O poema fala sobre uma pessoa que gosta de viver de forma discreta e solitária, escondendo-se da visão dos outros e passando despercebida. Ela convida o leitor a segui-la por um instante para conhecer como é sua vida fora dos olhares alheios.
2. Me siga em silêncio um só instante. Que eu te mostro, onde vivo de vez em quando Quando o sol não me deixa ver essa sombra marcante Quem dera soubesse, nesses instantes por onde ando.
3. Não queira imitar-me, não queira saber de mim Não troques tua fantasia, por uma realidade mais pesada É...essa maravilha que me cerca, também é assim Uma realidade que desenho do nada.
4. Deixo em cada dia que sigo,um vestígio meu Que ninguém verá, exceto você Que numa despreocupação, um dia resolveu Que seria eu,o teu lado que nem você vê.
5. Nem as minhas coisas que passeiam bem perto aqui Passam tão despercebidas de mim De um lado para outro, e a vida em si Vai recomeçando, cada dia um fim.
6. E as pessoas enganam-se tanto Que fingem, até enganarem as outras também. Dançam nas linhas dos vilões e santos Mas apenas o travesseiro as vestem bem.
7. Se eu vestir um sabor mais doce Terei muitas festas, brindando com isso Se assim, tudo determinado fosse Anularia-me como o ser mais submisso.
8. Se me seguiu um instante, já notou Que permaneço entre coisas tão esquisitas Lugares, onde nunca estou E me infiltro entre as ondas explícitas
9. Deixa o sol secar as possíveis gotas Que podem surgir quando eu me esconder Sentiras uma secura nas minhas palavras rotas Ou talvez até vontade de me ver.
10. Mas, enfim, nunca se é precisão Quem sabe, depois de tanto tempo, se livra do vício Tudo é tão claro, não carece emoção É só acumular uma pedreira, perto do precipício. izisoldi@hotmauil,com