2. Introdução
As sociedades desenvolvidas precisam da
indústria para produzir energia e bens que
mantenham seu estilo de vida.
Exemplos
◦ Alimentos
◦ Mineração
◦ Produção petroquímica e de plásticos
◦ Metais e produtos químicos
◦ Papel e celulose
◦ Manufatura de bens de consumo
3. Resíduo: Entende-se como resíduos
industriais aqueles provenientes dos
processos industriais, na forma sólida,
líquida ou gasosa ou combinação dessas, e
que por suas características físicas,
químicas ou microbiológicas não se
assemelham aos resíduos domésticos.
(NR 25)
Com o aumento do consumo, a indústria se
desenvolve e produz mais, gerando cada
vez mais resíduos. Os efluentes industriais
são uma das grandes questões ambientais
da atualidade.
4. Os principais objetivos do
reaproveitamento de resíduos são:
◦ Aproveitamento energético
◦ Redução do uso de energia e água
◦ Diminuição de custos
◦ Redução do impacto ambiental
5. Legislação
O resíduo industrial é um dos principais
responsáveis pelas agressões fatais ao
meio ambiente.
Por este motivo é necessário um controle
rigoroso de seu descarte e destinação.
A regulamentação é feita pela NR 25 e por
legislação específica do CONAMA.
6. As principais determinações são:
◦ As empresas devem buscar a redução de
resíduos;
◦ O descarte e a destinação dos resíduos é
de interira responsabilidade da empresa
que o produz;
◦ É proibido descartar qualquer tipo de
resíduo potencialmente perigoso
diretamente no meio ambiente;
◦ A empresa que desrespeitar as
determinações estará sujeita às
legislações pertinentes em nível federal,
estadual e municipal.
7. Classificação de Resíduos
De maneira mais geral os resíduos
industriais podem ser classificados
em:
◦ Sólidos ou Semi-sólidos
◦ Líquidos
◦ Gasosos
8. De forma mais específica os resíduos
podem ser classificados em:
Classe I - Perigosos
Resíduos que apresentam uma ou mais
das
seguintes características:
◦ Inflamabilidade
◦ Corrosividade
◦ Reatividade
◦ Toxicidade
◦ Patogenicidade
Ex.: Óleos lubrificantes, lodos de
galvanoplastia, baterias, etc.
10. Classe II - Não Perigosos
◦ Classe II - A (Não inertes)
Apresentam propriedades tais como:
• Combustibilidade
• Biodegradabilidade
• Solubilidade em Água
Ex.: Materiais orgânicos da indústria
alimentícia, fiação elétrica, lamas de
sistemas de tratamento de água, etc.
11. ◦ Classe II - B (Inertes)
Quaisquer resíduos que em contato com a
água não sejam solubilizados acima de
níveis aceitáveis, de acordo com a norma
NBR 10.0004
Ex.: Serragem, entulhos de demolições,
sucatas de ferro e aço, plásticos, tijolos,
etc.
15. Armazenamento de Resíduos
Os resíduos industrias, independente
de sua classificação, devem ser
armazenados em local adequado
autorizado pelo órgão de controle
ambiental, enquanto esperam uma
destinação final.
16. Transporte de Resíduos
O transporte deve ser feito por meio
de equipamento adequado de forma
que não haja vazamentos ou
derramamentos do resíduo.
Transporte interno X Transporte
externo
17. Reciclagem X
Reaproveitamento
Reciclagem e reaproveitamento são
conceitos diferentes.
Reciclagem: transformação de
materiais que podem voltar ao estado
original e ser transformado novamente
em um produto igual em todas as
suas características.
Reaproveitamento: uso de materiais
beneficiados (resíduos) como matéria-
prima para um novo produto.
18. Métodos de Reaproveitamento
de Resíduos Industriais
Existem inúmeras maneiras de
reaproveitar os resíduos dos
processos industriais. O
reaproveitamento é feito segundo
alguns critérios:
◦ Tipo
◦ Origem
◦ Porcentagem de produtos recuperáveis
◦ Potencial de efeitos deletérios
19. Reutilização dos Subprodutos da
Indústria Açucareira
Os subprodutos que podem ser
reutilizados são:
Bagaço
◦ 46% de fibra; 50% de umidade.
◦ 280kg/tonelada de cana processada.
Torta de filtro
◦ 75% de umidade
◦ 20 - 40kg/ tonelada de cana processada
Melaço
◦ praticamente só açúcares
◦ 40-60Kg/tonelada de cana processada
20. Usos do bagaço:
◦ Queima em caldeira com o objetivo de
fornecer energia para o processo de
fabricação do açúcar.
◦ Produção de celulose (100% de
aproveitamento do bagaço)
21. ◦ Alimentação de gado
confinado
◦ Aplicação em
compósitos para
indústria automotiva
22. Usos da torta de filtro
◦ É utilizada como fertilizante no plantio da
própria cana nas regiões Sul e Sudeste
por conter alto teor de umidade e fósforo.
Torta de filtro Aplicação de torta de filtro no
sulco de plantio.
Fonte: União dos Produtores de
Bioenergia.
23. Tabela 2. Composição química aproximada de 100
gramas de torta de filtro.
Fonte: Paranhos (1987) e Vitti et al.
(2006) adaptado pelo autor.
24. Usos do melaço
◦ Utilização do melaço desidratado para
alimentação de animais (boa fonte de
energia, carboidratos e proteínas)
◦ Produção de biopolímeros (curativos, fios
cirúrgicos, próteses cardíacas)
◦ Produção de álcool etílico
Massa de melaço de cana-de-
açúcar.
25. Reaproveitamento de Resíduos
Não Perigosos da Indústria Têxtil
A indústria têxtil tem um dos
processos que mais gera poluentes
Seus resíduos podem ser perigosos
ou não-perigosos
Resíduos perigosos Resíduos não perigosos
26. Resíduos não perigosos
◦ Basicamente sobra de matérias-primas
(tecidos), retalhos, aparas e peças
rejeitadas no controle de qualidade.
Resíduos perigosos
◦ Resíduos citados acima quando
contaminados com óleo de máquina;
◦ Agentes para preservação do tecidos
(ex.: pentaclorofenol)
◦ Efluentes dos processos de tingimento e
acabamento (corantes, fosfatos, metais
pesados e agentes de complexação)
◦ Lodos
27. Uso dos resíduos não perigosos em
caldeiras
◦ Objetivo: reaproveitamento energético;
◦ Método aplicado em caldeiras que usam
óleo combustível ou biomassa e cuja
fornalha opere com excesso de ar
suficiente para combustão dos resíduos à
temperatura mínima de 750ºC;
28. ◦ Resíduos passíveis de
reaproveitamento
O lodo dos sistemas de tratamento
biológico
Os resíduos do beneficiamento do
algodão
Resíduos de fios e tecidos
Estopas e toalhas utilizados na limpeza
e manutenção de equipamentos
29. Utilização de pó de mármore
para fabricação de tijolo
ecológico O estado do ES é o maior produtor
brasileiro – 47%
A lama é proveniente na serraria
30.
31. Reaproveitamento da Lama Abrasiva
◦ 80% de lama abrasiva + 20% de cimento
◦ Prensa
◦ Cura a base de água durante 5 dias + 5
dias para estabilização natural.
32. Efeitos:
◦ Aumento da resistência e durabilidade
Tijolos ecológicos feitos com lama
abrasiva.
34. ◦ Redução dos custos
Fonte: www.tjol-eco.com.br, 2009
35. Reaproveitamento do Óleo
Lubrificante
O óleo usado ou contaminado, deve
ser recolhido, coletado e ter
destinação final que não afete o meio
ambiente e apresente a máxima
recuperação dos seus componentes.
36. Rerrefino
Óleos recicláveis
◦ Óleos hidráulicos
◦ Óleos lubrificantes em geral
◦ Óleos de corte integrais
◦ Óleos de têmpera
Muitas vezes, quando não é possível
reciclar o óleo, ele é transformado em
fluido de corte.
37. Coleta de resíduos
Conforme o último levantamento
efetuado pela ANP e o Sindirrefino
(2005), o volume total coletado está
na casa de 33,47%, e ainda existe
uma expectativa de que esse
percentual venha a ser elevado para
35,0%, porquanto a legislação já
prevê o incremento da atividade
industrial.
39. A Europa e os EUA recolhem 35% do
seu óleo em relação ao consumo
geral.
Estima-se que, em todo o mundo
anualmente, 40/50% do lubrificante
comercializado têm condições de
serem reaproveitados.
Fonte: Sindirerrefino
41. Disposição Final dos
Resíduos
Determinados resíduos ainda não
podem ser reaproveitados.
Nestes casos, os resíduos são
tratados e encaminhados para aterros
de acordo com sua classificação ou
dispostos no ambiente de forma
igualmente adequada, dentro de
parâmetros de segurança, os quais
são determinados por legislação do
CONAMA.
42. Fontes
http://www.usp.br/agen/?p=6897
http://www.ruralpecuaria.com.br/2011/01/melaco-na-alimentacao-
bovina.html
http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2012/07/melaco-de-cana-de-
acucar-e-transformado-em-materia-prima-para-utensilios-medicos-
3827314.html
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-
acucar/arvore/CONTAG01_39_711200516717.html
Sistema FIRJAN. Manual de Gerenciamento de Resíduos: Guia de
procedimento, passo a passo. Rio de Janeiro: GMA, 2006.2ª
EdiçãoISBM
http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg7/anai
s/T11_0350_2134.pdf
http://textileindustry.ning.com/forum/topics/brasil-importa-restos-de-
roupas-de-outros-paises-porque-nao-recic