Asian-african decolonization
Africa is the continent most fragmented geopolitical and also the most cosmopolitan in terms of diversity of its population
The integration should be understood in a threefold dimension:
cultural-historical dimension in the vertical plane
the spatial and economic dimension in the horizontal plane;
the social or organic dimension
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
Descolonização afro asiática
1. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
HISTÓRIA E PERCEPÇÃO DAS
FRONTEIRAS NA ÁFRICA
NOS SÉCULOS XIX E XX:
OS PROBLEMAS DA INTEGRAÇÃO
AFRICANA
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2. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
A África é o continente mais fragmentado no plano
geopolítico e também o mais cosmopolita no plano da
diversidade de sua população
Nesse contexto, como tão bem colocou Joseph Ki-
Zerbo, a questão da integração está mais do que nunca
no coração do problema, ou seja, “do mal africano”.
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3. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
A integração deve ser apreendida numa dimensão tripla:
– a dimensão histórico-cultural no plano vertical
– a dimensão espacial e econômica no plano horizontal
– a dimensão social ou orgânica.
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4. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Os elementos desse quadro tridimensional não são
separados nem divididos. Eles se apresentam na forma de
um sistema integrado, sem se esquecer o contexto
abrangente do sistema mundial.
O tema história e percepção das fronteiras nos remete à
elucidação do papel da dimensão espacial e econômica na
busca dessa integração regional no nível do continente.
O sonho não realizado da unidade africana infelizmente se
choca com o peso de um espaço explodido a que remonta a
história, no essencial, no século XIX, ocasião da divisão
colonial que moldou a configuração das fronteiras dos
Estados atuais.
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5. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
As crises atuais mostram que a população vive mal no
interior das fronteiras dos Estados-Nações e colocam
com agudeza a gestão desse legado colonial que fixou
fronteiras tanto artificiais como arbitrárias.
As crises tanto afetam os Grandes Estados como
Congo, Angola, Nigéria, como os pequenos Estados
como Ruanda, Burundi, Serra Leoa, Senegal ou Guiné
Bissau.
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6. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Paradoxalmente, essas crises refletem sobretudo os
conflitos internos, que têm repercussões no plano
externo, e indiretamente recolocam o problema da
redefinição das fronteiras ou, pelo menos, de um novo
espaço territorial, econômico e cultural suscetível de
consolidar a paz e a segurança dos povos. Isso em
muito ultrapassa o problema das fronteiras, cuja história
deve ser substituída a longo prazo, se se quer apreender
os desafios atuais da integração regional e da unidade
do Continente.
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7. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
OS LEGADOS DO PASSADO
A configuração atual das fronteiras dos Estados africanos foi
moldada praticamente no final do século XIX. A conquista
colonial subjugou pela força o conjunto do continente, com
exceção da Etiópia e da Libéria, à dominação da Europa.
A divisão do continente pôs fim, na maior parte dos casos, a
um processo interno de reestruturação do espaço por forças
sociais e políticas relacionadas com a história do continente
no longo prazo.
As fronteiras são, portanto, resultado de uma longa
história, que deve ser levada em consideração para além do
acidente da divisão colonial para se compreender as lógicas
internas de fragmentação e unificação desse continente.
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8. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
1900: cerca de 56,6% da Ásia e 90,4% da África estavam sob
controle do colonialismo europeu
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9. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Os objetivos atuais
da reconfiguracao
africana
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10. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Diante dos limites concretos de um desenvolvimento
separado, os Estados sentiram a necessidade de se
reagruparem em escala sub-regional, regional ou
continental, para intensificar as trocas intra-africanas e
realizar investimentos de interesse comum.
Assiste-se desde então à multiplicidade das organizações
sub-regionais como a OMVS, a OMVG, o CILSS, a CEAO e
a CEDEAO, etc., para ficar somente no contexto da África
Ocidental, sem contar as múltiplas organizações à escala
da OUA e do sistema das Nações Unidas.
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11. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
A vocação econômica dessas organizações revela antes
de tudo a preocupação dos Estados de resolver os
problemas de desenvolvimento, mas acima de tudo a
vontade manifesta de fugir do debate político da unidade.
Os Estados, preocupados em primeiro lugar com
consolidar poderes hegemônicos no interior, não estão
dispostos a ceder uma parcela sequer de sua soberania
nacional, materializada nas fronteiras artificiais, herdadas
da divisão colonial. É esse paradoxo que explica o
fracasso da maior parte dos projetos de integração
regional.
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12. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Com efeito, a configuração atual das fronteiras é um
handicap para toda política verdadeira de
desenvolvimento integrado dos Estados, que voltam as
costas uns aos outros.
Na África Ocidental se assiste a diversos casos que
atestam a inadequação das fronteiras com relação às
exigências do desenvolvimento integrado.
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13. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
O papel das
fronteiras na
reconfiguracao
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14. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
As fronteiras com certeza têm sua importância, mas não
têm nada a ver com essa outra visão que consistiria de
ignorá-las ou simplesmente apagá-las para melhor
assegurar a reintegração do continente.
A África é o continente mais fragmentado no plano
político e econômico e está por conseguinte vulnerável a
todas as formas de crise, das quais as atuais
manifestações são apenas o prelúdio de uma implosão
dos Estados, cujas populações encontram-se pouco à
vontade no interior das fronteiras atuais.
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15. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
O único caminho para sair do impasse atual é corrigir o
mais cedo possível os desequilíbrios internos criados
pela construção unilateral do Estado-Nação
centralizado, que ignorou a existência das nacionalidades
diferentes no seio dos novos Estados.
A integração regional, mas também uma rigorosa política
de descentralização, constituem, com a redefinição da
cidadania na África, a alternativa ao impasse criado pelos
Estados-Nações, herdeiros da divisão colonial.
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16. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Como redefinir um Estado multi-étnico ou multinacional
que ultrapassaria as fronteiras atuais é a principal
questão da África no século XXI.
Pois tratar-se-á, em lugar de modificar as fronteiras, de
suprimi-las, seja pela unificação de um certo número de
Estados, seja pela outorga a todos os africanos da dupla
nacionalidade, a do local de nascimento e a do local de
residência, favorecendo a livre circulação de homens e
bens.
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17. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Enquanto se espera a unidade política entre dois ou
diversos Estados, a outorga da dupla nacionalidade
constitui um paliativo, para assegurar o movimento das
populações e corrigir o caráter constrangedor das
fronteiras.
É certo que em vez de integrar Ruanda e Burundi aos
Estados vizinhos mais vastos, Congo, Uganda, Quênia ou
Tanzânia, é preciso abrir as fronteiras para permitir à
população excedente dos Planaltos que se espalhe.
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18. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Ou melhor, é preciso lhe dar a dupla nacionalidade e criar
um espaço mais autônomo, centrado nos grandes
lagos, em relação ao leste e oeste do continente.
Abundam na África espaços livres, inexplorados devido à
fragmentação do continente e sobretudo à ausência de
infra-estruturas de comunicação, que tornam as fronteiras
ainda mais absurdas.
Moçambique sozinho, fecha a porta do oceano a todos os
Estados da África austral e mesmo central, pois
Lubumbashi está mais próximo do oceano Índico que do
Atlântico.
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19. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Pode-se multiplicar os exemplos desses desequilíbrios
criados pela configuração atual das fronteiras, tanto na
África central como na ocidental.
A solução final reside na unificação de certos Estados e
implementação de política de descentralização, para
assegurar maior autonomia e maior homogeneidade
cultural a entidades geográficas mais viáveis no plano
econômico.
A revolução cultural sem a qual não há progresso tem
esse preço e está ligada à promoção das línguas
nacionais.
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20. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Essas línguas, condenadas a vegetar sob pretexto da
unidade nacional, são prisioneiras da estreiteza das
fronteiras e da idéia redutora do Estado-Nação. Por isso, o
Nigeriano é incapaz de desenvolver línguas como o
haussa, o iorubá ou o ibo, cujo número de falantes
ultrapassa vinte milhões.
O pretexto que se dá é o número excessivo de
línguas, mesmo se certas línguas minoritárias em um país
são faladas além das fronteiras por milhões de pessoas.
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21. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Assim, o mandinga e o peul constituem línguas de
comunicação que cobrem o conjunto dos países da África
Ocidental. Aí também, como no caso da dupla
nacionalidade, trata-se de cultivar a prática cotidiana dos
povos, bilingüe ou trilingüe, excetuando-se as elites dos
Estados-Nações, que falam inglês, português ou francês,
e adquiriram seus privilégios no contexto do sistema
colonial.
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23. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Causas:
O declínio de potências européias:
Primeira Guerra Mundial e Segunda Guerra Mundial
A ascensão do nacionalismo asiático e africano
Influência da Carta da ONU – direito a autodeterminação
dos povos.
Pan-Africanismo (Jomo Queniata) e Pan-Arabismo
(Gamal Abdel Nasser).
Guerra Fria – desejo dos EUA e URSS de ampliar sua
influência.
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24. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Como:
Guerras – adoção do socialismo.
Acordos – concessão de independência com transferência do
poder para elites locais e fortes vínculos com dependência
capitalista.
A Conferência de Bandung (1955):
Indonésia – A. Sukarno
29 novas nações da África e Ásia.
Bloco dos não alinhados (3º mundo).
Ajuda mútua entre nações afro-asiáticas.
Combate ao racismo e neocolonialismo.
Debate de problemas econômicos entre os participantes.
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25. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
A DESCOLONIZAÇÃO
AFRICANA:
1956: três estados
independentes (Libéria,
Etiópia e África do Sul -
minoria branca no
poder).
1957 a 1962: 29 novos
estados independentes
(Namíbia -1990 e
Eritréia -1993: últimos
países independentes.
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26. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Casos destacados – ÁFRICA:
A) ARGÉLIA:
Conflito violento (1 milhão de mortos).
FLN (Frente de Libertação Nacional ) +
massa de mulçumanos locais* X FRA +
colonos franceses (Pieds-noirs ou “pés
pretos”)
Batalha do Argel -1957: maior confronto.
1962 - Armistício de Evian: França
reconhece a independência da Argélia sob
o comando da FLN (Ben Bella – líder).
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27. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
B) CONGO:
Colônia belga.
Rica em diamantes, ouro, cobre e
outros minerais
1960: Bélgica concede a independência
(pressões populares)
Presidente: Joseph Kasavubu;
Primeiro Ministro: Patrice Lumunba
(Movimento Nacional Congolês).
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28. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Guerra civil: Katanga e Kasai
movimento separatista. (províncias
ricas em minerais financiados por
belgas).
1961: É assassinado Patrice Lumunba . KASAI
1965: General Mobuto Sese Seko
(pró-EUA) torna-se ditador, e o país
muda de nome para República do
Zaire.
1997: Laurent Kabila depõe Mobuto
KATANGA
MOBUTO
e o país voltou a adotar o nome de
República Democrática do Congo.
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29. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
C) ÁFRICA PORTUGUESA
1974: Revolução dos Cravos
(POR) – movimento militar que
derrubou a ditadura salazarista e
implantou a democracia em POR.
Fim da ditadura desarticula
império colonial.
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30. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Angola (1975):
1975: Independência (Tratado de Alvor).
1975 – 1992: Guerra civil:
MPLA* X UNITA X FNLA
Socialista Capitalista Capitalista
Agostinho Neto Jonas Savimbi Dissolvido no
Etnia: Ovimbundu fim dos anos 70.
Etnia: Kimbundo
Apoio: EUA e Etnia: Bakongo
África do Sul
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31. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
José Eduardo dos Santos (MPLA)
assume a presidência.
Acordo de paz é desrespeitado pela
UNITA e guerra civil prossegue até
2002.
Infra-estrutura do país é
completamente arrasada pela guerra.
Condições de saneamento e higiene
precárias.
Expectativa de vida: 46 anos.
Brasil manteve tropas de apoio a ações
da ONU durante os anos 90.
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32. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Moçambique (1975):
1975: Independência (Acordo de Lusaka)
1975 – 1992: Guerra civil
FRELIMO (socialista)* X RENAMO
(capitalista)
Samora Machel – líder da FRELIMO.
Guerra civil devasta o país.
Saída de mão de obra qualificada.
Esgotamento da economia.
Epidemias de fome, tifo e cólera.
Símbolo da FRELIMO
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33. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
E) NIGÉRIA
Ex-colônia inglesa.
1960: independência concedida.
Crescimento do nacionalismo.
1967 – 1970: Guerra de BIAFRA.
Movimento separatista.
Província rica (petróleo).
Rivalidades étnicas:
IBOS (Biafra) X HAUSSAS (etnia majoritária nigeriana)*.
Aproximadamente 2 milhões de mortos.
Unidade política precária prejudicada por rivalidades
étnicas.
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34. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
E) ÁFRICA DO SUL – A exceção
1910 – União Sul Africana: ingleses + africânderes
(descendentes de holandeses, alemães e franceses).
Leis segregacionistas (hegemonia dos brancos).
1948 – oficialização do APARTHEID (separação)
Daniel Malan.
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35. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Criação dos Bantustões (divisão tribal e confinamento dos
negros em 13% do território).
= bantustões
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36. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
CNA (Congresso Nacional
Africano) – organização negra que
liderou resistência ao Aparthaid
(Nélson Mandela – líder)
1950 – desobediência civil.
1960 – “Massacre de Sharpeville”
(69 negros mortos e 180 feridos).
1962 – ilegalidade do CNA
(Mandela é preso).
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37. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
1980 – Campanhas internacionais
condenam o Aparthaid (sanções).
1984 – Revoltas populares intensificam-se
(ampla repressão).
De Klerk
1989 – início da transição: Frederik de
Klerk
1990 – CNA recupera a legalidade e
Mandela é solto.
1994 – Revogação de leis racistas.
Mandela é eleito presidente.
Mandela presidente
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38. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
OS CONFLITOS ATUAIS
ARTIGO - Assunto: Internacional
Título: Violência xenófoba chega à Cidade do Cabo
Data: 24/05/2008
JORNAL DO BRASIL
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39. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Mais de 14 anos depois do fim do apartheid, milhões de sul-
africanos permanecem na extrema pobreza apesar do
crescimento recorde de 5% na economia nos últimos quatro
anos. O fracasso na distribuição de renda para os mais pobres
forneceu combustível para a animosidade contra os imigrantes
e para as altas taxas de criminalidade da África do Sul. No nono
dia de violência xenófoba, os ataques alcançaram a Cidade do
Cabo e suscitaram temores quanto à imagem do país quando á
segurança para sediar a Copa do Mundo de 2010.
Na ocasião comentou Prince Mashele, analista do Instituto para
Estudos de Segurança:
– Estamos sentados sobre uma bomba-relógio. As pessoas são
pobres. Não têm empregos ou casas dignas e estão cansadas
disso. Chegamos a um ponto no qual é simples para qualquer
um incitar a violência.
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41. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Casos destacados – ÁSIA:
A) ÍNDIA:
Ex-colônia inglesa.
Década de 20: Mahatma GANDHI
lidera mobilizações populares
Desobediência civil – não-
violência e resistência passiva.
1947 – Inglaterra concede
independência.
Desgaste internacional + mercado.
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42. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Rivalidades religiosas: hindus X muçulmanos.
Formação de 2 países:
União Indiana – hindu – J. Nehru
Paquistão – muçulmano – Ali Jinnah
• Transferência de 12 milhões de
refugiados de um Estado para
outro, iniciando a luta entre
hindus e mulçumanos (1 milhão
de mortos).
• Ilha do Ceilão – budista – novo
país em 1948 – atual Sri Lanka
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44. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
1948: Gandhi é assassinado por extremista hindu.
Início de conflitos entre Índia e Paquistão pela região
da Caxemira.
1971: Paquistão Oriental (antiga Bengala) separa-se do
Paquistão Ocidental (liderados pela Liga Auami) com
apoio da Índia. Passa a chamar-se Bangladesh.
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45. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
B) INDONÉSIA:
Ex-colônia Holandesa.
1949: Independência após 4 anos de guerra contra HOL.
Ahmed Sukarno – líder.
1955 – Sede da Conferência de Bandung.
1965 – 1998 – Ditadura do Gen. Suharto (pró-capitalismo).
1975 – Invasão do Timor Leste (independente em 1999).
Maior população muçulmana do mundo.
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46. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
C) INDOCHINA:
Ex-colônia francesa.
II Guerra Mundial – ocupada por japoneses.
1941 – VIETMINH: Liga Revolucionária para a independência
do Vietnã.
Líder: Ho Chi Minh
Orientação comunista.
Luta contra os japoneses.
1946 – 1954: Guerra da Indochina.
FRA X Vietminh*
1954: Batalha de Dien Bien Phu – expulsão dos Franceses.
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47. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
1954: Conferência de Genebra
– Independência e divisão da
Indochina.
Vietnã do
Norte
Laos.
Camboja.
Vietnã do Sul (capitalista).
Vietnã do Norte (comunista).
Vietnã
do Sul Vietnã dividido pelo paralelo 17.
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48. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
D) A GUERRA Genebra: divisão do Vietnã era
temporária. Reunificação ocorreria após a realização
de plebiscito para unificar o país.
Vietnã do Sul cancela plebiscito – medo do
comunismo.
Guerra inicia (1960 – 1975):
DO VIETNÃ:
VIETNÃ DO de SUL VIETNÃ DO NORTE*
Conferência
Apoio dos EUA
X Vietcongues (guerrilheiros
comunistas do sul)
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49. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Auge da participação dos EUA: 536
mil soldados (1968).
50 mil americanos mortos.
2,5 milhões de vietnamitas mortos.
1971: Aproximação dos EUA com a
China e bombardeio aos países
vizinhos – Laos e Camboja.
Neutralizar a influência soviética no
Vietnã do Norte.
Isolar norte-vietnamitas.
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50. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Utilização de armas químicas de destruição de massa.
Aldeia
bombardeada
com Napalm
em 1965.
Efeito do
“Agent
Orange” Aviões americanos despejando o
“Agent Orange” em plantações.
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51. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
–Movimentos pacifistas desarticulam política norte-americana.
–Oposição de jovens a guerra e a hipocrisia da sociedade americana.
ASSISTA!!
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52. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
1973: Acordos de Paris – EUA retira-
se da guerra.
1975: Comunistas do Norte vencem e
tomam a capital do Sul – Saigon.
Comunistas pró-URSS tomam o
poder em Laos. Sul-vietnamitas na embaixada
norte-americana.
Comunistas pró-China tomam o
poder em Camboja
Khmer Vermelho – Pol Pot:
ditadura violenta que eliminou
metade da população em 3 anos.
Tropas do norte
tomam Saigon
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54. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
D) A REVOLUÇÃO CHINESA (1949):
Até 1910: Submissão aos interesses estrangeiros.
1911: Proclamação da República.
Sun Yat-Sem – Kuomintang (Partido Nacionalista).
Até meados dos anos 20: instabilidade:
“senhores da guerra” (lideranças locais) e interesses externos
impunham-se sobre a República.
1921: Criação do PCCh (Mao Tsé-Tung).
Até 1925: Aliança entre Kuomintang e PCCh.
Com a morte de Sun Yat-Sem, assume Chiang Kai-Shek
1927: PCCh é declarado ilegal (perseguição aos
comunistas).
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55. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
1928: Kuomintang
consolida-se no poder. Longa Marcha e guerra contra o Japão
1934: Longa Marcha
(12 mil Km).
Fuga de comunistas e
tentativa de ampliar
bases.
1937 – 1945: Guerra
contra o Japão.
Aliança provisória
entre Kuomintang e
PCCh.
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56. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
1945 – 1949: Guerra Civil
Kuomintang X PCCh*
Shiang Kai-Shek e seguidores refugiam-
se na ilha de Formosa (Taiwan).
Nacionalização de indústrias e reforma
agrária.
1953 – 1958: Plano Qüinqüenal.
Modelo e suporte técnico soviético.
Ênfase na indústria de base.
Criação de cooperativas nos campos.
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57. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
1958 – 1962: Grande Salto Para Frente.
Deslocamento de subsídios para a agricultura.
Socialismo Chinês: BASE RURAL.
1960: Rompimento entre China e União Soviética.
Fracasso – Mao é afastado das principais decisões.
1962 – 1966: Política de Reajustamento
Nova reorientação para a indústria.
Centralização administrativa.
Desnível de crescimento entre o campo e as cidades.
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58. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
1966 – 1976: Revolução Cultural
Fortalecimento do poder político de Mao
Tsé-Tung (“O Grande Timoneiro”)
Radicalização ideológica (amparada no
“Livro Vermelho” de Mao).
Arte engajada política e socialmente.
Anti-ocidentalismo.
Ridicularização de intelectuais
(considerados “burgueses”).
“Reeducação” – segundo os moldes do
partido.
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59. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
1976 em diante: As 4 grandes
modernizações.
Morre Mao Tsé-Tung – assume
Deng Xiaoping.
Investimentos maciços em
indústria, agricultura, defesa e
educação (voltada para a ciência
e tecnologia).
Gradativa abertura controlada
pelo governo para empresas
estrangeiras (criação das ZEE’s).
Economia socialista de
mercado.
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61. DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
LÍDERES E PRÁTICAS ECONÔMICAS DA REVOLUÇÃO
LÍDER PERÍODO PROGRAMA
Mao Tsé-Tung 1949 – 1976 Grande Salto Para Frente, Crescer
com os Próprios Pés, a Grande
Revolução Cultural proletária
Deng Xiaoping 1976 – 1993 As Quatro Modernizações
Jiang Zemin 1993 – 2003 Abertura ao Capitalismo
Internacional e inserção da China
Popular no comércio mundial
Hu Jintao 2003 – Continuidade da política
anterior.
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