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Cadê você! By Noelson Pain
Um belo dia eles somem! Percorremos nossos olhos pelo Outlook , MSN, Yahoo e nada!  Onde estão?
Aquelas mensagens lindas, alegres e até engraçadas? Aqueles diálogos agradáveis? Onde foi parar você: “from”?
Por que se foi?  Eu não deletei!  Não bloqueei!  Que motivo lhe dei?  Que motivo teve?
Começamos a nos conformar com as suposições:  O PC está com defeito,  teve que formatar e ai perdeu tudo!  Quem sabe viajou? Ou quem sabe está com a vida corrida?  O(a) namorado(a) está com ciúmes, o marido, esposa reclamou? Etc...etc...
Pôxa esqueceu de mim! Mas... E se estiver doente? Deprimido(a)?  Sem grana para pagar a Internet?  Com dificuldade para digitar, quem sabe artrite, tendinite?  Será que roubaram o computador?  Onde está minha amiga, meu amigo virtual?  Para onde foi? Ai vem o pânico. Onde mora?  Sei que estava aqui dentro...  Cadê? Mas...
Na verdade existe de fato e de direito, tem endereço, CPF, tipo sanguíneo, DNA, telefone, etc...  Poxa! Por que não peguei o número?  Onde vou achar, neste universo imenso da net?  Será que voltará um dia?  Ou se foi para sempre?
Aí vem a raiva...  Vou bloquear o e-mail!  Tá pensando o que?  Que coisa! Não fiz nada!  Que consideração!  Cadê o carinho, não é recíproco!
Depois vem a mágoa...  Eu ofereci tanto e...  Mas não significou...  Foi sem nem se despedir.  Não lembrou!
Cadê? Pois é gente... Somos impotentes diante da imensidão e do anonimato da net! Temos que acreditar no que se diz aqui, temos que imaginar que é o(a) outro(a) do outro lado.  Ou melhor não imaginar...  Temos que manter os laços de uma fita que não é de seda e sim de chita, escorregadia, bem fina, bem frágil.
Claro que tem aquelas pessoas que se apresentam e mandam dados.  Temos que confiar.  Se for um(a) maníaco(a)? Céus! Será que é quem diz?
Mas em verdade, e a maioria, quem são? Onde encontrá-los? Dentro da fragilidade da pontuação, cada um lê o que quer ou que lhe parece.
Quantas vezes dizemos: Olá! E lêem Olá! Gosto de você! etc.. Temos então que explorar bem o teclado!
Quantas vezes nossas intenções são lidas de maneira diferente, à mercê do humor e da pontuação de quem está do outro lado? Inúmeras, todas!
Já pararam para pensar: Eles vem e vão de nossas caixas de mensagens, e nós entramos e saímos de suas listas de e-mails... Quantos morreram e não sabemos?
Quantos digitam piadas com os olhos embaçados de lágrimas!  Quantos retratos mentirosos... Talvez!  Ou não... Ou sim!  Quantas verdades nas entrelinhas...  Não podemos saber!  Não vemos de fato.
Será que podemos ter a sensibilidade da sintonia humana, a fé no semelhante, a inocência pretendida, sentir quando se vão, e quando não nos querem mais?
Podemos sim, tratá-los com o respeito que merecem, respondendo todas as suas perguntas, mandando todas as mensagens, repassando todos os seus créditos, considerando-os do bem.
Para que um dia, quando não estiverem mais aqui, se tenha só saudade, e não mágoa e raiva.
Porque esta é a frágil ligação virtual, às vezes e muitas vezes tão realmente importante para fazer o dia de alguém, melhor. Mas que quando nos deparamos com a realidade de que os fatos são virtualmente frágeis...
E que esses que se foram de nossa telinha podem nunca mais retornar... Ou sim! Conhecemos enfim, a morte virtual... Ou não!
Para ela só resta o luto de uma simples, mas sincera, poesia in memorian,  por uma perda sentida e virtualmente real... E se sente. E existe.
CRÉDITOS Autor do Slide: Prado Slides E-mail:  [email_address] Texto: Noelson Pain Imagens: Internet Música: What a Wonderful World

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  • 4. Por que se foi? Eu não deletei! Não bloqueei! Que motivo lhe dei? Que motivo teve?
  • 5. Começamos a nos conformar com as suposições: O PC está com defeito, teve que formatar e ai perdeu tudo! Quem sabe viajou? Ou quem sabe está com a vida corrida? O(a) namorado(a) está com ciúmes, o marido, esposa reclamou? Etc...etc...
  • 6. Pôxa esqueceu de mim! Mas... E se estiver doente? Deprimido(a)? Sem grana para pagar a Internet? Com dificuldade para digitar, quem sabe artrite, tendinite? Será que roubaram o computador? Onde está minha amiga, meu amigo virtual? Para onde foi? Ai vem o pânico. Onde mora? Sei que estava aqui dentro... Cadê? Mas...
  • 7. Na verdade existe de fato e de direito, tem endereço, CPF, tipo sanguíneo, DNA, telefone, etc... Poxa! Por que não peguei o número? Onde vou achar, neste universo imenso da net? Será que voltará um dia? Ou se foi para sempre?
  • 8. Aí vem a raiva... Vou bloquear o e-mail! Tá pensando o que? Que coisa! Não fiz nada! Que consideração! Cadê o carinho, não é recíproco!
  • 9. Depois vem a mágoa... Eu ofereci tanto e... Mas não significou... Foi sem nem se despedir. Não lembrou!
  • 10. Cadê? Pois é gente... Somos impotentes diante da imensidão e do anonimato da net! Temos que acreditar no que se diz aqui, temos que imaginar que é o(a) outro(a) do outro lado. Ou melhor não imaginar... Temos que manter os laços de uma fita que não é de seda e sim de chita, escorregadia, bem fina, bem frágil.
  • 11. Claro que tem aquelas pessoas que se apresentam e mandam dados. Temos que confiar. Se for um(a) maníaco(a)? Céus! Será que é quem diz?
  • 12. Mas em verdade, e a maioria, quem são? Onde encontrá-los? Dentro da fragilidade da pontuação, cada um lê o que quer ou que lhe parece.
  • 13. Quantas vezes dizemos: Olá! E lêem Olá! Gosto de você! etc.. Temos então que explorar bem o teclado!
  • 14. Quantas vezes nossas intenções são lidas de maneira diferente, à mercê do humor e da pontuação de quem está do outro lado? Inúmeras, todas!
  • 15. Já pararam para pensar: Eles vem e vão de nossas caixas de mensagens, e nós entramos e saímos de suas listas de e-mails... Quantos morreram e não sabemos?
  • 16. Quantos digitam piadas com os olhos embaçados de lágrimas! Quantos retratos mentirosos... Talvez! Ou não... Ou sim! Quantas verdades nas entrelinhas... Não podemos saber! Não vemos de fato.
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  • 19. Para que um dia, quando não estiverem mais aqui, se tenha só saudade, e não mágoa e raiva.
  • 20. Porque esta é a frágil ligação virtual, às vezes e muitas vezes tão realmente importante para fazer o dia de alguém, melhor. Mas que quando nos deparamos com a realidade de que os fatos são virtualmente frágeis...
  • 21. E que esses que se foram de nossa telinha podem nunca mais retornar... Ou sim! Conhecemos enfim, a morte virtual... Ou não!
  • 22. Para ela só resta o luto de uma simples, mas sincera, poesia in memorian, por uma perda sentida e virtualmente real... E se sente. E existe.
  • 23. CRÉDITOS Autor do Slide: Prado Slides E-mail: [email_address] Texto: Noelson Pain Imagens: Internet Música: What a Wonderful World