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O Renascimento e a formação da
mentalidade moderna
Trabalho para a disciplina de História – Novembro 2013

Trabalho realizado por:
Flávia Ribeiro| Nº
Gonçalo Tavares| Nº
Maria Neves | Nº
Simão Silva| Nº
8ºA – ESDJCCG, Ílhavo
Índice
1.
2.
3.
4.
5.
6.

O Renascimento
Os novos valores do Renascimento – o
despertar do espírito científico
A produção literária
A arte renascentista
Portugal na Renascença
Bibliografia/Netgrafia
1. O Renascimento
O Renascimento nasceu na Itália
e vigorou entre os séc. XV e XVI.
Inaugura uma nova fase na
trajetória intelectual do ser
humano
O período foi marcado por transformações em
muitas áreas da vida humana, que assinalam o
final da Idade Média e o início da Idade Moderna
2. Os novos valores do
Renascimento – o despertar
do espírito científico
O homem do Renascimento confia na razão e nas
aquisições culturais da Antiguidade
Esta mudança no modo de ver
o mundo e o próprio homem
teve uma estreita relação com
os avanços da ciência e com as
descobertas tecnológicas
O racionalismo, o experimentalismo
e a nova maneira de abordar o
conhecimento humano
questionaram vários dogmas
medievais
O geocentrismo foi intensamente
contestado pelos novos
observadores dos movimentos
celestes que propuseram novas
explicações – o heliocentrismo
A invenção da imprensa, que
ocorrera simultaneamente à queda
de Constantinopla, teve um grande
efeito na sociedade europeia
A disseminação mais fácil da palavra
escrita democratizou a
aprendizagem e permitiu a
propagação mais rápida de novas
ideias
As grandes navegações, a invenção
do astrolábio e, principalmente, a
invenção da tipografia por
Gutenberg aumentaram a crença
nas possibilidades do homem,
favorecendo o pioneirismo e a
aventura
Como pioneiro da exploração europeia, Portugal
floresceu no final do século
XV com as navegações
para o oriente, auferindo
lucros imensos que fizeram
crescer a burguesia
comercial e enriquecer a
nobreza, permitindo luxos e o cultivar do espírito
O contacto com o
Renascimento chegou através
da influência de ricos
mercadores italianos e
flamengos que investiam no
comércio marítimo
O contacto comercial com a
França, Espanha e Inglaterra era
assíduo, e o intercâmbio
cultural intensificou-se
O homem e a natureza tornam-se
centros quase que unânimes das
inquietações – antropocentrismo
A natureza que envolvia o homem, a razão que o
dominava, as ciências que se desenvolviam, tudo
isto mudou de forma significativa a maneira como
o homem vislumbrava o mundo
O universo já não era visto de
forma puramente religiosa e
dogmatizado (Teocentrismo),
mas de forma racional e
empírica, imparciais aos valores
da cultura medieval
Ao valorizar a observação e a
experiência para o
conhecimento da realidade, o
Homem do Renascimento
promoveu o desenvolvimento
de vários domínios do saber
Domínios do
Saber

Autores

Obras/Novos Conhecimentos

Astronomia

Copérnico

Teoria do Heliocentrismo

Medicina

Vesálio

Estudos sobre a circulação do sangue

Matemática

Pedro Nunes

“Tratado da Esfera”
Invenção do nónio

Geografia

Duarte Pacheco

“Esmeraldo de Situ Orbis”

Botânica

Garcia da Orta

“Colóquios dos Simples e Drogas das Cousas
Medicinais da Índia”
Há um aprofundamento do Humanismo
O homem deparava-se com a sua própria
existência e também com a natureza que estava à
sua volta, a qual deveria ser explorada para ser
compreendia de forma racional e sistematizada
Michel de Montaigne escreve
duas grandes obras:
“Da educação das crianças” e
“Pedantismo”
Nas suas obras analisou as
instituições, as opiniões e os
costumes, debruçando-se
sobre os dogmas (crenças) da
sua época e tomando a
generalidade da humanidade
como objecto de estudo
O principal nome na política
foi Maquiavel, que na sua
obra O Príncipe, escreve sobre
o Estado ideal, composto por
uma “política como resultado
da experiência das coisas
modernas”
A burguesia, que emerge como
nova classe social a partir do
Renascimento, disputará com a
Igreja e a nobreza o poder
político que, finalmente,
conquistará, no século XVIII,
com o advento da Revolução
Francesa
O Renascimento propiciou a chamada Reforma
Protestante, que veio a tornar ainda mais radical a
cisão contra a unidade espiritual do Ocidente
A quebra da disciplina eclesiástica e a corrupção
moral e religiosa, interesses políticos estimulados
pela cobiça dos bens da Igreja e a própria agitação
social, provocada pela pregação luterana,
aceleraram o movimento de Reforma
Esta primeira grande revolução
burguesa fora iniciada pelo
monge agostiniano
Martinho Lutero (1483-1546)
A ruptura de Lutero com o
catolicismo é uma clara
decorrência da aceitação dos
ideais renascentistas
1. A produção literária
Os que mais se destacaram:
Erasmo Desidério (de Rotterdam) (1467-1536)
François Rabelais (1483-1553)
Thomas More (1478-1535)
Michel de Montaigne (1533-1592),
Luís de Camões (1524-1580)
Miguel de Cervantes (1547-1616)
William Shakespeare (1564-1616)
Erasmo Desidério exerceu uma grande influência
na literatura europeia do
século XVI, principalmente
com sua obra Elogio da loucura
Defendia que o homem deveria criar o seu próprio
caminho, enquanto ser inteligente e livre

Como todo humanista, defendia a possibilidade de
chegar à perfeição por via do conhecimento
François Rabelais valorizava a
natureza em detrimento dos livros

Foi um dos principais críticos da
educação escolástica, enaltecendo as ciências
naturais e as ciências do homem
Rabelais fez os franceses rirem-se da educação
medieval, através do gigante Gargântua*

Ressaltava a importância da natureza
em oposição aos livros

O livro trata da história do gigante Gargântua, pai de Pantagruel, rei dos dipsodos (do Grego: “os que têm sede”).
Os livros ficaram famosos na França, mas foram proibidos pela Sorbonne pelo seu conteúdo obsceno.
Thomas More
Camões
Cervantes
William Shakespeare
4. A arte renascentista
. Arquitetura
. Pintura
. Escultura
Copiar de “História Trabalho 1” ou de “Trabalho de História renascimento e
natureza”
5. Portugal na Renascença
É sobretudo desde o tempo de D. João II e D.
Manuel que a corte portuguesa se torna
permeável ao movimento humanista
Estes reis rodeiam-se de letrados: juristas e
homens da ciência, matemáticos, cosmógrafos,
astrónomos, homens com conhecimentos teóricos
e práticos na arte de navegar e cartografar, que
tornam possível o prosseguimento e o êxito da
expansão ultramarina
A Universidade portuguesa, produto
da sensibilidade e das concepções
científicas medievais, mantivera,
desde a fundação por D. Dinis até ao
século XV, a mesma estrutura e o
mesmo plano de estudos
Com o Infante D. Henrique por
protector, a Universidade vai
adquirir instalações próprias e o
seu plano curricular vai ser
reestruturado e revitalizado com o
ensino integral das sete artes
liberais*, como estipula na carta de
12 de Outubro de 1431
* a lógica, a gramática, a retórica, a aritmética, a música, a geometria e a astronomia
No Renascimento,
predominou em Portugal
o estilo manuelino, nome
que se ficou a dever ao
nome do rei D. Manuel
que reinava em Portugal
O estilo manuelino caracteriza-se por se manter
uma estrutura gótica dos monumentos (abóbada
sobre o cruzamento de ogivas, arcos quebrados, arcobotantes e o
predomínio da ideia de verticalidade) mas

também por ter
uma inovação fundamental no âmbito da
decoração inspirada nos Descobrimentos:
- motivos naturalistas: plantas e animais
- motivos religiosos: cruz de Cristo
- motivos dos Descobrimentos: cordas, redes,
esfera armilar, …
6. Bibliografia/Netgrafia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo_renascentista

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Trabalho de história sobre o renascimento

  • 1. O Renascimento e a formação da mentalidade moderna Trabalho para a disciplina de História – Novembro 2013 Trabalho realizado por: Flávia Ribeiro| Nº Gonçalo Tavares| Nº Maria Neves | Nº Simão Silva| Nº 8ºA – ESDJCCG, Ílhavo
  • 2. Índice 1. 2. 3. 4. 5. 6. O Renascimento Os novos valores do Renascimento – o despertar do espírito científico A produção literária A arte renascentista Portugal na Renascença Bibliografia/Netgrafia
  • 4. O Renascimento nasceu na Itália e vigorou entre os séc. XV e XVI. Inaugura uma nova fase na trajetória intelectual do ser humano O período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna
  • 5. 2. Os novos valores do Renascimento – o despertar do espírito científico
  • 6. O homem do Renascimento confia na razão e nas aquisições culturais da Antiguidade Esta mudança no modo de ver o mundo e o próprio homem teve uma estreita relação com os avanços da ciência e com as descobertas tecnológicas
  • 7. O racionalismo, o experimentalismo e a nova maneira de abordar o conhecimento humano questionaram vários dogmas medievais O geocentrismo foi intensamente contestado pelos novos observadores dos movimentos celestes que propuseram novas explicações – o heliocentrismo
  • 8. A invenção da imprensa, que ocorrera simultaneamente à queda de Constantinopla, teve um grande efeito na sociedade europeia A disseminação mais fácil da palavra escrita democratizou a aprendizagem e permitiu a propagação mais rápida de novas ideias
  • 9. As grandes navegações, a invenção do astrolábio e, principalmente, a invenção da tipografia por Gutenberg aumentaram a crença nas possibilidades do homem, favorecendo o pioneirismo e a aventura
  • 10. Como pioneiro da exploração europeia, Portugal floresceu no final do século XV com as navegações para o oriente, auferindo lucros imensos que fizeram crescer a burguesia comercial e enriquecer a nobreza, permitindo luxos e o cultivar do espírito
  • 11. O contacto com o Renascimento chegou através da influência de ricos mercadores italianos e flamengos que investiam no comércio marítimo O contacto comercial com a França, Espanha e Inglaterra era assíduo, e o intercâmbio cultural intensificou-se
  • 12. O homem e a natureza tornam-se centros quase que unânimes das inquietações – antropocentrismo A natureza que envolvia o homem, a razão que o dominava, as ciências que se desenvolviam, tudo isto mudou de forma significativa a maneira como o homem vislumbrava o mundo
  • 13. O universo já não era visto de forma puramente religiosa e dogmatizado (Teocentrismo), mas de forma racional e empírica, imparciais aos valores da cultura medieval
  • 14. Ao valorizar a observação e a experiência para o conhecimento da realidade, o Homem do Renascimento promoveu o desenvolvimento de vários domínios do saber
  • 15. Domínios do Saber Autores Obras/Novos Conhecimentos Astronomia Copérnico Teoria do Heliocentrismo Medicina Vesálio Estudos sobre a circulação do sangue Matemática Pedro Nunes “Tratado da Esfera” Invenção do nónio Geografia Duarte Pacheco “Esmeraldo de Situ Orbis” Botânica Garcia da Orta “Colóquios dos Simples e Drogas das Cousas Medicinais da Índia”
  • 16. Há um aprofundamento do Humanismo O homem deparava-se com a sua própria existência e também com a natureza que estava à sua volta, a qual deveria ser explorada para ser compreendia de forma racional e sistematizada Michel de Montaigne escreve duas grandes obras: “Da educação das crianças” e “Pedantismo”
  • 17. Nas suas obras analisou as instituições, as opiniões e os costumes, debruçando-se sobre os dogmas (crenças) da sua época e tomando a generalidade da humanidade como objecto de estudo
  • 18. O principal nome na política foi Maquiavel, que na sua obra O Príncipe, escreve sobre o Estado ideal, composto por uma “política como resultado da experiência das coisas modernas”
  • 19. A burguesia, que emerge como nova classe social a partir do Renascimento, disputará com a Igreja e a nobreza o poder político que, finalmente, conquistará, no século XVIII, com o advento da Revolução Francesa
  • 20. O Renascimento propiciou a chamada Reforma Protestante, que veio a tornar ainda mais radical a cisão contra a unidade espiritual do Ocidente A quebra da disciplina eclesiástica e a corrupção moral e religiosa, interesses políticos estimulados pela cobiça dos bens da Igreja e a própria agitação social, provocada pela pregação luterana, aceleraram o movimento de Reforma
  • 21. Esta primeira grande revolução burguesa fora iniciada pelo monge agostiniano Martinho Lutero (1483-1546)
  • 22. A ruptura de Lutero com o catolicismo é uma clara decorrência da aceitação dos ideais renascentistas
  • 23. 1. A produção literária
  • 24. Os que mais se destacaram: Erasmo Desidério (de Rotterdam) (1467-1536) François Rabelais (1483-1553) Thomas More (1478-1535) Michel de Montaigne (1533-1592), Luís de Camões (1524-1580) Miguel de Cervantes (1547-1616) William Shakespeare (1564-1616)
  • 25. Erasmo Desidério exerceu uma grande influência na literatura europeia do século XVI, principalmente com sua obra Elogio da loucura Defendia que o homem deveria criar o seu próprio caminho, enquanto ser inteligente e livre Como todo humanista, defendia a possibilidade de chegar à perfeição por via do conhecimento
  • 26. François Rabelais valorizava a natureza em detrimento dos livros Foi um dos principais críticos da educação escolástica, enaltecendo as ciências naturais e as ciências do homem
  • 27. Rabelais fez os franceses rirem-se da educação medieval, através do gigante Gargântua* Ressaltava a importância da natureza em oposição aos livros O livro trata da história do gigante Gargântua, pai de Pantagruel, rei dos dipsodos (do Grego: “os que têm sede”). Os livros ficaram famosos na França, mas foram proibidos pela Sorbonne pelo seu conteúdo obsceno.
  • 32. 4. A arte renascentista . Arquitetura . Pintura . Escultura
  • 33. Copiar de “História Trabalho 1” ou de “Trabalho de História renascimento e natureza”
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38. 5. Portugal na Renascença
  • 39. É sobretudo desde o tempo de D. João II e D. Manuel que a corte portuguesa se torna permeável ao movimento humanista Estes reis rodeiam-se de letrados: juristas e homens da ciência, matemáticos, cosmógrafos, astrónomos, homens com conhecimentos teóricos e práticos na arte de navegar e cartografar, que tornam possível o prosseguimento e o êxito da expansão ultramarina
  • 40. A Universidade portuguesa, produto da sensibilidade e das concepções científicas medievais, mantivera, desde a fundação por D. Dinis até ao século XV, a mesma estrutura e o mesmo plano de estudos
  • 41. Com o Infante D. Henrique por protector, a Universidade vai adquirir instalações próprias e o seu plano curricular vai ser reestruturado e revitalizado com o ensino integral das sete artes liberais*, como estipula na carta de 12 de Outubro de 1431 * a lógica, a gramática, a retórica, a aritmética, a música, a geometria e a astronomia
  • 42. No Renascimento, predominou em Portugal o estilo manuelino, nome que se ficou a dever ao nome do rei D. Manuel que reinava em Portugal
  • 43. O estilo manuelino caracteriza-se por se manter uma estrutura gótica dos monumentos (abóbada sobre o cruzamento de ogivas, arcos quebrados, arcobotantes e o predomínio da ideia de verticalidade) mas também por ter uma inovação fundamental no âmbito da decoração inspirada nos Descobrimentos: - motivos naturalistas: plantas e animais - motivos religiosos: cruz de Cristo - motivos dos Descobrimentos: cordas, redes, esfera armilar, …

Hinweis der Redaktion

  1. A ArquitecturaA arte renascentista, especialmente a arquitectura, inspirou-se nas obras greco-romanas - Classicismo. As características da arquitectura renascentista são as seguintes:o equilíbrio e a simetria das formas e dos volumes;os elementos da arquitectura clássica: colunas, frontões triangulares, arcos de volta perfeita, abóbadas de berço e cúpulas;a decoração baseada em elementos danatureza e mitológicos;a impressão de horizontalidade definido pelos frisos e balaustradas. Destacam-se como monumentos a Basílica de S. Pedro (Bramante, Miguel Ângelo, Della Porta) e como arquitectos Brunelleschi, Alberti, Bramante, Miguel Ângelo e Andrea Palladio.A PinturaOs principais temas da pintura eram a Natureza, o corpo humano nu, cenas do Cristianismo, mitologia antiga e o retrato. Os pintores renascentistas representavam o que pintavam tal como era observado com naturalidade - Naturalismo. Das inovações da pintura renascentista destacam-se:a pintura a óleo que permitiu maior brilho e durabilidade das cores;a técnica da perspectiva que transmitia a ideia de profundidade;a técnica do sfumato que permitia a gradação da cor e a transição suave da sombra da luz;a distribuição geométrica dos diversos elementos. Na pintura salientaram-se os italianos Fra Angélico, Masaccio, Botticelli, Rafael, Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, o flamengo Van Eyck e o alemão Albert Dürer. Exemplos de quadros / Pintores“A Primavera” de Botticelli“Gioconda” ou “Mona Lisa” de Leonardo da VinciFrescos do tecto da Capela Sistina de Miguel Ângelo“A Virgem da Pradaria” de RafaelA EsculturaNa escultura voltou-se a representação do nu, de tradição greco-romana, com grande perfeição anatómica e realismo.Celebrizaram-se, entre outros, Donatello, Verrocchio, Ghiberti e Miguel Ângelo. Exemplos de Escultura / Escultores“Pietá” de Miguel Ângelo“David” de Donatello