Este documento apresenta a história dinástica de Portugal desde a fundação da monarquia até à implantação da República em 1910. Detalha as quatro dinastias que governaram Portugal - Borgonha, Avis, Bragança e de Habsburgo - e os 36 monarcas que ocuparam o trono, com as respetivas datas de reinado e cognomes.
2. Primeira Dinastia – de Borgonha ou Afonsina
Casa reinante: Borgonha
Início do Fim do
# Nome Cognome(s) Notas
governo governo
6 de O Conquistador Também chamado D. Afonso Henriques (Afonso, filho de D.
27 de Julho de
1 D. Afonso I Dezembro de O Fundador Henrique; aqui radica a designação que os muçulmanos lhe
1139
1185 O Grande atribuíram, Ibn-Arrik - «filho de Henrique»).
3. 6 de
27 de Março
2 D. Sancho I Dezembro de O Povoador
de 1211
1185
O Gordo
D. Afonso 27 de Março 25 de Março O Crasso
3
II de 1211 de 1223 O Gafo
O Legislador
Deposto pelo Papa Inocêncio IV no I Concílio de Lyon, em 1245,
O Capelo
D. Sancho 25 de Março sob a acusação de «rex innutilis», viria a abdicar em 1247,
4 1247 O Piedoso
II de 1223 exilando-se em Toledo, e vindo a falecer pouco tempo depois, em
O Pio
inícios de 1248.
16 de Regente de Portugal, sob o título de Procurador e Defensor do
D. Afonso 3 de Janeiro de
5 Fevereiro de O Bolonhês Reino, desde 21 de Setembro de 1245, até à data da morte do
III 1248
1279 irmão, quando assume plenamente a realeza.
O Lavrador
16 de
7 de Janeiro de O Rei-Trovador
6 D. Dinis I Fevereiro de
1325 O Rei-Poeta
1279
O Rei-Agricultor
4. D. Afonso 7 de Janeiro de 28 de Maio de
7 O Bravo
IV 1325 1357
O Justiceiro
O Cruel
O Cru
28 de Maio de 18 de Janeiro
8 D. Pedro I O Vingativo
1357 de 1367
O Tartamudo
O Até-ao-Fim-do-
Mundo-Apaixonado
O Formoso
D. 18 de Janeiro 22 de Outubro O Belo
9
Fernando I de 1367 de 1383 O Inconstante
O Inconsciente
22 de Outubro 6 de Abril de
10 D. Beatriz I (ver nota 1)
de 1383 1385
5. Interregno (1383 - 1385)
Designação dada pela historiografia oficial ao período que medeia a morte de D. Fernando e a ascensão ao trono do seu meio-irmão, o Mestre de
Avis D. João, e que compreende as regências de Leonor Teles e do próprio Mestre de Avis.
# Nome Início do governo Fim do governo Notas
Exerce a regência em nome da sua filha D.
D. Leonor Teles de Menezes 22 de Outubro de 1383 16 de Dezembro de 1383
Beatriz
D. João, Mestre de Avis 16 de Dezembro de 1383 6 de Abril de 1385
6. Segunda Dinastia – de Avis ou Joanina
Casa reinante: Avis
# Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas
11 14 de Agosto de O da Boa
D. João I 6 de Abril de 1385
(10) 1433 Memória
12 14 de Agosto de 9 de Setembro de O Eloquente
D. Duarte I
(11) 1433 1438 O Rei-Filósofo
7. 13 9 de Setembro de 11 de Novembro de Abdica em favor do filho, que assumia já as funções de
D. Afonso V O Africano
(12) 1438 1477 regente do Reino.
O Príncipe
14 11 de Novembro de 15 de Novembro de É aclamado rei nas Cortes de Santarém de 1477; abdica
D. João II Perfeito
(13) 1477 1477 ao regressar ao Reino o seu pai.
O Tirano
13 15 de Novembro de 28 de Agosto de
D. Afonso V O Africano Reassume a realeza.
(12) 1477 1481
O Príncipe
14 28 de Agosto de 25 de Outubro de
D. João II Perfeito
(13) 1481 1495
O Tirano
~
8. Casa reinante: Avis-Beja
# Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas
O Venturoso
15 (14) D. Manuel I 25 de Outubro de 1495 13 de Dezembro de 1521 O Bem-Aventurado (ver nota 2)
O Pomposo
O Piedoso
16 (15) D. João III 13 de Dezembro de 1521 11 de Junho de 1557
O Pio
17 (16) D. Sebastião I 11 de Junho de 1557 27 de Agosto de 1578 O Desejado
O Encoberto
9. O Adormecido
O Casto
18 (17) D. Henrique I 27 de Agosto de 1578 31 de Janeiro de 1580 O Cardeal-Rei
O Eborense/O de Évora
Conselho de
Governadores
- 31 de Janeiro de 1580 24 de Julho de 1580
do Reino de
Portugal
O Prior do Crato
25 de Agosto de 1580
O Determinado
19 (18) D. António I 24 de Julho de 1580 (em Portugal Continental) (ver nota 3)
O Lutador
1583 (na ilha Terceira)
O Independentista
10. Terceira Dinastia – Filipina, de Habsburgo ou de Áustria
Casa reinante: Habsburgo (ou Casa de Áustria)
Os soberanos desta dinastia foram também reis de Castela, Países Baixos, Nápoles, Sicília, Leão, Aragão, Valência, Galiza, Navarra, Granada,
duques da Borgonha, etc., títulos genericamente reunidos sob a designação de Reis de Espanha.
# Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas
20 13 de Setembro de também Filipe II em Espanha (1556-1598) (ver
Filipe I 17 de abril de 1581 O Prudente
(19) 1598 nota 4)
21 Filipe II 13 de Setembro de 31 de Março de 1621 O Pio Filipe III em Espanha (1598-1621)
(20) 1598 O Piedoso
11. 22 1 de Dezembro de
Filipe III 31 de Março de 1621 O Grande Filipe IV em Espanha (1621-1665)
(21) 1640
Durante este período de sessenta anos, os reis fizeram-se representar em Portugal por um vice-rei ou um corpo de governadores - veja a lista de
vice-reis durante a dinastia filipina.
À revolta de 1 de Dezembro de 1640 seguiu-se a Guerra da Aclamação, depois chamada, pela historiografia romântica do século XIX, como
Guerra da Restauração.
12. Quarta Dinastia – de Bragança ou Brigantina
Casa reinante: Bragança
Início do Fim do
# Nome Cognome(s) Notas
governo governo
15 de 6 de
23 O Restaurador
D. João IV Dezembro de Novembro de
(22) O Afortunado
1640 1656
6 de 12 de Regências de Luísa de Gusmão (6 de Novembro de 1656 – 23 de
24 D. Afonso O Vitorioso
Novembro de Setembro de Junho de 1662) e do Infante D. Pedro (23 de Novembro de 1668 – 12
(23) VI O Prisioneiro
1656 1683 de Setembro de 1683)
13. 12 de 9 de
25
D. Pedro II Setembro de Dezembro de O Pacífico
(24)
1683 1706
O Magnânimo
O Magnífico
26 1 de Janeiro 31 de Julho de
D. João V O Rei-Sol
(25) de 1707 1750
Português
O Freirático
24 de
27 31 de Julho de
D. José I Fevereiro de O Reformador
(26) 1750
1777
24 de
28 20 de Março A Piedosa Regência do Príncipe D. João (despacho governativo: 1792 – 1799;
D. Maria I Fevereiro de
(27) de 1816 A Louca regente: 15 de Julho de 1799 – 20 de Março de 1816)
1777
- D. Pedro 24 de 5 de Março de O Capacidónio Rei-consorte de D. Maria I
III Fevereiro de 1786 O Sacristão
1777 O Edificador
14. Regente de Portugal 1792-1799; Príncipe-Regente de Portugal e
Algarves 1799-1808; Príncipe-Regente de Portugal, Brasil e
29 20 de Março 10 de Março
D. João VI O Clemente Algarves (1808-1816; Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e
(28) de 1816 de 1826
Algarves (1816-1825); Rei de Portugal e dos Algarves e Imperador
Titular do Brasil (1825-1826)
O Rei-Soldado
30 D. Pedro 26 de Abril de 2 de Maio de Também Imperador do Brasil (1 de Dezembro de 1822 – 7 de Abril
O Rei-Imperador
(29) IV 1826 1826 de 1831); regente de Portugal (1831 – 1834)
O Libertador
31 2 de Maio de 11 de Julho de A Educadora
D. Maria II
(30) 1826 1828 A Boa-Mãe
O Rei Absoluto
O Absolutista
32 11 de Julho de 26 de Maio de Regente em nome de D. Maria II (2 de Maio de 1826 – 11 de Julho
D. Miguel I O
(31) 1828 1834 de 1828)
Tradicionalista
O Usurpador
15. 20 de 15 de
31 A Educadora
D. Maria II Setembro de Novembro de Regência do pai D. Pedro (1831 – 1834)
(30) A Boa-Mãe
1834 1853
D. 16 de 15 de Rei-consorte de D. Maria II; oriundo da família de Saxe-Coburgo-
- Fernando Setembro de Novembro de O Rei-Artista Gotha
II 1837 1853 (ver nota 5)
15 de 11 de O Esperançoso
33 Regência do pai D. Fernando (15 de Novembro de 1853 - 16 de
D. Pedro V Novembro de Novembro de O Bem-Amado
(32) Setembro de 1855)
1853 1861 O Muito Amado
O Popular
11 de
34 19 de Outubro O Bom
D. Luís I Novembro de
(33) de 1889 O Rei-
1861
Marinheiro
O Diplomata
O Martirizado
35 19 de Outubro 1 de Fevereiro
D. Carlos I O Mártir (ver nota 6)
(34) de 1889 de 1908
O Oceanógrafo
O Rei-Pintor
16. O Patriota
O Desventurado
36 D. Manuel 1 de Fevereiro 5 de Outubro
O Estudioso Implantação da República
(35) II de 1908 de 1910
O Bibliófilo
O Rei-Saudade
Titulatura régia
Ao longo da história, o título oficial dos Reis de Portugal foi sendo alterado. Os Reis de Portugal (e antes deles, os Condes de Portucale) tiveram
os seguintes títulos:
Período Título Usado por Motivo
1096–1112 Conde de Portucale Henrique de Borgonha
(Comes Portugalensis)
17. Pela Graça de Deus, Conde e Senhor de Todo o Portucale
(Dei Gratiae, Comes et Totius Portugalensie Dominus)
De acordo com a tradição peninsular, as
Rainha de Portucale filhas dos reis podiam-se intitular
1112–1128 Teresa de Leão
sempre rainhas, ainda que não o fossem
(Portucalensis Regina)
de facto.
Sendo neto do Imperador Afonso VI, D.
Duque de Portucale Afonso Henriques usará a intitulação de
1128–1140 Afonso Henriques
Dux, e já não a de Comes, como fez seu
(Dux Portugalensis)
pai.
Pela Graça de Deus, Rei dos Portugueses D. Afonso Henriques, D.
1140–1189 Sancho I
Afonso Henriques proclamado rei.
(Dei Gratiae, Rex Portugalensium)
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e de Silves
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Silbis)
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal, de Silves e do Algarve
1189–1191 D. Sancho I Tomada de Silves (1189).
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae, Silbis & Algarbii; esta
intitulação surge em dois documentos nos quais D. Sancho
restaura a diocese de Silves em favor de D. Nicolau)
Pela Graça de Deus, Rei dos Portugueses Perda de Silves, retomada pelos
1191–1211 D. Sancho I
Almóadas (1191).
(Dei Gratiae, Rex Portugalensium)
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal
1211–1248 D. Afonso II, D. Sancho II
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae)
Afonso, casado com Matilde II,
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e Conde de Bolonha
1248–1259 D. Afonso III condessa de Bolonha, ascende ao trono
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Comes Boloniae) por morte do irmão sem herdeiros.
Pela morte de D. Matilde, Afonso III
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal
1259–1267 D. Afonso III abandona o título de Conde de Bolonha
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae) (1259).
18. D. Afonso III, D. Dinis, D. D. Afonso III recebe o senhorio do
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve
1267–1369 Afonso IV, D. Pedro I, D. Algarve pelo Tratado de Badajoz
(Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Algarbii) Fernando I (1267).
Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Portugal, de
Pretensão de D. Fernando à Coroa de
1369–1371 Toledo, da Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Múrcia, de D. Fernando I
Castela.
Jáen, do Algarve, de Algeciras e Senhor de Molina
Renúncia aos títulos castelhanos após a
1371–1383 Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve D. Fernando I
Paz de Alcoutim (1371).
Pela Graça de Deus, Rainha de Castela, de Leão, de Portugal,
Pretensão de D. Beatriz à Coroa de
1383–1385 de Toledo, da Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Múrcia, de D. Beatriz I e João I de Castela Portugal.
Jáen, do Algarve, de Algeciras e Senhora da Biscaia
Renúncia aos títulos castelhanos após a
1385–1415 Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve D. João I derrota de João I de Castela na Batalha
de Aljubarrota (1385).
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, e Senhor D. João I, D. Duarte, D. Afonso
1415–1458 V
Conquista de Ceuta (1415).
de Ceuta
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, e Senhor
1458–1471 D. Afonso V Conquista de Alcácer Ceguer (1458).
de Ceuta e de Alcácer em África
Conquista de Arzila e Tânger (1471) e
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves,
1471–1475 D. Afonso V elevação do senhorio do Norte de África
d'Aquém e d'Além-Mar em África à condição de Reino d'Além-Mar.
Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Portugal, de
Pretensão de D. Afonso V à Coroa de
Toledo, de Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Jáen, de
1475–1479 D. Afonso V Castela, pelo seu casamento com Joana,
Múrcia, dos Algarves d'Aquém e d'Além Mar em África, de a Beltraneja.
Gibraltar, de Algeciras, e Senhor da Biscaia e de Molina
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, Renúncia aos títulos castelhanos após a
1479–1485 D. Afonso V, D. João II
Paz das Alcáçovas-Toledo.
d'Aquém e d'Além-Mar em África
19. Criação do senhorio da Guiné
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves,
1485–1499 D. João II, D. Manuel I abrangendo as possessões portuguesas
d'Aquém e d'Além-Mar em África, e Senhor da Guiné que se estendiam pelo Golfo da Guiné.
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves,
D. Manuel I, D. João III, D. Após o regresso de Vasco da Gama da
d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da
1499–1580 Sebastião, D. Henrique, D. Índia, em 1499, o título régio é
Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia António reformulado e atinge a sua plenitude.
e Índia, etc.
Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Aragão, das
Duas Sicílias, de Jerusalém, de Portugal, de Navarra, de
Granada, de Toledo, de Valência, da Galiza, de Maiorca, de
Sevilha, da Sardenha, de Córdova, da Córsega, de Múrcia, de
Jáen, dos Algarves, de Algeciras, de Gibraltar, das Ilhas de
Com o domínio filipino, juntam-se os
Canária, das Índias Orientais e Ocidentais, Ilhas e Terra D. Filipe I, D. Filipe II, D.
1580–1640 Filipe III
demais títulos dos Áustrias à titulatura
Firme do Mar-Oceano, Conde de Barcelona, Senhor da portuguesa.
Biscaia e de Molina, Duque de Atenas e de Neopátria, Conde
de Rossilhão e da Cerdanha, Marquês de Oristano e de
Gociano, Arquiduque de Áustria, Duque da Borgonha, do
Brabante e de Milão, Conde de Habsburgo, da Flandres e do
Tirol, etc.
Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) de Portugal e dos
D. João IV, D. Afonso VI, D. Com a Restauração da Independência
Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da
1640–1815 Pedro II, D. João V, D. José I, (1640), regressa-se ao velho estilo
Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, D. Maria I (com D. Pedro III) adoptado por D. Manuel I.
Arábia, Pérsia e Índia, etc.
Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) do Reino Unido de
Portugal, Brasil e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em O Brasil é elevado a Reino dentro do
1815–1825 D. Maria I, D. João VI
Império Português (1815).
África, Senhor(a) da Guiné e da Conquista, Navegação e
Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.
1825–1826 Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, D. João VI Após o reconhecimento da
20. d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da independência do Império do Brasil por
Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia D. João VI (1825), retorna-se à fórmula
e Índia, etc. anterior.
Por Graça de Deus e Unânime Aclamação dos Povos, Durante o seu breve reinado de oito
Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, Rei dias, embora mantendo a destrinça
1826 de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em D. Pedro IV entre os dois Estados, o título reflectiu a
África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e união das duas coroas sobre a cabeça do
mesmo dinasta.
Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.
Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) de Portugal e dos D. Maria II, D. Miguel I, D. Após a abdicação de D. Pedro em favor
Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da Maria II (com D. Fernando II), da filha, retorna-se definitivamente à
1826–1910 D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos fórmula anterior, que vigorará agora
Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia,
Arábia, Pérsia e Índia, etc. I, D. Manuel II até ao fim da Monarquia.
Quanto ao estilo usado nas formas de adereçamento ao monarca, também ele evoluiu da seguinte maneira:
Período Estilo Usado por Motivo
D. Afonso I, D. Sancho I, D. Afonso II, D.
Sancho II, D. Afonso III, D. Dinis, D. Afonso IV,
Sua Alteza Real
1140–1577 D. Pedro I, D. Fernando I, D. João I, D. Duarte,
(SAR) D. Afonso V, D. João II, D. Manuel I, D. João
III, D. Sebastião
Por ocasião da entrevista de Guadalupe (1577), concedida por Filipe II de
Sua Majestade Espanha a seu sobrinho D. Sebastião, e do tratamento majestático que lhe
1577–1578 D. Sebastião
foi concedido pelo tio, D. Sebastião passa a usar a fórmula de adereçamento
(SM)
Sua Majestade, prenunciando o seu desejo imperial de conquista de África.
Com a morte de D. Sebastião em Alcácer-Quibir, o Cardeal-Rei regressa à
Sua Alteza Real
1578–1580 D. Henrique, D. António fórmula anterior, por considerar o tratamento majestático apenas adequado
(SAR) para o divino.
21. Com a incorporação de Portugal nos domínios dos Habsburgos da Espanha,
onde, devido à influência de Carlos V, rei de Castela e imperador da
Sua Majestade Filipe I, Filipe II, Filipe III, D. João IV, D.
1580–1748 Afonso VI, D. Pedro II, D. João V
Alemanha, se havia difundido o tratamento de Majestade, este passa
(SM) também à órbita portuguesa, mantendo-se mesmo após a Restauração da
Independência (1640).
Sua Majestade D. João V consegue da Santa Sé o reconhecimento do título de Majestade
D. João V, D. José I, D. Maria I (com D. Pedro
1748–1825 Fidelíssima III), D. João VI
Fidelíssima para a Coroa Portuguesa, por contraponto ao uso de Sua
(SMF) Majestade Católica em Espanha e Sua Majestade Cristianíssima em França.
Com o reconhecimento da independência do Brasil, em 1825, D. João VI
Sua Majestade reserva também para si, ao abrigo das disposições do Tratado do Rio de
Imperial e Janeiro, o título de Sua Majestade Imperial; com a sua morte no ano
1825–1826 D. João VI, D. Pedro IV
seguinte, e a subida ao trono do filho mais velho, também ele imperador do
Fidelíssima
(SMI&F) Brasil (D. Pedro IV, mantém-se o uso da fórmula dúplice, até à sua
abdicação em favor da filha D. Maria da Glória.
Sua Majestade D. Maria II, D. Miguel I, D. Maria II (com D.
1826–1910 Fidelíssima Fernando II), D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos I, Após a abdicação de D. Pedro IV, retorna-se ao anterior estilo.
(SMF) D. Manuel II
FONTE- WIKIPÉDIA