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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA



       HISTÓRIA E PERCEPÇÃO DAS
          FRONTEIRAS NA ÁFRICA
          NOS SÉCULOS XIX E XX:
      OS PROBLEMAS DA INTEGRAÇÃO
               AFRICANA




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA



   A África é o continente mais fragmentado no plano
  geopolítico e também o mais cosmopolita no plano da
              diversidade de sua população


    Nesse contexto, como tão bem colocou Joseph Ki-
  Zerbo, a questão da integração está mais do que nunca
   no coração do problema, ou seja, “do mal africano”.




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 A integração deve ser apreendida numa dimensão tripla:


 – a dimensão histórico-cultural no plano vertical


 – a dimensão espacial e econômica no plano horizontal


 – a dimensão social ou orgânica.




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      Os elementos desse quadro tridimensional não são
   separados nem divididos. Eles se apresentam na forma de
      um sistema integrado, sem se esquecer o contexto
               abrangente do sistema mundial.
    O tema história e percepção das fronteiras nos remete à
   elucidação do papel da dimensão espacial e econômica na
    busca dessa integração regional no nível do continente.

   O sonho não realizado da unidade africana infelizmente se
  choca com o peso de um espaço explodido a que remonta a
    história, no essencial, no século XIX, ocasião da divisão
     colonial que moldou a configuração das fronteiras dos
                         Estados atuais.



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  As crises atuais mostram que a população vive mal no
  interior das fronteiras dos Estados-Nações e colocam
  com agudeza a gestão desse legado colonial que fixou
  fronteiras tanto artificiais como arbitrárias.
 As crises tanto afetam os Grandes Estados como
 Congo, Angola, Nigéria, como os pequenos Estados
 como Ruanda, Burundi, Serra Leoa, Senegal ou Guiné
 Bissau.




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 Paradoxalmente, essas crises refletem sobretudo os
 conflitos internos, que têm repercussões no plano
 externo, e indiretamente recolocam o problema da
 redefinição das fronteiras ou, pelo menos, de um novo
 espaço territorial, econômico e cultural suscetível de
 consolidar a paz e a segurança dos povos. Isso em
 muito ultrapassa o problema das fronteiras, cuja história
 deve ser substituída a longo prazo, se se quer apreender
 os desafios atuais da integração regional e da unidade
 do Continente.




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
                OS LEGADOS DO PASSADO
 A configuração atual das fronteiras dos Estados africanos foi
   moldada praticamente no final do século XIX. A conquista
  colonial subjugou pela força o conjunto do continente, com
   exceção da Etiópia e da Libéria, à dominação da Europa.

 A divisão do continente pôs fim, na maior parte dos casos, a
 um processo interno de reestruturação do espaço por forças
 sociais e políticas relacionadas com a história do continente
                         no longo prazo.
      As fronteiras são, portanto, resultado de uma longa
 história, que deve ser levada em consideração para além do
 acidente da divisão colonial para se compreender as lógicas
   internas de fragmentação e unificação desse continente.


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 1900: cerca de 56,6% da Ásia e 90,4% da África estavam sob
 controle do colonialismo europeu




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         Os objetivos atuais
          da reconfiguracao
               africana



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 Diante dos limites concretos de um desenvolvimento
 separado, os Estados sentiram a necessidade de se
 reagruparem em escala sub-regional, regional ou
 continental, para intensificar as trocas intra-africanas e
 realizar investimentos de interesse comum.

 Assiste-se desde então à multiplicidade das organizações
 sub-regionais como a OMVS, a OMVG, o CILSS, a CEAO e
 a CEDEAO, etc., para ficar somente no contexto da África
 Ocidental, sem contar as múltiplas organizações à escala
 da OUA e do sistema das Nações Unidas.



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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

 A vocação econômica dessas organizações revela antes
 de tudo a preocupação dos Estados de resolver os
 problemas de desenvolvimento, mas acima de tudo a
 vontade manifesta de fugir do debate político da unidade.

 Os Estados, preocupados em primeiro lugar com
 consolidar poderes hegemônicos no interior, não estão
 dispostos a ceder uma parcela sequer de sua soberania
 nacional, materializada nas fronteiras artificiais, herdadas
 da divisão colonial. É esse paradoxo que explica o
 fracasso da maior parte dos projetos de integração
 regional.


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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA



Com efeito, a configuração atual das fronteiras é um
handicap    para    toda   política  verdadeira    de
desenvolvimento integrado dos Estados, que voltam as
costas uns aos outros.
Na África Ocidental se assiste a diversos casos que
atestam a inadequação das fronteiras com relação às
exigências do desenvolvimento integrado.




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               O papel das
               fronteiras na
              reconfiguracao



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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

As fronteiras com certeza têm sua importância, mas não
têm nada a ver com essa outra visão que consistiria de
ignorá-las ou simplesmente apagá-las para melhor
assegurar a reintegração do continente.
A África é o continente mais fragmentado no plano
político e econômico e está por conseguinte vulnerável a
todas as formas de crise, das quais as atuais
manifestações são apenas o prelúdio de uma implosão
dos Estados, cujas populações encontram-se pouco à
vontade no interior das fronteiras atuais.




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

 O único caminho para sair do impasse atual é corrigir o
 mais cedo possível os desequilíbrios internos criados
 pela     construção     unilateral   do     Estado-Nação
 centralizado, que ignorou a existência das nacionalidades
 diferentes no seio dos novos Estados.

 A integração regional, mas também uma rigorosa política
 de descentralização, constituem, com a redefinição da
 cidadania na África, a alternativa ao impasse criado pelos
 Estados-Nações, herdeiros da divisão colonial.




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Como redefinir um Estado multi-étnico ou multinacional
que ultrapassaria as fronteiras atuais é a principal
questão da África no século XXI.

Pois tratar-se-á, em lugar de modificar as fronteiras, de
suprimi-las, seja pela unificação de um certo número de
Estados, seja pela outorga a todos os africanos da dupla
nacionalidade, a do local de nascimento e a do local de
residência, favorecendo a livre circulação de homens e
bens.



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Enquanto se espera a unidade política entre dois ou
diversos Estados, a outorga da dupla nacionalidade
constitui um paliativo, para assegurar o movimento das
populações e corrigir o caráter constrangedor das
fronteiras.

É certo que em vez de integrar Ruanda e Burundi aos
Estados vizinhos mais vastos, Congo, Uganda, Quênia ou
Tanzânia, é preciso abrir as fronteiras para permitir à
população excedente dos Planaltos que se espalhe.




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Ou melhor, é preciso lhe dar a dupla nacionalidade e criar
um espaço mais autônomo, centrado nos grandes
lagos, em relação ao leste e oeste do continente.
Abundam na África espaços livres, inexplorados devido à
fragmentação do continente e sobretudo à ausência de
infra-estruturas de comunicação, que tornam as fronteiras
ainda mais absurdas.
Moçambique sozinho, fecha a porta do oceano a todos os
Estados da África austral e mesmo central, pois
Lubumbashi está mais próximo do oceano Índico que do
Atlântico.




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  Pode-se multiplicar os exemplos desses desequilíbrios
  criados pela configuração atual das fronteiras, tanto na
             África central como na ocidental.

  A solução final reside na unificação de certos Estados e
    implementação de política de descentralização, para
    assegurar maior autonomia e maior homogeneidade
   cultural a entidades geográficas mais viáveis no plano
                         econômico.
   A revolução cultural sem a qual não há progresso tem
      esse preço e está ligada à promoção das línguas
                          nacionais.


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Essas línguas, condenadas a vegetar sob pretexto da
unidade nacional, são prisioneiras da estreiteza das
fronteiras e da idéia redutora do Estado-Nação. Por isso, o
Nigeriano é incapaz de desenvolver línguas como o
haussa, o iorubá ou o ibo, cujo número de falantes
ultrapassa vinte milhões.

O pretexto que se dá é o número excessivo de
línguas, mesmo se certas línguas minoritárias em um país
são faladas além das fronteiras por milhões de pessoas.




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Assim, o mandinga e o peul constituem línguas de
comunicação que cobrem o conjunto dos países da África
Ocidental. Aí também, como no caso da dupla
nacionalidade, trata-se de cultivar a prática cotidiana dos
povos, bilingüe ou trilingüe, excetuando-se as elites dos
Estados-Nações, que falam inglês, português ou francês,
e adquiriram seus privilégios no contexto do sistema
colonial.




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA




            O Inicio da
           Descolonizacao
                        Historico



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 Causas:
    O declínio de potências européias:
      Primeira Guerra Mundial e Segunda Guerra Mundial
    A ascensão do nacionalismo asiático e africano
      Influência da Carta da ONU – direito a autodeterminação
       dos povos.
      Pan-Africanismo (Jomo Queniata) e Pan-Arabismo
       (Gamal Abdel Nasser).
    Guerra Fria – desejo dos EUA e URSS de ampliar sua
     influência.




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 Como:
    Guerras – adoção do socialismo.
    Acordos – concessão de independência com transferência do
     poder para elites locais e fortes vínculos com dependência
     capitalista.
 A Conferência de Bandung (1955):
    Indonésia – A. Sukarno
    29 novas nações da África e Ásia.
    Bloco dos não alinhados (3º mundo).
    Ajuda mútua entre nações afro-asiáticas.
    Combate ao racismo e neocolonialismo.
    Debate de problemas econômicos entre os participantes.



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A DESCOLONIZAÇÃO
  AFRICANA:
 1956: três estados
  independentes (Libéria,
  Etiópia e África do Sul -
  minoria branca no
  poder).
 1957 a 1962: 29 novos
  estados independentes
  (Namíbia -1990 e
  Eritréia -1993: últimos
  países independentes.



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 Casos destacados – ÁFRICA:

A) ARGÉLIA:
 Conflito violento (1 milhão de mortos).
 FLN (Frente de Libertação Nacional ) +
  massa de mulçumanos locais* X FRA +
  colonos franceses (Pieds-noirs ou “pés
  pretos”)
 Batalha do Argel -1957: maior confronto.
 1962 - Armistício de Evian: França
  reconhece a independência da Argélia sob
  o comando da FLN (Ben Bella – líder).

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B) CONGO:
 Colônia belga.
 Rica em diamantes, ouro, cobre e
  outros minerais
 1960: Bélgica concede a independência
  (pressões populares)
 Presidente: Joseph Kasavubu;
 Primeiro Ministro: Patrice Lumunba
  (Movimento Nacional Congolês).



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            Guerra    civil: Katanga e Kasai
             movimento separatista. (províncias
             ricas em minerais financiados por
             belgas).
            1961: É assassinado Patrice Lumunba .   KASAI
            1965: General Mobuto Sese Seko
             (pró-EUA) torna-se ditador, e o país
             muda de nome para República do
             Zaire.
            1997: Laurent Kabila depõe Mobuto
                                                     KATANGA
  MOBUTO
             e o país voltou a adotar o nome de
             República Democrática do Congo.


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C) ÁFRICA PORTUGUESA
 1974: Revolução dos Cravos
  (POR) – movimento militar que
  derrubou a ditadura salazarista e
  implantou a democracia em POR.
 Fim da ditadura desarticula
  império colonial.




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 Angola (1975):

   1975: Independência (Tratado de Alvor).

   1975 – 1992: Guerra civil:

       MPLA*        X           UNITA           X         FNLA
        Socialista               Capitalista              Capitalista
        Agostinho Neto           Jonas Savimbi            Dissolvido no
                                 Etnia: Ovimbundu         fim dos anos 70.
        Etnia: Kimbundo
                                 Apoio: EUA e             Etnia: Bakongo
                                 África do Sul

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                           José Eduardo dos Santos (MPLA)
                            assume a presidência.
                           Acordo de paz é desrespeitado pela
                            UNITA e guerra civil prossegue até
                            2002.
                           Infra-estrutura      do      país   é
                            completamente arrasada pela guerra.
                           Condições de saneamento e higiene
                            precárias.
                           Expectativa de vida: 46 anos.
                   Brasil manteve tropas de apoio a ações
                    da ONU durante os anos 90.

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  Moçambique (1975):
     1975: Independência (Acordo de Lusaka)
     1975 – 1992: Guerra civil
         FRELIMO (socialista)*           X    RENAMO
          (capitalista)
     Samora Machel – líder da FRELIMO.
     Guerra civil devasta o país.
     Saída de mão de obra qualificada.
     Esgotamento da economia.
     Epidemias de fome, tifo e cólera.
                                                  Símbolo da FRELIMO


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E) NIGÉRIA
 Ex-colônia inglesa.
 1960: independência concedida.
   Crescimento do nacionalismo.
 1967 – 1970: Guerra de BIAFRA.
    Movimento separatista.
    Província rica (petróleo).
    Rivalidades étnicas:
      IBOS (Biafra) X HAUSSAS (etnia majoritária nigeriana)*.
      Aproximadamente 2 milhões de mortos.

 Unidade política precária prejudicada por rivalidades
 étnicas.

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E) ÁFRICA DO SUL – A exceção
 1910 – União Sul Africana: ingleses + africânderes
  (descendentes de holandeses, alemães e franceses).
 Leis segregacionistas (hegemonia dos brancos).
 1948 – oficialização do APARTHEID (separação)
   Daniel Malan.




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 Criação dos Bantustões (divisão tribal e confinamento dos
 negros em 13% do território).




       = bantustões




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 CNA (Congresso Nacional
  Africano) – organização negra que
  liderou resistência ao Aparthaid
  (Nélson Mandela – líder)
 1950 – desobediência civil.
 1960 – “Massacre de Sharpeville”
  (69 negros mortos e 180 feridos).
 1962 – ilegalidade do CNA
  (Mandela é preso).



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 1980 – Campanhas internacionais
    condenam o Aparthaid (sanções).
   1984 – Revoltas populares intensificam-se
    (ampla repressão).
                                                     De Klerk
   1989 – início da transição: Frederik de
    Klerk
   1990 – CNA recupera a legalidade e
    Mandela é solto.
   1994 – Revogação de leis racistas.
    Mandela é eleito presidente.
                                                Mandela presidente


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                  OS CONFLITOS ATUAIS

   ARTIGO - Assunto: Internacional
    Título: Violência xenófoba chega à Cidade do Cabo
    Data: 24/05/2008

   JORNAL DO BRASIL




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
 Mais de 14 anos depois do fim do apartheid, milhões de sul-
 africanos permanecem na extrema pobreza apesar do
 crescimento recorde de 5% na economia nos últimos quatro
 anos. O fracasso na distribuição de renda para os mais pobres
 forneceu combustível para a animosidade contra os imigrantes
 e para as altas taxas de criminalidade da África do Sul. No nono
 dia de violência xenófoba, os ataques alcançaram a Cidade do
 Cabo e suscitaram temores quanto à imagem do país quando á
 segurança para sediar a Copa do Mundo de 2010.

 Na ocasião comentou Prince Mashele, analista do Instituto para
 Estudos de Segurança:
 – Estamos sentados sobre uma bomba-relógio. As pessoas são
 pobres. Não têm empregos ou casas dignas e estão cansadas
 disso. Chegamos a um ponto no qual é simples para qualquer
 um incitar a violência.



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           CASOS ASIATICOS




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 Casos destacados – ÁSIA:
A) ÍNDIA:
 Ex-colônia inglesa.
 Década de 20: Mahatma GANDHI
  lidera mobilizações populares
   Desobediência civil – não-
    violência e resistência passiva.
 1947 – Inglaterra concede
  independência.
   Desgaste internacional + mercado.




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 Rivalidades religiosas: hindus X     muçulmanos.
 Formação de 2 países:
    União Indiana – hindu – J. Nehru
    Paquistão – muçulmano – Ali Jinnah

   • Transferência de 12 milhões de
     refugiados de um Estado para
     outro, iniciando a luta entre
     hindus e mulçumanos (1 milhão
     de mortos).
   • Ilha do Ceilão – budista – novo
     país em 1948 – atual Sri Lanka



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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA




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   1948: Gandhi é assassinado por extremista hindu.
   Início de conflitos entre Índia e Paquistão pela região
    da Caxemira.
   1971: Paquistão Oriental (antiga Bengala) separa-se do
    Paquistão Ocidental (liderados pela Liga Auami) com
    apoio da Índia. Passa a chamar-se Bangladesh.




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B) INDONÉSIA:
 Ex-colônia Holandesa.
 1949: Independência após 4 anos de guerra contra HOL.
   Ahmed Sukarno – líder.
 1955 – Sede da Conferência de Bandung.
 1965 – 1998 – Ditadura do Gen. Suharto (pró-capitalismo).
 1975 – Invasão do Timor Leste (independente em 1999).
 Maior população muçulmana do mundo.




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C) INDOCHINA:
 Ex-colônia francesa.
 II Guerra Mundial – ocupada por japoneses.
    1941 – VIETMINH: Liga Revolucionária para a independência
     do Vietnã.
    Líder: Ho Chi Minh
    Orientação comunista.
    Luta contra os japoneses.
 1946 – 1954: Guerra da Indochina.
    FRA       X       Vietminh*
    1954: Batalha de Dien Bien Phu – expulsão dos Franceses.




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

                                1954: Conferência de Genebra
                                – Independência e divisão da
                                Indochina.
               Vietnã do
               Norte
                                  Laos.
                                  Camboja.
                                  Vietnã do Sul (capitalista).
                                  Vietnã do Norte (comunista).
                      Vietnã
                      do Sul      Vietnã dividido pelo paralelo 17.




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

  D) A GUERRA Genebra: divisão do Vietnã era
    temporária. Reunificação ocorreria após a realização
    de plebiscito para unificar o país.
   Vietnã do Sul cancela plebiscito – medo do
    comunismo.
   Guerra inicia (1960 – 1975):
  DO VIETNÃ:
 VIETNÃ DO de     SUL             VIETNÃ DO NORTE*
   Conferência
 Apoio dos EUA
                        X     Vietcongues (guerrilheiros
                              comunistas do sul)


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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

 Auge da participação dos EUA: 536
 mil soldados (1968).
   50 mil americanos mortos.
   2,5 milhões de vietnamitas mortos.

 1971: Aproximação dos EUA com a
 China e bombardeio aos países
 vizinhos – Laos e Camboja.
   Neutralizar a influência soviética no
    Vietnã do Norte.
   Isolar norte-vietnamitas.



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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
  Utilização de armas químicas de destruição de massa.



                        Aldeia
                        bombardeada
                        com Napalm
                        em 1965.




    Efeito do
    “Agent
    Orange”                           Aviões americanos despejando o
                                      “Agent Orange” em plantações.


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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
–Movimentos pacifistas desarticulam política norte-americana.
  –Oposição de jovens a guerra e a hipocrisia da sociedade americana.




                                                      ASSISTA!!

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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
 1973: Acordos de Paris – EUA retira-
  se da guerra.
 1975: Comunistas do Norte vencem e
  tomam a capital do Sul – Saigon.
    Comunistas pró-URSS tomam o
     poder em Laos.                      Sul-vietnamitas na embaixada
                                         norte-americana.
    Comunistas pró-China tomam o
     poder em Camboja
      Khmer Vermelho – Pol Pot:
       ditadura violenta que eliminou
       metade da população em 3 anos.
                                                   Tropas do norte
                                                   tomam Saigon



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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA




                FIM


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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

  D) A REVOLUÇÃO CHINESA (1949):
   Até 1910: Submissão aos interesses estrangeiros.
   1911: Proclamação da República.
      Sun Yat-Sem – Kuomintang (Partido Nacionalista).
   Até meados dos anos 20: instabilidade:
      “senhores da guerra” (lideranças locais) e interesses externos
       impunham-se sobre a República.
   1921: Criação do PCCh (Mao Tsé-Tung).
   Até 1925: Aliança entre Kuomintang e PCCh.
   Com a morte de Sun Yat-Sem, assume Chiang Kai-Shek
   1927: PCCh é declarado ilegal (perseguição aos
    comunistas).




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
 1928: Kuomintang
  consolida-se no poder.   Longa Marcha e guerra contra o Japão
 1934: Longa Marcha
  (12 mil Km).
   Fuga de comunistas e
    tentativa de ampliar
    bases.
 1937 – 1945: Guerra
 contra o Japão.
   Aliança provisória
    entre Kuomintang e
    PCCh.



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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

                    1945 – 1949: Guerra Civil
                         Kuomintang      X        PCCh*
                         Shiang Kai-Shek e seguidores refugiam-
                         se na ilha de Formosa (Taiwan).
                         Nacionalização de indústrias e reforma
                         agrária.
                    1953 – 1958: Plano Qüinqüenal.
                         Modelo e suporte técnico soviético.
                         Ênfase na indústria de base.
                         Criação de cooperativas nos campos.



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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

   1958 – 1962: Grande Salto Para Frente.
     Deslocamento de subsídios para a agricultura.
     Socialismo Chinês: BASE RURAL.
     1960: Rompimento entre China e União Soviética.
     Fracasso – Mao é afastado das principais decisões.
   1962 – 1966: Política de Reajustamento
     Nova reorientação para a indústria.
     Centralização administrativa.
     Desnível de crescimento entre o campo e as cidades.




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

 1966 – 1976: Revolução Cultural
    Fortalecimento do poder político de Mao
     Tsé-Tung (“O Grande Timoneiro”)
    Radicalização ideológica (amparada no
     “Livro Vermelho” de Mao).
    Arte engajada política e socialmente.
    Anti-ocidentalismo.
    Ridicularização de intelectuais
     (considerados “burgueses”).
    “Reeducação” – segundo os moldes do
     partido.



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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

 1976 em diante: As 4 grandes
 modernizações.
   Morre Mao Tsé-Tung – assume
    Deng Xiaoping.
   Investimentos maciços em
    indústria, agricultura, defesa e
    educação (voltada para a ciência
    e tecnologia).
   Gradativa abertura controlada
    pelo governo para empresas
    estrangeiras (criação das ZEE’s).
   Economia socialista de
    mercado.

baraglio@terra.com.br                   Gisele Finatti Baraglio
DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

1989: Estudantes clamam por uma quinta modernização e são
massacrados na Praça da Paz Celestial.




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DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
 LÍDERES E PRÁTICAS ECONÔMICAS DA REVOLUÇÃO
      LÍDER             PERÍODO               PROGRAMA
Mao Tsé-Tung            1949 – 1976 Grande Salto Para Frente, Crescer
                                    com os Próprios Pés, a Grande
                                    Revolução Cultural proletária
Deng Xiaoping           1976 – 1993 As Quatro Modernizações


Jiang Zemin             1993 – 2003 Abertura ao Capitalismo
                                    Internacional e inserção da China
                                    Popular no comércio mundial
Hu Jintao                 2003 –     Continuidade da política
                                     anterior.


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Descolonização afro asiática

  • 1. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA HISTÓRIA E PERCEPÇÃO DAS FRONTEIRAS NA ÁFRICA NOS SÉCULOS XIX E XX: OS PROBLEMAS DA INTEGRAÇÃO AFRICANA baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 2. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA A África é o continente mais fragmentado no plano geopolítico e também o mais cosmopolita no plano da diversidade de sua população Nesse contexto, como tão bem colocou Joseph Ki- Zerbo, a questão da integração está mais do que nunca no coração do problema, ou seja, “do mal africano”. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 3. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA A integração deve ser apreendida numa dimensão tripla: – a dimensão histórico-cultural no plano vertical – a dimensão espacial e econômica no plano horizontal – a dimensão social ou orgânica. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 4. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Os elementos desse quadro tridimensional não são separados nem divididos. Eles se apresentam na forma de um sistema integrado, sem se esquecer o contexto abrangente do sistema mundial. O tema história e percepção das fronteiras nos remete à elucidação do papel da dimensão espacial e econômica na busca dessa integração regional no nível do continente. O sonho não realizado da unidade africana infelizmente se choca com o peso de um espaço explodido a que remonta a história, no essencial, no século XIX, ocasião da divisão colonial que moldou a configuração das fronteiras dos Estados atuais. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 5. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA As crises atuais mostram que a população vive mal no interior das fronteiras dos Estados-Nações e colocam com agudeza a gestão desse legado colonial que fixou fronteiras tanto artificiais como arbitrárias. As crises tanto afetam os Grandes Estados como Congo, Angola, Nigéria, como os pequenos Estados como Ruanda, Burundi, Serra Leoa, Senegal ou Guiné Bissau. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 6. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Paradoxalmente, essas crises refletem sobretudo os conflitos internos, que têm repercussões no plano externo, e indiretamente recolocam o problema da redefinição das fronteiras ou, pelo menos, de um novo espaço territorial, econômico e cultural suscetível de consolidar a paz e a segurança dos povos. Isso em muito ultrapassa o problema das fronteiras, cuja história deve ser substituída a longo prazo, se se quer apreender os desafios atuais da integração regional e da unidade do Continente. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 7. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA OS LEGADOS DO PASSADO A configuração atual das fronteiras dos Estados africanos foi moldada praticamente no final do século XIX. A conquista colonial subjugou pela força o conjunto do continente, com exceção da Etiópia e da Libéria, à dominação da Europa. A divisão do continente pôs fim, na maior parte dos casos, a um processo interno de reestruturação do espaço por forças sociais e políticas relacionadas com a história do continente no longo prazo. As fronteiras são, portanto, resultado de uma longa história, que deve ser levada em consideração para além do acidente da divisão colonial para se compreender as lógicas internas de fragmentação e unificação desse continente. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 8. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  1900: cerca de 56,6% da Ásia e 90,4% da África estavam sob controle do colonialismo europeu baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 9. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Os objetivos atuais da reconfiguracao africana baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 10. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Diante dos limites concretos de um desenvolvimento separado, os Estados sentiram a necessidade de se reagruparem em escala sub-regional, regional ou continental, para intensificar as trocas intra-africanas e realizar investimentos de interesse comum. Assiste-se desde então à multiplicidade das organizações sub-regionais como a OMVS, a OMVG, o CILSS, a CEAO e a CEDEAO, etc., para ficar somente no contexto da África Ocidental, sem contar as múltiplas organizações à escala da OUA e do sistema das Nações Unidas. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 11. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA A vocação econômica dessas organizações revela antes de tudo a preocupação dos Estados de resolver os problemas de desenvolvimento, mas acima de tudo a vontade manifesta de fugir do debate político da unidade. Os Estados, preocupados em primeiro lugar com consolidar poderes hegemônicos no interior, não estão dispostos a ceder uma parcela sequer de sua soberania nacional, materializada nas fronteiras artificiais, herdadas da divisão colonial. É esse paradoxo que explica o fracasso da maior parte dos projetos de integração regional. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 12. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Com efeito, a configuração atual das fronteiras é um handicap para toda política verdadeira de desenvolvimento integrado dos Estados, que voltam as costas uns aos outros. Na África Ocidental se assiste a diversos casos que atestam a inadequação das fronteiras com relação às exigências do desenvolvimento integrado. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 13. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA O papel das fronteiras na reconfiguracao baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 14. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA As fronteiras com certeza têm sua importância, mas não têm nada a ver com essa outra visão que consistiria de ignorá-las ou simplesmente apagá-las para melhor assegurar a reintegração do continente. A África é o continente mais fragmentado no plano político e econômico e está por conseguinte vulnerável a todas as formas de crise, das quais as atuais manifestações são apenas o prelúdio de uma implosão dos Estados, cujas populações encontram-se pouco à vontade no interior das fronteiras atuais. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 15. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA O único caminho para sair do impasse atual é corrigir o mais cedo possível os desequilíbrios internos criados pela construção unilateral do Estado-Nação centralizado, que ignorou a existência das nacionalidades diferentes no seio dos novos Estados. A integração regional, mas também uma rigorosa política de descentralização, constituem, com a redefinição da cidadania na África, a alternativa ao impasse criado pelos Estados-Nações, herdeiros da divisão colonial. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 16. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Como redefinir um Estado multi-étnico ou multinacional que ultrapassaria as fronteiras atuais é a principal questão da África no século XXI. Pois tratar-se-á, em lugar de modificar as fronteiras, de suprimi-las, seja pela unificação de um certo número de Estados, seja pela outorga a todos os africanos da dupla nacionalidade, a do local de nascimento e a do local de residência, favorecendo a livre circulação de homens e bens. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 17. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Enquanto se espera a unidade política entre dois ou diversos Estados, a outorga da dupla nacionalidade constitui um paliativo, para assegurar o movimento das populações e corrigir o caráter constrangedor das fronteiras. É certo que em vez de integrar Ruanda e Burundi aos Estados vizinhos mais vastos, Congo, Uganda, Quênia ou Tanzânia, é preciso abrir as fronteiras para permitir à população excedente dos Planaltos que se espalhe. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 18. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Ou melhor, é preciso lhe dar a dupla nacionalidade e criar um espaço mais autônomo, centrado nos grandes lagos, em relação ao leste e oeste do continente. Abundam na África espaços livres, inexplorados devido à fragmentação do continente e sobretudo à ausência de infra-estruturas de comunicação, que tornam as fronteiras ainda mais absurdas. Moçambique sozinho, fecha a porta do oceano a todos os Estados da África austral e mesmo central, pois Lubumbashi está mais próximo do oceano Índico que do Atlântico. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 19. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Pode-se multiplicar os exemplos desses desequilíbrios criados pela configuração atual das fronteiras, tanto na África central como na ocidental. A solução final reside na unificação de certos Estados e implementação de política de descentralização, para assegurar maior autonomia e maior homogeneidade cultural a entidades geográficas mais viáveis no plano econômico. A revolução cultural sem a qual não há progresso tem esse preço e está ligada à promoção das línguas nacionais. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 20. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Essas línguas, condenadas a vegetar sob pretexto da unidade nacional, são prisioneiras da estreiteza das fronteiras e da idéia redutora do Estado-Nação. Por isso, o Nigeriano é incapaz de desenvolver línguas como o haussa, o iorubá ou o ibo, cujo número de falantes ultrapassa vinte milhões. O pretexto que se dá é o número excessivo de línguas, mesmo se certas línguas minoritárias em um país são faladas além das fronteiras por milhões de pessoas. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 21. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Assim, o mandinga e o peul constituem línguas de comunicação que cobrem o conjunto dos países da África Ocidental. Aí também, como no caso da dupla nacionalidade, trata-se de cultivar a prática cotidiana dos povos, bilingüe ou trilingüe, excetuando-se as elites dos Estados-Nações, que falam inglês, português ou francês, e adquiriram seus privilégios no contexto do sistema colonial. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 22. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA O Inicio da Descolonizacao Historico baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 23. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  Causas:  O declínio de potências européias:  Primeira Guerra Mundial e Segunda Guerra Mundial  A ascensão do nacionalismo asiático e africano  Influência da Carta da ONU – direito a autodeterminação dos povos.  Pan-Africanismo (Jomo Queniata) e Pan-Arabismo (Gamal Abdel Nasser).  Guerra Fria – desejo dos EUA e URSS de ampliar sua influência. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 24. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  Como:  Guerras – adoção do socialismo.  Acordos – concessão de independência com transferência do poder para elites locais e fortes vínculos com dependência capitalista.  A Conferência de Bandung (1955):  Indonésia – A. Sukarno  29 novas nações da África e Ásia.  Bloco dos não alinhados (3º mundo).  Ajuda mútua entre nações afro-asiáticas.  Combate ao racismo e neocolonialismo.  Debate de problemas econômicos entre os participantes. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 25. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA A DESCOLONIZAÇÃO AFRICANA:  1956: três estados independentes (Libéria, Etiópia e África do Sul - minoria branca no poder).  1957 a 1962: 29 novos estados independentes (Namíbia -1990 e Eritréia -1993: últimos países independentes. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 26. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  Casos destacados – ÁFRICA: A) ARGÉLIA:  Conflito violento (1 milhão de mortos).  FLN (Frente de Libertação Nacional ) + massa de mulçumanos locais* X FRA + colonos franceses (Pieds-noirs ou “pés pretos”)  Batalha do Argel -1957: maior confronto.  1962 - Armistício de Evian: França reconhece a independência da Argélia sob o comando da FLN (Ben Bella – líder). baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 27. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA B) CONGO:  Colônia belga.  Rica em diamantes, ouro, cobre e outros minerais  1960: Bélgica concede a independência (pressões populares)  Presidente: Joseph Kasavubu;  Primeiro Ministro: Patrice Lumunba (Movimento Nacional Congolês). baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 28. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  Guerra civil: Katanga e Kasai movimento separatista. (províncias ricas em minerais financiados por belgas).  1961: É assassinado Patrice Lumunba . KASAI  1965: General Mobuto Sese Seko (pró-EUA) torna-se ditador, e o país muda de nome para República do Zaire.  1997: Laurent Kabila depõe Mobuto KATANGA MOBUTO e o país voltou a adotar o nome de República Democrática do Congo. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 29. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA C) ÁFRICA PORTUGUESA  1974: Revolução dos Cravos (POR) – movimento militar que derrubou a ditadura salazarista e implantou a democracia em POR.  Fim da ditadura desarticula império colonial. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 30. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  Angola (1975):  1975: Independência (Tratado de Alvor).  1975 – 1992: Guerra civil:  MPLA* X UNITA X FNLA Socialista Capitalista Capitalista Agostinho Neto Jonas Savimbi Dissolvido no Etnia: Ovimbundu fim dos anos 70. Etnia: Kimbundo Apoio: EUA e Etnia: Bakongo África do Sul baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 31. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  José Eduardo dos Santos (MPLA) assume a presidência.  Acordo de paz é desrespeitado pela UNITA e guerra civil prossegue até 2002.  Infra-estrutura do país é completamente arrasada pela guerra.  Condições de saneamento e higiene precárias.  Expectativa de vida: 46 anos.  Brasil manteve tropas de apoio a ações da ONU durante os anos 90. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 32. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  Moçambique (1975):  1975: Independência (Acordo de Lusaka)  1975 – 1992: Guerra civil  FRELIMO (socialista)* X RENAMO (capitalista)  Samora Machel – líder da FRELIMO.  Guerra civil devasta o país.  Saída de mão de obra qualificada.  Esgotamento da economia.  Epidemias de fome, tifo e cólera. Símbolo da FRELIMO baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 33. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA E) NIGÉRIA  Ex-colônia inglesa.  1960: independência concedida.  Crescimento do nacionalismo.  1967 – 1970: Guerra de BIAFRA.  Movimento separatista.  Província rica (petróleo).  Rivalidades étnicas:  IBOS (Biafra) X HAUSSAS (etnia majoritária nigeriana)*.  Aproximadamente 2 milhões de mortos.  Unidade política precária prejudicada por rivalidades étnicas. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 34. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA E) ÁFRICA DO SUL – A exceção  1910 – União Sul Africana: ingleses + africânderes (descendentes de holandeses, alemães e franceses).  Leis segregacionistas (hegemonia dos brancos).  1948 – oficialização do APARTHEID (separação)  Daniel Malan. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 35. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  Criação dos Bantustões (divisão tribal e confinamento dos negros em 13% do território). = bantustões baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 36. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  CNA (Congresso Nacional Africano) – organização negra que liderou resistência ao Aparthaid (Nélson Mandela – líder)  1950 – desobediência civil.  1960 – “Massacre de Sharpeville” (69 negros mortos e 180 feridos).  1962 – ilegalidade do CNA (Mandela é preso). baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 37. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  1980 – Campanhas internacionais condenam o Aparthaid (sanções).  1984 – Revoltas populares intensificam-se (ampla repressão). De Klerk  1989 – início da transição: Frederik de Klerk  1990 – CNA recupera a legalidade e Mandela é solto.  1994 – Revogação de leis racistas. Mandela é eleito presidente. Mandela presidente baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 38. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA OS CONFLITOS ATUAIS  ARTIGO - Assunto: Internacional Título: Violência xenófoba chega à Cidade do Cabo Data: 24/05/2008  JORNAL DO BRASIL baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 39. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Mais de 14 anos depois do fim do apartheid, milhões de sul- africanos permanecem na extrema pobreza apesar do crescimento recorde de 5% na economia nos últimos quatro anos. O fracasso na distribuição de renda para os mais pobres forneceu combustível para a animosidade contra os imigrantes e para as altas taxas de criminalidade da África do Sul. No nono dia de violência xenófoba, os ataques alcançaram a Cidade do Cabo e suscitaram temores quanto à imagem do país quando á segurança para sediar a Copa do Mundo de 2010. Na ocasião comentou Prince Mashele, analista do Instituto para Estudos de Segurança: – Estamos sentados sobre uma bomba-relógio. As pessoas são pobres. Não têm empregos ou casas dignas e estão cansadas disso. Chegamos a um ponto no qual é simples para qualquer um incitar a violência. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 40. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA CASOS ASIATICOS baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 41. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  Casos destacados – ÁSIA: A) ÍNDIA:  Ex-colônia inglesa.  Década de 20: Mahatma GANDHI lidera mobilizações populares  Desobediência civil – não- violência e resistência passiva.  1947 – Inglaterra concede independência.  Desgaste internacional + mercado. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 42. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  Rivalidades religiosas: hindus X muçulmanos.  Formação de 2 países:  União Indiana – hindu – J. Nehru  Paquistão – muçulmano – Ali Jinnah • Transferência de 12 milhões de refugiados de um Estado para outro, iniciando a luta entre hindus e mulçumanos (1 milhão de mortos). • Ilha do Ceilão – budista – novo país em 1948 – atual Sri Lanka baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 44. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  1948: Gandhi é assassinado por extremista hindu.  Início de conflitos entre Índia e Paquistão pela região da Caxemira.  1971: Paquistão Oriental (antiga Bengala) separa-se do Paquistão Ocidental (liderados pela Liga Auami) com apoio da Índia. Passa a chamar-se Bangladesh. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 45. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA B) INDONÉSIA:  Ex-colônia Holandesa.  1949: Independência após 4 anos de guerra contra HOL.  Ahmed Sukarno – líder.  1955 – Sede da Conferência de Bandung.  1965 – 1998 – Ditadura do Gen. Suharto (pró-capitalismo).  1975 – Invasão do Timor Leste (independente em 1999).  Maior população muçulmana do mundo. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 46. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA C) INDOCHINA:  Ex-colônia francesa.  II Guerra Mundial – ocupada por japoneses.  1941 – VIETMINH: Liga Revolucionária para a independência do Vietnã.  Líder: Ho Chi Minh  Orientação comunista.  Luta contra os japoneses.  1946 – 1954: Guerra da Indochina.  FRA X Vietminh*  1954: Batalha de Dien Bien Phu – expulsão dos Franceses. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 47. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  1954: Conferência de Genebra – Independência e divisão da Indochina. Vietnã do Norte  Laos.  Camboja.  Vietnã do Sul (capitalista).  Vietnã do Norte (comunista). Vietnã do Sul  Vietnã dividido pelo paralelo 17. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 48. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA D) A GUERRA Genebra: divisão do Vietnã era temporária. Reunificação ocorreria após a realização de plebiscito para unificar o país.  Vietnã do Sul cancela plebiscito – medo do comunismo.  Guerra inicia (1960 – 1975): DO VIETNÃ: VIETNÃ DO de SUL VIETNÃ DO NORTE*  Conferência Apoio dos EUA X Vietcongues (guerrilheiros comunistas do sul) baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 49. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  Auge da participação dos EUA: 536 mil soldados (1968).  50 mil americanos mortos.  2,5 milhões de vietnamitas mortos.  1971: Aproximação dos EUA com a China e bombardeio aos países vizinhos – Laos e Camboja.  Neutralizar a influência soviética no Vietnã do Norte.  Isolar norte-vietnamitas. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 50. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA Utilização de armas químicas de destruição de massa. Aldeia bombardeada com Napalm em 1965. Efeito do “Agent Orange” Aviões americanos despejando o “Agent Orange” em plantações. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 51. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA –Movimentos pacifistas desarticulam política norte-americana. –Oposição de jovens a guerra e a hipocrisia da sociedade americana. ASSISTA!! baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 52. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  1973: Acordos de Paris – EUA retira- se da guerra.  1975: Comunistas do Norte vencem e tomam a capital do Sul – Saigon.  Comunistas pró-URSS tomam o poder em Laos. Sul-vietnamitas na embaixada norte-americana.  Comunistas pró-China tomam o poder em Camboja  Khmer Vermelho – Pol Pot: ditadura violenta que eliminou metade da população em 3 anos. Tropas do norte tomam Saigon baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 53. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA FIM baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 54. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA D) A REVOLUÇÃO CHINESA (1949):  Até 1910: Submissão aos interesses estrangeiros.  1911: Proclamação da República.  Sun Yat-Sem – Kuomintang (Partido Nacionalista).  Até meados dos anos 20: instabilidade:  “senhores da guerra” (lideranças locais) e interesses externos impunham-se sobre a República.  1921: Criação do PCCh (Mao Tsé-Tung).  Até 1925: Aliança entre Kuomintang e PCCh.  Com a morte de Sun Yat-Sem, assume Chiang Kai-Shek  1927: PCCh é declarado ilegal (perseguição aos comunistas). baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 55. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  1928: Kuomintang consolida-se no poder. Longa Marcha e guerra contra o Japão  1934: Longa Marcha (12 mil Km).  Fuga de comunistas e tentativa de ampliar bases.  1937 – 1945: Guerra contra o Japão.  Aliança provisória entre Kuomintang e PCCh. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 56. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  1945 – 1949: Guerra Civil  Kuomintang X PCCh*  Shiang Kai-Shek e seguidores refugiam- se na ilha de Formosa (Taiwan).  Nacionalização de indústrias e reforma agrária.  1953 – 1958: Plano Qüinqüenal.  Modelo e suporte técnico soviético.  Ênfase na indústria de base.  Criação de cooperativas nos campos. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 57. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  1958 – 1962: Grande Salto Para Frente.  Deslocamento de subsídios para a agricultura.  Socialismo Chinês: BASE RURAL.  1960: Rompimento entre China e União Soviética.  Fracasso – Mao é afastado das principais decisões.  1962 – 1966: Política de Reajustamento  Nova reorientação para a indústria.  Centralização administrativa.  Desnível de crescimento entre o campo e as cidades. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 58. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  1966 – 1976: Revolução Cultural  Fortalecimento do poder político de Mao Tsé-Tung (“O Grande Timoneiro”)  Radicalização ideológica (amparada no “Livro Vermelho” de Mao).  Arte engajada política e socialmente.  Anti-ocidentalismo.  Ridicularização de intelectuais (considerados “burgueses”).  “Reeducação” – segundo os moldes do partido. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 59. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA  1976 em diante: As 4 grandes modernizações.  Morre Mao Tsé-Tung – assume Deng Xiaoping.  Investimentos maciços em indústria, agricultura, defesa e educação (voltada para a ciência e tecnologia).  Gradativa abertura controlada pelo governo para empresas estrangeiras (criação das ZEE’s).  Economia socialista de mercado. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 60. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA 1989: Estudantes clamam por uma quinta modernização e são massacrados na Praça da Paz Celestial. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio
  • 61. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA LÍDERES E PRÁTICAS ECONÔMICAS DA REVOLUÇÃO LÍDER PERÍODO PROGRAMA Mao Tsé-Tung 1949 – 1976 Grande Salto Para Frente, Crescer com os Próprios Pés, a Grande Revolução Cultural proletária Deng Xiaoping 1976 – 1993 As Quatro Modernizações Jiang Zemin 1993 – 2003 Abertura ao Capitalismo Internacional e inserção da China Popular no comércio mundial Hu Jintao 2003 – Continuidade da política anterior. baraglio@terra.com.br Gisele Finatti Baraglio