SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 29
Downloaden Sie, um offline zu lesen
CINEMÁTICA

38

CAPÍTULO 3
CINEMÁTICA
3.1 MOVIMENTO EM UMA DIMENSÃO
O movimento dos corpos é estudado pela Cinemática. Esta área da Física estuda os corpos
considerando-os como pontos materiais. Qualquer corpo pode ser considerado como um ponto
material, desde que tenha suas dimensões desprezíveis em relação às dimensões do movimento
consideradas.

3.1.1 Deslocamento
A figura 3.1 mostra um carro na posição x1 no instante t1 e a posição do mesmo carro em x2
no instante t2. A modificação da posição do carro, o deslocamento, é dada pela diferença x2 – x1. A
letra grega ∆ (delta maiúsculo) indica a variação de uma grandeza. Então a variação de x se escreve
∆x :
∆x = x2 – x1

3.1

Unidade no SI: metro (m)

Figura 3.1: Um carro desloca-se sobre uma reta que tem um ponto como origem, O. Os outros pontos são identificados
pela distância x a O. Os pontos à direita de O têm coordenadas positivas e os pontos à esquerda, negativas. Quando o
carro passa do ponto x1 para o ponto x2, o seu deslocamento é ∆x = x2 – x1.

3.1.2 Velocidade Média
Se define como a razão entre o deslocamento ∆x e o intervalo de tempo ∆t = t2 – t1.

v méd =

∆x x 2 − x 1
=
t 2 − t1
∆t

3.2

Unidade no SI metro/segundo (m/s), mas é também bastante usado a unidade de quilômetro
por hora (km/h).
O deslocamento e a velocidade podem ser positivos ou negativos. Um valor positivo mostra
que o movimento ocorre no sentido do x positivo.
Na linguagem corrente, a velocidade média (velocidade escalar média) de um móvel é a
razão entre a distância total percorrida pelo móvel e o intervalo de tempo entre a partida e a
chegada.

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

velocidade escalar média =

distância total
tempo total

→

39

(sempre positiva)
3.3

Exemplos 3-1: Numa corrida de 100m, os primeiros 50m são cobertos com a velocidade média de
10m/s e os 50m restantes com a velocidade média de 8m/s. Qual a velocidade média do corredor
sobre os 100m ?
Solução:

∆t 1 =

∆x
∆t

∆x 1 50
=
= 5s
v1
10

∆t 2 =

v méd =

∆x 2 50
=
= 6,25 s
v2
8

∆t = ∆t 1 + ∆t 2 = 11,25 s
v méd =

∆x
= 8,89 m/s
∆t

Exemplo 3-2: Imagine que você corra 100m em 12s e depois retorne ao ponto de partida
caminhando 50m durante 30s. Calcule:

a) A velocidade escalar média (sentido trivial);
b) A velocidade média definida pelo deslocamento.

Figura 3.2

Solução:

∆x (total ) 150
=
= 3,57 m/s
∆t
42
∆x 50
=
=
= 1,19 m/s
∆t 42

a) v méd =
b) v méd

3.1.3 Velocidade Média (Interpretação Geométrica)
A velocidade média é o coeficiente angular (inclinação) da reta que passa pelos pontos
(t1,x1) e (t2,x2), como ilustrado na figura 3.3.

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

40

Figura 3.3: Gráfico de x contra t do movimento de uma partícula em uma dimensão. Cada ponto da curva corresponde à
posição x num instante t. Entre as posições P1 e P2 traçamos um segmento de reta. O deslocamento ∆x = x2 – x1 e o
intervalo de tempo ∆t = t2 – t1, entre os dois pontos, ficam bem identificados. O segmento de reta de P1 até P2 é a
hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos são ∆x e ∆t. A razão ∆x/∆t é o coeficiente angular (inclinação) do
segmento de reta. Em termos geométricos, o coeficiente angular é a medida da inclinação da reta.

∆x
= inclinação = v méd
∆t

3.4

3.1.4 Velocidade Instantânea
É a velocidade da partícula num certo ponto. Se a partícula está num certo ponto, como pode
ter uma velocidade?
Para definir um movimento é preciso ter a posição de um corpo em dois ou mais instantes.
Se considerarmos intervalos de tempo cada vez mais curtos, entre um ponto e outro, do
movimento, a velocidade média em cada um desses intervalos se aproximam do coeficiente angular
da tangente à curva no ponto P0. A inclinação desta tangente é a velocidade instantânea em t0.
A velocidade instantânea é a derivada da posição quando ∆t tende a zero.
v=

dx
dt

3.5

O movimento que possui velocidade constante é chamado de Movimento Uniforme.
A inclinação de uma reta pode ser positiva, negativa ou nula. Por isso, a velocidade
instantânea (no movimento unidimensional) pode ser positiva (x cresce com o tempo), ou negativa
(x decresce com o tempo). O módulo (valor absoluto) da velocidade instantânea é a velocidade
escalar instantânea.

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

41

Figura 3.4: Gráfico de x contra t. Veja a seqüência de intervalos de tempo t1 t2, t3, ..., cada vez menores. A velocidade
média, em cada intervalo, é a inclinação do segmento de reta correspondente ao intervalo. Quando os intervalos de
tempo tendem a zero, esta inclinação tende para a inclinação da reta tangente à curva no ponto t1. A inclinação (o
coeficiente angular) corresponde à velocidade instantânea no instante t1.

Exemplo 3-3: A posição de uma pedra que cai de um rochedo pode ser descrita, aproximadamente,
por x = 5t2, em que x, em metros, é medida para baixo, a partir da posição inicial da pedra em t = 0,
e t está em segundos. Achar a velocidade em qualquer instante de tempo t.
Solução:
350
300

t3

posição (m)

250
200
150

t2
100

t1

50
0
0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

tempo (s)

Queremos calcular a velocidade da pedra num instante qualquer t. Para isso, devemos saber
como derivar a equação da posição em relação ao tempo.

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

42

( )

dx d
=
5t 2
dt dt
v( t ) = 5 ⋅ 2 t 2−1
v( t ) =

v( t ) = 10t
As derivadas, como se sabe, são calculadas facilmente mediante regras simples. Uma regra
especialmente útil é
Se x = C tn, então

dx
= C n t n −1
dt

3.6

3.1.5 Aceleração Média
A aceleração média é a taxa temporal de variação da velocidade.
a=

∆v
∆t

3.7

3.1.6 Aceleração Instantânea
A aceleração instantânea é a derivada da velocidade em relação ao tempo, quando ∆t tende a
zero.
a (t) =

dv
dt

3.8

O movimento que possui aceleração constante é chamado de Movimento Uniformemente
Acelerado (ou variado).
Exemplo 3-4: O carro esportivo BMW M3 pode acelerar, na terceira marcha, de 48,3 km/h até
80,5 km/h em apenas 3,7s.

a) Qual a aceleração média deste carro em m/s2?
b) Se o carro mantiver esta aceleração durante outro segundo, que velocidade atingirá?
Solução:

a)
48,3 km/h

b)
→

13,4 m/s

80,5 km/h → 22,4 m/s
22,4 - 13,4
am =
= 2,4 m/s
3,7

v = v 0 + a ⋅ t = 22,4 + 2,4 ⋅ 1 = 24,8 m/s

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

43

Exemplo 3-5: Para o gráfico abaixo responda as seguintes perguntas:

a) Em que instantes as acelerações dos corpos são positivas, negativas ou nulas?
b) Em que instantes as acelerações são constantes?
c) Em que instantes as velocidades instantâneas são nulas?

M ov im en t o A m ort ecid o
2

p osição (m )

1

0

-1

-2
0

2

4

6

8

10

t em p o (s)

Solução:

a) Positiva (a>0): de 0s a 3s; de 6s a 8s
Negativa (a<0): de 3s a 6s; de 8s a 9s
Nula(a=0): 3s; 6s; 8s.
b) A aceleração depende do tempo.
c) Velocidade nula (v = 0) : 3s; 6s; 8s.
Se o movimento for uniformemente acelerado, ou seja, a aceleração for constante, vale a
seguinte relação para a velocidade média:
v méd =

1
(v 0 + v )
2

3.9

A velocidade em função da posição pode ser obtida através da expressão:
2
v 2 = v 0 + 2 ⋅ a ⋅ ∆x

3.10

Graficamente podemos resumir os dois tipos de movimento estudados da seguinte maneira:

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

44
Movimento Uniforme:

x

v

a

x0
x = x0 + vt

t

v = v0

t

a=0

t

Movimento Uniformemente Acelerado:

x

v

a

t

t

1
x = x0 + vt + at2
2

t

v = v0 + a t

a(t) = a

Exemplo 3-6: Num tubo de raios catódicos, um elétron é acelerado do repouso, com uma
aceleração de 5,33 . 1012 m/s2, durante 0,15 µs (1 µs = 10-6s ). O elétron, então se desloca, com
velocidade constante, durante 0,2 µs. Finalmente chega ao repouso com uma aceleração de 2,67.1013 m/s2. Que distância o elétron percorre?
Solução:

∆x1

∆x2

v0 = 0

v1

t0 = 0

t1 = 0,15µs

∆x3

v2
t2 = 0,45µs

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC

v3 = 0
t3
CINEMÁTICA

Primeiro intervalo de tempo:

∆t 1 = t 1 − t 0 = 0,15 ×10 −6 s
a 1 = 5,33 × 1012 m / s 2
v0 = 0 (o elétron parte do repouso)
Cálculo de v1:
v1 = v 0 + a 1 ⋅ ∆t 1

(

)(

v1 = 5,33 × 1012 m / s 2 ⋅ 0,15 × 10 −6 s

)

v1 = 8,00 × 10 5 m / s

Cálculo de ∆x1:
a
2
⋅ (∆t 1 )
2
12
2
5,33 × 10 m / s 2
∆x 1 =
⋅ 0,15 × 10 −6 s
2
∆x 1 = 6,00 × 10 − 2 m ou ∆x 1 = 6,00 cm
∆x 1 = v 0 ⋅ ∆t 1 +

(

)

Segundo intervalo de tempo:
∆t 2 = t 2 − t 1 = 0,2 × 10 −6 s
Se a velocidade é cons tan te ⇒ a 2 = 0
v1 = 8,00 × 10 5 m / s

Cálculo de ∆x2:
a2
2
⋅ (∆t 2 )
2
∆x 2 = 8,00 × 10 5 m / s ⋅ 0,2 × 10 −6 s

∆x 2 = v1 ⋅ t +

(

)(

−1

)

∆x 2 = 1,60 × 10 m ou ∆x 2 = 16cm

Terceiro intervalo de tempo:
v 2 = v1 = 8,00 × 10 5 m / s
v3 = 0

(elétron retorna ao repouso )

a 3 = −2,67 × 1013 m / s 2

Cálculo de ∆t3:

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC

45
CINEMÁTICA

46
v 3 = v 2 + a 3 ⋅ ∆t 3
∆t 3 =

− v2
a3

⇒ ∆t 3 =

− 8,00 × 10 5 m / s
− 2,67 × 1013 m / s 2

∆t 3 = 0,03 × 10 −6 s

Cálculo de ∆x3:
∆x 3 = v 2 ⋅ ∆t 3 +

a3
2
⋅ (∆t 3 )
2

[(

)(

)] (− 2,67 × 10
2

∆x 3 = 8,00 × 10 2 m / s ⋅ 0,03 × 10 −6 s +

13

m / s2

) ⋅ (0,003 × 10 s)
−6

2

∆x 3m = 1,20 × 10 − 2 m ou ∆x 3 = 1,20cm
Distância total percorrida pelo elétron:
∆x total = ∆x 1 + ∆x 2 + ∆x 3
∆x total = 23,2 cm
Exemplo 3-7: A posição de uma partícula é dada por x = Ct3, onde C é uma constante com as
unidades de m/s3. Achar a velocidade e a aceleração em função do tempo.
Solução:

v=

dx
= 3Ct 2
dt

a=

d 2 x dv
=
= 6Ct
dt
dt 2

3.2 Movimento em Duas e Três Dimensões
3.2.1 Vetor Posição
O vetor posição de uma partícula é um vetor com a origem na origem do sistema de
coordenadas xy e a extremidade no ponto da posição xy da partícula. Então, se a posição for no
ponto (x,y), o vetor posição r é

r = x i + yj

3.11

A figura 3.5 mostra a trajetória da partícula. (Não confundir a trajetória com o gráfico de x
contra t que vimos anteriormente). No instante t1 a partícula está em P1, com o vetor posição r1 . Em
t2, a partícula chegou a P2 e o seu vetor posição é r2 . A variação de posição da partícula é o vetor
deslocamento ∆ r
∆ r = r2 − r1

3.12

Do movimento em uma dimensão sabemos que x = x0 + v0xt + (1/2)axt2 e que y = y0 + v0yt +
(1/2) ayt2. Logo, a equação 3.11 pode ser reescrita como

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

47

1
1




r (t) =  x 0 + v 0x t + a x t 2  i +  y 0 + v 0 y t + a y t 2  j
2
2




1
r (t) = x 0 i + y 0 j + v 0x i + v 0 y j t + a x i + a y j t 2
2

(

) (

)

(

)

onde,
r0 = x 0 i + y 0 j
v 0 = v 0x i + v 0y j

3.13

a = ax i + ay j
e finalmente,
1
r ( t ) = r0 + v 0 t + at 2
2

3.14

Figura 3.5: O vetor deslocamento ∆ r é a diferença entre os vetores posição, ∆ r = r2 − r1 . Ou então, ∆ r é o vetor que
somado a r1 leva ao vetor posição r2 .

3.2.2 Vetores Velocidade Média e Instantânea
A razão entre o vetor deslocamento e o intervalo de tempo ∆t = t2 – t1é o vetor velocidade
média

v media =

∆r
∆t

3.15

Esse vetor tem direção coincidente com a do deslocamento.
O módulo do vetor deslocamento é menor do que a distância percorrida sobre a trajetória, a
menos que a partícula se desloque em linha reta. Porém, se considerarmos intervalos cada vez
menores, o módulo do deslocamento se aproxima cada vez mais da distância percorrida sobre a
curva e a direção de ∆ r se aproxima da direção da reta tangente à curva no ponto inicial do
intervalo (figura 3.6).

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

48

Figura 3.6: À medida que os intervalos de tempo ficam menores, o vetor deslocamento se aproxima da tangente à curva.

O vetor velocidade instantânea é a derivada temporal do vetor posição.
dr d 
1

=  r0 + v 0 t + at 2 
dt dt 
2

v( t ) = v 0 + at

v( t ) =

3.16

Exemplo 3-8: Um barco a vela tem coordenadas (x1, y1) = (110 m, 218 m) no instante t1 = 60 s.
Dois minutos depois, no instante t2, as suas coordenadas são (x2, y2_ = (130 m, 205 m). (a) Achar a
velocidade média sobre este intervalo de dois minutos. Dar vmed em termos das componentes
cartesianas. (b) Determinar o módulo e a direção desta velocidade média. (c) Quando t ≥ 20 s, a
posição do barco, em função do tempo, é x(t) = 100m + [(1/6) m/s]t e y(t) = 200 m + (1080 m .s)t-1.
Determinar a velocidade instantânea num instante qualquer t além de 20 s.

Solução: As posições inicial e final do barco a vela aparecem na figura acima. (a) O vetor
velocidade média aponta da posição inicial para a final. (b) As componentes da velocidade
instantânea se calculam pela equação 3.14.

(a) As componentes x e y do vetor velocidade média
respectivas definições:

se calculam diretamente a partir das

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

v x ,med =

x 2 − x 1 130m − 110m
=
= 0,167 m / s
∆t
120s

v y ,med =

49

y 2 − y1 205m − 218m
=
= −0,108 m / s
∆t
120s

v med = (0,167 m / s ) i − (0,108m / s ) j

(b) 1. O módulo de vmed se calcula pelo teorema de Pitágoras
v med =

(v

) + (v
2

x , med

)

2

y , med

= 0,199 m / s

2. A direção é dada por
 − 0,108m / s 
θ = arctg
 = −33°
 0,167m / s 
Como o vetor velocidade encontra-se no quarto quadrante, temos
θ´=360°-33° = 327°
(c) Determina-se a velocidade instantânea pelo cálculo das derivadas de x e y em relação ao
tempo:
v=

dx
dy
i+
j
dt
dt

1

v( t ) =  m / s  i − (1080m ⋅ s ) t − 2 j
6


3.2.3 O Vetor Aceleração
O vetor aceleração média é a razão entre a variação do vetor velocidade instantânea ∆v e o
intervalo de tempo ∆t
a méd =

∆v
∆t

3.17

O vetor aceleração instantânea é o limite dessa razão quando ∆t tende a zero. Em outras
palavras, é a derivada da velocidade em relação ao tempo:
∆v dv
=
∆t →0 ∆t
dt

a = lim

3.18

Para calcular a aceleração instantânea é conveniente exprimir v em função da derivada da
posição em relação ao tempo:
∆v dv d 2 x
a = lim
=
=
∆t →0 ∆t
dt dt 2
Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC

3.19
CINEMÁTICA

50

Exemplo
3-9:
A
posição
de
uma
bola
arremessada
é
dada
2
2
r ( t ) = 1,5m i + 12m / s i + 16m / s j t − 4,9m / s j t . Determinar a velocidade e a aceleração.

(

)

por

Solução: As componentes x e y da velocidade são determinadas por simples derivação

vx =

dx d
= [1,5m + (12m / s ) t ] = 12m / s
dt dt

[
(

(

) ]

(

)]

dy d
(16 m / s ) t − 4,9m / s 2 t 2
=
dt dt
v y = 16 m / s − 9,8m / s 2 t
vy =

)

Assim, na notação vetorial

[

v( t ) = (12m / s ) i + 16m / s − 9,8m / s 2 t j
Se derivarmos as equações acima outra vez, chegamos à aceleração
dv x
d
= (12m / s ) = 0
dt
dt
dv y
d
ay =
= 16m / s − 9,8m / s 2 t = −9,8m / s 2
dt
dt

ax =

[

(

)]

Assim, na notação vetorial
a ( t ) = −9,8m / s 2 j

3.3 Leis de Newton
3.3.1 Primeira Lei de Newton
“Um corpo em repouso permanece em repouso a menos que sobre ele atue uma força externa.
Um corpo em movimento desloca-se com velocidade constante a menos que sobre ele atue uma
força externa.”

3.3.2 Segunda Lei de Newton
“A aceleração de um corpo tem a direção da força externa resultante que atua sobre ele. É
proporcional ao módulo da força externa resultante e inversamente proporcional à massa do corpo.”
F
3.20
a = res ⇒ Fres = ma
m
A força externa resultante é a soma de todas as forças que atuam sobre o corpo ∑ F = Fres ,
logo

∑ F = Fres = ma

3.21

3.3.3 Terceira Lei de Newton
“As forças sempre atuam aos pares de forças iguais porém opostas. Se um corpo A exerce
uma força sobre outro B, este exerce sobre A uma força de mesmo módulo da primeira, porém com
sentido oposto.”

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

51

3.3.4 A Força da Gravidade: O Peso
Quando um corpo cai nas proximidades da Terra, ele é acelerado para baixo. Desprezandose a resistência do ar, todos os corpos tem a mesma aceleração de queda que é a aceleração da
gravidade g (nas proximidades da Terra). A força que provoca essa aceleração é a força peso FP .
Sendo m a massa do corpo, a segunda lei de Newton define a força peso como:
FP = mg

3.22

Unidades de força: 1 N = (1 kg) (1m/s2) = 1 kg . m/s2

3.3.5 Diagrama de Forças
O diagrama que mostra esquematicamente as forças que atuam sobre um sistema é um
diagrama de forças.
Exemplo 3-10: Um caminhão descarrega volumes por uma rampa de roletes (um plano inclinado
sem atrito). O ângulo da rampa é de θ em relação ao plano horizontal. Determinar a aceleração de
um volume de carga m, que escorrega pela rampa, e calcular a força normal da rampa sobre ele.

Solução: a) Diagrama de Forças

b) Soma das forças em x e y

∑ Fx
∑ Fy

= FP sen θ = ma ⇒

= − FP cos θ + N = 0 ⇒

a = g sen θ
N = mg cos θ

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

52

Exemplo 3-11: Um quadro, pesando 8 N, está suspenso por dois fios com as tensões T1 e T2 ,
como mostra a figura. Calcular o valor de cada tensão.

Solução: a) Diagrama de Forças

3
T1
2
1
T1y = T1 sen 30° = T1
2
T1x = T1 cos 30° =

1
T2 x = T2 cos 60° = T2
2
3
T2 y = T2 sen 60° =
T2
2

b) Soma das forças em x e y

∑F

x

∑F

y

= T1x − T2 x = 0 ⇒ T2 = 3 T1

= T1y + T2 y − mg = 0 ⇒

1
3
T1 +
T2 = 8N
2
2

Substituindo (I) em (II), temos que:
T1 = 4 N

(I)

T2 = 6,9 N

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC

(II)
CINEMÁTICA

53

3.4 Atrito
3.4.1 Atrito Estático
Quando se aplica uma pequena força horizontal a uma grande caixa em forma de
paralelepípedo que está sobre um piso, a caixa pode não se mover em virtude da ação de uma força
de atrito estático, f s , exercida pelo piso, que equilibra a força aplicada

A força de atrito estático, que sempre se opõe à força aplicada, pode variar entre zero até um
certo valor máximo, fs,max. A força de atrito máximo independe da área de contato e é proporcional à
força normal exercida por uma das superfícies sobre a outra. Em geral,
f s max = µ s N

3.23

onde µs é o coeficiente de atrito estático, que depende da natureza das superfícies em contato.
Se a força horizontal exercida sobre a caixa for menor que fs,max, a força de atrito
equilibra esta força horizontal
f s max ≤ µ s N

3.24

Seja um corpo, inicialmente em repouso, apoiado em uma superfície não lisa sob a ação de
uma única força F, paralela à superfície, e do atrito entre as superfícies.
Aumentando o módulo da força F o módulo da força de atrito também aumenta até um certo
limite, conhecido como força de atrito estático, quando, então, o corpo inicia o movimento. Após o
corpo iniciar seu movimento, passa a existir uma nova força de atrito atuante, a força de atrito
dinâmico ou cinético, com intensidade menor. A razão entre a força de atrito e a reação normal da
superfície de apoio é uma constante denominada coeficiente de atrito (µ). Os coeficientes de atrito
estático e dinâmico dependem dos tipos de superfícies em contato.

3.4.2 Atrito Cinético
Se a caixa for empurrada com bastante força, ela escorrega sobre o piso. Ligações entre as
moléculas formam-se e rompem-se continuamente, e pequeninos fragmentos das superfícies são
arrancados, conforme mostra a figura 3.7.

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

54

Caixa

Superfície

Figura 3.7

Este complicado efeito decorre do atrito cinético, f c , que se opõe ao movimento. Para
manter a caixa deslizando com velocidade constante, é preciso exercer sobre ela uma força de
módulo igual ao da força de atrito cinético, mas de direção oposta. Por definição,
fc = µc N

3.25

onde µc é o coeficiente de atrito cinético, e depende da natureza das superfícies em contato.
Exemplo 3-12: Plano Horizontal

Vamos considerar que o bloco 1 está em repouso sobre o plano horizontal (figura 3.8), e
conseqüentemente, em equilíbrio com o bloco 2.
N

T

Fat

1

T
P1

2

P2
Figura 3.8: Forças que atuam num sistema formado por dois blocos conectados por um fio inextensível.

Atrito Estático: Para que não exista movimento, a resultante das forças que atua nos blocos deve
ser nula, e o atrito entre o bloco 1 e o plano deve ser máximo. Temos a seguinte distribuição de
forças:

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

55

Bloco 1
T − Fat = 0 ⇒ T = Fat

 N − P1 = 0 ⇒ N = P1

(1)

Bloco 2
T − P2 = 0 ⇒ T = P2

(2)

Igualando as equações 1 e 2, encontramos uma expressão para o coeficiente de atrito estático
Fat = µ s .N = P2
µ s ⋅ m 1g = m 2 g
/
/
µs =

m2
m1

Atrito Cinético: Aumentando-se a massa do bloco 2, o bloco 1 entrará em movimento.
Consideremos então, m2´ > m2, de forma que o bloco 1 entre em MRUV. Consideremos que o
movimento apresenta aceleração constante a.

A força resultante que atua no sistema pode ser escrita, para cada bloco, como:
Bloco 1
T − Fat = m1a ⇒ T = m1a + Fat

 N − P1 = 0 ⇒ N = m1g

(3)

Bloco 2
´
P2 − T = m´2 a

(4)

Igualando as equações 3 e 4, encontramos uma expressão para o coeficiente de atrito
cinético
m1a + µ c m1g = m´2 g − m´2 a
µc =

m´2 ( g − a ) − m1a
m1g

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

56
Exemplo 3-13: Plano Inclinado

Vamos considerar que o bloco 1 está em repouso sobre o plano inclinado (figura 3.9), e em
equilíbrio com o bloco 2.

T
T

N

2

1
Fat

′
P2

P1

θ

Figura 3.9: Forças atuantes num sistema de dois blocos unidos por um fio inextensível, num plano inclinado.

Atrito Estático: Quando o sistema estiver parado, mas com tendência de que o bloco 2 (com massa
m2) se mova para baixo, o bloco 1 tenderá a se mover no sentido ascendente, teremos as seguintes
equações de movimento:

Bloco 1
T − Fat − P1 sen θ = 0 ⇒ T = µ s N + m1g sen θ

 N − P1y = 0 ⇒ N = m1g cos θ

(1)

Bloco 2
T − P2 = 0 ⇒ T = m 2 g

(2)

Igualando as equações 1 e 2, encontramos uma expressão para o coeficiente de atrito estático
µ s .m1g cos θ + m1g sen θ = m 2 g
µs =

m 2 g − m1g sen θ
m1g cos θ

O mesmo vale se o bloco 2 estiver com tendência para se mover para cima.
Atrito Cinético: Se considerarmos que o plano está inclinado de um certo ângulo θ, devido a
atuação da força da gravidade, o corpo é acelerado com uma aceleração gsenθ na direção do plano,
onde g é a aceleração da gravidade e θ a inclinação do plano. Se não desprezarmos a ação da força
de atrito entre as superfícies de contato do corpo e o plano, e usando a segunda lei de Newton,
teremos as seguintes possibilidades que são apresentadas a seguir.

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

57

Considerando-se o movimento do bloco 1 no sentido ascendente (figura 3.9), ao longo do
plano inclinado, devemos levar em consideração que agora a massa do bloco 2 ( m´2 ) é maior do que
aquela necessária para manter o equilíbrio do sistema (m2). Podemos escrever:
Bloco 1
T − Fat − P1 sen θ = m1a ⇒ T = µ c N + m1g sen θ + m1a

 N − P1 cos θ = 0 ⇒ N = m1g cos θ

(3)

Bloco 2
´
P2 − T = m´2 a

⇒ T = m´2 g − m´2 a

(4)

Igualando as equações 3 e 4, encontramos uma expressão para o coeficiente de atrito
cinético no movimento ascendente
µ c m1g cos θ + m1g sen θ + m1a = m´2 (g − a )
µc =

m´2 (g − a ) − m1g sen θ − m1a
m1g cos θ

Ao analisarmos a situação na qual o mesmo corpo movimenta-se no sentido descendente
(figura 3.9), ao longo do plano inclinado, devemos levar em consideração que agora a massa do
bloco 2 ( m " ) é menor do que aquela necessária para manter o equilíbrio do sistema (m2), e que a
2
aceleração do sistema é a´. Neste caso teremos as seguintes equações:
Bloco 1
 P1 sen θ − T − Fat = m1a´ ⇒ T = m1g sen θ − µ c N − m1a´

 N − P1 cos θ = 0 ⇒ N = m1g cos θ

(5)

Bloco 2
′
T − P2′ = m′′ a ′ ⇒ T = m′′ (a ′ + g )
2
2

(6)

Igualando as equações 5 e 6, encontramos uma expressão para o coeficiente de atrito
cinético no movimento descendente
m1g sen θ − µ c m1g cos θ − m1a´= m′′ (a ′ + g )
2
µc =

m1g sen θ − m1a ′ − m′′ (a ′ + g )
2
m1g cos θ

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

58

Exemplo 3-14: Um bloco está em repouso sobre um plano inclinado, conforme mostra a figura
3.10. O ângulo de inclinação é lentamente aumentado até atingir um valor crítico, θc, no qual o
bloco principia a escorregar. Calcular o coeficiente de atrito estático µs.

Figura 3.10

a) Diagrama de Forças:

b) Soma das forças em x e em y:

∑F

x

∑F

y

= mg sen θc − f s = 0 ⇒ mg sen θc = µ s N (I)
= N − mg cos θ c

⇒

N = mg cos θ c (II)

Substituindo (II) em (I), temos
µs =

sen θc
= tgθc
cos θc

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

59

Exemplo 3-15: A massa m2 da figura 3.11 foi escolhida de tal modo que o bloco de massa m1 está
prestes a escorregar. (a) Se m1 = 7 kg e m2 = 5 kg, qual o coeficiente de atrito estático entre a
superfície da prateleira e o bloco? (b) Com um pequeno empurrão, os dois blocos movimentam-se
com aceleração a. Calcular a aceleração a se o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a
superfície for µc = 0,54.

Figura 3.11

a) Diagrama de Forças:

Soma das forças em x e em y para o sistema em equilíbrio estático:
Bloco 1

∑F
∑F

x

= T1 − f s = 0 ⇒ T1 = µ s N

y

= N − m1g = 0 ⇒

N = m1g

Logo, combinando as duas equações
T1 = µ s m1g
Bloco 2
∑ Fx = 0

∑F

y

= T2 − m 2 g = 0 ⇒ T2 = m 2 g

Logo,
T2 = m 2 g

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

60

Como a tensão nos dois blocos é a mesma, devemos ter: T1 = T2. Dessa forma, o
coeficiente de atrito estático será
m
5
µ s m1g = m 2 g ⇒ µ s = 2 = = 0,71
m1 7
µ s = 0,71
b) Sistema em movimento:
Bloco 1
∑ Fx = T1 − f c = m1a

∑F

y

⇒ T1 = µ s N + m1a

= N − m1 g = 0 ⇒

N = m1 g

Logo, combinado as duas equações
T1 = µ s m1g + m1a
Bloco 2
∑ Fx = 0

∑F

y

= T2 − m 2 g = − m 2 a

⇒ T2 = m 2 g − m 2 a

Logo,
T2 = m 2 g − m 2 a

Como a tensão nos dois blocos é a mesma, devemos ter: T1 = T2. Dessa forma, a aceleração
do sistema será
− m 2 a + m 2 g − µ c m 1g − m 1a = 0
a (m 2 − m1 ) = m 2 g − µ c m1g
a=g

(m 2 − µ c m1 )
(m1 + m 2 )

a = 0,996 m / s 2

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

61

3ª LISTA DE EXERCÍCIOS
1. Um carro faz uma viagem de 200 km a uma velocidade média de 40 km/h. Um segundo carro,
partindo 1,0 hora mais tarde, chega ao ponto de destino no mesmo instante que o primeiro. Qual
é a velocidade média do segundo carro no intervalo de tempo em que esteve em movimento? R:
v = 50 km/h
2. Uma partícula se move sobre o eixo dos x de acordo com a equação x=2 + 3t - t2, onde x está em
metros e t em segundos. Em t=3,0 s, achar (a) a posição da partícula, (b) a velocidade da
partícula e (c) sua aceleração.
R: (a) 2,0 m ; (b)-3,0 m/s ; (c) –2,0 m/s2
3.

Um avião a jato aterrissa com velocidade de 100 m/s e pode desacelerar à taxa máxima de -5,0
m/s2 até ficar em repouso. (a) A partir do instante em que toca na pista, qual é o intervalo de
tempo mínimo necessário para que atinja o repouso? (b) Esse jato poderia aterrissar no
aeroporto de uma pequena ilha, com uma pista de 0,80 km? Justifique.
R: (a) 20 s ; (b) não

4.

O gráfico abaixo apresenta duas retas, às quais correspondem ao movimento de dois
automóveis. O que acontece no ponto em que estas duas retas se interceptam? Calcule a
velocidade dos dois automóveis.
R: vA = 8,3 m/s ; vB = 16,7 m/s
7

B

6

A
p osição (km )

5
4
3
2
1
0
0

1

2

3

4

5

6

t em p o (m in )

5.

Este gráfico representa o movimento de dois ciclistas. O ciclista A parte de Lages rumo a São
Joaquim às 10h. No mesmo instante, o ciclista B parte de São Joaquim para Lages. Calcule a
velocidade de cada um deles e o instante em que se encontram. R: vA = 13,3 km/h ; vB = 20,0
km/h ; encontro em t = 1,5 horas.
M ovim en t o U n iform e
50

A

40

x (km )

30

20

10

B
0
0

2

t (h )

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC

4
CINEMÁTICA

62

6. Este gráfico mostra o espaço percorrido por um objeto em função do tempo. Calcule as
diferentes velocidades (em metros por minuto) que o objeto apresenta ao longo do seu
movimento. Calcule também sua velocidade média.
R: 0 < t < 1min: v1 = 200 m/min
1min < t < 2,5 min: v2 = 33,3 m/min
2,5 min < t < 3,3 min: v3 = 125 m/min
3,3 min < t < 4 min: v4 = 71,4 m/min
vmed = 100 m/min
400
350
300

x (m )

250
200
150
100
50
0
0

1

2

3

4

t (m in )

7. Um trem parte do repouso e se move com aceleração constante. Em um determinado instante,
ele viaja a 30 m/s, e 160 m adiante, trafega a 50 m/s. Calcule (a) a aceleração, (b) o tempo
necessário para percorrer os 160 m mencionados, (c) o tempo necessário para atingir a
velocidade de 30 m/s e (d) a distância percorrida desde o repouso até o instante em que sua
velocidade era de 30 m/s. R: (a) 5,0 m/s2 ; (b) 4,0 s ; (c) 6,0 s ; (d) 90 m
8. Um carro se movendo com aceleração constante percorre, em 6,0 s, a distância entre dois
pontos separados de 60,0 m. Quando passa pelo segundo ponto, sua velocidade é de 15,0 m/s.
(a) Qual é a velocidade no primeiro ponto? (b) Qual é a aceleração? (c) A que distância do
primeiro ponto o carro estava em repouso?
R: (a) 5,0 m/s ; (b) 1,7 m/s2 ; (c) 7,5 m
9. Uma partícula move-se com a velocidade v = 8t – 7, com v em m/s e t em segundos. (a)
Calcular a aceleração média sobre intervalos de um segundo, principiando em t = 3s e em t =
4s. (b) Traçar v contra t. (c) Qual a aceleração instantânea em qualquer instante?
R: a) a = 8 m/s2; c) a = 8 m/s2 em cada instante.
10. Um avião, para aterrissar num navio aeródromo, dispõe de 70m de pista. Se a velocidade
inicial for de 60 m/s. (a) Qual deve ser a aceleração na aterrissagem, admitindo-se seja
constante? (b) Quanto tempo leva o avião até parar?
R: a) –25,7 m/s2; b) 2,33 s
11. As coordenadas da posição de uma partícula, (x,y), são (2m, 3m) no instante t = 0s; (6m, 7m)
em t = 2s; e (13m, 14m) em t = 5s. (a) Calcular a velocidade média vméd entre t = 0s e t = 2s.
(b) Calcular a vméd entre t = 0s e t = 5s.
R: a) vm = 2,83 m/s; b) vm = 3,11 m/s
12. Uma partícula desloca-se no plano xy com aceleração constante. No instante inicial (t = 0s) a
partícula está em x = 4m, y = 3m e tem a velocidade v = (2m / s ) i − (9m / s ) j . A aceleração é

dada por a = (4m / s )i + (3m / s ) j . (a) Calcular o vetor velocidade no instante t = 2s. (b) Calcular
o vetor posição no instante t = 4s. (c) Dar o módulo e a direção do vetor posição.

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

63

i
j
R: a) v ( 2s) = (10m / s ) i − (3m / s ) j ; b) r ( 4s) = (44m ) ˆ − (9m )ˆ ; c) r ≅ 44,9 m e θ = −11,56°
13. Uma partícula tem o vetor posição r = 30t i + (40t − 5t 2 ) j , com r em metros e t em segundos.
Determinar, em função de t, os vetores velocidade instantânea e aceleração instantânea.
R: v ( t ) = 30 i + (40 − 10t ) j e a ( t ) = −10 j

(

)

2
14. A aceleração constante de uma partícula é dada por a = 6 i + 4 j m / s . No instante t = 0, a

velocidade é nula e o vetor posição é r0 = (10m )i . (a) Determinar os vetores velocidade e
posição em qualquer instante t. (b) Determinar a equação da trajetória da partícula no plano xy
e desenhar esta trajetória.
2
20
b) y = ⋅ x −
R: a) r ( t ) = (10m ) i + 3 i + 2 j ⋅ t 2 e v ( t ) = 6 i + 4 j ⋅ t
3
3

(

)

(

)

15. A posição r de uma partícula em movimento, num plano xy é dada por
r = (2 t 3 − 5t ) i + (6 − 7 t 4 ) j . Com r em metros e t em segundos. (a) Encontre v (t ) e a (t ) . (b)
Quando t = 2s, calcule r (t ) , v (t ) e a (t ) .
R: a) v (t ) = (6,00 t2 – 5,00) i –28,00 t3 j ; a (t ) = 12,00 t i –84,00 t2 j ; b) r (2s ) = 6,00 i –

106,00 j ; v (2s ) = 19,00 i – 224,00 j ; a (2s ) = 24,00 i – 336,00 j .

16. Um barco à vela desliza na superfície gelada de um lago, com aceleração constante produzida
pelo vento. Em um determinado instante, sua velocidade é de 6,30 i – 8,42 j , em metros por
segundo. Três segundos depois, devido à mudança do vento, o barco para de imediato. Qual a
sua aceleração média, durante este intervalo de 3 s? R: a (t ) = - (2,10 m/s2) i + (2,81 m/s2) j .

(

)

17. Em t = 0, uma partícula que se move no plano xy tem a velocidade v 0 = 3 i − 2 j m / s na

(

)

origem. Em t = 3s, sua velocidade é v = 9 i + 7 j m / s . Achar (a) a aceleração da partícula e
(b) sua coordenada em qualquer instante t.
R: a) (2 i + 3 j ) m/s2; b) (3t + t2) i + (-2t + 1,5t2) j .
18. Ao aumentar a altitude em relação ao nível do mar, o valor da aceleração da gravidade diminui
de 3 x 10-3 m/s2 para cada 1000m de elevação. Calcule qual é seu peso (em newtons) ao nível
do mar (g = 9,806 m/s2) e sobre uma montanha de 4810m. Considere uma massa de 70 kg.
R: Ao nível do mar:686,42 N Na montanha: 685,41 N
19. Em Marte, onde a aceleração da gravidade é de aproximadamente 4 m/s2, um objeto pesa
400N. Calcule seu peso na Terra. R: 980 N
20. A massa de um objeto é de 70 kg na Terra. Calcule o peso (em newtons) quando ele se
encontra numa astronave situada a uma distância do centro da Terra igual ao dobro do raio
terrestre. Nesse local, a aceleração da gravidade é de 2,45 m/s2. R: 171,5 N
21. Um homem empurra um trenó, carregado com massa m = 240 kg, por uma distância d = 2,3 m,
sobre a superfície sem atrito de um lago gelado. Ele exerce sobre o trenó uma força horizontal
constante, com módulo F = 130 N. Se o trenó parte do repouso, qual a sua velocidade final?
R: 1,58 m/s
Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA

64

22. Um caixote de massa m = 360 kg está parado sobre a carroceria de um caminhão que se move
com uma velocidade v0 = 120 km/h. O motorista freia e diminui a velocidade para v = 62 km/h
em 17 s. Qual a força (suposta constante) sobre o caixote, durante esse intervalo de tempo?
Suponha que o caixote não deslize sobre a carroceria do caminhão. R:-342 N
23. Se um corpo de 1 kg tem uma aceleração de 2,00 m/s2, fazendo um ângulo de 20° com o semieixo positivo x, então, a) quais são as componentes x e y da força resultante sobre o corpo e b)
qual a força resultante, em notação de vetores unitários? R: 1,88 N; 0,68 N; 1,9 i + 0,7 j
24. Se o corpo de 1 kg é acelerado por F1 = (3,0 N) i + (4,0 N) j e F2 = (-2,0 N) i + (-6,0 N) j , então,
a) qual a força resultante, em notação de vetores unitários, e b) qual o módulo e o sentido da
força resultante?
R: 1,0 i - 2,0 j ; 2,2 N; - 63°
25. Suponha que o corpo de 1 kg é acelerado a 4,00 m/s2, fazendo um ângulo de 160° com o semieixo positivo x, devido a duas forças, sendo uma delas F1 = (2,50 N) i + (4,60 N) j . Qual é a
outra força em a) notação de vetores unitários e b) módulo e sentido?
7,04 N; 207°

R: - 6,26 i - 3,23 j ;

26. Na caixa de 2,0 kg, da figura, são aplicadas duas forças, mas
somente uma é mostrada. A aceleração da caixa também é
mostrada na figura. Determine a segunda força a) em notação
de vetores unitários e b) em módulo e sentido.
R: - 32 i - 21 j ; 38,3 N; 213°

35. Um armário de quarto com massa de 45 kg, incluindo gavetas e roupas, está em repouso sobre
o assoalho.(a) Se o coeficiente de atrito estático entre o móvel e o chão for 0,45, qual a menor
força horizontal que uma pessoa deverá aplicar sobre o armário para colocá-lo em movimento?
(b) Se as gavetas e as roupas, que têm 17 kg de massa, forem removidas antes do armário ser
empurrado, qual a nova força mínima?
R: a) 198 N; b) 123 N
36. Um disco de hóquei de 110 g desliza cerca de 15 m sobre o gelo antes de parar. (a) Para uma
velocidade escalar inicial de 6,0 m/s, qual é o módulo da força de atrito sobre o disco durante o
deslizamento? (b) Qual o coeficiente de atrito entre o disco e o gelo?
R: a) 0,13 N; b) 0,12
37. Um vagão aberto de trem está carregado com caixas que têm um coeficiente de atrito estático
de 0,25 com o assoalho do vagão. Se o trem se move a 48 km/h, qual a menor distância em que
pode ser parado, com uma desaceleração constante, sem provocar o deslizamento das caixas?
R: 36,3 m

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
CINEMÁTICA
Polia sem massa
e sem atrito

38. Dois blocos são ligados através de uma polia, conforme
mostrado na figura. A massa do bloco A é de 10 kg e o
coeficiente de atrito cinético é 0,20. O bloco A desliza para
baixo sobre o plano com velocidade constante. Qual a massa
de B?
R: 3,27 kg

39. O bloco m1 na figura tem massa de 4,0 kg e m2 de 2,0
kg. O coeficiente de atrito entre m2 e o plano horizontal
é 0,50. No plano inclinado não há atrito. Determine: (a)
a tensão na corda e (b) a aceleração dos blocos.
R: a) 13 N; b) 1,6 m/s2

65

A
B
o

) 30

Polia sem massa
e sem atrito

m1

m2
µ = 0,50

o

) 30

40. Um aluno deseja determinar os coeficientes de atrito estático e cinético entre uma caixa e uma
prancha. Ele coloca a caixa sobre a prancha e lentamente vai levantando uma das extremidades.
Quando o ângulo de inclinação faz 30° com a horizontal, ela começa a deslizar, descendo a
prancha cerca de 2,5 m em 4,0 s. Quais os coeficientes de atrito que o aluno deseja determinar?
R: a) 0,58; b) 0,5

41. Um bloco de 2 kg está sobre um outro de 5 kg, como mostra a
figura ao lado. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco de
5 kg e a superfície onde repousa é 0,2. Uma força horizontal F
é aplicada ao bloco de 5 kg. (a) Traçar o diagrama de forças de
cada bloco. (b) Qual a força necessária para empurrar os dois
blocos para a direita, com uma aceleração de 3 m/s2. (c) Achar
o coeficiente de atrito estático mínimo entre os dois blocos, a fim de que o bloco de 2 kg não
escorregue com a aceleração de 3 m/s2. R: b) 34,7 N ; c) 0,306

42. Os blocos A e B da figura ao lado pesam 44 N e 22
N, respectivamente. (a) Determine o peso mínimo do
bloco C para impedir que o bloco A deslize se µc
entre o bloco A e a mesa for de 0,20. (b) O bloco C é
removido subitamente de cima do bloco A. Qual será
a aceleração do bloco A se µc entre A e a mesa for de
0,15? R: a) 66 N; b) 2,3 m/s2

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
66

CINEMÁTICA

43. Os três blocos da figura abaixo estão ligados
por fios leves e flexíveis que passam por polias
sem atrito, e possuem massas m1 = 10 kg, m2 =
5 kg e m3 = 3 kg. A aceleração do sistema se
direciona para a esquerda em 2 m/s2 e as
superfícies têm atrito. Achar (a) as tensões nos
fios e (b) o coeficiente de atrito cinético entre
os blocos e as superfícies (Admitir o mesmo µ para os dois blocos que escorregam.) R: a) 78,0
N e 35,9 N; b) 0,655

Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

OEE Efetividade Global de Equipamentos TCC
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCCOEE Efetividade Global de Equipamentos TCC
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCCMarcos Valle
 
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016Afonso Celso Siqueira Silva
 
Equação Fundamental da Ondulatória
Equação Fundamental da OndulatóriaEquação Fundamental da Ondulatória
Equação Fundamental da OndulatóriaSamara Brito
 
Aula 01 Introdução à Física
Aula 01   Introdução à FísicaAula 01   Introdução à Física
Aula 01 Introdução à Físicatiago.ufc
 
Fisica 02 - Oscilações
Fisica 02 - OscilaçõesFisica 02 - Oscilações
Fisica 02 - OscilaçõesWalmor Godoi
 
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolExercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolDanieli Franco Mota
 
MRU / MRUV - Slide de física.
MRU / MRUV - Slide de física.MRU / MRUV - Slide de física.
MRU / MRUV - Slide de física.Adalgisa Barreto
 
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicosPorque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicosAlex Davoglio
 
www.aulasdefisicaapoio.com - Física - Exercícios Resolvidos MUV
www.aulasdefisicaapoio.com - Física - Exercícios Resolvidos MUVwww.aulasdefisicaapoio.com - Física - Exercícios Resolvidos MUV
www.aulasdefisicaapoio.com - Física - Exercícios Resolvidos MUVVideoaulas De Física Apoio
 
Relatório 02 ondas em uma mola longa
Relatório 02   ondas em uma mola longaRelatório 02   ondas em uma mola longa
Relatório 02 ondas em uma mola longaJefferson Santos
 

Was ist angesagt? (20)

Movimento Circular Uniforme
Movimento Circular UniformeMovimento Circular Uniforme
Movimento Circular Uniforme
 
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCC
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCCOEE Efetividade Global de Equipamentos TCC
OEE Efetividade Global de Equipamentos TCC
 
Potência e energia
Potência e energiaPotência e energia
Potência e energia
 
MU e MUV
MU e MUVMU e MUV
MU e MUV
 
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016
 
Aula 2
Aula 2Aula 2
Aula 2
 
Tabela de conversão de dureza
Tabela de conversão de durezaTabela de conversão de dureza
Tabela de conversão de dureza
 
Equação Fundamental da Ondulatória
Equação Fundamental da OndulatóriaEquação Fundamental da Ondulatória
Equação Fundamental da Ondulatória
 
Interpretação de Imagens Tomográficas (TC)
Interpretação de Imagens Tomográficas (TC)Interpretação de Imagens Tomográficas (TC)
Interpretação de Imagens Tomográficas (TC)
 
Ondas de rádio
Ondas de rádioOndas de rádio
Ondas de rádio
 
Aula 01 Introdução à Física
Aula 01   Introdução à FísicaAula 01   Introdução à Física
Aula 01 Introdução à Física
 
Lombalgias
LombalgiasLombalgias
Lombalgias
 
Fisica 02 - Oscilações
Fisica 02 - OscilaçõesFisica 02 - Oscilações
Fisica 02 - Oscilações
 
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolExercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
 
MRU / MRUV - Slide de física.
MRU / MRUV - Slide de física.MRU / MRUV - Slide de física.
MRU / MRUV - Slide de física.
 
Fenômenos Ondulatórios
Fenômenos OndulatóriosFenômenos Ondulatórios
Fenômenos Ondulatórios
 
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicosPorque raiz 3 nos circuitos trifasicos
Porque raiz 3 nos circuitos trifasicos
 
Resistência dos Materiais II
Resistência dos Materiais IIResistência dos Materiais II
Resistência dos Materiais II
 
www.aulasdefisicaapoio.com - Física - Exercícios Resolvidos MUV
www.aulasdefisicaapoio.com - Física - Exercícios Resolvidos MUVwww.aulasdefisicaapoio.com - Física - Exercícios Resolvidos MUV
www.aulasdefisicaapoio.com - Física - Exercícios Resolvidos MUV
 
Relatório 02 ondas em uma mola longa
Relatório 02   ondas em uma mola longaRelatório 02   ondas em uma mola longa
Relatório 02 ondas em uma mola longa
 

Ähnlich wie Movimento de partículas em uma dimensão

Fisicaresolucaoexerciciosgabaritocinematica20111serie 111218022908-phpapp01 (1)
Fisicaresolucaoexerciciosgabaritocinematica20111serie 111218022908-phpapp01 (1)Fisicaresolucaoexerciciosgabaritocinematica20111serie 111218022908-phpapp01 (1)
Fisicaresolucaoexerciciosgabaritocinematica20111serie 111218022908-phpapp01 (1)Gislan Rocha
 
03 movimento retilineo - exercícios resolvidos
03 movimento retilineo - exercícios resolvidos03 movimento retilineo - exercícios resolvidos
03 movimento retilineo - exercícios resolvidosAdriano Silva Oliveira
 
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02Paulo Souto
 
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02Paulo Souto
 
Exercícios Resolvidos: Aplicação da integral
Exercícios Resolvidos: Aplicação da integralExercícios Resolvidos: Aplicação da integral
Exercícios Resolvidos: Aplicação da integralDiego Oliveira
 
2012espaço velocidade aceleração
2012espaço velocidade aceleração2012espaço velocidade aceleração
2012espaço velocidade aceleraçãoPéricles Penuel
 
Cinemática
CinemáticaCinemática
Cinemáticatiowans
 
cinematicaAp cinematica
cinematicaAp cinematicacinematicaAp cinematica
cinematicaAp cinematicaDurval Ribeiro
 

Ähnlich wie Movimento de partículas em uma dimensão (20)

Fisicaresolucaoexerciciosgabaritocinematica20111serie 111218022908-phpapp01 (1)
Fisicaresolucaoexerciciosgabaritocinematica20111serie 111218022908-phpapp01 (1)Fisicaresolucaoexerciciosgabaritocinematica20111serie 111218022908-phpapp01 (1)
Fisicaresolucaoexerciciosgabaritocinematica20111serie 111218022908-phpapp01 (1)
 
Questõesdecinemática3
Questõesdecinemática3Questõesdecinemática3
Questõesdecinemática3
 
Questõesdecinemática3
Questõesdecinemática3Questõesdecinemática3
Questõesdecinemática3
 
03 movimento retilineo
03 movimento retilineo03 movimento retilineo
03 movimento retilineo
 
03 movimento retilineo - exercícios resolvidos
03 movimento retilineo - exercícios resolvidos03 movimento retilineo - exercícios resolvidos
03 movimento retilineo - exercícios resolvidos
 
Física fácil(4)
Física fácil(4)Física fácil(4)
Física fácil(4)
 
movimento retilíneo
movimento retilíneomovimento retilíneo
movimento retilíneo
 
Física fácil(3)
Física fácil(3)Física fácil(3)
Física fácil(3)
 
Movimento e velocidade
Movimento e velocidadeMovimento e velocidade
Movimento e velocidade
 
Matemática v
Matemática vMatemática v
Matemática v
 
CINEMÁTICA
CINEMÁTICACINEMÁTICA
CINEMÁTICA
 
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02
 
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02
M u-m-u-v-lanc-100723100017-phpapp02
 
15 oscilacoes (1)
15 oscilacoes (1)15 oscilacoes (1)
15 oscilacoes (1)
 
Exercícios Resolvidos: Aplicação da integral
Exercícios Resolvidos: Aplicação da integralExercícios Resolvidos: Aplicação da integral
Exercícios Resolvidos: Aplicação da integral
 
2012espaço velocidade aceleração
2012espaço velocidade aceleração2012espaço velocidade aceleração
2012espaço velocidade aceleração
 
Enem módulo 01
Enem módulo 01Enem módulo 01
Enem módulo 01
 
Mhs
MhsMhs
Mhs
 
Cinemática
CinemáticaCinemática
Cinemática
 
cinematicaAp cinematica
cinematicaAp cinematicacinematicaAp cinematica
cinematicaAp cinematica
 

Movimento de partículas em uma dimensão

  • 1. CINEMÁTICA 38 CAPÍTULO 3 CINEMÁTICA 3.1 MOVIMENTO EM UMA DIMENSÃO O movimento dos corpos é estudado pela Cinemática. Esta área da Física estuda os corpos considerando-os como pontos materiais. Qualquer corpo pode ser considerado como um ponto material, desde que tenha suas dimensões desprezíveis em relação às dimensões do movimento consideradas. 3.1.1 Deslocamento A figura 3.1 mostra um carro na posição x1 no instante t1 e a posição do mesmo carro em x2 no instante t2. A modificação da posição do carro, o deslocamento, é dada pela diferença x2 – x1. A letra grega ∆ (delta maiúsculo) indica a variação de uma grandeza. Então a variação de x se escreve ∆x : ∆x = x2 – x1 3.1 Unidade no SI: metro (m) Figura 3.1: Um carro desloca-se sobre uma reta que tem um ponto como origem, O. Os outros pontos são identificados pela distância x a O. Os pontos à direita de O têm coordenadas positivas e os pontos à esquerda, negativas. Quando o carro passa do ponto x1 para o ponto x2, o seu deslocamento é ∆x = x2 – x1. 3.1.2 Velocidade Média Se define como a razão entre o deslocamento ∆x e o intervalo de tempo ∆t = t2 – t1. v méd = ∆x x 2 − x 1 = t 2 − t1 ∆t 3.2 Unidade no SI metro/segundo (m/s), mas é também bastante usado a unidade de quilômetro por hora (km/h). O deslocamento e a velocidade podem ser positivos ou negativos. Um valor positivo mostra que o movimento ocorre no sentido do x positivo. Na linguagem corrente, a velocidade média (velocidade escalar média) de um móvel é a razão entre a distância total percorrida pelo móvel e o intervalo de tempo entre a partida e a chegada. Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 2. CINEMÁTICA velocidade escalar média = distância total tempo total → 39 (sempre positiva) 3.3 Exemplos 3-1: Numa corrida de 100m, os primeiros 50m são cobertos com a velocidade média de 10m/s e os 50m restantes com a velocidade média de 8m/s. Qual a velocidade média do corredor sobre os 100m ? Solução: ∆t 1 = ∆x ∆t ∆x 1 50 = = 5s v1 10 ∆t 2 = v méd = ∆x 2 50 = = 6,25 s v2 8 ∆t = ∆t 1 + ∆t 2 = 11,25 s v méd = ∆x = 8,89 m/s ∆t Exemplo 3-2: Imagine que você corra 100m em 12s e depois retorne ao ponto de partida caminhando 50m durante 30s. Calcule: a) A velocidade escalar média (sentido trivial); b) A velocidade média definida pelo deslocamento. Figura 3.2 Solução: ∆x (total ) 150 = = 3,57 m/s ∆t 42 ∆x 50 = = = 1,19 m/s ∆t 42 a) v méd = b) v méd 3.1.3 Velocidade Média (Interpretação Geométrica) A velocidade média é o coeficiente angular (inclinação) da reta que passa pelos pontos (t1,x1) e (t2,x2), como ilustrado na figura 3.3. Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 3. CINEMÁTICA 40 Figura 3.3: Gráfico de x contra t do movimento de uma partícula em uma dimensão. Cada ponto da curva corresponde à posição x num instante t. Entre as posições P1 e P2 traçamos um segmento de reta. O deslocamento ∆x = x2 – x1 e o intervalo de tempo ∆t = t2 – t1, entre os dois pontos, ficam bem identificados. O segmento de reta de P1 até P2 é a hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos são ∆x e ∆t. A razão ∆x/∆t é o coeficiente angular (inclinação) do segmento de reta. Em termos geométricos, o coeficiente angular é a medida da inclinação da reta. ∆x = inclinação = v méd ∆t 3.4 3.1.4 Velocidade Instantânea É a velocidade da partícula num certo ponto. Se a partícula está num certo ponto, como pode ter uma velocidade? Para definir um movimento é preciso ter a posição de um corpo em dois ou mais instantes. Se considerarmos intervalos de tempo cada vez mais curtos, entre um ponto e outro, do movimento, a velocidade média em cada um desses intervalos se aproximam do coeficiente angular da tangente à curva no ponto P0. A inclinação desta tangente é a velocidade instantânea em t0. A velocidade instantânea é a derivada da posição quando ∆t tende a zero. v= dx dt 3.5 O movimento que possui velocidade constante é chamado de Movimento Uniforme. A inclinação de uma reta pode ser positiva, negativa ou nula. Por isso, a velocidade instantânea (no movimento unidimensional) pode ser positiva (x cresce com o tempo), ou negativa (x decresce com o tempo). O módulo (valor absoluto) da velocidade instantânea é a velocidade escalar instantânea. Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 4. CINEMÁTICA 41 Figura 3.4: Gráfico de x contra t. Veja a seqüência de intervalos de tempo t1 t2, t3, ..., cada vez menores. A velocidade média, em cada intervalo, é a inclinação do segmento de reta correspondente ao intervalo. Quando os intervalos de tempo tendem a zero, esta inclinação tende para a inclinação da reta tangente à curva no ponto t1. A inclinação (o coeficiente angular) corresponde à velocidade instantânea no instante t1. Exemplo 3-3: A posição de uma pedra que cai de um rochedo pode ser descrita, aproximadamente, por x = 5t2, em que x, em metros, é medida para baixo, a partir da posição inicial da pedra em t = 0, e t está em segundos. Achar a velocidade em qualquer instante de tempo t. Solução: 350 300 t3 posição (m) 250 200 150 t2 100 t1 50 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 tempo (s) Queremos calcular a velocidade da pedra num instante qualquer t. Para isso, devemos saber como derivar a equação da posição em relação ao tempo. Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 5. CINEMÁTICA 42 ( ) dx d = 5t 2 dt dt v( t ) = 5 ⋅ 2 t 2−1 v( t ) = v( t ) = 10t As derivadas, como se sabe, são calculadas facilmente mediante regras simples. Uma regra especialmente útil é Se x = C tn, então dx = C n t n −1 dt 3.6 3.1.5 Aceleração Média A aceleração média é a taxa temporal de variação da velocidade. a= ∆v ∆t 3.7 3.1.6 Aceleração Instantânea A aceleração instantânea é a derivada da velocidade em relação ao tempo, quando ∆t tende a zero. a (t) = dv dt 3.8 O movimento que possui aceleração constante é chamado de Movimento Uniformemente Acelerado (ou variado). Exemplo 3-4: O carro esportivo BMW M3 pode acelerar, na terceira marcha, de 48,3 km/h até 80,5 km/h em apenas 3,7s. a) Qual a aceleração média deste carro em m/s2? b) Se o carro mantiver esta aceleração durante outro segundo, que velocidade atingirá? Solução: a) 48,3 km/h b) → 13,4 m/s 80,5 km/h → 22,4 m/s 22,4 - 13,4 am = = 2,4 m/s 3,7 v = v 0 + a ⋅ t = 22,4 + 2,4 ⋅ 1 = 24,8 m/s Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 6. CINEMÁTICA 43 Exemplo 3-5: Para o gráfico abaixo responda as seguintes perguntas: a) Em que instantes as acelerações dos corpos são positivas, negativas ou nulas? b) Em que instantes as acelerações são constantes? c) Em que instantes as velocidades instantâneas são nulas? M ov im en t o A m ort ecid o 2 p osição (m ) 1 0 -1 -2 0 2 4 6 8 10 t em p o (s) Solução: a) Positiva (a>0): de 0s a 3s; de 6s a 8s Negativa (a<0): de 3s a 6s; de 8s a 9s Nula(a=0): 3s; 6s; 8s. b) A aceleração depende do tempo. c) Velocidade nula (v = 0) : 3s; 6s; 8s. Se o movimento for uniformemente acelerado, ou seja, a aceleração for constante, vale a seguinte relação para a velocidade média: v méd = 1 (v 0 + v ) 2 3.9 A velocidade em função da posição pode ser obtida através da expressão: 2 v 2 = v 0 + 2 ⋅ a ⋅ ∆x 3.10 Graficamente podemos resumir os dois tipos de movimento estudados da seguinte maneira: Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 7. CINEMÁTICA 44 Movimento Uniforme: x v a x0 x = x0 + vt t v = v0 t a=0 t Movimento Uniformemente Acelerado: x v a t t 1 x = x0 + vt + at2 2 t v = v0 + a t a(t) = a Exemplo 3-6: Num tubo de raios catódicos, um elétron é acelerado do repouso, com uma aceleração de 5,33 . 1012 m/s2, durante 0,15 µs (1 µs = 10-6s ). O elétron, então se desloca, com velocidade constante, durante 0,2 µs. Finalmente chega ao repouso com uma aceleração de 2,67.1013 m/s2. Que distância o elétron percorre? Solução: ∆x1 ∆x2 v0 = 0 v1 t0 = 0 t1 = 0,15µs ∆x3 v2 t2 = 0,45µs Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC v3 = 0 t3
  • 8. CINEMÁTICA Primeiro intervalo de tempo: ∆t 1 = t 1 − t 0 = 0,15 ×10 −6 s a 1 = 5,33 × 1012 m / s 2 v0 = 0 (o elétron parte do repouso) Cálculo de v1: v1 = v 0 + a 1 ⋅ ∆t 1 ( )( v1 = 5,33 × 1012 m / s 2 ⋅ 0,15 × 10 −6 s ) v1 = 8,00 × 10 5 m / s Cálculo de ∆x1: a 2 ⋅ (∆t 1 ) 2 12 2 5,33 × 10 m / s 2 ∆x 1 = ⋅ 0,15 × 10 −6 s 2 ∆x 1 = 6,00 × 10 − 2 m ou ∆x 1 = 6,00 cm ∆x 1 = v 0 ⋅ ∆t 1 + ( ) Segundo intervalo de tempo: ∆t 2 = t 2 − t 1 = 0,2 × 10 −6 s Se a velocidade é cons tan te ⇒ a 2 = 0 v1 = 8,00 × 10 5 m / s Cálculo de ∆x2: a2 2 ⋅ (∆t 2 ) 2 ∆x 2 = 8,00 × 10 5 m / s ⋅ 0,2 × 10 −6 s ∆x 2 = v1 ⋅ t + ( )( −1 ) ∆x 2 = 1,60 × 10 m ou ∆x 2 = 16cm Terceiro intervalo de tempo: v 2 = v1 = 8,00 × 10 5 m / s v3 = 0 (elétron retorna ao repouso ) a 3 = −2,67 × 1013 m / s 2 Cálculo de ∆t3: Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC 45
  • 9. CINEMÁTICA 46 v 3 = v 2 + a 3 ⋅ ∆t 3 ∆t 3 = − v2 a3 ⇒ ∆t 3 = − 8,00 × 10 5 m / s − 2,67 × 1013 m / s 2 ∆t 3 = 0,03 × 10 −6 s Cálculo de ∆x3: ∆x 3 = v 2 ⋅ ∆t 3 + a3 2 ⋅ (∆t 3 ) 2 [( )( )] (− 2,67 × 10 2 ∆x 3 = 8,00 × 10 2 m / s ⋅ 0,03 × 10 −6 s + 13 m / s2 ) ⋅ (0,003 × 10 s) −6 2 ∆x 3m = 1,20 × 10 − 2 m ou ∆x 3 = 1,20cm Distância total percorrida pelo elétron: ∆x total = ∆x 1 + ∆x 2 + ∆x 3 ∆x total = 23,2 cm Exemplo 3-7: A posição de uma partícula é dada por x = Ct3, onde C é uma constante com as unidades de m/s3. Achar a velocidade e a aceleração em função do tempo. Solução: v= dx = 3Ct 2 dt a= d 2 x dv = = 6Ct dt dt 2 3.2 Movimento em Duas e Três Dimensões 3.2.1 Vetor Posição O vetor posição de uma partícula é um vetor com a origem na origem do sistema de coordenadas xy e a extremidade no ponto da posição xy da partícula. Então, se a posição for no ponto (x,y), o vetor posição r é r = x i + yj 3.11 A figura 3.5 mostra a trajetória da partícula. (Não confundir a trajetória com o gráfico de x contra t que vimos anteriormente). No instante t1 a partícula está em P1, com o vetor posição r1 . Em t2, a partícula chegou a P2 e o seu vetor posição é r2 . A variação de posição da partícula é o vetor deslocamento ∆ r ∆ r = r2 − r1 3.12 Do movimento em uma dimensão sabemos que x = x0 + v0xt + (1/2)axt2 e que y = y0 + v0yt + (1/2) ayt2. Logo, a equação 3.11 pode ser reescrita como Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 10. CINEMÁTICA 47 1 1     r (t) =  x 0 + v 0x t + a x t 2  i +  y 0 + v 0 y t + a y t 2  j 2 2     1 r (t) = x 0 i + y 0 j + v 0x i + v 0 y j t + a x i + a y j t 2 2 ( ) ( ) ( ) onde, r0 = x 0 i + y 0 j v 0 = v 0x i + v 0y j 3.13 a = ax i + ay j e finalmente, 1 r ( t ) = r0 + v 0 t + at 2 2 3.14 Figura 3.5: O vetor deslocamento ∆ r é a diferença entre os vetores posição, ∆ r = r2 − r1 . Ou então, ∆ r é o vetor que somado a r1 leva ao vetor posição r2 . 3.2.2 Vetores Velocidade Média e Instantânea A razão entre o vetor deslocamento e o intervalo de tempo ∆t = t2 – t1é o vetor velocidade média v media = ∆r ∆t 3.15 Esse vetor tem direção coincidente com a do deslocamento. O módulo do vetor deslocamento é menor do que a distância percorrida sobre a trajetória, a menos que a partícula se desloque em linha reta. Porém, se considerarmos intervalos cada vez menores, o módulo do deslocamento se aproxima cada vez mais da distância percorrida sobre a curva e a direção de ∆ r se aproxima da direção da reta tangente à curva no ponto inicial do intervalo (figura 3.6). Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 11. CINEMÁTICA 48 Figura 3.6: À medida que os intervalos de tempo ficam menores, o vetor deslocamento se aproxima da tangente à curva. O vetor velocidade instantânea é a derivada temporal do vetor posição. dr d  1  =  r0 + v 0 t + at 2  dt dt  2  v( t ) = v 0 + at v( t ) = 3.16 Exemplo 3-8: Um barco a vela tem coordenadas (x1, y1) = (110 m, 218 m) no instante t1 = 60 s. Dois minutos depois, no instante t2, as suas coordenadas são (x2, y2_ = (130 m, 205 m). (a) Achar a velocidade média sobre este intervalo de dois minutos. Dar vmed em termos das componentes cartesianas. (b) Determinar o módulo e a direção desta velocidade média. (c) Quando t ≥ 20 s, a posição do barco, em função do tempo, é x(t) = 100m + [(1/6) m/s]t e y(t) = 200 m + (1080 m .s)t-1. Determinar a velocidade instantânea num instante qualquer t além de 20 s. Solução: As posições inicial e final do barco a vela aparecem na figura acima. (a) O vetor velocidade média aponta da posição inicial para a final. (b) As componentes da velocidade instantânea se calculam pela equação 3.14. (a) As componentes x e y do vetor velocidade média respectivas definições: se calculam diretamente a partir das Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 12. CINEMÁTICA v x ,med = x 2 − x 1 130m − 110m = = 0,167 m / s ∆t 120s v y ,med = 49 y 2 − y1 205m − 218m = = −0,108 m / s ∆t 120s v med = (0,167 m / s ) i − (0,108m / s ) j (b) 1. O módulo de vmed se calcula pelo teorema de Pitágoras v med = (v ) + (v 2 x , med ) 2 y , med = 0,199 m / s 2. A direção é dada por  − 0,108m / s  θ = arctg  = −33°  0,167m / s  Como o vetor velocidade encontra-se no quarto quadrante, temos θ´=360°-33° = 327° (c) Determina-se a velocidade instantânea pelo cálculo das derivadas de x e y em relação ao tempo: v= dx dy i+ j dt dt 1  v( t ) =  m / s  i − (1080m ⋅ s ) t − 2 j 6  3.2.3 O Vetor Aceleração O vetor aceleração média é a razão entre a variação do vetor velocidade instantânea ∆v e o intervalo de tempo ∆t a méd = ∆v ∆t 3.17 O vetor aceleração instantânea é o limite dessa razão quando ∆t tende a zero. Em outras palavras, é a derivada da velocidade em relação ao tempo: ∆v dv = ∆t →0 ∆t dt a = lim 3.18 Para calcular a aceleração instantânea é conveniente exprimir v em função da derivada da posição em relação ao tempo: ∆v dv d 2 x a = lim = = ∆t →0 ∆t dt dt 2 Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC 3.19
  • 13. CINEMÁTICA 50 Exemplo 3-9: A posição de uma bola arremessada é dada 2 2 r ( t ) = 1,5m i + 12m / s i + 16m / s j t − 4,9m / s j t . Determinar a velocidade e a aceleração. ( ) por Solução: As componentes x e y da velocidade são determinadas por simples derivação vx = dx d = [1,5m + (12m / s ) t ] = 12m / s dt dt [ ( ( ) ] ( )] dy d (16 m / s ) t − 4,9m / s 2 t 2 = dt dt v y = 16 m / s − 9,8m / s 2 t vy = ) Assim, na notação vetorial [ v( t ) = (12m / s ) i + 16m / s − 9,8m / s 2 t j Se derivarmos as equações acima outra vez, chegamos à aceleração dv x d = (12m / s ) = 0 dt dt dv y d ay = = 16m / s − 9,8m / s 2 t = −9,8m / s 2 dt dt ax = [ ( )] Assim, na notação vetorial a ( t ) = −9,8m / s 2 j 3.3 Leis de Newton 3.3.1 Primeira Lei de Newton “Um corpo em repouso permanece em repouso a menos que sobre ele atue uma força externa. Um corpo em movimento desloca-se com velocidade constante a menos que sobre ele atue uma força externa.” 3.3.2 Segunda Lei de Newton “A aceleração de um corpo tem a direção da força externa resultante que atua sobre ele. É proporcional ao módulo da força externa resultante e inversamente proporcional à massa do corpo.” F 3.20 a = res ⇒ Fres = ma m A força externa resultante é a soma de todas as forças que atuam sobre o corpo ∑ F = Fres , logo ∑ F = Fres = ma 3.21 3.3.3 Terceira Lei de Newton “As forças sempre atuam aos pares de forças iguais porém opostas. Se um corpo A exerce uma força sobre outro B, este exerce sobre A uma força de mesmo módulo da primeira, porém com sentido oposto.” Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 14. CINEMÁTICA 51 3.3.4 A Força da Gravidade: O Peso Quando um corpo cai nas proximidades da Terra, ele é acelerado para baixo. Desprezandose a resistência do ar, todos os corpos tem a mesma aceleração de queda que é a aceleração da gravidade g (nas proximidades da Terra). A força que provoca essa aceleração é a força peso FP . Sendo m a massa do corpo, a segunda lei de Newton define a força peso como: FP = mg 3.22 Unidades de força: 1 N = (1 kg) (1m/s2) = 1 kg . m/s2 3.3.5 Diagrama de Forças O diagrama que mostra esquematicamente as forças que atuam sobre um sistema é um diagrama de forças. Exemplo 3-10: Um caminhão descarrega volumes por uma rampa de roletes (um plano inclinado sem atrito). O ângulo da rampa é de θ em relação ao plano horizontal. Determinar a aceleração de um volume de carga m, que escorrega pela rampa, e calcular a força normal da rampa sobre ele. Solução: a) Diagrama de Forças b) Soma das forças em x e y ∑ Fx ∑ Fy = FP sen θ = ma ⇒ = − FP cos θ + N = 0 ⇒ a = g sen θ N = mg cos θ Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 15. CINEMÁTICA 52 Exemplo 3-11: Um quadro, pesando 8 N, está suspenso por dois fios com as tensões T1 e T2 , como mostra a figura. Calcular o valor de cada tensão. Solução: a) Diagrama de Forças 3 T1 2 1 T1y = T1 sen 30° = T1 2 T1x = T1 cos 30° = 1 T2 x = T2 cos 60° = T2 2 3 T2 y = T2 sen 60° = T2 2 b) Soma das forças em x e y ∑F x ∑F y = T1x − T2 x = 0 ⇒ T2 = 3 T1 = T1y + T2 y − mg = 0 ⇒ 1 3 T1 + T2 = 8N 2 2 Substituindo (I) em (II), temos que: T1 = 4 N (I) T2 = 6,9 N Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC (II)
  • 16. CINEMÁTICA 53 3.4 Atrito 3.4.1 Atrito Estático Quando se aplica uma pequena força horizontal a uma grande caixa em forma de paralelepípedo que está sobre um piso, a caixa pode não se mover em virtude da ação de uma força de atrito estático, f s , exercida pelo piso, que equilibra a força aplicada A força de atrito estático, que sempre se opõe à força aplicada, pode variar entre zero até um certo valor máximo, fs,max. A força de atrito máximo independe da área de contato e é proporcional à força normal exercida por uma das superfícies sobre a outra. Em geral, f s max = µ s N 3.23 onde µs é o coeficiente de atrito estático, que depende da natureza das superfícies em contato. Se a força horizontal exercida sobre a caixa for menor que fs,max, a força de atrito equilibra esta força horizontal f s max ≤ µ s N 3.24 Seja um corpo, inicialmente em repouso, apoiado em uma superfície não lisa sob a ação de uma única força F, paralela à superfície, e do atrito entre as superfícies. Aumentando o módulo da força F o módulo da força de atrito também aumenta até um certo limite, conhecido como força de atrito estático, quando, então, o corpo inicia o movimento. Após o corpo iniciar seu movimento, passa a existir uma nova força de atrito atuante, a força de atrito dinâmico ou cinético, com intensidade menor. A razão entre a força de atrito e a reação normal da superfície de apoio é uma constante denominada coeficiente de atrito (µ). Os coeficientes de atrito estático e dinâmico dependem dos tipos de superfícies em contato. 3.4.2 Atrito Cinético Se a caixa for empurrada com bastante força, ela escorrega sobre o piso. Ligações entre as moléculas formam-se e rompem-se continuamente, e pequeninos fragmentos das superfícies são arrancados, conforme mostra a figura 3.7. Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 17. CINEMÁTICA 54 Caixa Superfície Figura 3.7 Este complicado efeito decorre do atrito cinético, f c , que se opõe ao movimento. Para manter a caixa deslizando com velocidade constante, é preciso exercer sobre ela uma força de módulo igual ao da força de atrito cinético, mas de direção oposta. Por definição, fc = µc N 3.25 onde µc é o coeficiente de atrito cinético, e depende da natureza das superfícies em contato. Exemplo 3-12: Plano Horizontal Vamos considerar que o bloco 1 está em repouso sobre o plano horizontal (figura 3.8), e conseqüentemente, em equilíbrio com o bloco 2. N T Fat 1 T P1 2 P2 Figura 3.8: Forças que atuam num sistema formado por dois blocos conectados por um fio inextensível. Atrito Estático: Para que não exista movimento, a resultante das forças que atua nos blocos deve ser nula, e o atrito entre o bloco 1 e o plano deve ser máximo. Temos a seguinte distribuição de forças: Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 18. CINEMÁTICA 55 Bloco 1 T − Fat = 0 ⇒ T = Fat   N − P1 = 0 ⇒ N = P1 (1) Bloco 2 T − P2 = 0 ⇒ T = P2 (2) Igualando as equações 1 e 2, encontramos uma expressão para o coeficiente de atrito estático Fat = µ s .N = P2 µ s ⋅ m 1g = m 2 g / / µs = m2 m1 Atrito Cinético: Aumentando-se a massa do bloco 2, o bloco 1 entrará em movimento. Consideremos então, m2´ > m2, de forma que o bloco 1 entre em MRUV. Consideremos que o movimento apresenta aceleração constante a. A força resultante que atua no sistema pode ser escrita, para cada bloco, como: Bloco 1 T − Fat = m1a ⇒ T = m1a + Fat   N − P1 = 0 ⇒ N = m1g (3) Bloco 2 ´ P2 − T = m´2 a (4) Igualando as equações 3 e 4, encontramos uma expressão para o coeficiente de atrito cinético m1a + µ c m1g = m´2 g − m´2 a µc = m´2 ( g − a ) − m1a m1g Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 19. CINEMÁTICA 56 Exemplo 3-13: Plano Inclinado Vamos considerar que o bloco 1 está em repouso sobre o plano inclinado (figura 3.9), e em equilíbrio com o bloco 2. T T N 2 1 Fat ′ P2 P1 θ Figura 3.9: Forças atuantes num sistema de dois blocos unidos por um fio inextensível, num plano inclinado. Atrito Estático: Quando o sistema estiver parado, mas com tendência de que o bloco 2 (com massa m2) se mova para baixo, o bloco 1 tenderá a se mover no sentido ascendente, teremos as seguintes equações de movimento: Bloco 1 T − Fat − P1 sen θ = 0 ⇒ T = µ s N + m1g sen θ   N − P1y = 0 ⇒ N = m1g cos θ (1) Bloco 2 T − P2 = 0 ⇒ T = m 2 g (2) Igualando as equações 1 e 2, encontramos uma expressão para o coeficiente de atrito estático µ s .m1g cos θ + m1g sen θ = m 2 g µs = m 2 g − m1g sen θ m1g cos θ O mesmo vale se o bloco 2 estiver com tendência para se mover para cima. Atrito Cinético: Se considerarmos que o plano está inclinado de um certo ângulo θ, devido a atuação da força da gravidade, o corpo é acelerado com uma aceleração gsenθ na direção do plano, onde g é a aceleração da gravidade e θ a inclinação do plano. Se não desprezarmos a ação da força de atrito entre as superfícies de contato do corpo e o plano, e usando a segunda lei de Newton, teremos as seguintes possibilidades que são apresentadas a seguir. Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 20. CINEMÁTICA 57 Considerando-se o movimento do bloco 1 no sentido ascendente (figura 3.9), ao longo do plano inclinado, devemos levar em consideração que agora a massa do bloco 2 ( m´2 ) é maior do que aquela necessária para manter o equilíbrio do sistema (m2). Podemos escrever: Bloco 1 T − Fat − P1 sen θ = m1a ⇒ T = µ c N + m1g sen θ + m1a   N − P1 cos θ = 0 ⇒ N = m1g cos θ (3) Bloco 2 ´ P2 − T = m´2 a ⇒ T = m´2 g − m´2 a (4) Igualando as equações 3 e 4, encontramos uma expressão para o coeficiente de atrito cinético no movimento ascendente µ c m1g cos θ + m1g sen θ + m1a = m´2 (g − a ) µc = m´2 (g − a ) − m1g sen θ − m1a m1g cos θ Ao analisarmos a situação na qual o mesmo corpo movimenta-se no sentido descendente (figura 3.9), ao longo do plano inclinado, devemos levar em consideração que agora a massa do bloco 2 ( m " ) é menor do que aquela necessária para manter o equilíbrio do sistema (m2), e que a 2 aceleração do sistema é a´. Neste caso teremos as seguintes equações: Bloco 1  P1 sen θ − T − Fat = m1a´ ⇒ T = m1g sen θ − µ c N − m1a´   N − P1 cos θ = 0 ⇒ N = m1g cos θ (5) Bloco 2 ′ T − P2′ = m′′ a ′ ⇒ T = m′′ (a ′ + g ) 2 2 (6) Igualando as equações 5 e 6, encontramos uma expressão para o coeficiente de atrito cinético no movimento descendente m1g sen θ − µ c m1g cos θ − m1a´= m′′ (a ′ + g ) 2 µc = m1g sen θ − m1a ′ − m′′ (a ′ + g ) 2 m1g cos θ Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 21. CINEMÁTICA 58 Exemplo 3-14: Um bloco está em repouso sobre um plano inclinado, conforme mostra a figura 3.10. O ângulo de inclinação é lentamente aumentado até atingir um valor crítico, θc, no qual o bloco principia a escorregar. Calcular o coeficiente de atrito estático µs. Figura 3.10 a) Diagrama de Forças: b) Soma das forças em x e em y: ∑F x ∑F y = mg sen θc − f s = 0 ⇒ mg sen θc = µ s N (I) = N − mg cos θ c ⇒ N = mg cos θ c (II) Substituindo (II) em (I), temos µs = sen θc = tgθc cos θc Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 22. CINEMÁTICA 59 Exemplo 3-15: A massa m2 da figura 3.11 foi escolhida de tal modo que o bloco de massa m1 está prestes a escorregar. (a) Se m1 = 7 kg e m2 = 5 kg, qual o coeficiente de atrito estático entre a superfície da prateleira e o bloco? (b) Com um pequeno empurrão, os dois blocos movimentam-se com aceleração a. Calcular a aceleração a se o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a superfície for µc = 0,54. Figura 3.11 a) Diagrama de Forças: Soma das forças em x e em y para o sistema em equilíbrio estático: Bloco 1 ∑F ∑F x = T1 − f s = 0 ⇒ T1 = µ s N y = N − m1g = 0 ⇒ N = m1g Logo, combinando as duas equações T1 = µ s m1g Bloco 2 ∑ Fx = 0 ∑F y = T2 − m 2 g = 0 ⇒ T2 = m 2 g Logo, T2 = m 2 g Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 23. CINEMÁTICA 60 Como a tensão nos dois blocos é a mesma, devemos ter: T1 = T2. Dessa forma, o coeficiente de atrito estático será m 5 µ s m1g = m 2 g ⇒ µ s = 2 = = 0,71 m1 7 µ s = 0,71 b) Sistema em movimento: Bloco 1 ∑ Fx = T1 − f c = m1a ∑F y ⇒ T1 = µ s N + m1a = N − m1 g = 0 ⇒ N = m1 g Logo, combinado as duas equações T1 = µ s m1g + m1a Bloco 2 ∑ Fx = 0 ∑F y = T2 − m 2 g = − m 2 a ⇒ T2 = m 2 g − m 2 a Logo, T2 = m 2 g − m 2 a Como a tensão nos dois blocos é a mesma, devemos ter: T1 = T2. Dessa forma, a aceleração do sistema será − m 2 a + m 2 g − µ c m 1g − m 1a = 0 a (m 2 − m1 ) = m 2 g − µ c m1g a=g (m 2 − µ c m1 ) (m1 + m 2 ) a = 0,996 m / s 2 Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 24. CINEMÁTICA 61 3ª LISTA DE EXERCÍCIOS 1. Um carro faz uma viagem de 200 km a uma velocidade média de 40 km/h. Um segundo carro, partindo 1,0 hora mais tarde, chega ao ponto de destino no mesmo instante que o primeiro. Qual é a velocidade média do segundo carro no intervalo de tempo em que esteve em movimento? R: v = 50 km/h 2. Uma partícula se move sobre o eixo dos x de acordo com a equação x=2 + 3t - t2, onde x está em metros e t em segundos. Em t=3,0 s, achar (a) a posição da partícula, (b) a velocidade da partícula e (c) sua aceleração. R: (a) 2,0 m ; (b)-3,0 m/s ; (c) –2,0 m/s2 3. Um avião a jato aterrissa com velocidade de 100 m/s e pode desacelerar à taxa máxima de -5,0 m/s2 até ficar em repouso. (a) A partir do instante em que toca na pista, qual é o intervalo de tempo mínimo necessário para que atinja o repouso? (b) Esse jato poderia aterrissar no aeroporto de uma pequena ilha, com uma pista de 0,80 km? Justifique. R: (a) 20 s ; (b) não 4. O gráfico abaixo apresenta duas retas, às quais correspondem ao movimento de dois automóveis. O que acontece no ponto em que estas duas retas se interceptam? Calcule a velocidade dos dois automóveis. R: vA = 8,3 m/s ; vB = 16,7 m/s 7 B 6 A p osição (km ) 5 4 3 2 1 0 0 1 2 3 4 5 6 t em p o (m in ) 5. Este gráfico representa o movimento de dois ciclistas. O ciclista A parte de Lages rumo a São Joaquim às 10h. No mesmo instante, o ciclista B parte de São Joaquim para Lages. Calcule a velocidade de cada um deles e o instante em que se encontram. R: vA = 13,3 km/h ; vB = 20,0 km/h ; encontro em t = 1,5 horas. M ovim en t o U n iform e 50 A 40 x (km ) 30 20 10 B 0 0 2 t (h ) Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC 4
  • 25. CINEMÁTICA 62 6. Este gráfico mostra o espaço percorrido por um objeto em função do tempo. Calcule as diferentes velocidades (em metros por minuto) que o objeto apresenta ao longo do seu movimento. Calcule também sua velocidade média. R: 0 < t < 1min: v1 = 200 m/min 1min < t < 2,5 min: v2 = 33,3 m/min 2,5 min < t < 3,3 min: v3 = 125 m/min 3,3 min < t < 4 min: v4 = 71,4 m/min vmed = 100 m/min 400 350 300 x (m ) 250 200 150 100 50 0 0 1 2 3 4 t (m in ) 7. Um trem parte do repouso e se move com aceleração constante. Em um determinado instante, ele viaja a 30 m/s, e 160 m adiante, trafega a 50 m/s. Calcule (a) a aceleração, (b) o tempo necessário para percorrer os 160 m mencionados, (c) o tempo necessário para atingir a velocidade de 30 m/s e (d) a distância percorrida desde o repouso até o instante em que sua velocidade era de 30 m/s. R: (a) 5,0 m/s2 ; (b) 4,0 s ; (c) 6,0 s ; (d) 90 m 8. Um carro se movendo com aceleração constante percorre, em 6,0 s, a distância entre dois pontos separados de 60,0 m. Quando passa pelo segundo ponto, sua velocidade é de 15,0 m/s. (a) Qual é a velocidade no primeiro ponto? (b) Qual é a aceleração? (c) A que distância do primeiro ponto o carro estava em repouso? R: (a) 5,0 m/s ; (b) 1,7 m/s2 ; (c) 7,5 m 9. Uma partícula move-se com a velocidade v = 8t – 7, com v em m/s e t em segundos. (a) Calcular a aceleração média sobre intervalos de um segundo, principiando em t = 3s e em t = 4s. (b) Traçar v contra t. (c) Qual a aceleração instantânea em qualquer instante? R: a) a = 8 m/s2; c) a = 8 m/s2 em cada instante. 10. Um avião, para aterrissar num navio aeródromo, dispõe de 70m de pista. Se a velocidade inicial for de 60 m/s. (a) Qual deve ser a aceleração na aterrissagem, admitindo-se seja constante? (b) Quanto tempo leva o avião até parar? R: a) –25,7 m/s2; b) 2,33 s 11. As coordenadas da posição de uma partícula, (x,y), são (2m, 3m) no instante t = 0s; (6m, 7m) em t = 2s; e (13m, 14m) em t = 5s. (a) Calcular a velocidade média vméd entre t = 0s e t = 2s. (b) Calcular a vméd entre t = 0s e t = 5s. R: a) vm = 2,83 m/s; b) vm = 3,11 m/s 12. Uma partícula desloca-se no plano xy com aceleração constante. No instante inicial (t = 0s) a partícula está em x = 4m, y = 3m e tem a velocidade v = (2m / s ) i − (9m / s ) j . A aceleração é dada por a = (4m / s )i + (3m / s ) j . (a) Calcular o vetor velocidade no instante t = 2s. (b) Calcular o vetor posição no instante t = 4s. (c) Dar o módulo e a direção do vetor posição. Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 26. CINEMÁTICA 63 i j R: a) v ( 2s) = (10m / s ) i − (3m / s ) j ; b) r ( 4s) = (44m ) ˆ − (9m )ˆ ; c) r ≅ 44,9 m e θ = −11,56° 13. Uma partícula tem o vetor posição r = 30t i + (40t − 5t 2 ) j , com r em metros e t em segundos. Determinar, em função de t, os vetores velocidade instantânea e aceleração instantânea. R: v ( t ) = 30 i + (40 − 10t ) j e a ( t ) = −10 j ( ) 2 14. A aceleração constante de uma partícula é dada por a = 6 i + 4 j m / s . No instante t = 0, a velocidade é nula e o vetor posição é r0 = (10m )i . (a) Determinar os vetores velocidade e posição em qualquer instante t. (b) Determinar a equação da trajetória da partícula no plano xy e desenhar esta trajetória. 2 20 b) y = ⋅ x − R: a) r ( t ) = (10m ) i + 3 i + 2 j ⋅ t 2 e v ( t ) = 6 i + 4 j ⋅ t 3 3 ( ) ( ) 15. A posição r de uma partícula em movimento, num plano xy é dada por r = (2 t 3 − 5t ) i + (6 − 7 t 4 ) j . Com r em metros e t em segundos. (a) Encontre v (t ) e a (t ) . (b) Quando t = 2s, calcule r (t ) , v (t ) e a (t ) . R: a) v (t ) = (6,00 t2 – 5,00) i –28,00 t3 j ; a (t ) = 12,00 t i –84,00 t2 j ; b) r (2s ) = 6,00 i – 106,00 j ; v (2s ) = 19,00 i – 224,00 j ; a (2s ) = 24,00 i – 336,00 j . 16. Um barco à vela desliza na superfície gelada de um lago, com aceleração constante produzida pelo vento. Em um determinado instante, sua velocidade é de 6,30 i – 8,42 j , em metros por segundo. Três segundos depois, devido à mudança do vento, o barco para de imediato. Qual a sua aceleração média, durante este intervalo de 3 s? R: a (t ) = - (2,10 m/s2) i + (2,81 m/s2) j . ( ) 17. Em t = 0, uma partícula que se move no plano xy tem a velocidade v 0 = 3 i − 2 j m / s na ( ) origem. Em t = 3s, sua velocidade é v = 9 i + 7 j m / s . Achar (a) a aceleração da partícula e (b) sua coordenada em qualquer instante t. R: a) (2 i + 3 j ) m/s2; b) (3t + t2) i + (-2t + 1,5t2) j . 18. Ao aumentar a altitude em relação ao nível do mar, o valor da aceleração da gravidade diminui de 3 x 10-3 m/s2 para cada 1000m de elevação. Calcule qual é seu peso (em newtons) ao nível do mar (g = 9,806 m/s2) e sobre uma montanha de 4810m. Considere uma massa de 70 kg. R: Ao nível do mar:686,42 N Na montanha: 685,41 N 19. Em Marte, onde a aceleração da gravidade é de aproximadamente 4 m/s2, um objeto pesa 400N. Calcule seu peso na Terra. R: 980 N 20. A massa de um objeto é de 70 kg na Terra. Calcule o peso (em newtons) quando ele se encontra numa astronave situada a uma distância do centro da Terra igual ao dobro do raio terrestre. Nesse local, a aceleração da gravidade é de 2,45 m/s2. R: 171,5 N 21. Um homem empurra um trenó, carregado com massa m = 240 kg, por uma distância d = 2,3 m, sobre a superfície sem atrito de um lago gelado. Ele exerce sobre o trenó uma força horizontal constante, com módulo F = 130 N. Se o trenó parte do repouso, qual a sua velocidade final? R: 1,58 m/s Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 27. CINEMÁTICA 64 22. Um caixote de massa m = 360 kg está parado sobre a carroceria de um caminhão que se move com uma velocidade v0 = 120 km/h. O motorista freia e diminui a velocidade para v = 62 km/h em 17 s. Qual a força (suposta constante) sobre o caixote, durante esse intervalo de tempo? Suponha que o caixote não deslize sobre a carroceria do caminhão. R:-342 N 23. Se um corpo de 1 kg tem uma aceleração de 2,00 m/s2, fazendo um ângulo de 20° com o semieixo positivo x, então, a) quais são as componentes x e y da força resultante sobre o corpo e b) qual a força resultante, em notação de vetores unitários? R: 1,88 N; 0,68 N; 1,9 i + 0,7 j 24. Se o corpo de 1 kg é acelerado por F1 = (3,0 N) i + (4,0 N) j e F2 = (-2,0 N) i + (-6,0 N) j , então, a) qual a força resultante, em notação de vetores unitários, e b) qual o módulo e o sentido da força resultante? R: 1,0 i - 2,0 j ; 2,2 N; - 63° 25. Suponha que o corpo de 1 kg é acelerado a 4,00 m/s2, fazendo um ângulo de 160° com o semieixo positivo x, devido a duas forças, sendo uma delas F1 = (2,50 N) i + (4,60 N) j . Qual é a outra força em a) notação de vetores unitários e b) módulo e sentido? 7,04 N; 207° R: - 6,26 i - 3,23 j ; 26. Na caixa de 2,0 kg, da figura, são aplicadas duas forças, mas somente uma é mostrada. A aceleração da caixa também é mostrada na figura. Determine a segunda força a) em notação de vetores unitários e b) em módulo e sentido. R: - 32 i - 21 j ; 38,3 N; 213° 35. Um armário de quarto com massa de 45 kg, incluindo gavetas e roupas, está em repouso sobre o assoalho.(a) Se o coeficiente de atrito estático entre o móvel e o chão for 0,45, qual a menor força horizontal que uma pessoa deverá aplicar sobre o armário para colocá-lo em movimento? (b) Se as gavetas e as roupas, que têm 17 kg de massa, forem removidas antes do armário ser empurrado, qual a nova força mínima? R: a) 198 N; b) 123 N 36. Um disco de hóquei de 110 g desliza cerca de 15 m sobre o gelo antes de parar. (a) Para uma velocidade escalar inicial de 6,0 m/s, qual é o módulo da força de atrito sobre o disco durante o deslizamento? (b) Qual o coeficiente de atrito entre o disco e o gelo? R: a) 0,13 N; b) 0,12 37. Um vagão aberto de trem está carregado com caixas que têm um coeficiente de atrito estático de 0,25 com o assoalho do vagão. Se o trem se move a 48 km/h, qual a menor distância em que pode ser parado, com uma desaceleração constante, sem provocar o deslizamento das caixas? R: 36,3 m Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 28. CINEMÁTICA Polia sem massa e sem atrito 38. Dois blocos são ligados através de uma polia, conforme mostrado na figura. A massa do bloco A é de 10 kg e o coeficiente de atrito cinético é 0,20. O bloco A desliza para baixo sobre o plano com velocidade constante. Qual a massa de B? R: 3,27 kg 39. O bloco m1 na figura tem massa de 4,0 kg e m2 de 2,0 kg. O coeficiente de atrito entre m2 e o plano horizontal é 0,50. No plano inclinado não há atrito. Determine: (a) a tensão na corda e (b) a aceleração dos blocos. R: a) 13 N; b) 1,6 m/s2 65 A B o ) 30 Polia sem massa e sem atrito m1 m2 µ = 0,50 o ) 30 40. Um aluno deseja determinar os coeficientes de atrito estático e cinético entre uma caixa e uma prancha. Ele coloca a caixa sobre a prancha e lentamente vai levantando uma das extremidades. Quando o ângulo de inclinação faz 30° com a horizontal, ela começa a deslizar, descendo a prancha cerca de 2,5 m em 4,0 s. Quais os coeficientes de atrito que o aluno deseja determinar? R: a) 0,58; b) 0,5 41. Um bloco de 2 kg está sobre um outro de 5 kg, como mostra a figura ao lado. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco de 5 kg e a superfície onde repousa é 0,2. Uma força horizontal F é aplicada ao bloco de 5 kg. (a) Traçar o diagrama de forças de cada bloco. (b) Qual a força necessária para empurrar os dois blocos para a direita, com uma aceleração de 3 m/s2. (c) Achar o coeficiente de atrito estático mínimo entre os dois blocos, a fim de que o bloco de 2 kg não escorregue com a aceleração de 3 m/s2. R: b) 34,7 N ; c) 0,306 42. Os blocos A e B da figura ao lado pesam 44 N e 22 N, respectivamente. (a) Determine o peso mínimo do bloco C para impedir que o bloco A deslize se µc entre o bloco A e a mesa for de 0,20. (b) O bloco C é removido subitamente de cima do bloco A. Qual será a aceleração do bloco A se µc entre A e a mesa for de 0,15? R: a) 66 N; b) 2,3 m/s2 Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC
  • 29. 66 CINEMÁTICA 43. Os três blocos da figura abaixo estão ligados por fios leves e flexíveis que passam por polias sem atrito, e possuem massas m1 = 10 kg, m2 = 5 kg e m3 = 3 kg. A aceleração do sistema se direciona para a esquerda em 2 m/s2 e as superfícies têm atrito. Achar (a) as tensões nos fios e (b) o coeficiente de atrito cinético entre os blocos e as superfícies (Admitir o mesmo µ para os dois blocos que escorregam.) R: a) 78,0 N e 35,9 N; b) 0,655 Apostila elaborada pela Profª. Ângela Emilia de Almeida Pinto – CAV/UDESC