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A MONARQUIA PORTUGUESA
   TITULATURA RÉGIA
Primeira Dinastia – de Borgonha ou Afonsina




Casa reinante: Borgonha

                      Início do     Fim do
#    Nome                                         Cognome(s)                               Notas
                      governo       governo


                                   6 de        O Conquistador   Também chamado D. Afonso Henriques (Afonso, filho de D.
                    27 de Julho de
1 D. Afonso I                      Dezembro de O Fundador       Henrique; aqui radica a designação que os muçulmanos lhe
                    1139
                                   1185        O Grande         atribuíram, Ibn-Arrik - «filho de Henrique»).
6 de
                            27 de Março
2 D. Sancho I   Dezembro de                    O Povoador
                            de 1211
                1185


                                               O Gordo
  D. Afonso     27 de Março    25 de Março     O Crasso
3
  II            de 1211        de 1223         O Gafo
                                               O Legislador


                                                                  Deposto pelo Papa Inocêncio IV no I Concílio de Lyon, em 1245,
                                               O Capelo
  D. Sancho     25 de Março                                       sob a acusação de «rex innutilis», viria a abdicar em 1247,
4                              1247            O Piedoso
  II            de 1223                                           exilando-se em Toledo, e vindo a falecer pouco tempo depois, em
                                               O Pio
                                                                  inícios de 1248.


                                16 de                             Regente de Portugal, sob o título de Procurador e Defensor do
    D. Afonso   3 de Janeiro de
5                               Fevereiro de   O Bolonhês         Reino, desde 21 de Setembro de 1245, até à data da morte do
    III         1248
                                1279                              irmão, quando assume plenamente a realeza.


                                               O Lavrador
                16 de
                               7 de Janeiro de O Rei-Trovador
6 D. Dinis I    Fevereiro de
                               1325            O Rei-Poeta
                1279
                                               O Rei-Agricultor
D. Afonso     7 de Janeiro de 28 de Maio de
7                                               O Bravo
    IV            1325            1357



                                              O Justiceiro
                                              O Cruel
                                              O Cru
                  28 de Maio de 18 de Janeiro
8 D. Pedro I                                  O Vingativo
                  1357          de 1367
                                              O Tartamudo
                                              O Até-ao-Fim-do-
                                              Mundo-Apaixonado


                                              O Formoso
    D.            18 de Janeiro 22 de Outubro O Belo
9
    Fernando I    de 1367       de 1383       O Inconstante
                                              O Inconsciente



                  22 de Outubro 6 de Abril de
10 D. Beatriz I                                                  (ver nota 1)
                  de 1383       1385
Interregno (1383 - 1385)
Designação dada pela historiografia oficial ao período que medeia a morte de D. Fernando e a ascensão ao trono do seu meio-irmão, o Mestre de
Avis D. João, e que compreende as regências de Leonor Teles e do próprio Mestre de Avis.




#             Nome                           Início do governo          Fim do governo                             Notas



                                                                                             Exerce a regência em nome da sua filha D.
    D. Leonor Teles de Menezes           22 de Outubro de 1383     16 de Dezembro de 1383
                                                                                             Beatriz




    D. João, Mestre de Avis              16 de Dezembro de 1383 6 de Abril de 1385
Segunda Dinastia – de Avis ou Joanina




Casa reinante: Avis

 #      Nome          Início do governo     Fim do governo       Cognome(s)    Notas



 11                                        14 de Agosto de    O da Boa
     D. João I        6 de Abril de 1385
(10)                                       1433               Memória




 12                   14 de Agosto de      9 de Setembro de   O Eloquente
     D. Duarte I
(11)                  1433                 1438               O Rei-Filósofo
13                9 de Setembro de   11 de Novembro de               Abdica em favor do filho, que assumia já as funções de
     D. Afonso V                                        O Africano
(12)               1438               1477                            regente do Reino.



                                                       O Príncipe
 14                11 de Novembro de 15 de Novembro de                É aclamado rei nas Cortes de Santarém de 1477; abdica
     D. João II                                        Perfeito
(13)               1477              1477                             ao regressar ao Reino o seu pai.
                                                       O Tirano



 13                15 de Novembro de 28 de Agosto de
     D. Afonso V                                         O Africano   Reassume a realeza.
(12)               1477              1481



                                                         O Príncipe
 14                28 de Agosto de    25 de Outubro de
     D. João II                                          Perfeito
(13)               1481               1495
                                                         O Tirano




~
Casa reinante: Avis-Beja

  #         Nome                    Início do governo       Fim do governo            Cognome(s)             Notas


                                                                                 O Venturoso
15 (14) D. Manuel I             25 de Outubro de 1495   13 de Dezembro de 1521   O Bem-Aventurado   (ver nota 2)
                                                                                 O Pomposo



                                                                                 O Piedoso
16 (15) D. João III             13 de Dezembro de 1521 11 de Junho de 1557
                                                                                 O Pio



17 (16) D. Sebastião I          11 de Junho de 1557     27 de Agosto de 1578     O Desejado
                                                                                 O Encoberto
O Adormecido


                                                                         O Casto
18 (17) D. Henrique I   27 de Agosto de 1578    31 de Janeiro de 1580    O Cardeal-Rei
                                                                         O Eborense/O de Évora


       Conselho de
       Governadores
  -                     31 de Janeiro de 1580   24 de Julho de 1580
       do Reino de
       Portugal


                                                                          O Prior do Crato
                                                25 de Agosto de 1580
                                                                          O Determinado
19 (18) D. António I    24 de Julho de 1580     (em Portugal Continental)                        (ver nota 3)
                                                                          O Lutador
                                                1583 (na ilha Terceira)
                                                                          O Independentista
Terceira Dinastia – Filipina, de Habsburgo ou de Áustria




Casa reinante: Habsburgo (ou Casa de Áustria)

Os soberanos desta dinastia foram também reis de Castela, Países Baixos, Nápoles, Sicília, Leão, Aragão, Valência, Galiza, Navarra, Granada,
duques da Borgonha, etc., títulos genericamente reunidos sob a designação de Reis de Espanha.


 #       Nome                  Início do governo       Fim do governo          Cognome(s)                            Notas



 20                                                 13 de Setembro de                            também Filipe II em Espanha (1556-1598) (ver
     Filipe I                17 de abril de 1581                           O Prudente
(19)                                                1598                                         nota 4)



 21 Filipe II                13 de Setembro de      31 de Março de 1621 O Pio                    Filipe III em Espanha (1598-1621)
(20)                         1598                                       O Piedoso
22                                                  1 de Dezembro de
     Filipe III              31 de Março de 1621                            O Grande              Filipe IV em Espanha (1621-1665)
(21)                                                 1640



Durante este período de sessenta anos, os reis fizeram-se representar em Portugal por um vice-rei ou um corpo de governadores - veja a lista de
vice-reis durante a dinastia filipina.

À revolta de 1 de Dezembro de 1640 seguiu-se a Guerra da Aclamação, depois chamada, pela historiografia romântica do século XIX, como
Guerra da Restauração.
Quarta Dinastia – de Bragança ou Brigantina




Casa reinante: Bragança

                          Início do   Fim do
 #     Nome                                       Cognome(s)                                 Notas
                          governo     governo



                     15 de       6 de
 23                                          O Restaurador
     D. João IV      Dezembro de Novembro de
(22)                                         O Afortunado
                     1640        1656




                     6 de        12 de                          Regências de Luísa de Gusmão (6 de Novembro de 1656 – 23 de
 24 D. Afonso                                   O Vitorioso
                     Novembro de Setembro de                    Junho de 1662) e do Infante D. Pedro (23 de Novembro de 1668 – 12
(23) VI                                         O Prisioneiro
                     1656        1683                           de Setembro de 1683)
12 de          9 de
 25
     D. Pedro II   Setembro de    Dezembro de O Pacífico
(24)
                   1683           1706


                                                 O Magnânimo
                                                 O Magnífico
 26                1 de Janeiro   31 de Julho de
     D. João V                                   O Rei-Sol
(25)               de 1707        1750
                                                 Português
                                                 O Freirático


                                  24 de
 27                31 de Julho de
     D. José I                    Fevereiro de   O Reformador
(26)               1750
                                  1777


                   24 de
 28                               20 de Março    A Piedosa      Regência do Príncipe D. João (despacho governativo: 1792 – 1799;
     D. Maria I    Fevereiro de
(27)                              de 1816        A Louca        regente: 15 de Julho de 1799 – 20 de Março de 1816)
                   1777


 -   D. Pedro      24 de          5 de Março de O Capacidónio   Rei-consorte de D. Maria I
     III           Fevereiro de   1786          O Sacristão
                   1777                         O Edificador
Regente de Portugal 1792-1799; Príncipe-Regente de Portugal e
                                                                  Algarves 1799-1808; Príncipe-Regente de Portugal, Brasil e
 29                20 de Março   10 de Março
     D. João VI                                 O Clemente        Algarves (1808-1816; Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e
(28)               de 1816       de 1826
                                                                  Algarves (1816-1825); Rei de Portugal e dos Algarves e Imperador
                                                                  Titular do Brasil (1825-1826)


                                               O Rei-Soldado
 30 D. Pedro       26 de Abril de 2 de Maio de                 Também Imperador do Brasil (1 de Dezembro de 1822 – 7 de Abril
                                               O Rei-Imperador
(29) IV            1826           1826                         de 1831); regente de Portugal (1831 – 1834)
                                               O Libertador



 31                2 de Maio de 11 de Julho de A Educadora
     D. Maria II
(30)               1826         1828           A Boa-Mãe



                                                O Rei Absoluto
                                                O Absolutista
 32                11 de Julho de 26 de Maio de                   Regente em nome de D. Maria II (2 de Maio de 1826 – 11 de Julho
     D. Miguel I                                O
(31)               1828           1834                            de 1828)
                                                Tradicionalista
                                                O Usurpador
20 de         15 de
 31                                          A Educadora
     D. Maria II   Setembro de   Novembro de                    Regência do pai D. Pedro (1831 – 1834)
(30)                                         A Boa-Mãe
                   1834          1853


     D.            16 de         15 de                          Rei-consorte de D. Maria II; oriundo da família de Saxe-Coburgo-
 -   Fernando      Setembro de   Novembro de O Rei-Artista      Gotha
     II            1837          1853                           (ver nota 5)



                   15 de       11 de       O Esperançoso
 33                                                      Regência do pai D. Fernando (15 de Novembro de 1853 - 16 de
     D. Pedro V    Novembro de Novembro de O Bem-Amado
(32)                                                     Setembro de 1855)
                   1853        1861        O Muito Amado



                                             O Popular
                   11 de
 34                            19 de Outubro O Bom
     D. Luís I     Novembro de
(33)                           de 1889       O Rei-
                   1861
                                             Marinheiro


                                                O Diplomata
                                                O Martirizado
 35                19 de Outubro 1 de Fevereiro
     D. Carlos I                                O Mártir        (ver nota 6)
(34)               de 1889       de 1908
                                                O Oceanógrafo
                                                O Rei-Pintor
O Patriota
                                                        O Desventurado
 36 D. Manuel               1 de Fevereiro 5 de Outubro
                                                        O Estudioso    Implantação da República
(35) II                     de 1908        de 1910
                                                        O Bibliófilo
                                                        O Rei-Saudade




Titulatura régia
Ao longo da história, o título oficial dos Reis de Portugal foi sendo alterado. Os Reis de Portugal (e antes deles, os Condes de Portucale) tiveram
os seguintes títulos:

  Período                                   Título                                         Usado por                          Motivo
1096–1112     Conde de Portucale                                                      Henrique de Borgonha
              (Comes Portugalensis)
Pela Graça de Deus, Conde e Senhor de Todo o Portucale
            (Dei Gratiae, Comes et Totius Portugalensie Dominus)
                                                                                                       De acordo com a tradição peninsular, as
            Rainha de Portucale                                                                        filhas dos reis podiam-se intitular
1112–1128                                                                      Teresa de Leão
                                                                                                       sempre rainhas, ainda que não o fossem
            (Portucalensis Regina)
                                                                                                       de facto.
                                                                                                       Sendo neto do Imperador Afonso VI, D.
            Duque de Portucale                                                                         Afonso Henriques usará a intitulação de
1128–1140                                                                     Afonso Henriques
                                                                                                       Dux, e já não a de Comes, como fez seu
            (Dux Portugalensis)
                                                                                                       pai.

            Pela Graça de Deus, Rei dos Portugueses                       D. Afonso Henriques, D.
1140–1189                                                                        Sancho I
                                                                                                       Afonso Henriques proclamado rei.
            (Dei Gratiae, Rex Portugalensium)
            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e de Silves
            (Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Silbis)
            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal, de Silves e do Algarve
1189–1191                                                                        D. Sancho I           Tomada de Silves (1189).
            (Dei Gratiae, Rex Portugaliae, Silbis & Algarbii; esta
            intitulação surge em dois documentos nos quais D. Sancho
            restaura a diocese de Silves em favor de D. Nicolau)
            Pela Graça de Deus, Rei dos Portugueses                                                    Perda de Silves, retomada pelos
1191–1211                                                                        D. Sancho I
                                                                                                       Almóadas (1191).
            (Dei Gratiae, Rex Portugalensium)
            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal
1211–1248                                                                 D. Afonso II, D. Sancho II
            (Dei Gratiae, Rex Portugaliae)
                                                                                                       Afonso, casado com Matilde II,
            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e Conde de Bolonha
1248–1259                                                                       D. Afonso III          condessa de Bolonha, ascende ao trono
            (Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Comes Boloniae)                                            por morte do irmão sem herdeiros.
                                                                                                       Pela morte de D. Matilde, Afonso III
            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal
1259–1267                                                                       D. Afonso III          abandona o título de Conde de Bolonha
            (Dei Gratiae, Rex Portugaliae)                                                             (1259).
D. Afonso III, D. Dinis, D.   D. Afonso III recebe o senhorio do
            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve
1267–1369                                                                        Afonso IV, D. Pedro I, D.     Algarve pelo Tratado de Badajoz
            (Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Algarbii)                                   Fernando I             (1267).

            Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Portugal, de
                                                                                                               Pretensão de D. Fernando à Coroa de
1369–1371   Toledo, da Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Múrcia, de                   D. Fernando I
                                                                                                               Castela.
            Jáen, do Algarve, de Algeciras e Senhor de Molina
                                                                                                               Renúncia aos títulos castelhanos após a
1371–1383   Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve                           D. Fernando I
                                                                                                               Paz de Alcoutim (1371).

            Pela Graça de Deus, Rainha de Castela, de Leão, de Portugal,
                                                                                                         Pretensão de D. Beatriz à Coroa de
1383–1385   de Toledo, da Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Múrcia, de D. Beatriz I e João I de Castela Portugal.
            Jáen, do Algarve, de Algeciras e Senhora da Biscaia
                                                                                                               Renúncia aos títulos castelhanos após a
1385–1415   Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve                             D. João I             derrota de João I de Castela na Batalha
                                                                                                               de Aljubarrota (1385).

            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, e Senhor        D. João I, D. Duarte, D. Afonso
1415–1458                                                                                    V
                                                                                                              Conquista de Ceuta (1415).
            de Ceuta
            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, e Senhor
1458–1471                                                                               D. Afonso V            Conquista de Alcácer Ceguer (1458).
            de Ceuta e de Alcácer em África
                                                                                                               Conquista de Arzila e Tânger (1471) e
            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves,
1471–1475                                                                               D. Afonso V            elevação do senhorio do Norte de África
            d'Aquém e d'Além-Mar em África                                                                     à condição de Reino d'Além-Mar.

            Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Portugal, de
                                                                                                               Pretensão de D. Afonso V à Coroa de
            Toledo, de Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Jáen, de
1475–1479                                                                               D. Afonso V            Castela, pelo seu casamento com Joana,
            Múrcia, dos Algarves d'Aquém e d'Além Mar em África, de                                            a Beltraneja.
            Gibraltar, de Algeciras, e Senhor da Biscaia e de Molina
            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves,                                                Renúncia aos títulos castelhanos após a
1479–1485                                                                         D. Afonso V, D. João II
                                                                                                               Paz das Alcáçovas-Toledo.
            d'Aquém e d'Além-Mar em África
Criação do senhorio da Guiné
            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves,
1485–1499                                                                     D. João II, D. Manuel I       abrangendo as possessões portuguesas
            d'Aquém e d'Além-Mar em África, e Senhor da Guiné                                               que se estendiam pelo Golfo da Guiné.

            Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves,
                                                                            D. Manuel I, D. João III, D.    Após o regresso de Vasco da Gama da
            d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da
1499–1580                                                                   Sebastião, D. Henrique, D.      Índia, em 1499, o título régio é
            Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia               António                reformulado e atinge a sua plenitude.
            e Índia, etc.
            Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Aragão, das
            Duas Sicílias, de Jerusalém, de Portugal, de Navarra, de
            Granada, de Toledo, de Valência, da Galiza, de Maiorca, de
            Sevilha, da Sardenha, de Córdova, da Córsega, de Múrcia, de
            Jáen, dos Algarves, de Algeciras, de Gibraltar, das Ilhas de
                                                                                                            Com o domínio filipino, juntam-se os
            Canária, das Índias Orientais e Ocidentais, Ilhas e Terra       D. Filipe I, D. Filipe II, D.
1580–1640                                                                            Filipe III
                                                                                                            demais títulos dos Áustrias à titulatura
            Firme do Mar-Oceano, Conde de Barcelona, Senhor da                                              portuguesa.
            Biscaia e de Molina, Duque de Atenas e de Neopátria, Conde
            de Rossilhão e da Cerdanha, Marquês de Oristano e de
            Gociano, Arquiduque de Áustria, Duque da Borgonha, do
            Brabante e de Milão, Conde de Habsburgo, da Flandres e do
            Tirol, etc.
            Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) de Portugal e dos
                                                                           D. João IV, D. Afonso VI, D. Com a Restauração da Independência
            Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da
1640–1815                                                                  Pedro II, D. João V, D. José I, (1640), regressa-se ao velho estilo
            Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia,         D. Maria I (com D. Pedro III) adoptado por D. Manuel I.
            Arábia, Pérsia e Índia, etc.
            Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) do Reino Unido de
            Portugal, Brasil e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em                                        O Brasil é elevado a Reino dentro do
1815–1825                                                                     D. Maria I, D. João VI
                                                                                                            Império Português (1815).
            África, Senhor(a) da Guiné e da Conquista, Navegação e
            Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.
1825–1826   Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves,                     D. João VI              Após o reconhecimento da
d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da                                                        independência do Império do Brasil por
            Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia                                                  D. João VI (1825), retorna-se à fórmula
            e Índia, etc.                                                                                               anterior.

            Por Graça de Deus e Unânime Aclamação dos Povos,                                                            Durante o seu breve reinado de oito
            Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, Rei                                                 dias, embora mantendo a destrinça
1826        de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em                                D. Pedro IV              entre os dois Estados, o título reflectiu a
            África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e                                                         união das duas coroas sobre a cabeça do
                                                                                                                        mesmo dinasta.
            Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.
            Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) de Portugal e dos                      D. Maria II, D. Miguel I, D.     Após a abdicação de D. Pedro em favor
            Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da                   Maria II (com D. Fernando II),     da filha, retorna-se definitivamente à
1826–1910                                                                            D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos   fórmula anterior, que vigorará agora
            Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia,
            Arábia, Pérsia e Índia, etc.                                                     I, D. Manuel II            até ao fim da Monarquia.


Quanto ao estilo usado nas formas de adereçamento ao monarca, também ele evoluiu da seguinte maneira:

  Período         Estilo                        Usado por                                                          Motivo
                              D. Afonso I, D. Sancho I, D. Afonso II, D.
                              Sancho II, D. Afonso III, D. Dinis, D. Afonso IV,
            Sua Alteza Real
1140–1577                     D. Pedro I, D. Fernando I, D. João I, D. Duarte,
            (SAR)             D. Afonso V, D. João II, D. Manuel I, D. João
                              III, D. Sebastião
                                                                                  Por ocasião da entrevista de Guadalupe (1577), concedida por Filipe II de
            Sua Majestade                                                         Espanha a seu sobrinho D. Sebastião, e do tratamento majestático que lhe
1577–1578                     D. Sebastião
                                                                                  foi concedido pelo tio, D. Sebastião passa a usar a fórmula de adereçamento
            (SM)
                                                                                  Sua Majestade, prenunciando o seu desejo imperial de conquista de África.
                                                                                  Com a morte de D. Sebastião em Alcácer-Quibir, o Cardeal-Rei regressa à
            Sua Alteza Real
1578–1580                     D. Henrique, D. António                             fórmula anterior, por considerar o tratamento majestático apenas adequado
            (SAR)                                                                 para o divino.
Com a incorporação de Portugal nos domínios dos Habsburgos da Espanha,
                                                                              onde, devido à influência de Carlos V, rei de Castela e imperador da
            Sua Majestade   Filipe I, Filipe II, Filipe III, D. João IV, D.
1580–1748                   Afonso VI, D. Pedro II, D. João V
                                                                              Alemanha, se havia difundido o tratamento de Majestade, este passa
            (SM)                                                              também à órbita portuguesa, mantendo-se mesmo após a Restauração da
                                                                              Independência (1640).

            Sua Majestade                                                     D. João V consegue da Santa Sé o reconhecimento do título de Majestade
                            D. João V, D. José I, D. Maria I (com D. Pedro
1748–1825   Fidelíssima     III), D. João VI
                                                                              Fidelíssima para a Coroa Portuguesa, por contraponto ao uso de Sua
            (SMF)                                                             Majestade Católica em Espanha e Sua Majestade Cristianíssima em França.

                                                                              Com o reconhecimento da independência do Brasil, em 1825, D. João VI
            Sua Majestade                                                     reserva também para si, ao abrigo das disposições do Tratado do Rio de
            Imperial e                                                        Janeiro, o título de Sua Majestade Imperial; com a sua morte no ano
1825–1826                   D. João VI, D. Pedro IV
                                                                              seguinte, e a subida ao trono do filho mais velho, também ele imperador do
            Fidelíssima
            (SMI&F)                                                           Brasil (D. Pedro IV, mantém-se o uso da fórmula dúplice, até à sua
                                                                              abdicação em favor da filha D. Maria da Glória.

            Sua Majestade   D. Maria II, D. Miguel I, D. Maria II (com D.
1826–1910   Fidelíssima     Fernando II), D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos I, Após a abdicação de D. Pedro IV, retorna-se ao anterior estilo.
            (SMF)           D. Manuel II


FONTE- WIKIPÉDIA

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  • 1. A MONARQUIA PORTUGUESA TITULATURA RÉGIA
  • 2. Primeira Dinastia – de Borgonha ou Afonsina Casa reinante: Borgonha Início do Fim do # Nome Cognome(s) Notas governo governo 6 de O Conquistador Também chamado D. Afonso Henriques (Afonso, filho de D. 27 de Julho de 1 D. Afonso I Dezembro de O Fundador Henrique; aqui radica a designação que os muçulmanos lhe 1139 1185 O Grande atribuíram, Ibn-Arrik - «filho de Henrique»).
  • 3. 6 de 27 de Março 2 D. Sancho I Dezembro de O Povoador de 1211 1185 O Gordo D. Afonso 27 de Março 25 de Março O Crasso 3 II de 1211 de 1223 O Gafo O Legislador Deposto pelo Papa Inocêncio IV no I Concílio de Lyon, em 1245, O Capelo D. Sancho 25 de Março sob a acusação de «rex innutilis», viria a abdicar em 1247, 4 1247 O Piedoso II de 1223 exilando-se em Toledo, e vindo a falecer pouco tempo depois, em O Pio inícios de 1248. 16 de Regente de Portugal, sob o título de Procurador e Defensor do D. Afonso 3 de Janeiro de 5 Fevereiro de O Bolonhês Reino, desde 21 de Setembro de 1245, até à data da morte do III 1248 1279 irmão, quando assume plenamente a realeza. O Lavrador 16 de 7 de Janeiro de O Rei-Trovador 6 D. Dinis I Fevereiro de 1325 O Rei-Poeta 1279 O Rei-Agricultor
  • 4. D. Afonso 7 de Janeiro de 28 de Maio de 7 O Bravo IV 1325 1357 O Justiceiro O Cruel O Cru 28 de Maio de 18 de Janeiro 8 D. Pedro I O Vingativo 1357 de 1367 O Tartamudo O Até-ao-Fim-do- Mundo-Apaixonado O Formoso D. 18 de Janeiro 22 de Outubro O Belo 9 Fernando I de 1367 de 1383 O Inconstante O Inconsciente 22 de Outubro 6 de Abril de 10 D. Beatriz I (ver nota 1) de 1383 1385
  • 5. Interregno (1383 - 1385) Designação dada pela historiografia oficial ao período que medeia a morte de D. Fernando e a ascensão ao trono do seu meio-irmão, o Mestre de Avis D. João, e que compreende as regências de Leonor Teles e do próprio Mestre de Avis. # Nome Início do governo Fim do governo Notas Exerce a regência em nome da sua filha D. D. Leonor Teles de Menezes 22 de Outubro de 1383 16 de Dezembro de 1383 Beatriz D. João, Mestre de Avis 16 de Dezembro de 1383 6 de Abril de 1385
  • 6. Segunda Dinastia – de Avis ou Joanina Casa reinante: Avis # Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas 11 14 de Agosto de O da Boa D. João I 6 de Abril de 1385 (10) 1433 Memória 12 14 de Agosto de 9 de Setembro de O Eloquente D. Duarte I (11) 1433 1438 O Rei-Filósofo
  • 7. 13 9 de Setembro de 11 de Novembro de Abdica em favor do filho, que assumia já as funções de D. Afonso V O Africano (12) 1438 1477 regente do Reino. O Príncipe 14 11 de Novembro de 15 de Novembro de É aclamado rei nas Cortes de Santarém de 1477; abdica D. João II Perfeito (13) 1477 1477 ao regressar ao Reino o seu pai. O Tirano 13 15 de Novembro de 28 de Agosto de D. Afonso V O Africano Reassume a realeza. (12) 1477 1481 O Príncipe 14 28 de Agosto de 25 de Outubro de D. João II Perfeito (13) 1481 1495 O Tirano ~
  • 8. Casa reinante: Avis-Beja # Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas O Venturoso 15 (14) D. Manuel I 25 de Outubro de 1495 13 de Dezembro de 1521 O Bem-Aventurado (ver nota 2) O Pomposo O Piedoso 16 (15) D. João III 13 de Dezembro de 1521 11 de Junho de 1557 O Pio 17 (16) D. Sebastião I 11 de Junho de 1557 27 de Agosto de 1578 O Desejado O Encoberto
  • 9. O Adormecido O Casto 18 (17) D. Henrique I 27 de Agosto de 1578 31 de Janeiro de 1580 O Cardeal-Rei O Eborense/O de Évora Conselho de Governadores - 31 de Janeiro de 1580 24 de Julho de 1580 do Reino de Portugal O Prior do Crato 25 de Agosto de 1580 O Determinado 19 (18) D. António I 24 de Julho de 1580 (em Portugal Continental) (ver nota 3) O Lutador 1583 (na ilha Terceira) O Independentista
  • 10. Terceira Dinastia – Filipina, de Habsburgo ou de Áustria Casa reinante: Habsburgo (ou Casa de Áustria) Os soberanos desta dinastia foram também reis de Castela, Países Baixos, Nápoles, Sicília, Leão, Aragão, Valência, Galiza, Navarra, Granada, duques da Borgonha, etc., títulos genericamente reunidos sob a designação de Reis de Espanha. # Nome Início do governo Fim do governo Cognome(s) Notas 20 13 de Setembro de também Filipe II em Espanha (1556-1598) (ver Filipe I 17 de abril de 1581 O Prudente (19) 1598 nota 4) 21 Filipe II 13 de Setembro de 31 de Março de 1621 O Pio Filipe III em Espanha (1598-1621) (20) 1598 O Piedoso
  • 11. 22 1 de Dezembro de Filipe III 31 de Março de 1621 O Grande Filipe IV em Espanha (1621-1665) (21) 1640 Durante este período de sessenta anos, os reis fizeram-se representar em Portugal por um vice-rei ou um corpo de governadores - veja a lista de vice-reis durante a dinastia filipina. À revolta de 1 de Dezembro de 1640 seguiu-se a Guerra da Aclamação, depois chamada, pela historiografia romântica do século XIX, como Guerra da Restauração.
  • 12. Quarta Dinastia – de Bragança ou Brigantina Casa reinante: Bragança Início do Fim do # Nome Cognome(s) Notas governo governo 15 de 6 de 23 O Restaurador D. João IV Dezembro de Novembro de (22) O Afortunado 1640 1656 6 de 12 de Regências de Luísa de Gusmão (6 de Novembro de 1656 – 23 de 24 D. Afonso O Vitorioso Novembro de Setembro de Junho de 1662) e do Infante D. Pedro (23 de Novembro de 1668 – 12 (23) VI O Prisioneiro 1656 1683 de Setembro de 1683)
  • 13. 12 de 9 de 25 D. Pedro II Setembro de Dezembro de O Pacífico (24) 1683 1706 O Magnânimo O Magnífico 26 1 de Janeiro 31 de Julho de D. João V O Rei-Sol (25) de 1707 1750 Português O Freirático 24 de 27 31 de Julho de D. José I Fevereiro de O Reformador (26) 1750 1777 24 de 28 20 de Março A Piedosa Regência do Príncipe D. João (despacho governativo: 1792 – 1799; D. Maria I Fevereiro de (27) de 1816 A Louca regente: 15 de Julho de 1799 – 20 de Março de 1816) 1777 - D. Pedro 24 de 5 de Março de O Capacidónio Rei-consorte de D. Maria I III Fevereiro de 1786 O Sacristão 1777 O Edificador
  • 14. Regente de Portugal 1792-1799; Príncipe-Regente de Portugal e Algarves 1799-1808; Príncipe-Regente de Portugal, Brasil e 29 20 de Março 10 de Março D. João VI O Clemente Algarves (1808-1816; Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e (28) de 1816 de 1826 Algarves (1816-1825); Rei de Portugal e dos Algarves e Imperador Titular do Brasil (1825-1826) O Rei-Soldado 30 D. Pedro 26 de Abril de 2 de Maio de Também Imperador do Brasil (1 de Dezembro de 1822 – 7 de Abril O Rei-Imperador (29) IV 1826 1826 de 1831); regente de Portugal (1831 – 1834) O Libertador 31 2 de Maio de 11 de Julho de A Educadora D. Maria II (30) 1826 1828 A Boa-Mãe O Rei Absoluto O Absolutista 32 11 de Julho de 26 de Maio de Regente em nome de D. Maria II (2 de Maio de 1826 – 11 de Julho D. Miguel I O (31) 1828 1834 de 1828) Tradicionalista O Usurpador
  • 15. 20 de 15 de 31 A Educadora D. Maria II Setembro de Novembro de Regência do pai D. Pedro (1831 – 1834) (30) A Boa-Mãe 1834 1853 D. 16 de 15 de Rei-consorte de D. Maria II; oriundo da família de Saxe-Coburgo- - Fernando Setembro de Novembro de O Rei-Artista Gotha II 1837 1853 (ver nota 5) 15 de 11 de O Esperançoso 33 Regência do pai D. Fernando (15 de Novembro de 1853 - 16 de D. Pedro V Novembro de Novembro de O Bem-Amado (32) Setembro de 1855) 1853 1861 O Muito Amado O Popular 11 de 34 19 de Outubro O Bom D. Luís I Novembro de (33) de 1889 O Rei- 1861 Marinheiro O Diplomata O Martirizado 35 19 de Outubro 1 de Fevereiro D. Carlos I O Mártir (ver nota 6) (34) de 1889 de 1908 O Oceanógrafo O Rei-Pintor
  • 16. O Patriota O Desventurado 36 D. Manuel 1 de Fevereiro 5 de Outubro O Estudioso Implantação da República (35) II de 1908 de 1910 O Bibliófilo O Rei-Saudade Titulatura régia Ao longo da história, o título oficial dos Reis de Portugal foi sendo alterado. Os Reis de Portugal (e antes deles, os Condes de Portucale) tiveram os seguintes títulos: Período Título Usado por Motivo 1096–1112 Conde de Portucale Henrique de Borgonha (Comes Portugalensis)
  • 17. Pela Graça de Deus, Conde e Senhor de Todo o Portucale (Dei Gratiae, Comes et Totius Portugalensie Dominus) De acordo com a tradição peninsular, as Rainha de Portucale filhas dos reis podiam-se intitular 1112–1128 Teresa de Leão sempre rainhas, ainda que não o fossem (Portucalensis Regina) de facto. Sendo neto do Imperador Afonso VI, D. Duque de Portucale Afonso Henriques usará a intitulação de 1128–1140 Afonso Henriques Dux, e já não a de Comes, como fez seu (Dux Portugalensis) pai. Pela Graça de Deus, Rei dos Portugueses D. Afonso Henriques, D. 1140–1189 Sancho I Afonso Henriques proclamado rei. (Dei Gratiae, Rex Portugalensium) Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e de Silves (Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Silbis) Pela Graça de Deus, Rei de Portugal, de Silves e do Algarve 1189–1191 D. Sancho I Tomada de Silves (1189). (Dei Gratiae, Rex Portugaliae, Silbis & Algarbii; esta intitulação surge em dois documentos nos quais D. Sancho restaura a diocese de Silves em favor de D. Nicolau) Pela Graça de Deus, Rei dos Portugueses Perda de Silves, retomada pelos 1191–1211 D. Sancho I Almóadas (1191). (Dei Gratiae, Rex Portugalensium) Pela Graça de Deus, Rei de Portugal 1211–1248 D. Afonso II, D. Sancho II (Dei Gratiae, Rex Portugaliae) Afonso, casado com Matilde II, Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e Conde de Bolonha 1248–1259 D. Afonso III condessa de Bolonha, ascende ao trono (Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Comes Boloniae) por morte do irmão sem herdeiros. Pela morte de D. Matilde, Afonso III Pela Graça de Deus, Rei de Portugal 1259–1267 D. Afonso III abandona o título de Conde de Bolonha (Dei Gratiae, Rex Portugaliae) (1259).
  • 18. D. Afonso III, D. Dinis, D. D. Afonso III recebe o senhorio do Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve 1267–1369 Afonso IV, D. Pedro I, D. Algarve pelo Tratado de Badajoz (Dei Gratiae, Rex Portugaliae & Algarbii) Fernando I (1267). Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Portugal, de Pretensão de D. Fernando à Coroa de 1369–1371 Toledo, da Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Múrcia, de D. Fernando I Castela. Jáen, do Algarve, de Algeciras e Senhor de Molina Renúncia aos títulos castelhanos após a 1371–1383 Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve D. Fernando I Paz de Alcoutim (1371). Pela Graça de Deus, Rainha de Castela, de Leão, de Portugal, Pretensão de D. Beatriz à Coroa de 1383–1385 de Toledo, da Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Múrcia, de D. Beatriz I e João I de Castela Portugal. Jáen, do Algarve, de Algeciras e Senhora da Biscaia Renúncia aos títulos castelhanos após a 1385–1415 Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve D. João I derrota de João I de Castela na Batalha de Aljubarrota (1385). Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, e Senhor D. João I, D. Duarte, D. Afonso 1415–1458 V Conquista de Ceuta (1415). de Ceuta Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, e Senhor 1458–1471 D. Afonso V Conquista de Alcácer Ceguer (1458). de Ceuta e de Alcácer em África Conquista de Arzila e Tânger (1471) e Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, 1471–1475 D. Afonso V elevação do senhorio do Norte de África d'Aquém e d'Além-Mar em África à condição de Reino d'Além-Mar. Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Portugal, de Pretensão de D. Afonso V à Coroa de Toledo, de Galiza, de Sevilha, de Córdova, de Jáen, de 1475–1479 D. Afonso V Castela, pelo seu casamento com Joana, Múrcia, dos Algarves d'Aquém e d'Além Mar em África, de a Beltraneja. Gibraltar, de Algeciras, e Senhor da Biscaia e de Molina Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, Renúncia aos títulos castelhanos após a 1479–1485 D. Afonso V, D. João II Paz das Alcáçovas-Toledo. d'Aquém e d'Além-Mar em África
  • 19. Criação do senhorio da Guiné Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, 1485–1499 D. João II, D. Manuel I abrangendo as possessões portuguesas d'Aquém e d'Além-Mar em África, e Senhor da Guiné que se estendiam pelo Golfo da Guiné. Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, D. Manuel I, D. João III, D. Após o regresso de Vasco da Gama da d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da 1499–1580 Sebastião, D. Henrique, D. Índia, em 1499, o título régio é Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia António reformulado e atinge a sua plenitude. e Índia, etc. Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Aragão, das Duas Sicílias, de Jerusalém, de Portugal, de Navarra, de Granada, de Toledo, de Valência, da Galiza, de Maiorca, de Sevilha, da Sardenha, de Córdova, da Córsega, de Múrcia, de Jáen, dos Algarves, de Algeciras, de Gibraltar, das Ilhas de Com o domínio filipino, juntam-se os Canária, das Índias Orientais e Ocidentais, Ilhas e Terra D. Filipe I, D. Filipe II, D. 1580–1640 Filipe III demais títulos dos Áustrias à titulatura Firme do Mar-Oceano, Conde de Barcelona, Senhor da portuguesa. Biscaia e de Molina, Duque de Atenas e de Neopátria, Conde de Rossilhão e da Cerdanha, Marquês de Oristano e de Gociano, Arquiduque de Áustria, Duque da Borgonha, do Brabante e de Milão, Conde de Habsburgo, da Flandres e do Tirol, etc. Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) de Portugal e dos D. João IV, D. Afonso VI, D. Com a Restauração da Independência Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da 1640–1815 Pedro II, D. João V, D. José I, (1640), regressa-se ao velho estilo Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, D. Maria I (com D. Pedro III) adoptado por D. Manuel I. Arábia, Pérsia e Índia, etc. Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) do Reino Unido de Portugal, Brasil e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em O Brasil é elevado a Reino dentro do 1815–1825 D. Maria I, D. João VI Império Português (1815). África, Senhor(a) da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. 1825–1826 Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, D. João VI Após o reconhecimento da
  • 20. d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da independência do Império do Brasil por Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia D. João VI (1825), retorna-se à fórmula e Índia, etc. anterior. Por Graça de Deus e Unânime Aclamação dos Povos, Durante o seu breve reinado de oito Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, Rei dias, embora mantendo a destrinça 1826 de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em D. Pedro IV entre os dois Estados, o título reflectiu a África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e união das duas coroas sobre a cabeça do mesmo dinasta. Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) de Portugal e dos D. Maria II, D. Miguel I, D. Após a abdicação de D. Pedro em favor Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da Maria II (com D. Fernando II), da filha, retorna-se definitivamente à 1826–1910 D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos fórmula anterior, que vigorará agora Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. I, D. Manuel II até ao fim da Monarquia. Quanto ao estilo usado nas formas de adereçamento ao monarca, também ele evoluiu da seguinte maneira: Período Estilo Usado por Motivo D. Afonso I, D. Sancho I, D. Afonso II, D. Sancho II, D. Afonso III, D. Dinis, D. Afonso IV, Sua Alteza Real 1140–1577 D. Pedro I, D. Fernando I, D. João I, D. Duarte, (SAR) D. Afonso V, D. João II, D. Manuel I, D. João III, D. Sebastião Por ocasião da entrevista de Guadalupe (1577), concedida por Filipe II de Sua Majestade Espanha a seu sobrinho D. Sebastião, e do tratamento majestático que lhe 1577–1578 D. Sebastião foi concedido pelo tio, D. Sebastião passa a usar a fórmula de adereçamento (SM) Sua Majestade, prenunciando o seu desejo imperial de conquista de África. Com a morte de D. Sebastião em Alcácer-Quibir, o Cardeal-Rei regressa à Sua Alteza Real 1578–1580 D. Henrique, D. António fórmula anterior, por considerar o tratamento majestático apenas adequado (SAR) para o divino.
  • 21. Com a incorporação de Portugal nos domínios dos Habsburgos da Espanha, onde, devido à influência de Carlos V, rei de Castela e imperador da Sua Majestade Filipe I, Filipe II, Filipe III, D. João IV, D. 1580–1748 Afonso VI, D. Pedro II, D. João V Alemanha, se havia difundido o tratamento de Majestade, este passa (SM) também à órbita portuguesa, mantendo-se mesmo após a Restauração da Independência (1640). Sua Majestade D. João V consegue da Santa Sé o reconhecimento do título de Majestade D. João V, D. José I, D. Maria I (com D. Pedro 1748–1825 Fidelíssima III), D. João VI Fidelíssima para a Coroa Portuguesa, por contraponto ao uso de Sua (SMF) Majestade Católica em Espanha e Sua Majestade Cristianíssima em França. Com o reconhecimento da independência do Brasil, em 1825, D. João VI Sua Majestade reserva também para si, ao abrigo das disposições do Tratado do Rio de Imperial e Janeiro, o título de Sua Majestade Imperial; com a sua morte no ano 1825–1826 D. João VI, D. Pedro IV seguinte, e a subida ao trono do filho mais velho, também ele imperador do Fidelíssima (SMI&F) Brasil (D. Pedro IV, mantém-se o uso da fórmula dúplice, até à sua abdicação em favor da filha D. Maria da Glória. Sua Majestade D. Maria II, D. Miguel I, D. Maria II (com D. 1826–1910 Fidelíssima Fernando II), D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos I, Após a abdicação de D. Pedro IV, retorna-se ao anterior estilo. (SMF) D. Manuel II FONTE- WIKIPÉDIA