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Relatos de uma CÃOminhante




                          de 26/09 a 06/10/2012

No inicio acreditei que não seria possível realizar o Caminho do Sol na
companhia de minha dona. Havia pela frente a aceitação de um cão nas
pousadas, além do grupo de peregrinos que sairiam na mesma data. Graças
ao esforço sem limite do Palma e alguns ajustes, tudo foi possível. Foram onze
dias de muita raça, acompanhada de muito carinho, atenção, confiança, alegria
e felicidade, além de variações climáticas: de um frio extremo a um calor de
queimar minhas almofadinhas. Enfim patinhas no caminho auuubaaaaaaa.

Para começar....... aurrumar a mochila, isso inclui um peso extra, minha ração
e meu tapetinho de dormir, auau.




          Não to vendo minha ração nem meu tapetinho hummm


Terça 25 de Setembro, Pousada 1896, cidade de Santana de Parnaíba. A
recepção não poderia ter sido melhor, ganhei petiscos do Dr. Alex enviado
carinhosamente por sua esposa a Dra. Denise, também ganhei uma avó, assim
ela me chamava, vem com a vovó, a Peregrina e professora Maria José, a
Mazé. Completa o grupo o peregrino Mauricio, a peregrina Dra. Iara, e não
esquecendo minha dona, Dalila. Aconcheguei-me em um canto do salão da
pousada enquanto os peregrinos ouviam atenciosamente o meu “herói” José
Palma, alias foi ele quem ajeitou tudo para eu estar aqui. Informações
passadas, credenciais e o colar símbolo do Caminho entregues, estamos
prontos para realizar o sonho de minha dona, fazer o caminho em minha
companhia. Ahah também recebi credencial e colar, lindo, linnnnndoooooo.
Amei.




           Ficou perfeito                      No detalhe, linnndooooo

Quarta 26 de Setembro, manhã fria com garoa fina, segui minha dona. As
setas nos levariam a nosso primeiro destino, Pirapora do Bom Jesus. Trecho
sem muita liberdade, caminhado todo na guia, não curti muito, era de estrada
com forte fluxo de veículos, onde todo o cuidado era necessário. Próximo a
Pirapora pude desfrutar de caminhar sem guia, que maravilha. Chegada a
Pousada Casarão no inicio da tarde. Calorosamente recebida pelo Márcio e
sua família, eles adoram cães, me senti em casa. Enquanto minha dona foi
visitar o Seminário Belga, a família do Márcio se prontificou a cuidar de mim, e
que cuidado, recebi muito carinho e guloseimas. Aubrigada Márcio e família.




           Seguindo as setas                         Olha ela ali
Vitral, será Belga?                 Pátio Interno do Seminário


Quinta 27 de Setembro, o frio persiste e a garoa também, novamente estrada
e lógico eu na guia. Seguimos para nosso segundo destino a cidade de
Cabreuva. Parada no Mirante do Sol para fotos. Este trecho com fluxo menor
de veículos não deixa de merecer atenção, seguimos caminhando em fila
indiana por segurança. Ao cruzar a ponte tcham..... um rio e, mesmo com o dia
frio, não deixei de dar uma passadinha para pelo menos molhar minhas
patinhas no primeiro de muitos rios do caminho. Nova parada para descanso e
um lanchinho no Bairro do Bananal. Em Cabreuva, visita à Igreja Matriz e
carimbo no passaporte. Caminhando em direção à pousada fomos
interceptados pela Márcia, ela estava tão ansiosa em me conhecer que veio
com sua pick-up nos pegar no sopé do morro, foi uma bênção, aquele vento no
meu focinho sem precisar dar um passo, apenas sentada na caçamba, que
delicia, ainda faltava uma boa subida para chegarmos à Pousada Colina Verde.
Aubrigada Márcia, neste dia caminhamos muiiittooooo, não sou fã de
estrada..... na verdade de caminhar com guia ehehehe.




           Mirante do Sol                Cadê a fila indiana?? Humanos,,,,,
Olha isso, frio que frio????               Entra dona.....entraaaa




         Apenas o começo                    Nada como uma soneca


Sexta 28 de Setembro, agora sim o caminho começa, eu sem guia,
liberdadeeeee. O caminho seguia por uma linda mata logo atrás da Pousada.
A Márcia nos guiou pelo meio da mata até chegarmos ao topo do morro,
confesso que fiquei com pena dos humanos peregrinos, para eles a subida
(escalaminhada) foi de “matar”, mas a vista lá de cima vale o esforço. Parada
para admirar e tirar fotos, seguimos entre pastos até a estrada, novamente eu
na guia, mas confiava em minha dona, era necessário, o que eu não sabia é
que breve estaria livre novamente. Após a rodovia, estrada de terra, vivaaaa,
caminhando livre, leve e solta. Chegamos ao Armazém do Limoeiro um ponto
histórico do caminho, aproveitei para descansar, e de quebra acompanhei
minha dona à Capela de São Francisco de Paula da Fazenda Limoeiro da
Concórdia, onde pedimos proteção. Este trecho do caminho é muito rico em
mata e riachos, e adivinhem, nadei em todos onde o acesso permitiu. Posso
disser que passei por locais onde os peregrinos humanos não passaram, em
baixo da maioria das pontes onde havia um riachinho para me refrescar.
Chegada ao Haras do Mosteiro, um lindo local para um descanso merecido, lá
conheci uma aumiga, que, ao seguir peregrinos, acabou por ser adotada pelos
proprietários do Haras, garota de sorte.
Vamos pessoal falta pouco           Olha só isso, oh dó




É isso ai, vamos...vamos       Olha a vista, não valeu!!!!!! ?!?!?!?!?




    Agora tá fácil               Pena que não deixaram a chave




   Pedindo proteção         Olha esta água, cristalina, deliciaaaaa
Casa da minha Aumiga                Minha Aumiga, lindaaaa

Sábado 29 de Setembro, logo cedo, meu aguçado faro sentiu no ar o cheiro
de pão tirado do forno, mas este era para os peregrinos humanos, para mim
uma deliciosa tigela de leite fresquinho tirado momentos antes, deliciosa. Após
o café da manhã me despedi de minha aumiga e segui viagem, agora para a
cidade de Salto. Lá nosso grupo precisou se separar, o hotel do Caminho não
aceitava cães. Então minha dona, Dr. Alex e eu fomos para a Pousada Por do
Sol, lá cães são bem-vindos.




            A despedida                E a viagem continua, patas no caminho




      Força, ainda falta muito           Pousada Por do Sol, ahhh sossego
Domingo 30 de Setembro, retornamos ao hotel ponto de partida do Caminho,
para nos juntarmos aos demais peregrinos e seguirmos as setas amarelas que
nos levariam a um almoço divino na propriedade do Sr. Marino, Anjo do
Caminho. Neste trecho tive minha primeira experiência com um cão não muito
sociável. Não que pelo caminho não houvesse cães, sim havia de montão, mas
todos muito sociáveis, cumprimentei um a um conforme nos encontrávamos, só
que este não quis conversa, já foi chegando e se impondo como se fosse dono
do caminho. Minha sorte é que minha dona foi rápida, e evitou aquelas
discussões desnecessárias entre dois cães, na verdade evitou um agarra
agarra ehheh. Com a ajuda do Dr. Alex fui tirada do local onde longe da vista
dele pude voltar a caminhar tranquilamente. Para quebrar o stress do ataque e
me acalmar, nada melhor que uma refrescada em mais um dos rios que cortam
o caminho, maravilhaaaa. Após a refeição e um descanso merecido,
carimbamos nossos passaportes e seguimos para a cidade de Elias Fausto.
Ainda faltava muito, e caminhar após uma refeição não estava nada fácil. Enfim
a pousada, fui recepcionada por duas Fox Paulistinhas moradoras da pousada,
duas lady’s, me deram boas vindas e me deixaram a vontade.




      Rumo ao almoço                    anti-estress, ataque que ataque?




     O descanso, faltava muito                    Enfim a pousada
Segunda 01 de Outubro, início de caminhada, humhum na guia, mas logo
entramos na estrada de terra e liberdaadeeee. Como amo tudo isso. Destino
Capivari, mas antes uma passada pela casa que pertenceu a Assis
Chateaubriand, responsável pela chegada da TV ao Brasil (TV Tupi), caminho
também é cultura. Confesso que o dia estava quente e ainda faltava muiiitoooo,
mas nada como um novo riachinho para refrescar. Não sei o que seria de mim
sem estes riachinhos do caminho. Algumas horas caminhando chegamos ao
marco do meio do caminho, parada para fotos, oba metade já foi vencida, só
não sabia se foi a melhor ou a pior metade, bem durante o percurso vamos
descobrindo. Chegada à fazenda Milhã, registramos nossas pegadas, tocamos
o sino anunciando a chegada, obaaaaa mais um local delicioso para
descansar.




   Casa de Assis Chateaubriand        Olha isso, falta pouco mais da metade




           Cadê as canas??            Pelo menos deixaram este riachinho
Agora só falta metade eheheh    Da uma olhada como será......




  Nada se deixa... só pegadas   Fazenda Milhã, descanso obaaaaa




       Toque o Sino                     Lugar legal esse....
Terça 02 de Outubro, neste dia o grupo resolveu sair mais cedo, fabuloso vi o
nascer do sol e senti o frescor da manhã em meu focinho. Cruzamos a cidade
de Capivari, não curti muito esta parte do trecho, andar na guia não é meu
forte, mas é seguro. Parada no Bar do Jarbas, aproveitei o piso frio para uma
soneca enquanto os humanos ouviam algumas histórias sobre romeiros, e
como o local passou a ser ponto de parada dos peregrinos. Passaporte
carimbado hora de seguir, na guia, era pela rodovia, até entrarmos novamente
em uma estrada de terra, minha liberdade de volta. Seguindo as setas e no
meio do caminho, uau um riachinho para me refrescar, afinal este é mesmo o
caminho do sol, e ele não dá trégua, ainda bem que me refresquei, pois ainda
tinha muito caminho até chegamos à propriedade da Família Bianchini, ponto
de parada para descanso e carimbo do passaporte. Esta parada foi especial,
fiquei encantada com a linda piscina e acabei acidentalmente caindo, que
frescor, mas não ficou só na piscina, tinha também uma linda represa onde
também pude me refrescar e rolar pela grama, estava no paraíso, nadar, nadar
e nadar, amo muito tudo isso. Seguimos nosso caminho para Mombuca, lá fui
recepcionada pela Emanuelle, uma linda menina de nove anos, que deixou de
ir à escola naquela tarde porque ficou sabendo que no grupo havia um
cãominhante, eu, tiramos várias fotos juntas e fui descansar.




   Amanhecer na Fazenda Milhã                    Casal legal esse ai




          Pessoal me espera             Maravilha, este caminho é demais
Olha só isso....                 Local do Acidente




   Objeto causador do acidente        Represa, preciso me refrescar




       rolar, rolar e rolar            Pousada da minha fã, Emmanuelle


Quarta 03 de Outubro. O grupo aprovou as saídas mais cedo, e novamente
pude desfrutar os benefícios de se caminhar sentindo o frescor da manhã no
meu focinho. Passamos pela praça com o Marco de Tijolo do Caminho, parada
para fotos. Seguindo as setas e passando por vários vilarejos e cruzando a
estrada estávamos novamente caminhando entre mata e plantação de canas
que tendiam ao infinito. Após alguns riachos e muito caminhar entramos em
uma nuvem do caminho. Apossei-me do portamalas do carro do Artur e lá
descansei, enquanto os peregrinos humanos desfrutavam da boa musica,
frutas, suco, água e um lanche natural delicioso, este eu também desfrutei.
Seguimos nosso caminho para Mombuca, sempre no infinito de canas. O sol
neste dia não deu trégua, sombra nem pensar, só cana, cana e mais cana, o
piso estava quente, minha dona achou melhor proteger minhas almofadinhas e
colocou os sapatinhos, confesso que não gostei de caminhar com aquilo, mas
minhas almofadinhas não são de borracha e queimam. Mas não foi o
suficiente, sendo minha temperatura dois graus a mais que a dos humanos,
caminhar no sol para os animais é muito mais sacrificante que para humanos
que controlam a temperatura pela transpiração. Fui me proteger na sombra
entre as canas e decidi que de lá só sairia após o sol se por. Mas os peregrinos
humanos, também sou peregrina, precisavam chegar ao pouso, pois tinham
horário para refeição e cuidados com suas roupas e bolhas. Então minha dona
pediu para o Artur me resgatar, estávamos bem próximo ao alojamento
Arapongas, mas com aquele sol minha dona preferiu não arriscar, eu poderia
entrar em superaquecimento, o que resulta em problemas renais e
neurológicos em animais homeotérmicos.




    Marco de Tijolo do Caminho                 Isso não é cana!!!!!




   Veja isso, o infinito existe           A Sobrevivente, arvore solitária
Depois do infinito o paraíso              Descanso Quatro Rodas


Quinta 04 de Outubro. Não saímos tão cedo, o Artur não deixou ehehehehe,
o café foi regado de muita conversa e informações. Mesmo saindo tarde não foi
possível degustar o pastel e suco do restaurante Packer, estava fechado
quando passamos, nosso passaporte ficou sem este carimbo, que aliás ficou
sem outros, no Arraial São Bento os estabelecimentos também estavam
fechados, paciência, nosso caminho tinha que continuar e lá fomos para Monte
Branco, passando por várias fazendas que fizeram a história do Brasil do café
e que acabaram sendo tomadas pela plantação de cana. Uma placa de Boas
Vindas indicava que nosso caminho estava chegando ao fim, faltavam apenas
dois dias. Hoje 04/10, é um dia especial, comemora-se o dia de São Francisco
de Assis, santo Protetor dos Animais e da Natureza. Quanto a mim, devo dizer
que fui abençoada, realizando o caminho com peregrinos maravilhosos e em
paz. Valeu meu santinho preferido.




      O Sol prometia          Antes havia café aqui, hoje só açúcar eheh
Olaria época do café                Tudo mudou depois da cana




    Casa de colono abandonada                Placa da PM de Piracicaba


Sexta 05 de Outubro. Voltamos a aproveitar a manhã, saímos bem cedo.
Parada para fotos do nascer do Sol, este trecho é em meio a vilarejos e mata.
Novo encontro com um cão antissocial, só que neste minha dona foi mais
rápida e conseguiu segurar o cão com o cajado, até a proprietária aparecer e
controlar o cão. Posso dizer que meu pedido, lá na igrejinha do Limoeiro, foi
atendido. Cruzamos a estrada e novamente o caminho seguia em meio a muita
plantação de cana. Como não vi nenhuma ponte ou riacho, aproveitei o apoio
ao Dr. Alex e segui com ele até a Pousada do Egydio. Aqui sim fui
recepcionada por nada mais do que uns vinte cães que me impediram de
descer do carro, foi necessário a intervenção do Sr Egydio, que ajeitou todos
em sua caminhonete e os levou para passar aquela noite na casa sede, ficando
apenas o Pincher e o Fox Paulistinha, que dividiram comigo os ossos das
costelas, cuidadosamente preparadas pelo Sr Egydio aos peregrinos humanos.
A recompensa, lindooo                 Antes do rio Piracicaba




      Um brinde aos peregrinos                     O Chef Egydio


Sábado 06 de Outubro. Um inicio diferente, poupei minhas patinhas, apenas
me acomodei no barco para sentir a brisa daquela manhã que prometia mais
um dia de muito sol. Saímos pelos fundos da pousada pelo Rio Piracicaba a
bordo da chalanga de propriedade do Sr Egydio. Após alguns kilometros rio
abaixo, desembarcamos na margem oposta, pausa para fotos. No caminho a
paisagem não poderia ser diferente....... cana, cana, cana e mais cana, com um
sol digno do nome do Caminho, sem contar que não se avistava nenhum
riachinho, pocinha d’água ou laguinho. Após horas de caminhada uma sombra,
projetada pela única arvore numa imensidão de canas. Uma sombra especial,
nela havia uma “Nuvem”, sim aquele Oasis que surge no meio do nada com um
anjo do caminho nos aguardando com água e suco gelado, frutas e lanches
diversos. Rui nosso anjo da nuvem, adora tocar violino, só que neste dia
devido ao vento, não foi possível ouvi-lo tocar, mas foi muito bom conhece-lo.
Aubrigada Rui, valeu. Após o descanso merecido tomamos o caminho até
Águas de São Pedro. Ainda faltava muitas patinhas para adentramos a cidade,
estamos quase lá, mas antes do destino final, uma parada para mais um
registro fotográfico, A Igreja Matriz. Por fim o Horto Florestal de Águas de São
Pedro. E como boa peregrina, toquei o sino, segui até o altar de São Tiago e
São Francisco de Assis. Lá nos aguardando estava José Palma, explicou o
significado do “Ara Solis”. Pediu a cada caminhante para escolher seu padrinho
ou madrinha entre os peregrinos para receber o Certificado. Podem não
acreditar, mas fui escolhida para ser madrinha e adivinhem de quem........ do
peregrino Alex, fiquei muito feliz pela honra, aubrigada Dr. Alex. Também
recebi o “Ara Solis”, o meu foi entregue nada mais nada menos pelo próprio
idealizador do caminho, quanta honra, receber de José Palma, aubrigada por
tudo.




        Rio Piracicaba                           A brisa da manhã




       Economizando patinhas                   Do outro lado do Rio




      Cana, cana e mais cana                      Olha!!!! Incrivell
Preciosidade             Enfim São Pedro




           Quase lá            Uma sombrinha




Sim....... O Sino da Glória   Deixa que eu toco
auau, cheguei, que lindooooo           O Ara Solis




  Meu santinho protetor        Agradecendo....pedindo?!?!?
Tó Alex, parabéns                Vamos lá, pausa para foto




               Aubrigada Palma, consegui




           Tudo registrado.... agora cãogrina
Aos meus aumigos peregrinos, que me aceitaram para juntos realizarmos esta
linda jornada. Espero ter deixado boa impressão e ter me comportado bem.
Vou sentir saudades desta aventura que foi muito especial e mágica.

Aubrigada, Pepper




                  Mauricio, Dalila, Eu, Iara, Maria José e Alex
                       “Para Sempre Unidos no Caminho”


Sobre a AUtora:

Meu nome é Pepper, sou da raça Border Collie, nasci em 28/08/2004 em
Monteiro Lobato/SP. Pratico agility desde cinco meses, atualmente no Grau II
(para saber sobre agility acesse www.tudodocão.com.br). Associada desde
09/2008 do Clube 4 Patas (para conhecer acesse www.turismo4patas.com.br).
Capa da Edição Especial da Revista “Saúde É Vital” da editora Abril, edição nº
54 de 12/2006, vencedora do Concurso Cão Incrível. Depois do Caminho
acredito que ganhei este concurso sem saber que no futuro seria digna do titulo
auauauauauauau.




              Esportista                               Aventureira
Estrela                                Peregrina



Sobre O Caminho

Não é um caminho de fé mas de certeza, não oferece carinho mas gratidão,
nas verdades da vida oferece confiança e na alegria do caminhar o encanto da
felicidade.
          Pepper Power Eye

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SILENTIUM | Chapter 1
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Terca, 27 de Abril
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Taxi curitibano
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Relatos de uma cãominhante 1

  • 1. Relatos de uma CÃOminhante de 26/09 a 06/10/2012 No inicio acreditei que não seria possível realizar o Caminho do Sol na companhia de minha dona. Havia pela frente a aceitação de um cão nas pousadas, além do grupo de peregrinos que sairiam na mesma data. Graças ao esforço sem limite do Palma e alguns ajustes, tudo foi possível. Foram onze dias de muita raça, acompanhada de muito carinho, atenção, confiança, alegria e felicidade, além de variações climáticas: de um frio extremo a um calor de queimar minhas almofadinhas. Enfim patinhas no caminho auuubaaaaaaa. Para começar....... aurrumar a mochila, isso inclui um peso extra, minha ração e meu tapetinho de dormir, auau. Não to vendo minha ração nem meu tapetinho hummm Terça 25 de Setembro, Pousada 1896, cidade de Santana de Parnaíba. A recepção não poderia ter sido melhor, ganhei petiscos do Dr. Alex enviado carinhosamente por sua esposa a Dra. Denise, também ganhei uma avó, assim ela me chamava, vem com a vovó, a Peregrina e professora Maria José, a Mazé. Completa o grupo o peregrino Mauricio, a peregrina Dra. Iara, e não esquecendo minha dona, Dalila. Aconcheguei-me em um canto do salão da
  • 2. pousada enquanto os peregrinos ouviam atenciosamente o meu “herói” José Palma, alias foi ele quem ajeitou tudo para eu estar aqui. Informações passadas, credenciais e o colar símbolo do Caminho entregues, estamos prontos para realizar o sonho de minha dona, fazer o caminho em minha companhia. Ahah também recebi credencial e colar, lindo, linnnnndoooooo. Amei. Ficou perfeito No detalhe, linnndooooo Quarta 26 de Setembro, manhã fria com garoa fina, segui minha dona. As setas nos levariam a nosso primeiro destino, Pirapora do Bom Jesus. Trecho sem muita liberdade, caminhado todo na guia, não curti muito, era de estrada com forte fluxo de veículos, onde todo o cuidado era necessário. Próximo a Pirapora pude desfrutar de caminhar sem guia, que maravilha. Chegada a Pousada Casarão no inicio da tarde. Calorosamente recebida pelo Márcio e sua família, eles adoram cães, me senti em casa. Enquanto minha dona foi visitar o Seminário Belga, a família do Márcio se prontificou a cuidar de mim, e que cuidado, recebi muito carinho e guloseimas. Aubrigada Márcio e família. Seguindo as setas Olha ela ali
  • 3. Vitral, será Belga? Pátio Interno do Seminário Quinta 27 de Setembro, o frio persiste e a garoa também, novamente estrada e lógico eu na guia. Seguimos para nosso segundo destino a cidade de Cabreuva. Parada no Mirante do Sol para fotos. Este trecho com fluxo menor de veículos não deixa de merecer atenção, seguimos caminhando em fila indiana por segurança. Ao cruzar a ponte tcham..... um rio e, mesmo com o dia frio, não deixei de dar uma passadinha para pelo menos molhar minhas patinhas no primeiro de muitos rios do caminho. Nova parada para descanso e um lanchinho no Bairro do Bananal. Em Cabreuva, visita à Igreja Matriz e carimbo no passaporte. Caminhando em direção à pousada fomos interceptados pela Márcia, ela estava tão ansiosa em me conhecer que veio com sua pick-up nos pegar no sopé do morro, foi uma bênção, aquele vento no meu focinho sem precisar dar um passo, apenas sentada na caçamba, que delicia, ainda faltava uma boa subida para chegarmos à Pousada Colina Verde. Aubrigada Márcia, neste dia caminhamos muiiittooooo, não sou fã de estrada..... na verdade de caminhar com guia ehehehe. Mirante do Sol Cadê a fila indiana?? Humanos,,,,,
  • 4. Olha isso, frio que frio???? Entra dona.....entraaaa Apenas o começo Nada como uma soneca Sexta 28 de Setembro, agora sim o caminho começa, eu sem guia, liberdadeeeee. O caminho seguia por uma linda mata logo atrás da Pousada. A Márcia nos guiou pelo meio da mata até chegarmos ao topo do morro, confesso que fiquei com pena dos humanos peregrinos, para eles a subida (escalaminhada) foi de “matar”, mas a vista lá de cima vale o esforço. Parada para admirar e tirar fotos, seguimos entre pastos até a estrada, novamente eu na guia, mas confiava em minha dona, era necessário, o que eu não sabia é que breve estaria livre novamente. Após a rodovia, estrada de terra, vivaaaa, caminhando livre, leve e solta. Chegamos ao Armazém do Limoeiro um ponto histórico do caminho, aproveitei para descansar, e de quebra acompanhei minha dona à Capela de São Francisco de Paula da Fazenda Limoeiro da Concórdia, onde pedimos proteção. Este trecho do caminho é muito rico em mata e riachos, e adivinhem, nadei em todos onde o acesso permitiu. Posso disser que passei por locais onde os peregrinos humanos não passaram, em baixo da maioria das pontes onde havia um riachinho para me refrescar. Chegada ao Haras do Mosteiro, um lindo local para um descanso merecido, lá conheci uma aumiga, que, ao seguir peregrinos, acabou por ser adotada pelos proprietários do Haras, garota de sorte.
  • 5. Vamos pessoal falta pouco Olha só isso, oh dó É isso ai, vamos...vamos Olha a vista, não valeu!!!!!! ?!?!?!?!? Agora tá fácil Pena que não deixaram a chave Pedindo proteção Olha esta água, cristalina, deliciaaaaa
  • 6. Casa da minha Aumiga Minha Aumiga, lindaaaa Sábado 29 de Setembro, logo cedo, meu aguçado faro sentiu no ar o cheiro de pão tirado do forno, mas este era para os peregrinos humanos, para mim uma deliciosa tigela de leite fresquinho tirado momentos antes, deliciosa. Após o café da manhã me despedi de minha aumiga e segui viagem, agora para a cidade de Salto. Lá nosso grupo precisou se separar, o hotel do Caminho não aceitava cães. Então minha dona, Dr. Alex e eu fomos para a Pousada Por do Sol, lá cães são bem-vindos. A despedida E a viagem continua, patas no caminho Força, ainda falta muito Pousada Por do Sol, ahhh sossego
  • 7. Domingo 30 de Setembro, retornamos ao hotel ponto de partida do Caminho, para nos juntarmos aos demais peregrinos e seguirmos as setas amarelas que nos levariam a um almoço divino na propriedade do Sr. Marino, Anjo do Caminho. Neste trecho tive minha primeira experiência com um cão não muito sociável. Não que pelo caminho não houvesse cães, sim havia de montão, mas todos muito sociáveis, cumprimentei um a um conforme nos encontrávamos, só que este não quis conversa, já foi chegando e se impondo como se fosse dono do caminho. Minha sorte é que minha dona foi rápida, e evitou aquelas discussões desnecessárias entre dois cães, na verdade evitou um agarra agarra ehheh. Com a ajuda do Dr. Alex fui tirada do local onde longe da vista dele pude voltar a caminhar tranquilamente. Para quebrar o stress do ataque e me acalmar, nada melhor que uma refrescada em mais um dos rios que cortam o caminho, maravilhaaaa. Após a refeição e um descanso merecido, carimbamos nossos passaportes e seguimos para a cidade de Elias Fausto. Ainda faltava muito, e caminhar após uma refeição não estava nada fácil. Enfim a pousada, fui recepcionada por duas Fox Paulistinhas moradoras da pousada, duas lady’s, me deram boas vindas e me deixaram a vontade. Rumo ao almoço anti-estress, ataque que ataque? O descanso, faltava muito Enfim a pousada
  • 8. Segunda 01 de Outubro, início de caminhada, humhum na guia, mas logo entramos na estrada de terra e liberdaadeeee. Como amo tudo isso. Destino Capivari, mas antes uma passada pela casa que pertenceu a Assis Chateaubriand, responsável pela chegada da TV ao Brasil (TV Tupi), caminho também é cultura. Confesso que o dia estava quente e ainda faltava muiiitoooo, mas nada como um novo riachinho para refrescar. Não sei o que seria de mim sem estes riachinhos do caminho. Algumas horas caminhando chegamos ao marco do meio do caminho, parada para fotos, oba metade já foi vencida, só não sabia se foi a melhor ou a pior metade, bem durante o percurso vamos descobrindo. Chegada à fazenda Milhã, registramos nossas pegadas, tocamos o sino anunciando a chegada, obaaaaa mais um local delicioso para descansar. Casa de Assis Chateaubriand Olha isso, falta pouco mais da metade Cadê as canas?? Pelo menos deixaram este riachinho
  • 9. Agora só falta metade eheheh Da uma olhada como será...... Nada se deixa... só pegadas Fazenda Milhã, descanso obaaaaa Toque o Sino Lugar legal esse....
  • 10. Terça 02 de Outubro, neste dia o grupo resolveu sair mais cedo, fabuloso vi o nascer do sol e senti o frescor da manhã em meu focinho. Cruzamos a cidade de Capivari, não curti muito esta parte do trecho, andar na guia não é meu forte, mas é seguro. Parada no Bar do Jarbas, aproveitei o piso frio para uma soneca enquanto os humanos ouviam algumas histórias sobre romeiros, e como o local passou a ser ponto de parada dos peregrinos. Passaporte carimbado hora de seguir, na guia, era pela rodovia, até entrarmos novamente em uma estrada de terra, minha liberdade de volta. Seguindo as setas e no meio do caminho, uau um riachinho para me refrescar, afinal este é mesmo o caminho do sol, e ele não dá trégua, ainda bem que me refresquei, pois ainda tinha muito caminho até chegamos à propriedade da Família Bianchini, ponto de parada para descanso e carimbo do passaporte. Esta parada foi especial, fiquei encantada com a linda piscina e acabei acidentalmente caindo, que frescor, mas não ficou só na piscina, tinha também uma linda represa onde também pude me refrescar e rolar pela grama, estava no paraíso, nadar, nadar e nadar, amo muito tudo isso. Seguimos nosso caminho para Mombuca, lá fui recepcionada pela Emanuelle, uma linda menina de nove anos, que deixou de ir à escola naquela tarde porque ficou sabendo que no grupo havia um cãominhante, eu, tiramos várias fotos juntas e fui descansar. Amanhecer na Fazenda Milhã Casal legal esse ai Pessoal me espera Maravilha, este caminho é demais
  • 11. Olha só isso.... Local do Acidente Objeto causador do acidente Represa, preciso me refrescar rolar, rolar e rolar Pousada da minha fã, Emmanuelle Quarta 03 de Outubro. O grupo aprovou as saídas mais cedo, e novamente pude desfrutar os benefícios de se caminhar sentindo o frescor da manhã no meu focinho. Passamos pela praça com o Marco de Tijolo do Caminho, parada para fotos. Seguindo as setas e passando por vários vilarejos e cruzando a estrada estávamos novamente caminhando entre mata e plantação de canas que tendiam ao infinito. Após alguns riachos e muito caminhar entramos em uma nuvem do caminho. Apossei-me do portamalas do carro do Artur e lá descansei, enquanto os peregrinos humanos desfrutavam da boa musica, frutas, suco, água e um lanche natural delicioso, este eu também desfrutei.
  • 12. Seguimos nosso caminho para Mombuca, sempre no infinito de canas. O sol neste dia não deu trégua, sombra nem pensar, só cana, cana e mais cana, o piso estava quente, minha dona achou melhor proteger minhas almofadinhas e colocou os sapatinhos, confesso que não gostei de caminhar com aquilo, mas minhas almofadinhas não são de borracha e queimam. Mas não foi o suficiente, sendo minha temperatura dois graus a mais que a dos humanos, caminhar no sol para os animais é muito mais sacrificante que para humanos que controlam a temperatura pela transpiração. Fui me proteger na sombra entre as canas e decidi que de lá só sairia após o sol se por. Mas os peregrinos humanos, também sou peregrina, precisavam chegar ao pouso, pois tinham horário para refeição e cuidados com suas roupas e bolhas. Então minha dona pediu para o Artur me resgatar, estávamos bem próximo ao alojamento Arapongas, mas com aquele sol minha dona preferiu não arriscar, eu poderia entrar em superaquecimento, o que resulta em problemas renais e neurológicos em animais homeotérmicos. Marco de Tijolo do Caminho Isso não é cana!!!!! Veja isso, o infinito existe A Sobrevivente, arvore solitária
  • 13. Depois do infinito o paraíso Descanso Quatro Rodas Quinta 04 de Outubro. Não saímos tão cedo, o Artur não deixou ehehehehe, o café foi regado de muita conversa e informações. Mesmo saindo tarde não foi possível degustar o pastel e suco do restaurante Packer, estava fechado quando passamos, nosso passaporte ficou sem este carimbo, que aliás ficou sem outros, no Arraial São Bento os estabelecimentos também estavam fechados, paciência, nosso caminho tinha que continuar e lá fomos para Monte Branco, passando por várias fazendas que fizeram a história do Brasil do café e que acabaram sendo tomadas pela plantação de cana. Uma placa de Boas Vindas indicava que nosso caminho estava chegando ao fim, faltavam apenas dois dias. Hoje 04/10, é um dia especial, comemora-se o dia de São Francisco de Assis, santo Protetor dos Animais e da Natureza. Quanto a mim, devo dizer que fui abençoada, realizando o caminho com peregrinos maravilhosos e em paz. Valeu meu santinho preferido. O Sol prometia Antes havia café aqui, hoje só açúcar eheh
  • 14. Olaria época do café Tudo mudou depois da cana Casa de colono abandonada Placa da PM de Piracicaba Sexta 05 de Outubro. Voltamos a aproveitar a manhã, saímos bem cedo. Parada para fotos do nascer do Sol, este trecho é em meio a vilarejos e mata. Novo encontro com um cão antissocial, só que neste minha dona foi mais rápida e conseguiu segurar o cão com o cajado, até a proprietária aparecer e controlar o cão. Posso dizer que meu pedido, lá na igrejinha do Limoeiro, foi atendido. Cruzamos a estrada e novamente o caminho seguia em meio a muita plantação de cana. Como não vi nenhuma ponte ou riacho, aproveitei o apoio ao Dr. Alex e segui com ele até a Pousada do Egydio. Aqui sim fui recepcionada por nada mais do que uns vinte cães que me impediram de descer do carro, foi necessário a intervenção do Sr Egydio, que ajeitou todos em sua caminhonete e os levou para passar aquela noite na casa sede, ficando apenas o Pincher e o Fox Paulistinha, que dividiram comigo os ossos das costelas, cuidadosamente preparadas pelo Sr Egydio aos peregrinos humanos.
  • 15. A recompensa, lindooo Antes do rio Piracicaba Um brinde aos peregrinos O Chef Egydio Sábado 06 de Outubro. Um inicio diferente, poupei minhas patinhas, apenas me acomodei no barco para sentir a brisa daquela manhã que prometia mais um dia de muito sol. Saímos pelos fundos da pousada pelo Rio Piracicaba a bordo da chalanga de propriedade do Sr Egydio. Após alguns kilometros rio abaixo, desembarcamos na margem oposta, pausa para fotos. No caminho a paisagem não poderia ser diferente....... cana, cana, cana e mais cana, com um sol digno do nome do Caminho, sem contar que não se avistava nenhum riachinho, pocinha d’água ou laguinho. Após horas de caminhada uma sombra, projetada pela única arvore numa imensidão de canas. Uma sombra especial, nela havia uma “Nuvem”, sim aquele Oasis que surge no meio do nada com um anjo do caminho nos aguardando com água e suco gelado, frutas e lanches diversos. Rui nosso anjo da nuvem, adora tocar violino, só que neste dia devido ao vento, não foi possível ouvi-lo tocar, mas foi muito bom conhece-lo. Aubrigada Rui, valeu. Após o descanso merecido tomamos o caminho até Águas de São Pedro. Ainda faltava muitas patinhas para adentramos a cidade, estamos quase lá, mas antes do destino final, uma parada para mais um registro fotográfico, A Igreja Matriz. Por fim o Horto Florestal de Águas de São Pedro. E como boa peregrina, toquei o sino, segui até o altar de São Tiago e São Francisco de Assis. Lá nos aguardando estava José Palma, explicou o significado do “Ara Solis”. Pediu a cada caminhante para escolher seu padrinho
  • 16. ou madrinha entre os peregrinos para receber o Certificado. Podem não acreditar, mas fui escolhida para ser madrinha e adivinhem de quem........ do peregrino Alex, fiquei muito feliz pela honra, aubrigada Dr. Alex. Também recebi o “Ara Solis”, o meu foi entregue nada mais nada menos pelo próprio idealizador do caminho, quanta honra, receber de José Palma, aubrigada por tudo. Rio Piracicaba A brisa da manhã Economizando patinhas Do outro lado do Rio Cana, cana e mais cana Olha!!!! Incrivell
  • 17. Preciosidade Enfim São Pedro Quase lá Uma sombrinha Sim....... O Sino da Glória Deixa que eu toco
  • 18. auau, cheguei, que lindooooo O Ara Solis Meu santinho protetor Agradecendo....pedindo?!?!?
  • 19. Tó Alex, parabéns Vamos lá, pausa para foto Aubrigada Palma, consegui Tudo registrado.... agora cãogrina
  • 20. Aos meus aumigos peregrinos, que me aceitaram para juntos realizarmos esta linda jornada. Espero ter deixado boa impressão e ter me comportado bem. Vou sentir saudades desta aventura que foi muito especial e mágica. Aubrigada, Pepper Mauricio, Dalila, Eu, Iara, Maria José e Alex “Para Sempre Unidos no Caminho” Sobre a AUtora: Meu nome é Pepper, sou da raça Border Collie, nasci em 28/08/2004 em Monteiro Lobato/SP. Pratico agility desde cinco meses, atualmente no Grau II (para saber sobre agility acesse www.tudodocão.com.br). Associada desde 09/2008 do Clube 4 Patas (para conhecer acesse www.turismo4patas.com.br). Capa da Edição Especial da Revista “Saúde É Vital” da editora Abril, edição nº 54 de 12/2006, vencedora do Concurso Cão Incrível. Depois do Caminho acredito que ganhei este concurso sem saber que no futuro seria digna do titulo auauauauauauau. Esportista Aventureira
  • 21. Estrela Peregrina Sobre O Caminho Não é um caminho de fé mas de certeza, não oferece carinho mas gratidão, nas verdades da vida oferece confiança e na alegria do caminhar o encanto da felicidade. Pepper Power Eye