envolvidos no desenvolvimento dos serviços por nós utilizados em nosso dia a dia são pagos por nós. O dentista que usa um computador para manter sua lista de clientes, a empresa que fabrica a televisão que adquirimos, a alimentação que consumimos. Como a nossa sociedade é extremamente informatizada qualquer aumento no custo de manutenção de sistemas informatizadas representa um acréscimo na conta que todos nós, de uma forma ou de outra, temos que pagar.  É proibido então ganhar dinheiro vendendo software? De forma alguma, o que afirmamos é que o software deve ser livre. Sistemas computadorizados são indispensáveis ao funcionamento de diversas empresas. O que ocorre em caso de problemas? A empresa tem que recorrer a quem lhe vendeu o software. Esta empresa pode ou não ter os recursos humanos e a vontade para corrigir o problema imediatamente. O preço cobrado pela manutenção pode ser exorbitante, fora do alcance da empresa. Se o código fosse livre qualquer pessoa capacitada tecnicamente poderia corrigir o problema.  Além do mais, mesmo com software livre é possível se ganhar dinheiro. Apenas para citar o exemplo mais marcante, a empresa RedHat, que comercializa uma das versões mais difundidas do Linux obteve uma valorização fantástica no primeiro dia em que teve suas ações comercializadas na bolsa de valores. Dois de seus proprietários são hoje bilionários (em dólares) devido a esta valorização fantástica. Existem também várias outras empresas e profissionais estabelecidos no mercado que derivam ganhos significativos trabalhando ou fornecendo suporte a software livre.  Mas não se esqueça, não seja um fanático ou um chato. O importante é ser sutil e conquistar novos adeptos de maneira suave e irreversível. Ao invés de criar novos inimigos, crie novos amigos. Afinal de contas quem não é grato por uma informação que nos permita economizar ou obter ganho financeiro. Pois é isto mesmo, o computador e os programas que usamos servem como meio de vida para cada vez mais pessoas. Quem não ficaria agradecido por poder realizar suas tarefas sem ter que gastar com isto?  Está convencido? Então deixe-me contar-lhe onde descobrir software livre. Para o ambiente Linux não existe nada melhor do que os sites Freshmeat e Sourceforge. No Brasil temos o excelente Código Livre.  Como proceder para começar a usar o Linux? O primeiro passo é obter informação sobre o sistema, como funciona, como instalar, como resolver problemas. Um ótimo ponto de partida são os guias Foca Linux. O site Guia do Hardware, oferece diversos tutoriais e também a excelente distribuição Kurumin. Isto é apenas o começo, documentação sobre Linux é o que mais existe na Internet.  Por enquanto é só. Esperamos que o software de uso livre lhe seja útil e proveitoso. Vença seus velhos hábitos e comece a trabalhar por um mundo com alternativas, onde seja possível exercer permanentemente o direito de escolha.  GNU/Linux Sobre o GNU/Linux Linux é um sistema operativo: uma série de programas que o deixam interagir com o seu computador e correr outros programas.  O seu sistema operativo consiste em vários programas fundamentais que são necessários ao seu computador de modo a que possa comunicar e receber instruções dos utilizadores; ler e escrever dados em discos rígidos, tapes, e impressoras; controlar a utilização da memória; e correr outro software. A parte mais importante de um sistema operativo é o kernel. Num sistema GNU/Linux, o componente do kernel é o Linux. O resto do sistema consiste noutros programas, muitos dos quais escritos por ou para o GNU Project. Como o kernel sozinho não forma um sistema operativo utilizável, nós preferimos utilizar o termo “GNU/Linux” para nos referirmos aos sistemas a que muitas pessoas vulgarmente chamam de “Linux”.  Linux tem como modelo o sistema operativo Unix. Desde o inicio, Linux foi desenhado para ser um sistema multi-tarefa, multi-utilizador. Estes factos são suficientes para tornar Linux diferente de outros sistemas operativos bem conhecidos. No entanto, Linux é muito diferente do que você possa imaginar. Em contraste com outros sistemas operativos, ninguém é dono de Linux. Muito do seu desenvolvimento é feito por voluntários não pagos.  O desenvolvimento do que mais tarde se tornou GNU/Linux começou em 1984, quando a Free Software Foundation iniciou o desenvolvimento de um sistema operativo livre, ao estilo Unix, chamado GNU.  O GNU Project desenvolveu um extenso conjunto de ferramentas de software livre para utilizar com Unix™ e sistemas operativos do tipo Unix tais como o Linux. Estas ferramentas permitem aos utilizadores executar tarefas que vão desde o mundano (como copiar ou remover ficheiros do sistema) ao arcano (como escrever e compilar programas ou editar de forma sofisticada numa variedade de formatos de documentos).  Enquanto que muitos grupos e indivíduos contribuíram para GNU/Linux, o maior contribuidor individual continua a ser a Free Software Foundation, que criou não só a maioria das ferramentas utilizadas em GNU/Linux, mas também a filosofia e a comunidade que tornaram GNU/Linux possível.  O kernel Linux apareceu pela primeira vez em 1991, quando um estudante Finlandês de ciência computacional anunciou uma versão prévia de um kernel de substituto para o Minix num newsgroup Usenet comp.os.minix. Veja a Linux History Page da Linux International.  Linus Torvalds continua a coordenar o trabalho de várias centenas de programadores com a ajuda de alguns ajudantes de confiança. Um excelente sumário semanal das discussões na mailing list linux-kernel é o Kernel Traffic. Mais informação acerca da mailing list linux-kernel pode ser encontrada no linux-kernel mailing list FAQ.  Os utilizadores de GNU/Linux têm uma imensa liberdade de escolha no seu software. Por exemplo, utilizadores de GNU/Linux podem escolher de entre uma dúzia de shells de linha de comandos e vários ambientes gráficos. Esta selecção é muitas vezes confusa para os utilizadores de outros sistemas operativos, que não estão habituados a pensarem na linha de comandos ou no ambiente de trabalho em algo que possam substituir.  É também menos provável que Linux bloqueie, que corra melhor mais de um programa ao mesmo tempo, e seja mais seguro que muitos sistemas operativos. Com estas vantagens, Linux é o sistema operativo que mais rapidamente cresce no mercado de servidores. Mais recentemente, Linux passou a ser popular entre os utilizadores domésticos e empresariais.  Distribuições GNU/Linux Uma Distribuição Linux (ou simplesmente distro) é composta do kernel Linux e um conjunto variável de software, dependendo de seus propósitos. Essa coleção de software livre e não-livre, é criada e mantida por indivíduos, grupos e organizações de todo o mundo, incluindo o grupo Linux. Indivíduos como Patrick Volkerding, companhias como a Red Hat, a SuSE, a Mandriva e a Canonical, bem como projetos de comunidades como o Debian ou o Gentoo, compilam softwares e fornecem a usuários diversos sistemas completos, prontos para instalação e uso. As distribuições do Linux começaram a receber uma popularidade limitada desde a segunda metade dos anos 90, como uma alternativa livre para os sistemas operacionais Microsoft Windows e Mac OS, principalmente por parte de pessoas acostumadas com o Unix na escola e no trabalho. O sistema tornou-se popular no mercado de Desktops e servidores, principalmente para a Web e servidores de bancos de dados. No decorrer do tempo, várias distribuições surgiram e desapareceram, cada qual com sua característica. Algumas distribuições são maiores outras menores, dependendo do número de aplicações e sua finalidade. Algumas distribuições de tamanhos menores cabem num disquete com 1,44 MB, outras precisam de vários CDs, existindo até algumas versões em DVD. Todas elas tem o seu público e sua finalidade, as pequenas (que ocupam poucos disquetes) são usadas para recuperação de sistemas danificados ou em monitoramento de redes de computadores. De entre as maiores, distribuídas em CDs, podem-se citar: Slackware, Debian, Suse, e Mandriva. A maior diferença é a organização e pré-configuração de softwares. A distribuição Conectiva Linux, por exemplo, tinha as suas aplicações traduzidas em português, o que facilitou que usuários que falam a Língua Portuguesa tenham aderido melhor a esta distribuição. Hoje esta distribuição foi incorporada à Mandrake, o que resultou na Mandriva. Para o português, existe também a distribuição brasileira Kurumin, construída sobre Knoppix e Debian, e a Caixa Mágica, existente nas versões 32 bits, 64 bits, Live CD 32 bits e Live CD 64 bits, e com vários programas open source: OpenOffice.org, Mozilla Firefox, entre outros. Existem distribuições com ferramentas para configuração que facilitam a administração do sistema. As principais diferenças entre as distribuições estão nos seus sistemas de pacotes, nas estruturas dos diretórios e na sua biblioteca básica. Por mais que a estrutura dos diretórios siga o mesmo padrão, o FSSTND é um padrão muito relaxado, principalmente em arquivos onde as configurações são diferentes entre as distribuições. Então normalmente todos seguem o padrão FHS (File Hierarchy System), que é o padrão mais novo. Vale lembrar, entretanto, que qualquer aplicativo ou driver desenvolvido para Linux pode ser compilado em qualquer distribuição que vai funcionar da mesma maneira. Quanto à biblioteca, é usada a Biblioteca libc, contendo funções básicas para o sistema Operacional Linux. O problema está quando do lançamento de uma nova versão da Biblioteca libc, algumas das distribuições colocam logo a nova versão, enquanto outras aguardam um pouco. Por isso, alguns programas funcionam numa distribuição e noutras não. Existe um movimento LSB (Linux Standard Base) que proporciona uma maior padronização. Auxilia principalmente vendedores de software que não liberam para distribuição do código fonte, sem tirar características das distribuições. O sistemas de pacotes não é padronizado. Um exemplo de distribuição que corre num CD é o Kurumin Linux, criado por Carlos E. Morimoto, baseada no Knoppix. Cada distro tem o seu propósito. Podem ser feitas especificamente para computadores desktops, laptops, servidores de redes, servidores de aplicações, servidores de banco de dados, handhelds, telefones celulares e outros. Consulte a lista de distribuições Linux para obter informações uma lista sobre contendo várias distribuições. Software Livre x Software Proprietário Microsoft Windows: right0Popular família de Sistemas Operacionais fabricado pela empresa Microsoft, tendo como fundadores Bill Gates e Paul Allen.É um sistema comercial, pago e o mais utilizado no mundo, apesar de a maioria das distribuições serem cópias ilegais. Sua última versão lançada para desktops e notebooks é a versão Windows 7 (seven), lançada recentemente e propostamente a sucessora da Família Windows Vista.Mas o mais utilizado da família Windows é o Windows XP SP2 ou SP3. Entretanto há algumas rejeições desse maior sistema operacional.O Windows, tanto XP como os outros tem uma facilidade imensa de receber ataques de hackers, devidos a ter programas com vulnerabilidades e também sem falar que a grande imensidão de vírus são feitas para esse sistema, tendo que ele necessita de programas protetores, como firewalls, anti-vírus, anti-spywares, anti-trojans, etc.Podemos dizer que o Windows é o Sistema Operacional mais usado no mundo devido à sua interface amigável e a grande maioria de programas e jogos serem desenvolvidas para sua plataforma.Linux: right0Linux é qualquer sistema operacional que utilize o núcleo Linux. Foi desenvolvido pelo Finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O seu código fonte está disponível sob licença GPL para qualquer pessoa que utilizar, estudar, modificar e distribuir de acordo com os termos da licença.Sistema tão antigo quanto o Microsoft Windows só que há pouco tempo começou a apresentar interfaces gráficas mais amigáveis e avançadas. Também é mais estável.É mais rápido e ágil perante o Microsoft Windows, tendo que sua base não é voltada para gráficos e detalhes que só demoram ao ser carregado junto com o sistema. Atualmente o Ubuntu (distribuição Linux mais usada no mercado) conta com um boot muito rápido e com uma interface muito amigável também.Diferente do Microsoft Windows, é um sistema aberto, sendo assim não existem somente uma distribuição e sim, várias. Atualmente é impossível saber quantas possuem hoje pois qualquer um que tenha conhecimentos pode fazer uma.De certa forma é muito mais seguro que o Microsoft Windows, e isso é o seu maior trunfo, pois ele o usuário não tem acesso direto às principais áreas críticas da máquina, reservadas ao super usuário. Isso evita que erros - seja um programa mal intencionado ou um acidente causado pelo próprio usuário - afetem o comportamento da máquina e áreas críticas.Mas uma de suas fraquesas é na plataforma de programas. Agora que estão utilizando de ambas as plataformas e isso de certo modo demorará um tempo ainda para que o Linux tenha bons programas.Enfim, em termos de segurança, estabilidade, rapidez e de uma interface até bem amigável, o Linux é a opção certa.Verdades e mitos:Dificuldade de instalação do Linux - Coisa do passado! Atualmente existem CDs programados para que instalem automaticamente, escolhendo a forma e a melhor forma de navegação.Dificuldade em adaptação ao sistema Linux - Mito! Um novo usuário, que não possuiu contato ainda com o sistema pode ficar frustrado ao migrar, tanto de sistemas como da Apple, OS/2 ou windows, por não obter o mesmo resultado.Acredito que há espaço para ambos os produtos no mercado e quem tem a ganhar somos nós, os usuários. O crescimento do software livre ajudou com que a Microsoft invista mais em segurança e em seu principal ponto forte, a facilidade de uso.
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  • 1. Colégio: Instituto Federal - BA Turma: 11811 Turno: Matutino Curso: Refrigeração Industrial Professor: Antônio Vasconcelos Aluno: Diogo Simões da Costa Vilar História do Software Livre O software livre foi criado no início da década de 80, por Richard Stallman, pesquisador do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT. A idéia, em princípio, de que diversas pessoas poderiam colaborar com o desenvolvimento do software livre, tendo acesso ao seu código fonte e o manipulando, sugerindo e realizando melhorias em seu funcionamento, na década de 80, era algo meio visionário. Poucos tinham conhecimento, tempo e interesse, na opinião da maioria dos envolvidos com a Informática. Mas, contra esta corrente, os poucos colaboradores (alguns hackers, inclusive) permitiram a sobrevivência do conceito do software livre. Passado o início tenebroso, de poucos adeptos e colaboradores, um grande fator foi decisivo para a alavancada do software livre: a economia. Economicamente o software livre se tornou atrativo para muitas empresas, e o aumento de sua usabilidade abriu campo para a atuação dos profissionais desbravadores (os bandeirantes digitais) e outros profissionais simpatizantes até então, que acabaram vendo neste mercado de software um lugar promissor, profissionalmente falando. Assim, um boom ocorreu, com o ingresso de diversos profissionais, impulsionados pelo atrativo de novos empregos, novas rendas ou rendas complementares, e assim, os software livres tiveram um acréscimo considerável de colaboradores na construção e aperfeiçoamento de seus códigos fonte, aumentando não só o número de programas rodando na plataforma open source (o termo software livre em inglês), mas diversificando a oferta de tipos de programas (servidores, banco de dados, aplicações desktop - para escritório) e também a criação de diversos outros tipos de programas, inclusive concorrentes a softwares proprietários, abrindo perspectivas diferentes para o usuário final: optar por software proprietário ou por software livre. Enfim, a liberdade de escolha havia aportado no campo de softwares, na área de Informática. Conceito do Software Livre Muitos relacionam o software livre a questão de gratuidade, o que não é verdade. A questão de software livre está na relação aberta de programação, que permite aos profissionais com conhecimento técnico necessário a edição, manipulação, alteração e exclusão de trechos do código-fonte do software, permitindo que o mesmo possa alterar o modo de funcionamento do software, adequando-o às mais diversas realidades diagnosticadas de uso do referido software. Podemos definir 04 itens básicos para conceituar o software livre: 1. Execução do programa Não existe uma regra estipulada para uso do software. Este pode ser utilizado livremente, sem o ônus de qualquer tipo de cobrança, por qualquer usuário, desde que para fins domésticos ([GNU License]). 2. Estudo do código fonte O software livre tem código fonte aberto, isto é, o conjunto de instruções, comandos, processos e programas que o constituem tem seu código fonte (não binário, não executável) aberto para que interessados e estudiosos possam analisar, classificar, catalogar, observar, estudar o conjunto destas instruções, comandos, processos e programas, conhecendo a estrutura de funcionamento do software na questão de programação. Seria como ver a alma do software, entender como ele foi feito. 3. Redistribuição de cópias livremente Uma das temáticas do software livre é exatamente isso: difundir o uso do mesmo. Tendo um software livre, não é ilegal realizar cópias livremente, e distribuir para outros interessados, desde que seja sem fins lucrativos (GNU License). 4. Modificação e Aperfeiçoamento do código fonte, com algumas restrições Da mesma forma que é permitido a analise, classificação, catalogação, observação e estudo do código fonte, também é permitido a alteração do código fonte, para fins de aperfeiçoamento do software a situações diagnosticadas. O software livre é interessante neste ponto por permitir a adequação do software livre à necessidades específicas de uma determinada empresa, setor, departamento, ou mesmo regiões do mundo, países, cultura, língua, etc. A permissão de alteração do código fonte abre a possibilidade de milhares de potenciais colaboradores atuarem juntamente no desenvolvimento contínuo e aperfeiçoamento do software livre. A maneira habitual de distribuição de software livre é anexar ao mesmo uma licença de software livre, tornando ainda o código fonte do programa disponível. Licenças de Software Livre Software Livre é uma expressão formalizada pela primeira vez por Richard Stallman, na sequência do início do Projecto GNU[2], e seguidamente da Free Software Foundation como braço legal do Projecto. Todo e qualquer programa de computador cuja licença de direito de autor conceda ao utilizados as seguintes 4 liberdades... A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade no. 0) A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade no. 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade no. 2). A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade no. 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. ... diz-se ser um Software Livre. A realização de tais ações é reservada, pelo conceito de direito de autor, aos detentores dos direitos, que necessitam assim de permitir de forma explícita estas liberdades recorrendo a uma Licença de Software Livre. As licenças de Software Livre também se popularizaram, por darem a garantia jurídica aos utilizadores de que não estão cometendo actos de infracção de direito de autor ao copiar ou modificar o software. Comunidade de Software Livre Inspirados na GPL e nas propostas do movimento do software livre, foi criado um repositório de licenças públicas, chamado Creative Commons, cujos termos se aplicam a variados trabalhos criativos, como criações artísticas colaborativas, textos e software. Entretanto a maioria destas licenças não são reconhecidas como realmente livres pela FSF e pelo movimento de software livre. O software livre está inserido num contexto mais amplo onde a informação (de todos os tipos, não apenas software) é considerada um legado da humanidade e deve ser livre (visão esta que se choca diretamente ao conceito tradicional de propriedade intelectual). Coerentemente, muitas das pessoas que contribuem para os movimentos de Conhecimento Aberto — movimento do software livre, sites Wiki, Creative Commons, etc. — fazem parte da comunidade científica. Cientistas estão acostumados a trabalhar com processos de revisão mútua (ou por pares) e o conteúdo desenvolvido é agregado ao conhecimento científico global. Embora existam casos onde se aplicam as patentes de produtos relacionados ao trabalho científico, a ciência pura, em geral, é livre. Porque Usar Software Livre? Pela simples razão de que nos dias de hoje o computador representa um papel importante, equivalente ao que o lápis e papel desempenhavam alguns anos atrás, para o desempenho da maior parte das profissões. Grande número de empresas fornece computadores a seus funcionários para realizar suas tarefas diárias. A nossa sociedade é extremamente dependente de computadores para seu funcionamento. A enorme fortuna gasta para corrigir os computadores para a virada do milênio é um claro indicador desta dependência. Pois então, é inconcebível que num mundo tão dependente destas máquinas para seu funcionamento, a maior parte dos programas que regem o seu funcionamento sejam fornecidas por um único fabricante e a preços cada vez maiores. Estima-se hoje que mais de 90% dos computadores pessoais sejam baseados nos sistemas operacionais da Microsoft e em seus aplicativos de produtividade como o conjunto de programas Office. Há alguns anos atrás a IBM pagava U$ 9,00 por cada PC que vendia com o sistema operacional Windows 3.1 instalado. O preço pago nos dias de hoje situa-se por volta de U$ 60,00 por cada PC vendido com Windows 9x instalado (o preço real é U$ 75,00 porém é possível se obter alguns descontos caso o fabricante assine um contrato com a Microsoft concordando com algumas exigências da empresa). Além do alto custo dos programas, muitos fabricantes de computadores temem retaliações por parte da Microsoft caso vendam seus PCs com outros sistemas operacionais pré-instalados. A Compaq, em audiência no processo movido pela empresa Netscape contra a Microsoft alegando práticas monopolistas, revelou documentos internos, datados de 1993, onde admitia estes temores. Imagine os preços que teremos que pagar caso este monopólio cada vez maior realmente se consolide eliminando todas as alternativas hoje existentes? Como se tudo isto já não bastasse, existem rumores de que os termos de licenciamento de produtos Microsoft irão mudar. Nas bases atuais o usuário ao comprar seu computador adquire o direito de uso por tempo indeterminado. Na nova versão o software não será mais adquirido e sim licenciado em bases anuais, exigindo o pagamento de uma nova licença para o uso continuado. Interessante, não? Esta dominância quase que absoluta, representa perigos reais. A impossibilidade do acesso a computadores irá representar em futuro muito próximo a marginalização das populações ou países que não tenham os recursos necessários para investimento nesta área. Como cidadãos precisamos garantir a qualquer preço o direito ao acesso à computação e à informação cada vez mais essencial para o desempenho de nossas profissões e à nossa vida. Sem esta garantia sem dúvida alguma nos tornaremos no futuro próximo cidadãos ou países de quinta categoria. Não é sem razão que diversos países no mundo, notadamente na Europa, têm apoiado incondicionalmente o movimento de uso de software livre. Estrategicamente não é recomendável que a situação atual de monopólio evolua para um mundo com ainda menos alternativas. O governo brasileiro já compreendeu a importância da disseminação da cultura em informática para sua população. Infelizmente o programa nacional de informatização, PROINFO de escolas é todo baseado em software proprietário. O alto investimento em software necessariamente irá limitar o número de alunos contemplados pelo projeto. Mas mesmo no Brasil existem iniciativas inovadoras nesta área. O governo gaúcho está promovendo estudos para adoção em grande escala do Linux, tanto em nível administrativo quanto em suas escolas. Na esfera federal, o SERPRO, já há algum tempo, vem conduzindo estudos sobre o Linux. O governo mexicano lançou um programa nacional de informatização de suas escolas baseado exclusivamente no Linux e em software livre. Este programa objetiva equipar entre 20.000 a 35.000 laboratórios anualmente durante os próximos cinco anos. O preço para equipar estes laboratórios com software Microsoft seria de U$ 124 milhões. Com Linux basta comprar um CD de distribuição, vendido por aproximadamente U$ 50,00. E mesmo este CD pode ser duplicado infinitamente sem quaisquer implicações legais, pois o software é totalmente livre. Mesmo os laboratórios equipados com Windows irão fazer a transição para Linux no futuro próximo. Além desta iniciativa pioneira do governo mexicano, pode-se encontrar na Internet inúmeros relatos de iniciativas isoladas de educadores que conseguiram criar laboratórios de informática para seus alunos utilizando equipamentos obsoletos, descartados por empresas e pelas próprias escolas em que trabalhavam. Ao passo que os ambientes proprietários requerem computadores cada vez mais poderosos, os softwares de código aberto funcionam de maneira bastante satisfatória em computadores com processador Intel 486 e até mesmo 386. A informatização do setor educacional, extremamente necessária, se vê frente a uma redução do custo e aumento da potência dos computadores no tocante ao hardware e um aumento significativo no custo do software. O setor educacional nacional possui uma parcela administrada pela iniciativa privada e outra administrada pelo governo federal e estados. As universidades e escolas públicas operam sem cobrar absolutamente nada de seus alunos. Não obstante este propósito nobre e sua importante função social, a maioria dos programas de computadores utilizados por estas instituições, embora com descontos, são pagos. O preço educacional do pacote Office no Brasil é de aproximadamente $ 250,00, ou U$ 125,00, o que é uma quantia significativa levando-se em consideração a condição financeira da maioria das escolas e universidades nacionais. Nos EUA, através de acordos celebrados com algumas universidades, o mesmo software é vendido por U$ 5,00, praticamente o custo de criação do CD. A Microsoft porém exige como contrapartida, em muitos casos, uma exclusividade do uso de seus softwares tanto na administração quanto na área acadêmica, o que pode ser desastroso a longo prazo. O uso de computadores nas escolas é algo extremamente importante. Existem várias correntes que discutem como e se os computadores devem ser usados na educação. Não gostaria de me intrometer nesta questão polêmica. A minha visão do assunto é bastante simplista. Julgo que o maior valor dos computadores na educação não reside em programas para editar textos, fazer figuras, brincar ou qualquer outra atividade do tipo. O mais importante é a comunicação e o acesso à informação que os computadores nos propiciam. Ligado à Internet o computador, qualquer que seja ele, se transforma numa ferramenta de grande poder, que nos permite entrar em contato com culturas diferentes, pessoas interessantes e virtualmente qualquer tipo de informação. A maior parte de nós certamente já passou pela experiência massacrante de passar por uma escola, por aulas desinteressantes, onde o mais importante é manter a disciplina. A nossa curiosidade natural é sistematicamente eliminada em defesa da abominável disciplina. Disciplina tão destoante das crianças brilhantes, inteligentes e interessadas em aprender que todos nós fomos um dia. Para crianças em idade escolar o constante aprender é tão fundamental quanto respirar. Crianças aprendem o tempo inteiro, mesmo quando não estão na escola. Infelizmente a nossa cultura tende a julgar que o que vale a pena aprender é o que ensinam na escola, o que não poderia estar mais distante da verdade. O poder dos computadores conectados à Internet na educação é justamente atuar como um portal através do qual a curiosidade e ânsia de aprendizado manifestada por toda criança pode ser atendida. Como conciliar estas necessidades, dentro dos padrões vigentes, com o alto custo de aquisição e configuração de um computador? Os softwares livres são uma alternativa extremamente viável. Para satisfazer a estas necessidades um obsoleto e talvez abandonado computador 386, com Linux, ferramentas de correio eletrônico e um browser Web simples, todos gratuitos, são mais do que suficientes. Desta forma reduz-se dramaticamente o custo de um computador totalmente configurado. Pelo hardware paga-se pouco ou nada e também o software, de ótima qualidade, está disponível gratuitamente. Lembramos novamente, o importante não é o computador de última geração e dispendioso carregado com softwares vendidos a preços exorbitantes e sim o que podemos obter através dele, a forma através da qual ele pode ampliar as fronteiras de nosso conhecimento. O computador na educação é importante sim, mas apenas como um instrumento. Mais vale investir em dez computadores obsoletos do que em apenas um de última geração. Considerando-se que inúmeras empresas trocam computadores ainda em condição de serem utilizados por outros mais potentes, uma integração empresa e escola pode trazer ganhos significativos à sociedade. As escolas ganham por poder oferecer uma melhor formação a seus alunos e as empresas por sua vez poderão contar no futuro com profissionais mais capacitados, cuja demanda cresce vertiginosamente na sociedade de informação em que vivemos. Felizmente existe uma esperança em nosso futuro. O movimento pelo software livre teve um impulso sem precedentes nos dois últimos anos. Temos hoje uma batalha, cada vez mais feroz, entre dois campos. De um lado, empresas poderosas criando software proprietário e dispendioso e de outro um grupo enorme de programadores espalhados pelo mundo inteiro, cada um deles dedicando-se a criar e desenvolver software livre. A ponta mais visível deste movimento singular é o sistema operacional Linux, que veio ao mundo por meio das mãos de Linus Torvalds. Em 1991, Linus, então um estudante de ciência da computação na Finlândia, criou um clone do sistema Minux. O primeiro anúncio do Linux apareceu no forum comp.os.minix, dedicado à discussão do sistema operacional Minix, também semelhante ao Unix, criado por Andréw Tannenbaun, um respeitável professor de ciência da computação. Desde seu aparecimento em 1991, o uso do Linux não para de crescer. Nos dois últimos anos, sua popularidade atingiu níveis nunca esperados. Estima-se que sua base de usuários se situe hoje por volta de 10 milhões. Diversas empresas respeitadas e famosas do mundo da computação como IBM, Dell, Compaq, Oracle, já anunciaram seu suporte e respeito elogioso ao Linux. A despeito do sucesso estrondoso do Linux, o criador deste movimento foi Richard Stallman. Richard começou o movimento pelo software aberto e livre em 1984, nos primeiros momentos da indústria de computadores, quando começaram a aparecer os primeiros softwares comerciais. Richard era então um pesquisador no MIT e trabalhava na área de inteligência artificial. A tradição dos hackers de então era compartilhar mutuamente seu conhecimento, num ambiente de intensa colaboração. Em determinada ocasião Richard precisou corrigir o driver de uma impressora que não estava funcionando corretamente. Solicitou então, ao fabricante do driver, o código fonte do programa para que pudesse realizar as correções necessárias. Para sua surpresa e indignação, seu pedido foi negado. O fabricante alegou que o código fonte era segredo comercial e não podia ser cedido a terceiros. Richard iniciou então seu esforço gigantesco de criar versões abertas para todas as categorias de software existentes, comercializadas sem acesso ao código fonte. Criou então um compilador C, um editor de textos extremamente poderoso e popular chamado emacs e fundou a Free Software Foundation (FSF). Nos anos que se seguiram a FSF criou os aplicativos utilizados por todos os sistemas semelhantes ao Unix, como Linux e FreeBSD, hoje tão populares. A maior façanha de Richard Stallman não foi a criação de vários programas poderosos e bem escritos. Escrever programas e disponibilizar o código fonte para quem quer que seja poderia resultar justamente no contrário do que pretendia, a liberdade no uso do software. Afinal de contas, se o código é aberto, o que impede que alguém se utilize deste mesmo código, faça algumas modificações, declare que o programa é proprietário e restrinja o acesso ao código modificado? Para impedir que isto acontecesse, Richard escreveu um documento que estabelece a forma sob a qual programas de código fonte aberto podem ser distribuído. O documento especifica que o programa pode ser usado e modificado por quem quer que seja, desde que as modificações efetuadas sejam também disponibilizadas em código fonte. Ou seja, estes softwares têm um carácter viral, no sentido de que o que quer que seja acrescentado ou modificado, também deve ser aberto e distribuído livremente. Este documento chama-se Gnu Public License ou GPL como é mais conhecido. O Linux somente possui toda esta força e penetração atual devido ao enorme trabalho desenvolvido por Richard Stallman e por um batalhão de outras pessoas. Estas pessoas dedicaram muito de seu tempo criando programas excepcionalmente bons, que junto com o kernel do Linux, propiciaram a milhões de pessoas um ambiente computacional de trabalho excepcionalmente bom e que melhora a cada dia. O Linux entretanto, na pessoa de seu criador e coordenador, soube melhor aglutinar o imenso potencial de colaboração da Internet em torno de seu projeto. Contribuições são aceitas, testadas e incorporadas ao sistema operacional a uma velocidade nunca vista. E é justamente este movimento, cada vez mais poderoso, que nos dá grandes esperanças de tornar a computação disponível a um grande universo de pessoas, por inúmeras razões. Em primeiro lugar vem a questão de custo. Por custo entenda-se tanto a questão do software em si quanto a possibilidade de reutilizar computadores já fora de uso. O software é totalmente gratuito e o hardware pode ser obtido a um custo baixo ou nulo, no caso de doações. Além disto podemos contar com a boa vontade e disposição de ajudar de um número incontável de pessoas. O caráter quase que religioso dos adeptos do movimento de software livre garante um excelente suporte para quem precisa de ajuda. Existem espalhados por todo o mundo os chamados LUG, ou Linux User Groups. Em Phoenix, nos EUA, o grupo de usuários Linux promove reuniões mensais para ensinar os conceitos do Linux aos novos usuários. Nestas reuniões mensais os interessados em aprender mais sobre Linux podem trazer seus computadores para serem configurados gratuitamente . Onde já se viu? Ótimo, então você chegou até aqui. Possivelmente podemos contar com mais um adepto à propagação do uso de software livre. A pergunta agora é: O que pode ser feito para fortalecer este movimento? . Várias coisas, dependendo da sua habilidade. Se você é um programador, em qualquer linguagem, porque não começar compartilhando aqueles pequenos ou grandes programas que escreveu? Se você não o fizer e ciumentamente guardar o programa para você mesmo, muito em breve ele será inútil ou obsoleto e não servirá para mais nada. Se for compartilhado quem sabe um dia você poderá alcançar a mesma notoriedade e projeção de Linus Torvalds? Nada é impossível. Se você não sabe programar não tem problema. Documente o que sabe. Todos profissionais de informática sabem que uma boa documentação pode vir a ser até mais importante do que o programa em si. Se você não tem tempo para escrever documentos extensos ou complexos não tem problema. Escreva notas curtas ou dicas relatando o que aprendeu, aqueles truques que ajudam a resolver problemas. Participe de listas de discussão (ou crie a sua própria, compartilhando o que você sabe e também aprendendo com os outros. Tudo bem, você não quer fazer nada disto. Não tem problema. Comece a usar software livre. A transição da plataforma Windows para Linux não é algo trivial (embora esteja se tornando cada vez mais fácil com o passar do tempo). Tente usar software livre na plataforma que está acostumado, Windows ou Macintosh, apenas para citar algumas. Por exemplo, use o StarOffice, um conjunto de aplicativos para automação de escritórios disponível gratuitamente para download na Internet. Como o StarOffice possui versões para diversos sistemas operacionais, quando você fizer a transição para um sistema Linux poderá continuar usando os aplicativos com que se familiarizou. Outro exemplo notável é o software GIMP , abreviação de Gnu Image Manipulation Program, usado para tratamento de imagens. Nascido em ambiente Linux, este software possui funcionalidade em muitos pontos equivalente ao Adobe Photoshop. Existe também uma versão adaptada para o ambiente Windows. Então porque não usá-la? Não custa nada. Lembre-se, o que quer que possamos fazer para contribuir para o movimento de software livre é válido. Comece usando um software livre, qualquer que seja ele. Não precisa mudar para Linux agora. Comece devagar. O importante é compreender que a causa do software livre é válida e importante para seu futuro e do seu país. Compartilhe sua opinião com seus amigos. Peça-lhes para contarem aos seus amigos, e aos amigos dos amigos. Crie uma lista de discussão. Não pense que seu esforço é insignificante. A Internet e a possibilidade de comunicação que nos oferece serve como um amplificador de nossas idéias e convicções como nunca existiu antes. Não se esqueça de que o movimento em prol do software livre se reforça justamente por meio de pessoas que o usam e o julgam de boa qualidade. A maioria dos programadores não obtém ganhos financeiros. O que os gratifica e incentiva a produzirem mais é justamente o reconhecimento de sua competência e seu talento. O mais difícil entretanto é vencer hábitos profundamente arraigados. Todos nós criamos, com o passar do tempo, uma profunda resistência a mudarmos os nossos hábitos. A argumentação geralmente segue a linha de que se foi tão difícil aprender a usar os programas de computador que possuimos por que deveriamos mudar tudo de uma hora para outra? Novamente, lembre-se de que um mundo sem opções, em qualquer área que seja, em última instância será prejudicial a todos nós. Você se lembra ou já ouviu falar da crise do petróleo? Pois então, o risco que hoje corremos com os programas de computador é semelhante. À medida que o preço dos programas de computadores sobe os reflexos se manifestam em praticamente todos os aspectos de nossa vida. Lembre-se que todos os custos envolvidos no desenvolvimento dos serviços por nós utilizados em nosso dia a dia são pagos por nós. O dentista que usa um computador para manter sua lista de clientes, a empresa que fabrica a televisão que adquirimos, a alimentação que consumimos. Como a nossa sociedade é extremamente informatizada qualquer aumento no custo de manutenção de sistemas informatizadas representa um acréscimo na conta que todos nós, de uma forma ou de outra, temos que pagar. É proibido então ganhar dinheiro vendendo software? De forma alguma, o que afirmamos é que o software deve ser livre. Sistemas computadorizados são indispensáveis ao funcionamento de diversas empresas. O que ocorre em caso de problemas? A empresa tem que recorrer a quem lhe vendeu o software. Esta empresa pode ou não ter os recursos humanos e a vontade para corrigir o problema imediatamente. O preço cobrado pela manutenção pode ser exorbitante, fora do alcance da empresa. Se o código fosse livre qualquer pessoa capacitada tecnicamente poderia corrigir o problema. Além do mais, mesmo com software livre é possível se ganhar dinheiro. Apenas para citar o exemplo mais marcante, a empresa RedHat, que comercializa uma das versões mais difundidas do Linux obteve uma valorização fantástica no primeiro dia em que teve suas ações comercializadas na bolsa de valores. Dois de seus proprietários são hoje bilionários (em dólares) devido a esta valorização fantástica. Existem também várias outras empresas e profissionais estabelecidos no mercado que derivam ganhos significativos trabalhando ou fornecendo suporte a software livre. Mas não se esqueça, não seja um fanático ou um chato. O importante é ser sutil e conquistar novos adeptos de maneira suave e irreversível. Ao invés de criar novos inimigos, crie novos amigos. Afinal de contas quem não é grato por uma informação que nos permita economizar ou obter ganho financeiro. Pois é isto mesmo, o computador e os programas que usamos servem como meio de vida para cada vez mais pessoas. Quem não ficaria agradecido por poder realizar suas tarefas sem ter que gastar com isto? Está convencido? Então deixe-me contar-lhe onde descobrir software livre. Para o ambiente Linux não existe nada melhor do que os sites Freshmeat e Sourceforge. No Brasil temos o excelente Código Livre. Como proceder para começar a usar o Linux? O primeiro passo é obter informação sobre o sistema, como funciona, como instalar, como resolver problemas. Um ótimo ponto de partida são os guias Foca Linux. O site Guia do Hardware, oferece diversos tutoriais e também a excelente distribuição Kurumin. Isto é apenas o começo, documentação sobre Linux é o que mais existe na Internet. Por enquanto é só. Esperamos que o software de uso livre lhe seja útil e proveitoso. Vença seus velhos hábitos e comece a trabalhar por um mundo com alternativas, onde seja possível exercer permanentemente o direito de escolha. GNU/Linux Sobre o GNU/Linux Linux é um sistema operativo: uma série de programas que o deixam interagir com o seu computador e correr outros programas. O seu sistema operativo consiste em vários programas fundamentais que são necessários ao seu computador de modo a que possa comunicar e receber instruções dos utilizadores; ler e escrever dados em discos rígidos, tapes, e impressoras; controlar a utilização da memória; e correr outro software. A parte mais importante de um sistema operativo é o kernel. Num sistema GNU/Linux, o componente do kernel é o Linux. O resto do sistema consiste noutros programas, muitos dos quais escritos por ou para o GNU Project. Como o kernel sozinho não forma um sistema operativo utilizável, nós preferimos utilizar o termo “GNU/Linux” para nos referirmos aos sistemas a que muitas pessoas vulgarmente chamam de “Linux”. Linux tem como modelo o sistema operativo Unix. Desde o inicio, Linux foi desenhado para ser um sistema multi-tarefa, multi-utilizador. Estes factos são suficientes para tornar Linux diferente de outros sistemas operativos bem conhecidos. No entanto, Linux é muito diferente do que você possa imaginar. Em contraste com outros sistemas operativos, ninguém é dono de Linux. Muito do seu desenvolvimento é feito por voluntários não pagos. O desenvolvimento do que mais tarde se tornou GNU/Linux começou em 1984, quando a Free Software Foundation iniciou o desenvolvimento de um sistema operativo livre, ao estilo Unix, chamado GNU. O GNU Project desenvolveu um extenso conjunto de ferramentas de software livre para utilizar com Unix™ e sistemas operativos do tipo Unix tais como o Linux. Estas ferramentas permitem aos utilizadores executar tarefas que vão desde o mundano (como copiar ou remover ficheiros do sistema) ao arcano (como escrever e compilar programas ou editar de forma sofisticada numa variedade de formatos de documentos). Enquanto que muitos grupos e indivíduos contribuíram para GNU/Linux, o maior contribuidor individual continua a ser a Free Software Foundation, que criou não só a maioria das ferramentas utilizadas em GNU/Linux, mas também a filosofia e a comunidade que tornaram GNU/Linux possível. O kernel Linux apareceu pela primeira vez em 1991, quando um estudante Finlandês de ciência computacional anunciou uma versão prévia de um kernel de substituto para o Minix num newsgroup Usenet comp.os.minix. Veja a Linux History Page da Linux International. Linus Torvalds continua a coordenar o trabalho de várias centenas de programadores com a ajuda de alguns ajudantes de confiança. Um excelente sumário semanal das discussões na mailing list linux-kernel é o Kernel Traffic. Mais informação acerca da mailing list linux-kernel pode ser encontrada no linux-kernel mailing list FAQ. Os utilizadores de GNU/Linux têm uma imensa liberdade de escolha no seu software. Por exemplo, utilizadores de GNU/Linux podem escolher de entre uma dúzia de shells de linha de comandos e vários ambientes gráficos. Esta selecção é muitas vezes confusa para os utilizadores de outros sistemas operativos, que não estão habituados a pensarem na linha de comandos ou no ambiente de trabalho em algo que possam substituir. É também menos provável que Linux bloqueie, que corra melhor mais de um programa ao mesmo tempo, e seja mais seguro que muitos sistemas operativos. Com estas vantagens, Linux é o sistema operativo que mais rapidamente cresce no mercado de servidores. Mais recentemente, Linux passou a ser popular entre os utilizadores domésticos e empresariais. Distribuições GNU/Linux Uma Distribuição Linux (ou simplesmente distro) é composta do kernel Linux e um conjunto variável de software, dependendo de seus propósitos. Essa coleção de software livre e não-livre, é criada e mantida por indivíduos, grupos e organizações de todo o mundo, incluindo o grupo Linux. Indivíduos como Patrick Volkerding, companhias como a Red Hat, a SuSE, a Mandriva e a Canonical, bem como projetos de comunidades como o Debian ou o Gentoo, compilam softwares e fornecem a usuários diversos sistemas completos, prontos para instalação e uso. As distribuições do Linux começaram a receber uma popularidade limitada desde a segunda metade dos anos 90, como uma alternativa livre para os sistemas operacionais Microsoft Windows e Mac OS, principalmente por parte de pessoas acostumadas com o Unix na escola e no trabalho. O sistema tornou-se popular no mercado de Desktops e servidores, principalmente para a Web e servidores de bancos de dados. No decorrer do tempo, várias distribuições surgiram e desapareceram, cada qual com sua característica. Algumas distribuições são maiores outras menores, dependendo do número de aplicações e sua finalidade. Algumas distribuições de tamanhos menores cabem num disquete com 1,44 MB, outras precisam de vários CDs, existindo até algumas versões em DVD. Todas elas tem o seu público e sua finalidade, as pequenas (que ocupam poucos disquetes) são usadas para recuperação de sistemas danificados ou em monitoramento de redes de computadores. De entre as maiores, distribuídas em CDs, podem-se citar: Slackware, Debian, Suse, e Mandriva. A maior diferença é a organização e pré-configuração de softwares. A distribuição Conectiva Linux, por exemplo, tinha as suas aplicações traduzidas em português, o que facilitou que usuários que falam a Língua Portuguesa tenham aderido melhor a esta distribuição. Hoje esta distribuição foi incorporada à Mandrake, o que resultou na Mandriva. Para o português, existe também a distribuição brasileira Kurumin, construída sobre Knoppix e Debian, e a Caixa Mágica, existente nas versões 32 bits, 64 bits, Live CD 32 bits e Live CD 64 bits, e com vários programas open source: OpenOffice.org, Mozilla Firefox, entre outros. Existem distribuições com ferramentas para configuração que facilitam a administração do sistema. As principais diferenças entre as distribuições estão nos seus sistemas de pacotes, nas estruturas dos diretórios e na sua biblioteca básica. Por mais que a estrutura dos diretórios siga o mesmo padrão, o FSSTND é um padrão muito relaxado, principalmente em arquivos onde as configurações são diferentes entre as distribuições. Então normalmente todos seguem o padrão FHS (File Hierarchy System), que é o padrão mais novo. Vale lembrar, entretanto, que qualquer aplicativo ou driver desenvolvido para Linux pode ser compilado em qualquer distribuição que vai funcionar da mesma maneira. Quanto à biblioteca, é usada a Biblioteca libc, contendo funções básicas para o sistema Operacional Linux. O problema está quando do lançamento de uma nova versão da Biblioteca libc, algumas das distribuições colocam logo a nova versão, enquanto outras aguardam um pouco. Por isso, alguns programas funcionam numa distribuição e noutras não. Existe um movimento LSB (Linux Standard Base) que proporciona uma maior padronização. Auxilia principalmente vendedores de software que não liberam para distribuição do código fonte, sem tirar características das distribuições. O sistemas de pacotes não é padronizado. Um exemplo de distribuição que corre num CD é o Kurumin Linux, criado por Carlos E. Morimoto, baseada no Knoppix. Cada distro tem o seu propósito. Podem ser feitas especificamente para computadores desktops, laptops, servidores de redes, servidores de aplicações, servidores de banco de dados, handhelds, telefones celulares e outros. Consulte a lista de distribuições Linux para obter informações uma lista sobre contendo várias distribuições. Software Livre x Software Proprietário Microsoft Windows: right0Popular família de Sistemas Operacionais fabricado pela empresa Microsoft, tendo como fundadores Bill Gates e Paul Allen.É um sistema comercial, pago e o mais utilizado no mundo, apesar de a maioria das distribuições serem cópias ilegais. Sua última versão lançada para desktops e notebooks é a versão Windows 7 (seven), lançada recentemente e propostamente a sucessora da Família Windows Vista.Mas o mais utilizado da família Windows é o Windows XP SP2 ou SP3. Entretanto há algumas rejeições desse maior sistema operacional.O Windows, tanto XP como os outros tem uma facilidade imensa de receber ataques de hackers, devidos a ter programas com vulnerabilidades e também sem falar que a grande imensidão de vírus são feitas para esse sistema, tendo que ele necessita de programas protetores, como firewalls, anti-vírus, anti-spywares, anti-trojans, etc.Podemos dizer que o Windows é o Sistema Operacional mais usado no mundo devido à sua interface amigável e a grande maioria de programas e jogos serem desenvolvidas para sua plataforma.Linux: right0Linux é qualquer sistema operacional que utilize o núcleo Linux. Foi desenvolvido pelo Finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O seu código fonte está disponível sob licença GPL para qualquer pessoa que utilizar, estudar, modificar e distribuir de acordo com os termos da licença.Sistema tão antigo quanto o Microsoft Windows só que há pouco tempo começou a apresentar interfaces gráficas mais amigáveis e avançadas. Também é mais estável.É mais rápido e ágil perante o Microsoft Windows, tendo que sua base não é voltada para gráficos e detalhes que só demoram ao ser carregado junto com o sistema. Atualmente o Ubuntu (distribuição Linux mais usada no mercado) conta com um boot muito rápido e com uma interface muito amigável também.Diferente do Microsoft Windows, é um sistema aberto, sendo assim não existem somente uma distribuição e sim, várias. Atualmente é impossível saber quantas possuem hoje pois qualquer um que tenha conhecimentos pode fazer uma.De certa forma é muito mais seguro que o Microsoft Windows, e isso é o seu maior trunfo, pois ele o usuário não tem acesso direto às principais áreas críticas da máquina, reservadas ao super usuário. Isso evita que erros - seja um programa mal intencionado ou um acidente causado pelo próprio usuário - afetem o comportamento da máquina e áreas críticas.Mas uma de suas fraquesas é na plataforma de programas. Agora que estão utilizando de ambas as plataformas e isso de certo modo demorará um tempo ainda para que o Linux tenha bons programas.Enfim, em termos de segurança, estabilidade, rapidez e de uma interface até bem amigável, o Linux é a opção certa.Verdades e mitos:Dificuldade de instalação do Linux - Coisa do passado! Atualmente existem CDs programados para que instalem automaticamente, escolhendo a forma e a melhor forma de navegação.Dificuldade em adaptação ao sistema Linux - Mito! Um novo usuário, que não possuiu contato ainda com o sistema pode ficar frustrado ao migrar, tanto de sistemas como da Apple, OS/2 ou windows, por não obter o mesmo resultado.Acredito que há espaço para ambos os produtos no mercado e quem tem a ganhar somos nós, os usuários. O crescimento do software livre ajudou com que a Microsoft invista mais em segurança e em seu principal ponto forte, a facilidade de uso.