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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO
DISCIPLINA: ANÁLISE TEXTUAL
Prof. Dr. Manoel Edson de Oliveira
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Texto para responder à questão 1.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito de...
Eutanásio Boamorte, brasileiro, solteiro, R.G. nº 69.669.333, decorador,
residente na rua b, nº 17 (jardim mascote), vem requerer seja expedida ordem de
habeas corpus a favor de Asnásio da silva pelas razões seguintes:
1. Asnásio da Silva foi preso no dia 10 do fluente mês, na rua B, nº 17 (Jardim
Mascote), por agentes policiais, constando ter sido conduzido para a Delegacia do 38º
Distrito Policial.
2. A prisão é ilegal, pois não ocorreu em flagrante delito e não houve mandado de
prisão.
3. O auto de prisão em flagrante, além de indevido, é nulo, pois o detido é menor de
vinte e um anos e não lhe é nomeado curador no momento da lavradura do auto.
4. Os casos em que alguém pode ser preso estão disciplinados na lei e na Constituição.
Qualquer prisão fora dos casos legais permite a impetração de Habeas Corpus.
5. Em face desta ilegalidade requer digne-se Vossa Excelência conceder-lhe a ordem
pedida e determinar o relaxamento da prisão do paciente.
São Paulo, 10 de julho de 1993.
Eutanásio Boamorte.
1) Identifique, no texto (petição), os elementos da comunicação a seguir:
a) Emissor:_____________________________________________________________
b) Destinatário:______________________________________________________
c) Referente:___________________________________________________________
d) Mensagem:__________________________________________________________
e) Código:_____________________________________________________________
f) Canal:____________________________________________________________
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2. Como no exercício anterior:
São Paulo, 05 de enero de 2007.
Querido Paulinho,
Estoy muy triste porque me prometiste no traicionarme en tu viaje a Salvador,
pero no resiste a los encantos de una bahiana muy fogosa y terminaste llevándotela a
un motel. Así que no encuentro más motivos para que sigamos juntos, ya que he
perdido la confianza en ti. Tengo el corazón partido, pero mejor sufrir ahora que
despedazarme en el futuro.
Sé feliz,
Adriana
a) Emissor:_____________________________________________________________
b) Destinatário:________________________________________________________
c) Referente:___________________________________________________________
d) Mensagem:__________________________________________________________
e) Código:_____________________________________________________________
f) Canal:_______________________________________________________________
3) Identifique a função (ou funções) da linguagem predominante(s) em cada texto a
seguir.
TEXTO 1:
CIDADEZINHA QUALQUER
Casa entre bananeiras
Mulheres entre laranjeiras
Pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
(Carlos Drummond de Andrade)
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TEXTO 2:
Veja lá para quem você vai entregar a sua Declaração.
(Bando do Brasil)
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TEXTO 3:
_ E você? O que acha do movimento de liberação feminina?
_ Olha, no meu ponto de vista, sabe, a mulher tipo liberada, sabe, é... bem... como eu
estava dizendo, a mulher liberada, fala, isto é, discute, sabe como é, né?
Entendeu? Bem, no final das contas, você percebe, né, acho que esse tipo de mulher é
isso aí.
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TEXTO 4:
“A mata atlântica é o mais ameaçado dos biomas brasileiros. O projeto de lei 3.258/92,
que dispõe sobre a utilização e a proteção da mata atlântica, está sendo obstruído no
Congresso por alguns membros da bancada ruralista. Desde o início da tramitação do
projeto, em 1992, até hoje, 600 mil hectares de mata foram desmatados. De 1990 a
1995, apenas o estado de São Paulo perdeu 67.400 hectares de mata.”
(Fábio Feldmann)
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TEXTO 5:
ADVOGAR. [Do lat. Advocare.] V. t. d. 1. Interceder a favor de; apadrinhar; 2.
Defender com razões e argumentos; 3. Defender ou atacar (uma causa) em juízo; 4.
Exercer a profissão de advogado.
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TEXTO 6:
(...)
Cansei de olhar os reclames
E disse ao peito: Não ames,
Que esta mulher não te quer.
Descansa. Fecha a vidraça.
Esquece aquela desgraça.
Esquece aquela mulher.
Deitei-me então sobre o peito,
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Vieste em sonho ao meu leito.
E eu acordei – que aflição!
Pensando que te abraçava.
Alucinado, apertava
Eu mesmo meu coração.
(In Chão de Estrelas, J. Ozon Editor s/d)
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TEXTO 7:
“O barulho das CPIs poderia dar ao leitor a impressão n]ao inteiramente falsa de que
na economia não aconteceu muita coisa em 2005. Mas o ano que passou está repleto
de enigmas interessantes, como os seguintes: como conseguimos ter tanto crescimento
com os juros do tamanho em que estão e com o desmonte do governo provocado pelo
mensalão? Como conseguimos tanto superávit comercial com uma taxa de câmbio pior
(para o exportador) que a do pior momento dos tempos da „âncora cambial‟? Como é
que tivemos tanta inflação apesar de o câmbio ter caído como caiu e dos maiores juros
do mundo? E, por fim, e a propósito, por que mesmo somos os campeões mundiais de
juros?”
[...]
(Gustavo Franco, Veja, 28 de dezembro de 2005)
TEXTO 8:
“Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha esse coração
que nem se mostra.”
(Cecília Meireles)
TEXTO 9:
As palavras que, num sujeito ou noutras funções sintáticas (...), podem ser o seu
nome principal, são nomes substantivos, ou, simplesmente, substantivos; já as que
servem de adjunto de um substantivo são os nomes adjetivos, ou, simplesmente,
adjetivos.
(A. G. Cury. Português Básico
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Texto para responder às questões de 4, 5 e 6:
O "POBREMA" É NOSSO
Segundo Eliana Marquez Fonseca Fernandes, professora de Língua Portuguesa
da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, em se tratando de
linguagem, não se pode falar em erro ou acerto, mas desvios à norma padrão. "O
importante é estabelecer a comunicação. Para isso, usamos a língua em vários
níveis, desde o supercuidado ou formal até o não-cuidado ou não-formal."
"A gramática tradicional diz que, quando se fala 'nóis vai, nóis foi', isso não é
português. Mas é sim. Em outro nível. Estudos mais recentes na área dizem que
tais formas de expressão são corretas. Censurar ou debochar de quem faz uso
delas é discriminação lingüística."
Para a professora, o domínio da norma culta não deve ser exigido da população
de modo geral, principalmente de pessoas que têm baixo grau de escolaridade.
"Quem tem obrigação de saber o português formal, falar e escrever de acordo com
as regras são os professores, os jornalistas, os acadêmicos", diz.
("Diário da Manhã", Goiânia, 05.05.04. Adaptado.)
1. O texto discute a questão da língua em sua função comunicativa, contrapondo
usos mais informais a usos formais.
A frase:"A gente sabe que tem gente que escorrega no português" está no nível
popular (informal) da língua. Reescreva-a de acordo com o registro formal.
2. O texto expõe pontos de vista diferentes sobre a concepção de língua e de seu
uso. Segundo o texto,
a) qual o ponto de vista da professora Eliana?
b) qual o ponto de vista da gramática tradicional?
3. Qual a função da linguagem predominante no texto?