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Mosaicos de áreas
    protegidas
Gestão integrada - o desafio da
 articulação interinstitucional



     Curso Introdução a Gestão de UCs
          Rio Branco, junho 2008
SNUC
Art. 26. Quando existir um conjunto de unidades de
conservação de categorias diferentes ou não,
próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas
protegidas públicas ou privadas, constituindo um
mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de
forma integrada e participativa, considerando-se os
seus distintos objetivos de conservação, de forma a
compatibilizar a presença da biodiversidade, a
valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento
sustentável no contexto regional.

   Parágrafo único. O regulamento desta Lei disporá
sobre a forma de gestão integrada do conjunto das
unidades.
Decreto 4340, 22/08/2002,
    regulamentação do SNUC

Reconhecido pelo MMA, a pedido dos
orgãos gestores das UCs
Deve dispor de um conselho de mosaico,
de carater consultivo com a função de
atuar como instancia de gestão integrada
Enfase em compatibilizar, integrar e
otimizar as atividades em cada UC e na
relação com a população residente
Seminário Mosaicos de Áreas Protegidas no
    Amazonas – Manaus, outubro 2007
Realização CEUC/SDS - WWF – GTZ
Âmbito do Programa ARPA
60 participantes

Ministério do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes de
Conservação da Natureza, SDS, GTZ
WWF-Brasil, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ),
Instituto Piagaçú Purus, WCS, Instituto de Desenvolvimento
Ecológico e Social do Amazonas, Instituto Pacto Amazônico,
Instituto Centro de Vida, Instituto Socioambiental
FUNAI, Federação das Organizações Indígenas do Rio
Negro, FEPI
Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata
Atlântica.
Objetivos do Seminário
objetivo geral : iniciar a discussão para definição de diretrizes
  para implementação de mosaicos de áreas protegidas no
  Amazonas, no âmbito do Programa ARPA.
objetivos específicos
  Conhecer experiências em curso de estabelecimento e gestão
  de mosaicos de áreas protegidas em diferentes regiões do
  país;
  Identificar potenciais mosaicos de unidades de conservação e
  outras áreas protegidas no Estado do Amazonas;
  Discutir conceitos sobre a gestão de mosaicos de áreas
  protegidas;
  Integrar técnicos de diferentes instituições ambientais,
  governamentais e não governamentais na ótica de gestão de
  mosaicos;
  Integrar as terras indígenas ao debate da gestão de mosaicos
Apresentações
 O Olhar do ARPA sobre os Mosaicos. Ronaldo Weigand Jr.
 Coordenador ARPA
 Mosaico de unidades de conservação do Corredor Serra do Mar.
 Heloisa Dias. Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata
 Atlantica
 Mosaicos de áreas protegidas. O desafio da gestão integrada de
 terras indígenas e unidades de conservação. Iara Vasco. FUNAI
 O desafio da gestão integrada de terras indígenas e unidades de
 conservação. Dan Pasca. Consultor da GTZ na FUNAI
 Definições conceituais de mosaicos, corredores e reservas da
 biosfera. María Olatz Cases. Consultora da GTZ
 Mosaico do baixo rio Negro. Thiago Mota Cardoso do Instituto de
 Pesquisas Ecológicas – IPÊ.
 Bloco de conservação Juruena/Apuí. Marcos Roberto Pinheiro.
 WWF-Brasil
 Implementação de Programas em Mosaico: experiências para o
 primeiro ano do monitoramento de quelônios em UCs do Médio
 Juruá. Carlos Eduardo Marinelli. ProBuc/CEUC/SDS.
 Plano de Proteção do Médio Rio Juruá. Guillermo Estupiñan.
 Ceuc/SDS.
 A Gestão de Mosaicos de Áreas Protegidas no Amazonas. Uma
 visão institucional. Rita Mesquita. Coordenadora CEUC/SDS
Grupos de Trabalho
Foram formados seis grupos:
  1. Mosaico do baixo Rio Negro;
  2. Mosaico do Sul do Amazonas com Mato
  Grosso e Rondônia;
  3. Mosaico do Purus;
  4. Mosaico do Solimões;
  5. Mosaico das Nascentes de Rondônia
  6. linhas gerais do processo de formação
  de mosaicos no Estado do Amazonas e
  possíveis diretrizes.
Perguntas Orientadoras
 Quais as áreas protegidas desse mosaico,
 sua situação em relação com os planos de
 manejo, conselhos das unidades de
 conservação e instituições envolvidas?
 Identificar três fortalezas do mosaico e
 três fragilidades do mosaico (três pontos
 positivos e três pontos fracos);
 Qual o processo para o reconhecimento do
 mosaico e os requisitos necessários?
 Quais os requisitos para apropriação
 institucional da proposta desse mosaico?
Alguns resultados – diagnostico rápido
      Diagnóstico        Baixo      Amazônia     Nascente      Rio          Rio         Baixo      TOTAL
     dos Mosaicos      Rio Negro    Meridional   Rondônia     Juruá       Solimões    Rio Purus
Número de áreas                11           24          16            3          10            6        70
protegidas
Área do Mosaico         8.500.000    8.991.702    4.701.217   2.417.476   2.277.859    1.617.858   28.506.1
(hectares)                                                                                               12
UC Federal                     3            4            5            1          3            1          17
UC Estadual                    6           14            5            1          1            1          28
UC Municipal                   1                                                                          1
TI                             1            6            6            1          6            4          24
UC Proteção Integral           4            9            5            1          1            1          21
UC Uso Sustentável             6            9            5            1          3            1          25
Planos de Manejo               3            1            1            0          1            1           7
Conselhos de UC                3            0            1            2          2            0           8
UC apoio Arpa                  4            8            4            1          2            1          20
UC apoio Corredores            6            0            0            1          4            1          12
Alguns resultados – diagnostico rápido


    Entidades Envolvidas na     Baixo      Amazônia       Baixo       Rio            Rio         Nascente
 Implementação dos Mosaicos   Rio Negro    Meridional   Rio Purus    Juruá        Solimões       Rondônia
Entidade Federal                       9            4            5           5               1            2
Entidade Estadual                      6            3            1           1               1            1
Entidade Municipal                     3                         3           3
Iniciativa Privada                     1
Entidade não governamental            15           3            4             4              2           9
TOTAL                                 34          10           12            12              4          12
Vantagens...
 ações conjuntas
 gestão integrada
 otimização de recursos
 integração de infra-estrutura

            ... e Desvantagens
             dificuldades de relacionamento
             sobrecarga de ações
             poucos recursos financeiros
Requisitos para formação de um
   mosaico de áreas protegidas

1. Interesse em compor o mosaico:
  Disposição institucional;
  Querer fazer parte do mosaico;
  Comprometimento com a conservação das áreas;
  Predisposição para atuar de forma integrada;
  Conversas e entendimentos entre os interessados
  para criação do mosaico;
  Disposição institucional;
  Disposição de trabalharem juntos.
Requisitos para formação de um
   mosaico de áreas protegidas

2. Equipe local atuante:
  Comunicação entre os técnicos;
  Equipe técnica e ou representação das áreas
  protegidas;
  Responsável local.
Requisitos para formação de um
   mosaico de áreas protegidas

3. Processos de implementação de unidade
  existente:
  Conselho constituído em cada unidade de
  conservação participante do mosaico;
  Entendimento prévio dos conselhos das unidades
  de conservação e dos povos indígenas na atuação
  em mosaico.
Requisitos para formação de um
   mosaico de áreas protegidas

4. Identidade regional:
  Identidades sociais, econômicas, culturais ou
  biológicas;
  Estar sob influência do rio Purus;
  Identificação de afinidades - alvo de conservação,
  acessos, problemas;
  Necessidade de manter a identidade regional (Se
  perder isso, é porque foi longe demais!)
Requisitos para formação de um
   mosaico de áreas protegidas

5. Insumos existentes:
  Infra-estrutura mínima para funcionamento;
  Logística favorável;
  Recursos financeiros;
  Recursos humanos.
Requisitos para formação de um
   mosaico de áreas protegidas

6. Formato de corredor ecológico:
  Continuidade e conectividade das áreas;
  Mosaicos definidos como prioritário pelo órgão
  central;
  Objetivos da conservação biológico e social;
  Restauração de áreas degradadas.
Requisitos para formação de um
mosaico de áreas protegidas

7. Processos governamentais e de cooperação
  técnica:
  Reconhecimento legal do mosaico;
  Cooperação técnica formal entre as partes.
Processo necessário para reconhecimento de
um mosaico de áreas protegidas

  Definição da proposta de mosaico
  Mobilização
  Formalização do grupo de trabalho
  Oficina de construção de propostas
  Preparação do documento
  Apresentação da proposta para o
  reconhecimento
Mecanismos para apropriação institucional
dos mosaicos no longo prazo
a) Debater o conceito e estimular planejamento compartilhado:
    Oficinas, seminários, reuniões e divulgação (instituições e comunidades);
    Realização de um plano de ação que estabeleça as atribuições;
    Elaboração de planos de trabalhos conjuntos;
    Projetos para o mosaico.
b) Implementar os processos formais:
    Recebimento dos termos de adesão das entidades envolvidas e solicitação do
    reconhecimento pelo MMA;
    Reconhecimento legal dos procedimentos de criação e implementação dos mosaicos e
    conselhos de mosaicos;
    Protocolos e caminhos processuais estabelecidos;
    Carta de participação no mosaico ou termo de compromisso.
c) Estabelecer a gestão integrada:
    Formalização do conselho do mosaico;
    Controle pela sociedade civil;
    Reconhecimento nos planos de manejo ou gestão (considerando que os mesmos são
    aprovados pelo órgão gestor e pelo conselho deliberativo);
    Boa comunicação entre o conselho do mosaico e do conselho de cada UC.
d) Captar recursos para estimular ações compartilhadas e gestão integrada:
    Planos Operativos Anuais (POA) específicos ou linhas orçamentárias para os mosaicos;
    Plano de trabalho de cada unidade de conservação que contempla recursos e atividades do
    mosaico;
    Captação de recursos em nome do mosaico.
Subsídios para formação do conselho
gestor do mosaico


a)   Representatividade
b)   Competência
c)   Atribuições do conselho
Subsídios para construção de atividades
no âmbito do mosaico
a)   Articulação institucional:

     Fortalecimento dos grupos de trabalho responsáveis pela
     construção da proposta para reconhecimento de mosaicos,
     como os respectivos conselhos gestores;
     Captação de recursos;
     Influência às políticas públicas;
     Resolução de conflitos de interesse do mosaico;
     Integração da elaboração dos planos de manejo das
     unidades do mosaico, focando os programas de manejo e o
     zoneamento da unidade;
     Atividades que estejam descritas nos planos de manejo e
     de gestão das várias áreas protegidas, membros do
     mosaico, desde que não firam a autonomia de área
     protegida;
     Capacitações;
     Elaboração de identidade visual;
     Elaboração de material educativo e de divulgação;
     Reuniões de conselho conjuntas.
Subsídios para construção de atividades
no âmbito do mosaico
b) Participação comunitária
  Fomento à produção, manejo e geração de
  renda;
  Manejo de recursos pesqueiros;
  Ordenamento de projetos de produção
  comunitária;
  Ações educativas, socioeconômicas, geração de
  renda, regularização fundiária...
Subsídios para construção de atividades
no âmbito do mosaico
c) Pesquisa:
  Planejamento de pesquisa e produção de
  conhecimento (banco de dados, integração de
  pesquisadores, pesquisa voltada para gestão e
  manejo);
  Monitoramento da biodiversidade;
  Estudos e pesquisas integrados.
Subsídios para construção de atividades
no âmbito do mosaico
d) Proteção:
  Plano de fiscalização integrado (oficina,
  integração institucional com os tomadores
  de decisão);
  Fiscalização integrada;
  Vigilância comunitária.
Experiências em andamento na
Amazônia
 Mosaico da Amazônia Meridional
 Mosaico do baixo rio Negro
 Gestão Integrada Cuniã-Jacundá
 Corredor Central da Amazônia
OBRIGADA !!!
      Márcia Lederman
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  • 1. Mosaicos de áreas protegidas Gestão integrada - o desafio da articulação interinstitucional Curso Introdução a Gestão de UCs Rio Branco, junho 2008
  • 2. SNUC Art. 26. Quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa, considerando-se os seus distintos objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional. Parágrafo único. O regulamento desta Lei disporá sobre a forma de gestão integrada do conjunto das unidades.
  • 3. Decreto 4340, 22/08/2002, regulamentação do SNUC Reconhecido pelo MMA, a pedido dos orgãos gestores das UCs Deve dispor de um conselho de mosaico, de carater consultivo com a função de atuar como instancia de gestão integrada Enfase em compatibilizar, integrar e otimizar as atividades em cada UC e na relação com a população residente
  • 4. Seminário Mosaicos de Áreas Protegidas no Amazonas – Manaus, outubro 2007 Realização CEUC/SDS - WWF – GTZ Âmbito do Programa ARPA 60 participantes Ministério do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes de Conservação da Natureza, SDS, GTZ WWF-Brasil, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Instituto Piagaçú Purus, WCS, Instituto de Desenvolvimento Ecológico e Social do Amazonas, Instituto Pacto Amazônico, Instituto Centro de Vida, Instituto Socioambiental FUNAI, Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, FEPI Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
  • 5. Objetivos do Seminário objetivo geral : iniciar a discussão para definição de diretrizes para implementação de mosaicos de áreas protegidas no Amazonas, no âmbito do Programa ARPA. objetivos específicos Conhecer experiências em curso de estabelecimento e gestão de mosaicos de áreas protegidas em diferentes regiões do país; Identificar potenciais mosaicos de unidades de conservação e outras áreas protegidas no Estado do Amazonas; Discutir conceitos sobre a gestão de mosaicos de áreas protegidas; Integrar técnicos de diferentes instituições ambientais, governamentais e não governamentais na ótica de gestão de mosaicos; Integrar as terras indígenas ao debate da gestão de mosaicos
  • 6. Apresentações O Olhar do ARPA sobre os Mosaicos. Ronaldo Weigand Jr. Coordenador ARPA Mosaico de unidades de conservação do Corredor Serra do Mar. Heloisa Dias. Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlantica Mosaicos de áreas protegidas. O desafio da gestão integrada de terras indígenas e unidades de conservação. Iara Vasco. FUNAI O desafio da gestão integrada de terras indígenas e unidades de conservação. Dan Pasca. Consultor da GTZ na FUNAI Definições conceituais de mosaicos, corredores e reservas da biosfera. María Olatz Cases. Consultora da GTZ Mosaico do baixo rio Negro. Thiago Mota Cardoso do Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPÊ. Bloco de conservação Juruena/Apuí. Marcos Roberto Pinheiro. WWF-Brasil Implementação de Programas em Mosaico: experiências para o primeiro ano do monitoramento de quelônios em UCs do Médio Juruá. Carlos Eduardo Marinelli. ProBuc/CEUC/SDS. Plano de Proteção do Médio Rio Juruá. Guillermo Estupiñan. Ceuc/SDS. A Gestão de Mosaicos de Áreas Protegidas no Amazonas. Uma visão institucional. Rita Mesquita. Coordenadora CEUC/SDS
  • 7. Grupos de Trabalho Foram formados seis grupos: 1. Mosaico do baixo Rio Negro; 2. Mosaico do Sul do Amazonas com Mato Grosso e Rondônia; 3. Mosaico do Purus; 4. Mosaico do Solimões; 5. Mosaico das Nascentes de Rondônia 6. linhas gerais do processo de formação de mosaicos no Estado do Amazonas e possíveis diretrizes.
  • 8. Perguntas Orientadoras Quais as áreas protegidas desse mosaico, sua situação em relação com os planos de manejo, conselhos das unidades de conservação e instituições envolvidas? Identificar três fortalezas do mosaico e três fragilidades do mosaico (três pontos positivos e três pontos fracos); Qual o processo para o reconhecimento do mosaico e os requisitos necessários? Quais os requisitos para apropriação institucional da proposta desse mosaico?
  • 9. Alguns resultados – diagnostico rápido Diagnóstico Baixo Amazônia Nascente Rio Rio Baixo TOTAL dos Mosaicos Rio Negro Meridional Rondônia Juruá Solimões Rio Purus Número de áreas 11 24 16 3 10 6 70 protegidas Área do Mosaico 8.500.000 8.991.702 4.701.217 2.417.476 2.277.859 1.617.858 28.506.1 (hectares) 12 UC Federal 3 4 5 1 3 1 17 UC Estadual 6 14 5 1 1 1 28 UC Municipal 1 1 TI 1 6 6 1 6 4 24 UC Proteção Integral 4 9 5 1 1 1 21 UC Uso Sustentável 6 9 5 1 3 1 25 Planos de Manejo 3 1 1 0 1 1 7 Conselhos de UC 3 0 1 2 2 0 8 UC apoio Arpa 4 8 4 1 2 1 20 UC apoio Corredores 6 0 0 1 4 1 12
  • 10. Alguns resultados – diagnostico rápido Entidades Envolvidas na Baixo Amazônia Baixo Rio Rio Nascente Implementação dos Mosaicos Rio Negro Meridional Rio Purus Juruá Solimões Rondônia Entidade Federal 9 4 5 5 1 2 Entidade Estadual 6 3 1 1 1 1 Entidade Municipal 3 3 3 Iniciativa Privada 1 Entidade não governamental 15 3 4 4 2 9 TOTAL 34 10 12 12 4 12
  • 11. Vantagens... ações conjuntas gestão integrada otimização de recursos integração de infra-estrutura ... e Desvantagens dificuldades de relacionamento sobrecarga de ações poucos recursos financeiros
  • 12. Requisitos para formação de um mosaico de áreas protegidas 1. Interesse em compor o mosaico: Disposição institucional; Querer fazer parte do mosaico; Comprometimento com a conservação das áreas; Predisposição para atuar de forma integrada; Conversas e entendimentos entre os interessados para criação do mosaico; Disposição institucional; Disposição de trabalharem juntos.
  • 13. Requisitos para formação de um mosaico de áreas protegidas 2. Equipe local atuante: Comunicação entre os técnicos; Equipe técnica e ou representação das áreas protegidas; Responsável local.
  • 14. Requisitos para formação de um mosaico de áreas protegidas 3. Processos de implementação de unidade existente: Conselho constituído em cada unidade de conservação participante do mosaico; Entendimento prévio dos conselhos das unidades de conservação e dos povos indígenas na atuação em mosaico.
  • 15. Requisitos para formação de um mosaico de áreas protegidas 4. Identidade regional: Identidades sociais, econômicas, culturais ou biológicas; Estar sob influência do rio Purus; Identificação de afinidades - alvo de conservação, acessos, problemas; Necessidade de manter a identidade regional (Se perder isso, é porque foi longe demais!)
  • 16. Requisitos para formação de um mosaico de áreas protegidas 5. Insumos existentes: Infra-estrutura mínima para funcionamento; Logística favorável; Recursos financeiros; Recursos humanos.
  • 17. Requisitos para formação de um mosaico de áreas protegidas 6. Formato de corredor ecológico: Continuidade e conectividade das áreas; Mosaicos definidos como prioritário pelo órgão central; Objetivos da conservação biológico e social; Restauração de áreas degradadas.
  • 18. Requisitos para formação de um mosaico de áreas protegidas 7. Processos governamentais e de cooperação técnica: Reconhecimento legal do mosaico; Cooperação técnica formal entre as partes.
  • 19. Processo necessário para reconhecimento de um mosaico de áreas protegidas Definição da proposta de mosaico Mobilização Formalização do grupo de trabalho Oficina de construção de propostas Preparação do documento Apresentação da proposta para o reconhecimento
  • 20. Mecanismos para apropriação institucional dos mosaicos no longo prazo a) Debater o conceito e estimular planejamento compartilhado: Oficinas, seminários, reuniões e divulgação (instituições e comunidades); Realização de um plano de ação que estabeleça as atribuições; Elaboração de planos de trabalhos conjuntos; Projetos para o mosaico. b) Implementar os processos formais: Recebimento dos termos de adesão das entidades envolvidas e solicitação do reconhecimento pelo MMA; Reconhecimento legal dos procedimentos de criação e implementação dos mosaicos e conselhos de mosaicos; Protocolos e caminhos processuais estabelecidos; Carta de participação no mosaico ou termo de compromisso. c) Estabelecer a gestão integrada: Formalização do conselho do mosaico; Controle pela sociedade civil; Reconhecimento nos planos de manejo ou gestão (considerando que os mesmos são aprovados pelo órgão gestor e pelo conselho deliberativo); Boa comunicação entre o conselho do mosaico e do conselho de cada UC. d) Captar recursos para estimular ações compartilhadas e gestão integrada: Planos Operativos Anuais (POA) específicos ou linhas orçamentárias para os mosaicos; Plano de trabalho de cada unidade de conservação que contempla recursos e atividades do mosaico; Captação de recursos em nome do mosaico.
  • 21. Subsídios para formação do conselho gestor do mosaico a) Representatividade b) Competência c) Atribuições do conselho
  • 22. Subsídios para construção de atividades no âmbito do mosaico a) Articulação institucional: Fortalecimento dos grupos de trabalho responsáveis pela construção da proposta para reconhecimento de mosaicos, como os respectivos conselhos gestores; Captação de recursos; Influência às políticas públicas; Resolução de conflitos de interesse do mosaico; Integração da elaboração dos planos de manejo das unidades do mosaico, focando os programas de manejo e o zoneamento da unidade; Atividades que estejam descritas nos planos de manejo e de gestão das várias áreas protegidas, membros do mosaico, desde que não firam a autonomia de área protegida; Capacitações; Elaboração de identidade visual; Elaboração de material educativo e de divulgação; Reuniões de conselho conjuntas.
  • 23. Subsídios para construção de atividades no âmbito do mosaico b) Participação comunitária Fomento à produção, manejo e geração de renda; Manejo de recursos pesqueiros; Ordenamento de projetos de produção comunitária; Ações educativas, socioeconômicas, geração de renda, regularização fundiária...
  • 24. Subsídios para construção de atividades no âmbito do mosaico c) Pesquisa: Planejamento de pesquisa e produção de conhecimento (banco de dados, integração de pesquisadores, pesquisa voltada para gestão e manejo); Monitoramento da biodiversidade; Estudos e pesquisas integrados.
  • 25. Subsídios para construção de atividades no âmbito do mosaico d) Proteção: Plano de fiscalização integrado (oficina, integração institucional com os tomadores de decisão); Fiscalização integrada; Vigilância comunitária.
  • 26. Experiências em andamento na Amazônia Mosaico da Amazônia Meridional Mosaico do baixo rio Negro Gestão Integrada Cuniã-Jacundá Corredor Central da Amazônia
  • 27.
  • 28. OBRIGADA !!! Márcia Lederman marcialederman@yahoo.com.br