O documento discute a mística como uma prática pedagógica no MST que fortalece os valores do movimento através da expressão cultural e símbolos. A mística une a família e militantes para enfrentar desafios e celebrar vitórias, e é fundamental para a educação e história da luta pela reforma agrária.
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
MST mística pedagogia
1. MÍSTICA: UMA PRÁTICA
PEDAGOGICA NO MST.
COMILO, Maria Edi da Silva.; BRANDÃO, Elias Canuto
2. Resumo
O presente artigo propõe um estudo da mística na
organicidade do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST) enquanto pedagogia das
práticas como meio da expressão cultural. É uma
prática da educação do campo que fortalece os
valores do Movimento, a luta, as conquistas sociais
e políticas e a aprendizagem. Na organização da
mística são usados os mais diferentes símbolos, a
exemplo da bandeira, boné, enxada, facão, foice e os
produtos da terra.
3. A família é parte primeira e protagonista
principal nas místicas e, na realização
da mística os militantes se fortalecem
para o enfrentamento das dificuldades
e dos desafios diários como despejos,
perda de companheiros e celebrações
das vitórias e conquistas nas
ocupações.
COMILO, Maria Edi da Silva.; BRANDÃO, Elias Canuto
4. “O vigor da mística nas atividades
pedagogia da educação no MST”
Mística; expressão cultural; representação da realidade.
COMILO, Maria Edi da Silva.; BRANDÃO, Elias Canuto
5. A compreensão da mística na
prática atividades pedagógicas
na escola.
6. A mística no MST é um dos princípios
básicos da organização pedagógicas.
A realização da mística alimenta,
fortalece, dá esperanças de viver e de
lutar por justiça, assim como dignidade
e resgate de valores
COMILO, Maria Edi da Silva.; BRANDÃO, Elias Canuto
7. A mística não é um teatro, é a
representação de um fato ou
acontecimento. A riqueza
intercambiada de significados durante a
consumação da mística é fundamental
para a vivência e o resgate histórico da
luta pela reforma agrária no Brasil.
COMILO, Maria Edi da Silva.; BRANDÃO, Elias Canuto
8. A representação dos símbolos
construídos ao longo da história do
MST são
referências vivas, símbolos que falam e
se representam por si
COMILO, Maria Edi da Silva.; BRANDÃO, Elias Canuto
9. A mística: pratica de militantes no
Brasil do MST para manter a
história e a memória de uma
determinada comunidade.
COMILO, Maria Edi da Silva.; BRANDÃO, Elias Canuto
10. No encaminhamento da mística no
Movimento, a bandeira do MST é o
grande destaque, tornando-se
elemento permanente e presente nas
celebrações. Como afirma Bogo
(2000), ela é usada em todos os
encontros, reuniões, assembleias,
escolas e na vida do militante.
COMILO, Maria Edi da Silva.; BRANDÃO, Elias Canuto
11. A cultura
Já é cultural o envolvimento de todos os
agricultores e comunidade assentada ou
acampada para que a mística aconteça em todos
os locais onde o MST se faz presente. O uso dos
símbolos na mística desempenha um papel de
força no caminhar e representa a razão do
esforço coletivo
COMILO, Maria Edi da Silva.; BRANDÃO, Elias Canuto
12. Este artigo nos possibilitou perceber a
importância da mística no processo
educacional e social dos educandos e
comunidades assentadas ou acampadas.
Constatamos a necessidade de se
construir e fortalecer continuamente a
identidade como base para valorização
do outro e do mundo.
COMILO, Maria Edi da Silva.; BRANDÃO, Elias Canuto
13. Em um largo rio, de difícil travessia,
havia
um barqueiro que atravessava as
pessoas
de um lado para o outro. Em uma das
viagens,
iam um advogado e uma professora.
Como quem
gosta de falar muito, o advogado
pergunta ao
barqueiro: Companheiro, você entende
de leis?
Não, respondeu o barqueiro.
E o advogado compadecido: É pena,
você
perdeu metade da vida.
A professora muito social, entra na
conversa:
Seu barqueiro, você sabe ler e
escrever?
14. Também não, respondeu o barqueiro.
Que pena! Condói-se a mestra-Você
perdeu metade
de sua vida! Nisso chega uma onda
bastante forte e
vira o barco. O barqueiro preocupado,
pergunta:
Vocês sabem nadar?
NÃO! Responderam eles rapidamente.
Então é uma pena- Conclui o barqueiro.
Vocês perderam
toda a vida.
Não há saber maior ou saber menor.
Há saberes diferentes.
PAULO FREIRE
Pense nisso e valorize todas as pessoas com as quais tenha
contato. Cada uma delas tem algo de diferente para ensinar..