1) Jesus promoveu o desenvolvimento da mediunidade nos seus apóstolos e ensinou que deve ser exercida gratuitamente, conforme o ensinamento "De graça recebestes, de graça dai".
2) Allan Kardec recomendou o exercício gratuito da mediunidade, seguindo o exemplo de Jesus, e afirmou que comercializá-la é imoral e pode atrair espíritos inferiores.
3) O médium que nada cobra pelo trabalho mediúnico objetivando o bem recebe como salário espiritual a oportunidade de pagar
2. A mediunidade é uma
faculdade concedida
por Deus às criaturas,
que nada pagam por
ela.
Quando desenvolveu a
mediunidade nos seus discípulos e
os mandou trabalharem com ela em
favor da humanidade, Jesus lhes
disse: "De graça recebestes, de
graça dai" (Mt 10).
3. O mestre não somente recomendou o exercício gratuito
da mediunidade, ele o exemplificou, nada cobrando dos
discí-pulos pelo desenvolvimento mediúnico que neles
promoveu e jamais cobrando nada de ninguém por
qualquer das obras espirituais que realizou, até mesmo
as curas.
E, ao expulsar os vendilhões do Templo de Jerusalém,
deu enérgica demonstração de que não se deve
comerciar com as coisas espirituais, nem torná-las objeto
de especulação ou meio de vida.
4. O trabalho que fazemos na vida terrena é
com o corpo ou com o intelecto e a paga
que recebemos por ele se destina à nossa
sobrevivência corpórea, ao atendimento
das nossas ne-cessidades materiais.
Como cada qual tem sua capacidade ou
aptidão, todos podem trabalhar e ganhar o
seu pão de ca-da dia (com exceção das
crianças, dos idosos, dos muito
defi-cientes ou enfermos).
5. O trabalho com a Enseja um trabalho
mediunidade é uma que é espiritual e só
situação muito se realiza com o
dife-rente. Trata-se de concurso dos espíritos
uma faculdade que: desencarnados;
6. Tem por finalidade fazer o
intercâmbio entre o plano Precisa estar ao alcance
material e o espiritual, de todos os seres
promovendo o humanos em geral, mas
esclarecimento, a aju-da só pode ser exercida por
mútua e a fraternidade entre médiuns, que são minoria
os encarnados e os na humanidade.
desen-carnados;
7. "Deus quer que a luz
chegue a todos, não
Os pobres quer que o mais pobre
Se a poderão ter dela fique privado e
mediunidade for dificultado ou possa dizer: não tenho
comercializada impedido o fé, porque não a pude
ou pagar; não tive o
profissio-nalizad
acesso ao consolo de rece-ber
a, eis o que esclarecimento encorajamentos e os
poderá , conforto e testemunhos de
acontecer: ajuda afeição dos que
espiritual. pranteio, porque sou
pobre." (Allan Kardec,
ESE,cap. XXVI.)
8. -No -Como
-Como -No caso
transe vender o
receber de serem
O mediúnico que não
pelo espíritos
médium , somos se
trabalho familiares
estará intermedi originou
dos e amigos,
recebend á-rios, de nossas
espíritos não nos
o a paga mas os ideias,
uma paga repugna
pelo espí-ritos pesqui-sa
em coisas expô-los
trabalho é que s ou
materiais, para, com
dos falam, qualquer
que só a isso,
espíritos, escrevem, outra
nós lucrar
o que é ensinam, espécie
beneficia alguma
imoral. produzem de
e não a coisa
fenômeno trabalho
eles? mate-rial?
s. pessoal?
9. Ora, os
Teremos de
espí-ritos,
assegurar
quando bons,
resultados,
não se prestam "Explorar a
mas não o
ao comércio mediu-nidade
pode-remos
mediúnico, é, portanto,
fazer, pois a
pois não irão dispor de uma
mediunidade é
concorrer para coisa de que
uma faculdade
a cupidez e realmente não
fugidia,
ambição do se é dono.
instável, com a
seu Afirmar o
qual ninguém
intermediário; contrário é
pode contar
e, quando enganar a
com certeza, já
maus, também quem paga."
que não
não gostam de (Allan Kardec,
funciona sem o
ser explorados ESE, cap.
concurso dos
e nem sempre XXVI).
espíritos.
querem atuar.
10. 4) Atrairá para junto do médium espíritos inferiores.
Como os bons espíritos não se prestam a esse comércio e se afastam, os
que ficam junto do médium mercenário ou ambicioso são espíritos
levianos, pseudo-sábios ou até malé-volos, mas, no mínimo, ignorantes.
O médium que vende seu trabalho mediúnico expõe-se à influência dos
espíritos inferiores, dos quais se fez comparsa e cúmplice, e com isso
compromete sua situação espiritual, presente e futura.
11. Isto traz grave
prejuízo para o
Quando nos
progresso mo-ral
fazemos pagar
da humanidade,
pelo exercício
pois,
mediúnico,
5) Lançaremos desacreditando da
acarretamos
descrédito sobre manifestação
descrédito sobre
a mediunidade. mediúnica, a
nós mesmos e
humanidade
para o
perde sua fonte
intercâm-bio
de informações,
espiritual.
conforto e ajuda
espiritual.
12. Esse tráfico,
"A mediunidade séria degenerado em abuso,
nunca pode constituir explorado pelo
uma profissão, isso a charlatanismo, a
desacredita moralmente ignorância e a
e a assimilaria aos crueldade dos
ledores da 'buena supersticiosos, foi que
dicha'. levou Moisés a proibi-
la.
(...) "A mediunidade é
O Espiritismo,
coisa santa, que deve
compreendendo a
ser praticada
feição hones-ta do
santamente,
fenômeno, elevou a
religiosamente." (Allan
mediunidade ao grau
Kardec, ESE, cap.
de missão."
XXVI.)
13. Observemos que "paga" não é somente o dinheiro, mas
tudo aquilo que represente remuneração, lucro,
vantagem, interesse puramente pessoal, satisfação da
vaidade e do orgu-lho.
Quando um médium dá seu tempo ao público, dizendo
que o faz no interesse da causa espírita, mas não pode
dá-lo de graça, perguntamos com Kardec:
“Mas será no interesse da causa ou no seu próprio que o
dá”? E não será porque ele entrevê aí uma ocupação
lucrativa? Por este preço, encontram-se sempre pessoas
devotadas. Porventura haverá somente este trabalho á
sua disposição?
14. “Quem não tiver
com que viver,
procure recurso
fora da
mediunidade”.
Se quiser,
consagre-lhe
materialmente o
tempo disponível.
Os espíritos levarão em
conta o seu devotamento
e sacrifício, ao passo que
se afastam de quem dela
faça escabelo.
15. "À parte dessas considerações morais, não
contesta-mos de modo nenhum que possa
haver médiuns interes-seiros honrados e
conscienciosos, porque há pessoas honestas
em todas as profissões; mas se convirá, pelos
motivos que expusemos que o abuso tem
mais razão de estar com os médiuns pagos
do que junto àqueles que, olhando sua
faculdade como um favor, não a empregam
senão para prestar serviços gratuitamente."
(Allan Kardec, ESE, cap. XXVI.)
16. E podemos O
aduzir que a desprendiment
gratuidade dos oeo
serviços no desinteresse
Kardec está meio espírita exigidos valem,
com a tem assegurado pois, co-mo um
razão. o afastamento dispositivo de
das pessoas segurança
interesseiras e para o
mal movimento
intencionadas. espírita.
17. E a lei de
ação e
Afirmou reação
Jesus que sempre dá
Todo bem "digno é o às criatu-ras
que trabalhador segundo as
A fazemos, do seu suas obras.
remuneração porém, salário".
espiritual sempre tem
sua
recom-pensa
espiritual.
18. Assim, o médium que
exerce sua faculdade como
-pagar suas dívidas
Jesus recomenda, sem
espirituais anteriores, pelo
interesses materiais ou
bem que ensejar com seu
egoístas, não deixará de
trabalho mediúnico, e
receber um natural salário
adquirir méritos para novas
espiritual, pois conseguirá
realizações;
consequências felizes
como estas:
19.
20. 1)"Conferiu-lhes o poder", significa que Jesus:
( ) Concedeu um dom milagroso e especial aos seus
apóstolos.
( ) Promoveu o desenvolvimento da mediunidade
nos seus apóstolos.
2)Sobre o exercício da mediunidade ser ou não
gratuito, que ensinou e exemplificou Jesus?
3)Qual o salário espiritual que o médium recebe,
quando nada cobra pelo trabalho mediúnico que faz
objeti-vando o bem? (Resumir).
21. Coleção: Estudos e cursos Mediunidade Therezinha
de Oliveira
De Allan Kardec:
- O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI.
- O Livro dos Médiuns, 2a parte, caps. XXVIII e
XXXI, item X.