Avaliação escolar e democratização: o direito de errar
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO – CCAE
CURSO: LICENCIATURA EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA: Avaliação da Aprendizagem
PROFESSORA: Joseval Miranda
Equipe: Gilson Trajano Soares Costa
Marcelo de Melo Fernandes
Raimundo José Cardoso Filho
Discussão coordenada: Avaliação escolar e democratização: o direito de errar
Rio Tinto, novembro de 2015
2. ● Avaliação como vem sendo tendencialmente compreendida e
vivenciada na escola, constitui-se, essencialmente, em um
instrumento de legitimação do fracasso escolar. Utilizada como
meio de controle das condutas educacionais e sociais dos
alunos, tem servido a uma prática discriminatória que acentua o
processo de seleção social.
3. ● Avaliação escolar possibilita a identificação das dificuldades,
dos sucessos e fracassos, apoiando encaminhamento e decisões
sobre as ações necessárias, sejam elas de natureza pedagógica,
administrativa ou estrutural.
● Seus resultados devem servir para orientação da aprendizagem,
cumprindo uma função eminentemente educacional.
4. ● Avaliação tem-se confundido com procedimentos de medida, de
verificação do rendimento escolar;
● A aprovação/reprovação ganha centralidade nas relações entre
professores e alunos e pais, sendo o foco de suas preocupações
não a aprendizagem;
● Avaliação tem sido utilizada, em geral, como instrumento de
controle e adaptação das condutas educacionais e sociais do
aluno.
.
5. ● Diagnosticar: caracterizar o aluno ao que diz respeito a
interesses, necessidades, conhecimentos e/ou habilidades,
previstas pelos objetivos educacionais propostos, e identificar
causas de dificuldades de aprendizagem;
6. ● Retroinformar: evidenciar os resultados alcançados ao
processo ensino-aprendizagem, apoiando o replanejamento do
trabalho com base nas informações obtidas;
● Favorecer o desenvolvimento individual: atuar como
atividade que estimula o crescimento do aluno, no sentido de
que se conheça melhor e de que se desenvolva a capacidade de
auto avaliar-se.
7. Quando se discute com professores o significado dominante das
práticas avaliativas, ouvimos manifestações do tipo: “tudo bem,
isso nós já sabemos. Interessa-nos saber o que fazer para mudar,
principalmente porque isso não depende só de nós.
Como lidar com os alunos e com os pais, que veem qualquer
modificação introduzida na avaliação como afrouxamento das
exigências da escola? É difícil mudar!
8. Não basta tomar conhecimento das críticas que são feitas, é preciso
construir, a partir delas, a própria análise e reflexão, individual e
coletivamente, na escola; o que se desencadeará quando existir,
de fato, um compromisso com uma prática capaz de promover
permanência, terminalidade e ensino de qualidade para todos.
9. O educador pode ler um texto que critica o uso autoritário da
avaliação, concordar com ele e continuar com o mesmo tipo de
avaliação. A conscientização é um longo processo de ação-
reflexão-ação; não acontece ‘de uma vez’.
10. Na busca de transformação da avaliação, não é possível pensar em
buscar um “novo modelo”, pronto e acabado, para ser
“aplicado”. Um caminho promissor é possibilitar a explicitação e
análise das diferenças e divergências, com vistas à construção de
um projeto coletivo de trabalho, que se paute pelo compromisso
com a qualidade de ensino para todos.
11. • Rui Moura diz que a avaliação não é algo de exógeno ao
processo de ensino-aprendizagem, nem independente das
diversas componentes que envolvem o mesmo processo.
◦ “Quando falamos de avaliação não estamos a falar de um fato pontual ou de um
ato singular, mas de um conjunto de fases que se condicionam mutuamente. Por
sua vez a avaliação não é algo separado do processo de ensino-aprendizagem,
não é apêndice independente do referido processo [...]” (Zabalza, 1995).
12. • A avaliação tecnoburocrática (Fundamentada na visão objetivista/tecnicista)
Marcou fortemente os modelos avaliativos implantados no Brasil na
década de 70;
Avaliar significa medir, atribuir nota (concepção tecnicista);
Não leva consideração as diferenças de interesses e necessidades dos
participantes do processo: alunos, professores, pais e etc.
13. • Avaliação democrática (Fundamentada na visão qualitativa/emancipadora)
A avaliação é vista em um contexto mais amplo sociocultural
historicamente situada, auto constituída, transformadora e emancipadora
(concepção construtivista);
Parte do princípio que o conhecimento não está no sujeito e nem no
objeto, mas sim na interação dos dois;
Avaliar é acompanhar e valorizar todo processo da construção do
conhecimento do aluno.
14. - Repensar o processo avaliativo:
Informações: Para que?
Por quem?
15. • O professor deve registrar informações;
O registro pode ser feito de diferentes maneiras, em diferentes
momentos, através da observação;
Analisa o desenvolvimento do aluno e a decisão de que caminho a
seguir;
Alunos autônomos;
Procedimentos de auto-relato.
16. • Sistema de avaliação da escola.
Tem que possibilitar os alunos o conhecimento crítico e criativo;
Avaliação à inclusão;
O conhecimento tem quer ser tratado como um produto de sua relação e
interpretação da realidade vivida.
17. CARVALHO, José Sérgio Fonseca de. Avaliação escolar e
democratização: o direito de erra. In: AQUINO, Julio Groppa
(Org.). Erro e fracasso na escola: alternativas teóricas e
práticas. São Paulo: Summus, 1997, p.125-137.
A avaliação no processo Ensino-Aprendizagem. Disponível
<http://rmoura.tripod.com/evaluation.htm>, acessado no dia 09
de novembro de 2015.