1. Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
PROFESSORA JOANINHA1
Saiba o que mudou na ortografia brasileira
O Acordo Ortográfico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
visa padronizar a ortografia do português nos oito países que possuem essa língua como
pelo menos uma das oficiais.
De acordo com o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009,
tudo o que você aprendeu na escola sobre o alfabeto português, as tremas, as consoantes
não pronunciadas, as grafias duplas, a acentuação e os hífens vão mudar! A ídeia inicial
é regularizar oficialmente as duas grafias oficiais (português de Portugal com o
português do Brasil), pois para quem não sabe, o português é a 5ª língua mais falada do
mundo com mais de 215 milhões de pessoas.
Então, se você curte escrever e falar corretamente, além de adorar corrigir os
erros gramaticais dos outros ao seu redor, esta é uma grande oportunidade para
descobrir, entender, saber e conhecer quais foram as mudanças radicais que a nossa tão
querida língua sofrerá. Voce precisara rever muito do que aprendeu na escola, no
ensino fundamental, no ensino médio, na universidade, na faculdade, no mestrado, no
doutorado e no pós-doutorado (PhD).
Período de transição
É claro que não deveremos mudar nossa escrita da noite para o dia. Está previsto
um período de transição para que as pessoas se acostumem com a nova ortografia que
será obrigatória apenas em 2012 e as editoras possam atualizar suas publicações.
Nas escolas
Inserir de maneira gradual as novas regras ortográficas que começaram a vigorar
no dia 1º de janeiro de 2009. Os professores estão se adequando a nova ortografia. Para
isso, estão levando para a sala de aula uma proposta lúdica para os alunos. Os
1
Professora Joana Darque Cardoso Santos. Professora na EMEF Parque dos Pinheiros. Hortolândia- SP.
Secretaria de Educação-Prefeitura Municipal de Hortolândia.
2. professores pretendem que os alunos de forma calma e consciente façam uma série de
atividades para que se familiarizem com as novas regras.
A grande dificuldade dos professores é como fazer com que as novas regras
sejam absorvidas pelos alunos que já estão tão habituados com a ortografia antiga.
Luís Fonseca, secretário-executivo CPLP, diz que nos primeiros anos não haverá
reprovações nas escolas por problemas de hifenização ou acentuação (em relação às
novas regras). Ainda mais porque apenas 1,5% das palavras, no máximo, sofrerão
alguma modificação com o Acordo.
Com o acordo, as diferenças ortográficas existentes entre o português do
Brasil e o de Portugal serão resolvidas em 98%.
A unificação da ortografia acarretará alterações na forma de escrita em 1,42% do
vocabulário usado em Portugal e de 0,43%, no Brasil.
Além de Brasil e Portugal, cinco países africanos (Angola, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) compõem a comunidade de quase 200
milhões de pessoas, nos três continentes, que têm o português como língua oficial.
Esse formulário ajusta os textos conforme o novo acordo ortográfico da língua
portuguesa, esse novo acordo entra em vigor no Brasil. Regras ortográficas não
afetadas por esse decreto não são corrigidas por esse conversor. Essa versão funciona
apenas com palavras em minúsculas: http://www.interney.net/conversor-ortografico
Este link mostra em cinema de animação os países, a ligação entre eles inclusive
apresentando os nomes dos países e suas bandeiras;
http://images.ig.com.br/hotsites/reforma_ortografica/infografico.html
3. Opinião de autores e escritores:
O professor Pasquale Cipro Neto (aquele da TV Cultura) é contra o acordo. “Sei que
isso é um tiro no próprio pé, pois, se o acordo passar seria uma reforma meia-sola,
porque não unifica a escrita de fato. Mexe mal em pontos como o acento diferencial.
Vamos enterrar dinheiro em uma mudança que não trará efeitos positivos.”
Já o apresentador e cantor Tony Bellotto acredita que a unificação do português tem um
sentido político positivo. Pois aumenta o conceito da língua como nação. A adaptação
talvez seja difícil. Mas a língua é um organismo vivo e vai seguir em frente. “No meu
trabalho de compositor, a ortografia repercute pouco. Nas letras de rock, a gente
trabalha com informalidade, com a fala da rua.”
Para João Ubaldo Ribeiro: É uma reforma tímida, que não traz grandes inovações.
“Mas não gostei. Queria que meus tremas ficassem onde estão”.
A escritora Lya Luft diz que a unificação já devia ter ocorrido antes. Por ser uma
medida civilizada. “A diferença na escrita dos países que fala português atrapalha o
intercâmbio econômico e editorial. Como toda reforma, essa proposta tem suas falhas.
Mas acho ótimo, por exemplo, o fim do trema. Sou a favor de tudo que vai ao sentido de
simplificação”.
Trema:
O trema deixa de existir.
Não há mais acento sobre o u de palavras como tranquilidade, linguiça.
Ditongos:
Os ditongos ei e oi em sílaba tônica de palavra paroxítona deixam de ser acentuados.
É o caso de heroico, paranoico, ideia, assembleia.
Circunflexo:
Cai o acento circunflexo que assinalava a tônica fechada de certas formas verbais
paroxítonas, nas quais há duas letras e, como
creem, leem, veem.
Também desaparece o circunflexo de paroxítonas com oo no final, como voo e enjoo.
Paroxítonas:
4. As paroxítonas com u e i tônicos precedidos de ditongo, deixam de ser acentuadas.
É o caso de feiura.
Acentos:
Vários acentos diferenciais deixam de existir.
A maioria já não tinha muito sentido, como o acento em polo, para diferenciar o
substantivo da contração antiga por+lo.
O mais importante é na palavra para –
A preposição e a flexão do verbo parar passam a ser grafadas da mesma forma, sem
acento.
ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da
preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição
arcaica)
HÍFEN
Não se usará mais:
Quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser
duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom".
Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r - ou seja,
"hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-
revista"
Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma
vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"
Opinião de pais e alunos:
Eu considero que é um disparate haver legislação sobre a língua.
Considero que é um sinal de uma sociedade profundamente centralizada, na qual os
políticos querem legislar sobre tudo.
5. A língua deve ser naturalmente regulada pelos profissionais da língua e pelos locutores
dessa língua.
Os dicionários e gramáticas, assim como a prática linguística das pessoas que usam
intensamente a língua, nomeadamente escritas, é que deve determinar como as coisas se
dizem e escrevem -- e não um burocrata qualquer.
Eu não tenho ilusões: uma unificação da língua é, na prática, impossível.
E a sua opinião?????
Deixe um comentário!!!!!!
Não é fácil, mas quanto mais demorar em começar a ler e estudar sobre o assunto
melhor sera para todos.
6. A língua deve ser naturalmente regulada pelos profissionais da língua e pelos locutores
dessa língua.
Os dicionários e gramáticas, assim como a prática linguística das pessoas que usam
intensamente a língua, nomeadamente escritas, é que deve determinar como as coisas se
dizem e escrevem -- e não um burocrata qualquer.
Eu não tenho ilusões: uma unificação da língua é, na prática, impossível.
E a sua opinião?????
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Não é fácil, mas quanto mais demorar em começar a ler e estudar sobre o assunto
melhor sera para todos.