SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 11
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 21
Adaptações agudas e crônicas
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico
no sistema cardiovascular
Patricia Chakur BRUM*
Cláudia Lúcia de Moraes FORJAZ*
Taís TINUCCI*
Carlos Eduardo NEGRÃO*
* EscoladeEducação
Física e Esporte da
USP
Introdução
Os pesquisadores que hoje compõem os Labora-
tórios Fisiologia e Hemodinâmica da Atividade
Motora da Escola de Educação Física e Esporte da
Universidade de São Paulo têm como principal li-
nha de pesquisa, as adaptações agudas e crônicas do
exercício físico sobre o sistema cardiovascular. Os
estudos realizados nesta linha de pesquisa, hoje são
bastante abrangentes, e envolvem desde estudos clí-
nicos até estudos com experimentação animal, com
intuito de investigar os mecanismos pelo qual o exer-
cício físico agudo e crônico influenciam o sistema
cardiovascular de indivíduos controle e portadores
de diversas cardiopatias e distúrbios metabólicos.
Mais recentemente, também acrescentamos aos
nossos estudos uma abordagem genética e molecular
onde investigamos a influência de polimorfismos
genéticos dos receptores a e b- adrenérgicos sobre a
resposta cardiovascular durante o exercício em
cardiopatas e obesos. Além disso, temos utilizado
animais geneticamente modificados para o estu-
do de mecanismos celulares envolvidos nas adap-
tações cardiovasculares ao treinamento físico na
insuficiência cardíaca.
No presente artigo faremos uma exposição re-
trospectiva dos principais estudos realizados na
linha de pesquisa “Adaptações agudas e crônicas
do exercício físico sobre o sistema cardiovascular”
nos últimos 10 anos.
Efeitos agudos do exercício físico sobre a
função cardiovascular
O exercício físico caracteriza-se por uma situação
que retira o organismo de sua homeostase, pois impli-
ca no aumento instantâneo da demanda energética da
musculatura exercitada e, conseqüentemente, do or-
ganismo como um todo. Assim, para suprir a nova
demandametabólica,váriasadaptaçõesfisiológicassão
necessárias e, dentre elas, as referentes à função
cardiovascular durante o exercício físico.
Na TABELA 1 observa-se um sumário das
principaisrespostascardiovascularesaoexercíciofísico
agudo. No entanto, o tipo e a magnitude da resposta
cardiovascular dependem das características do
exercício executado, ou seja, o tipo, a intensidade, a
duração e a massa muscular envolvida.
Em relação ao tipo de exercício, podemos carac-
terizar dois tipos principais: exercícios dinâmicos
ou isotônicos (há contração muscular, seguida de
movimento articular) e estáticos ou isométricos (há
contração muscular, sem movimento articular), sen-
do que cada um desses exercícios implica em res-
postas cardiovasculares distintas (FORJAZ &TINUCCI,
2000). Nos exercícios estáticos observa-se aumento
da freqüência cardíaca, com manutenção ou até re-
dução do volume sistólico e pequeno acréscimo do
débito cardíaco. Em compensação, observa-se au-
mento da resistência vascular periférica, que resulta
na elevação exacerbada da pressão arterial. Esses efei-
tos ocorrem porque a contração muscular mantida
durante a contração isométrica promove obstrução
mecânica do fluxo sangüíneo muscular, o que faz
com que os metabólitos produzidos durante a con-
tração se acumulem, ativando quimiorreceptores
musculares, que promovem aumento expressivo da
atividade nervosa simpática. É interessante observar
22 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
BRUM, P.C. et al.
que a magnitude das respostas cardiovasculares du-
rante o exercício estático é dependente da intensi-
dade do exercício, de sua duração e a da massa
muscular exercitada, sendo maior quanto maiores
forem esses fatores (FORJAZ & TINUCCI, 2000). Por
outro lado, nos exercícios dinâmicos, como as con-
trações são seguidas de movimentos articulares, não
existe obstrução mecânica do fluxo sangüíneo, de
modo que, nesse tipo de exercício, também se ob-
serva aumento da atividade nervosa simpática, que
é desencadeado pela ativação do comando central,
mecanorreceptores musculares e, dependendo da
intensidade do exercício, metaborreceptores mus-
culares (FORJAZ & TINUCCI, 2000). Em resposta ao
aumento da atividade simpática, observa-se aumento
da freqüência cardíaca, do volume sistólico e do
débito cardíaco. Além disso, a produção de
metabólitos musculares promove vasodilatação na
musculatura ativa, gerando redução da resistência
vascular periférica. Dessa forma, durante os exercí-
cios dinâmicos observa-se aumento da pressão arte-
rial sistólica e manutenção ou redução da diastólica
(FORJAZ, MATSUDAIRA, RODRIGUES, NUNES &
NEGRÃO, 1998a). Essas respostas são tanto maiores
quanto maior for a intensidade do exercício, mas não
se alteram com a duração do exercício, caso ele seja
realizado numa intensidade inferior ao limiar
anaeróbio. Além disso, quanto maior a massa muscu-
lar exercitada de forma dinâmica, maior é o aumento
da freqüência cardíaca, mas menor é o aumento da
pressão arterial (FORJAZ & TINUCCI, 2000).
Embora as respostas cardiovasculares aos exercícios
dinâmicos e estáticos sejam bem características, na
prática diária, os exercícios executados apresentam
componentes dinâmicos e estáticos, de modo que a
resposta cardiovascular a esses exercícios depende da
contribuição de cada um desses componentes. Nesse
sentido, os exercícios resistidos ou exercícios de
musculação (exercícios localizados contra resistên-
cias) possuem papel de destaque, pois quando exe-
cutados em altas intensidades, apesar de serem feitos
de forma dinâmica apresentam componente
isométrico bastante elevado (FORJAZ, REZK, MELO,
SANTOS, TEIXEIRA, NERY & TINUCCI, 2003), fazen-
do com que a resposta cardiovascular durante sua
execução assemelhe-se àquela observada com exer-
cícios estáticos, ou seja, aumento da freqüência car-
díaca e, principalmente, aumento exacerbado da
pressão arterial, que se amplia à medida que o exer-
cício vai sendo repetido (FORJAZ et al., 2003). De
fato, em nosso laboratório, elevações pressóricas na
ordemde60/50mmHgparaapressãoarterialsistólica/
diastólica tem sido observadas com a medida intra-
arterialdapressãoarterialemindivíduosnormotensos,
que realizam uma série de movimentos de extensão de
pernas na mesa romana com carga correspondente a
80% da carga voluntária máxima até a exaustão, o
que corresponde em média entre seis a 12 repetições
(dados não publicados).
Além das alterações cardiovasculares observa-
das durante a execução do exercício físico, algu-
mas modificações ocorrem após a finalização do
exercício. Dentre elas, uma que tem atraído muito
a atenção é o fenômeno da “Hipotensão Pós-
Exercício”, que tem sido alvo de várias pesquisas
do Laboratório de Hemodinâmica da Atividade
TABELA 1 - Efeitos agudos do exercício físico sobre a função cardiovascular.
EXERCÍCIO FC VS DC RVP PA MECANISMO
DINÂMICO ⇑ ⇑ ⇑ ⇓
⇑ PAS
⇒ / ⇓
PAD
Mecanorreceptores
musculares e
comando central
⇑ atividade simpática
ESTÁTICO ⇑ ⇒ / ⇓ ⇑
⇑/⇒
⇑
Ativação dos
quimiorreceptores
⇑ atividade simpática
RESISTIDO ⇑ ⇓ ⇓ ⇒ ⇑ ?
FC, freqüência cardía-
ca; VS,volumesistólico;
DC, débito cardíaco;
RVP,resistênciavascular
periférica; PA, pressão
arterial;PAS,pressãoar-
terialsistólica;PAD,pres-
são arterial diastólica.
Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 23
Adaptações agudas e crônicas
Motora desta Escola (FORJAZ, REZK, SANTAELLA,
MARANHÃO, SOUZA, NUNES, NERY, BISQUOLO,
RONDON, MION JUNIOR & NEGRÃO, 2000a).
A hipotensão pós-exercício caracteriza-se pela
redução da pressão arterial durante o período de
recuperação, fazendo com que os valores pressóricos
observados pós-exercícios permaneçam inferiores
àqueles medidos antes do exercício ou mesmo aque-
les medidos em um dia controle, sem a execução de
exercícios. Para que a hipotensão pós-exercício te-
nha importância clínica é necessário que ela tenha
magnitude importante e perdure na maior parte das
24 horas subseqüentes à finalização do exercício. Em
nossos estudos com indivíduos normotensos (FORJAZ
et al. 1998a; FORJAZ, CARDOSO JUNIOR, REZK,
SANTAELLA & TINUCCI, no prelo; FORJAZ, RAMIRES,
TINUCCI, ORTEGA, SALOMÃO, IGNÊS, WAJCHENBERG,
NEGRÃO & MION JUNIOR, 1999; FORJAZ, SANTAELLA,
REZENDE, BARRETTO & NEGRÃO, 1998b; SANTAELLA,
2003) temos observado que a execução de uma única
sessão de 45 minutos de exercício em cicloergômetro
em 50% do VO2
pico reduz a pressão arterial
sistólica/diastólica em torno de -7/-4 mmHg. Além
disso, nessa população, essa redução perdura por
um período prolongado pós-exercício, visto que a
média da pressão arterial nas 24 horas pós-exercício
estava diminuída (FORJAZ, TINUCCI, ORTEGA,
SANTAELLA, MION JUNIOR & NEGRÃO, 2000b). En-
tretanto, na população normotensa idosa (RONDON,
ALVES, BRAGA, TEIXEIRA, BARRETTO, KRIEGER &
NEGRÃO, 2002), observamos que uma sessão de exer-
cício similar não promove redução da pressão arte-
rial após sua execução. Por outro lado, em
hipertensos, tanto jovens (SANTAELLA, 2003) quan-
to idosos (RONDON et al., 2002), a queda pressórica
é mais evidente que em normotensos.
Um aspecto importante diz respeito às caracte-
rísticas do exercício (tipo, intensidade e duração)
que promovem maior queda pressórica após sua
execução (FORJAZ et al., 2000a). Em relação ao tipo,
a hipotensão pós-exercício está bastante demons-
trada em resposta aos exercícios aeróbios (dinâmi-
cos, cíclicos, com intensidade leve a moderada e
longa duração) (FORJAZ et al., 2000a), porém, tem
crescido o interesse sobre o efeito do exercício re-
sistido sobre a pressão arterial pós-exercício. Nesse
sentido, num estudo recente (REZK, 2004), demons-
tramos em indivíduos normotensos que após os
exercícios localizados, tanto de baixa (40% da car-
ga voluntária máximo - CVM) quanto de alta (80%
da CVM) intensidade ocorre redução da pressão
arterial sistólica, porém apenas o exercício de baixa
intensidade reduz a pressão diastólica. De forma
semelhante, em mulheres hipertensas, o exercício
resistido de baixa intensidade também reduz a pres-
são arterial por até duas horas após sua finalização
(dados não publicados). Nesses estudos, a queda
pressórica obtida após o exercício resistido é seme-
lhante à observada com o exercício aeróbio, porém
sua duração por períodos prolongados ainda preci-
sa ser mais bem investigada.
Em relação ao exercício aeróbio, a influência da
duração desse exercício está bem demonstrada,
apontando para o fato de que exercícios mais pro-
longados possuem efeitos hipotensores maiores e
mais duradouros (FORJAZ et al., 1998b), porém o
efeito da intensidade do exercício ainda é contro-
verso. Em um de nossos estudos (FORJAZ et al.,
1998a) verificamos que, em indivíduos normotensos
jovens, os exercícios de diferentes intensidades (30,
50 e 80% da VO2
pico) promoviam reduções
pressóricas pós-exercício semelhantes, enquanto que
num segundo estudo (FORJAZ et al., no prelo), ob-
servamos que o exercício mais intenso (75% do
VO2
pico) promovia maior redução pressórica. Na
realidade, a execução de outras medidas conjuntas
à medida da pressão arterial pode ser responsável
pela diferença de respostas observada entre os estu-
dos, ou seja, o exercício mais intenso promove uma
maior redução da resposta de alerta às medidas
hemodinâmicas, fazendo com que quando essa
medida for feita junto com a medida de PA, o efei-
to hipotensor dessa execução seja evidente.
Um outro fator relevante quando se aborda a
hipotensão pós-exercício é o mecanismo responsá-
vel pela redução pressórica. Entretanto, esses me-
canismos parecem diferir de acordo com o tipo de
exercício empregado e a população estudada. As-
sim, em indivíduos hipertensos idosos (RONDON et
al., 2002), verificamos que a queda pressórica pós-
exercício aeróbio se deve à redução do débito car-
díaco, em função da diminuição do volume
sistólico. Por outro lado, em jovens normotensos
(FORJAZ et al., no prelo), o mecanismo responsável
pela redução da pressão arterial parece diferir entre
os indivíduos, de modo que alguns respondem em
função da redução do débito cardíaco e outros, em
função da redução da resistência vascular periféri-
ca. Independentemente do mecanismo
hemodinâmico sistêmico, a resistência vascular
muscular está reduzida após o exercício, o que se
deve à vasodilatação muscular mantida após o exer-
cício (FORJAZ et al., 1999). Um dos mecanismos
responsáveis por essa vasodilatação é a redução da
24 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
BRUM, P.C. et al.
atividade nervosa simpática, que pode ser medida
de forma direta pela técnica da microneurografia
(FORJAZ et al., 1999). É interessante observar que,
em todos os nossos estudos (FORJAZ et al., 1998a,
1998b, 1999, no prelo; SANTAELLA, 2003; RONDON
et al., 2002), a freqüência cardíaca permaneceu ele-
vada após o exercício, sugerindo um aumento da
atividade nervosa simpática cardíaca e, demonstran-
do, que a regulação simpática para o coração e a
circulação periférica podem sofrer adaptações dife-
rentes após o exercício. Vale a pena ressaltar que
além dos mecanismos hemodinâmicos envolvidos
na hipotensão pós-exercício, em trabalhos realiza-
dos com ratos espontaneamente hipertensos (SILVA,
BRUM, NEGRÃO & KRIEGER, 1997). Demonstramos
um aumento na sensibilidade barorreflexa até 60
minutos após a execução de exercício realizado em
50% do VO2
pico durante 30 minutos. Esses dados
sugerem que alterações reflexas no controle da pres-
são arterial também podem influenciar na resposta
observada na fase de recuperação.
Em relação aos exercícios resistidos, verificamos
(REZK, 2004) que a queda da pressão arterial pós-
exercício em indivíduos normotensos se deve à re-
dução do débito cardíaco por diminuição do volume
sistólico, sendo que essa queda não é compensada
pelo aumento da resistência vascular periférica. Esse
Efeito crônico do exercício físico aeróbio
sobre a pressão arterial
Osefeitosdotreinamentofísicosobreoníveltensional
emrepousodeindivíduosnormotensosehipertensostem
sido objeto de vários estudos. Há um consenso na litera-
tura de que o treinamento físico leva à diminuição da
pressãoarterialderepouso(SOCIEDADE BRASILEIRA DE HI-
PERTENSÃO. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SO-
CIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2002). No entanto,
esseefeitoémaispronunciadoemindivíduoshipertensos,
uma vez que a maioria dos estudos realizados em
normotensosnãomostroumodificaçãoda pressão arte-
rial (SILVA et al., 1997) ou, então, reduções de pequena
magnitude,tantonapressãoarterialdeconsultóriocomo
na monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24
horas (VAN HOOF, HESPEL, FAGARD, LIJNEN, STAESSEN &
AMERY, 1989). Portanto, a seguir, discorreremos sobre os
efeitos do treinamento físico na hipertensão arterial com
enfoque nos trabalhos realizados pelos grupos de Fisiolo-
gia da Atividade Motora da Escola de Educação Física e
EsportedaUniversidadedeSãoPauloepelaUnidadede
Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício e
Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração da Fa-
culdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Nossa contribuição iniciou-se na década de 90
quando observamos que a eficácia do treinamento
físico em reduzir a pressão arterial era dependente da
intensidade de exercício realizado nas sessões de
treinamento (VÉRAS-SILVA, MATTOS, GAVA, BRUM,
NEGRÃO & KRIEGER, 1997). Somente o treinamento
físico realizado em intensidade leve a moderada,
correspondente a 55% do VO2
de pico, atenuou a
hipertensão arterial de ratos com hipertensão severa
quando comparados a ratos sedentários e treinados
em85%doVO2
depico(FIGURA1).Omecanismo
hemodinâmicoenvolvidonaatenuaçãodahipertensão
nesses animais foi a redução do débito cardíaco
associada a bradicardia de repouso (VÉRAS-SILVA et al.,
1997) e redução do tônus simpático cardíaco (GAVA,
VÉRAS-SILVA, NEGRÃO & KRIEGER, 1995).
mecanismo parece ser o mesmo nos exercícios de
baixa e alta intensidade. Porém quando se conside-
ra período mais longo após o exercícios de alta in-
tensidade, a resistência vascular periférica no início
da recuperação, compensa parcialmente a redução
do débito cardíaco, impedindo a redução da pres-
são arterial diastólica, mas não a redução da pressão
arterial sistólica. Em indivíduos hipertensos, esses
mecanismos ainda não foram investigados.
Um outro aspecto importante é que, além do exercí-
cio,outrascondutascomumenteutilizadasemsessõesde
condicionamento físico, como o relaxamento também
possuemefeitohipotensorapóssuarealização(SANTAELLA,
2003).Alémdisso,quandoorelaxamentoéassociadoao
exercícioaeróbio,aquedapressóricaobtidaéaindamaior
e mais duradoura, sugerindo que a prática conjunta des-
sas intervenções deva ser aplicada.
Diante do exposto, observa-se que mesmo aguda-
mente, o exercício físico tem um papel hipotensor de
relevância clínica, principalmente para indivíduos
hipertensos, o que sugere que o exercício deve ser in-
dicadonotratamentonão-farmacológicodahiperten-
são arterial. Entretanto, apesar dos grandes avanços
no estudo dos efeitos agudos do exercício várias lacu-
nasaindaexistemeprecisamserpreenchidas.Estetem
sido o estímulo para os novos projetos e pesquisa dos
laboratórios desta Escola.
Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 25
Adaptações agudas e crônicas
Entretanto, um aspecto importante quando se es-
tuda a hipertensão são as alterações fisiopatológicas
queaacompanham.Nestesentido,umadasdisfunções
neurovegetativas associadas à hipertensão arterial é a
diminuição da sensibilidade dos reflexos
cardiovasculares, tais como, o reflexo pressorreceptor
e cardiopulmonar, que são importantes para a
regulação momento-a-momento da pressão arterial
(KRIEGER, 1989). De fato a disfunção do reflexo
pressorreceptor está associada a um alto índice de
mortalidade por doenças cardiovasculares, especial-
mentenainsuficiênciacardíaca(MORTARA,LA ROVERE,
PINNA, PRPA, MAESTRI, FEBO, POZZOLI, OPASICH &
TAVAZZI, 1997; OSTERZIEL, HANLEIN, WILLENBROCK,
EICHHORN,LUFT &DIETZ,1995)representando,por-
tanto, um tema de grande relevância clínica. Uma das
importantes contribuições do nosso grupo neste tema
foi o estudo do efeito do treinamento físico sobre a
sensibilidade dos reflexos pressorreceptor e
cardiopulmonar em ratos espontaneamente
hipertensos. Nesse aspecto, observamos que o treina-
mento físico restaura a sensibilidade do reflexo
pressorreceptor e cardiopulmonar (SILVA et al., 1997),
alémdeaumentaraatividadeaferentepressorreceptora
a variações na pressão arterial (BRUM, SILVA, MOREIRA,
IDA, NEGRÃO & KRIEGER, 2000).
Maisrecentementecomprovamosemsereshumanos,
osresultadosobtidosemanimaisdelaboratório.Verifica-
mosreduçãodaPAclínicaemindivíduoshipertensossus-
tentadosehipertensosdoaventalbranco,apósumperíodo
dequatromesesdeexercíciofísicoaeróbiodebaixainten-
sidade (SOUZA, 2003). Portanto, a prática regular e ade-
quada de exercício físico deve ser recomendado para a
prevençãoeotratamentodahipertensãoarterial.Porfim,
o treinamento físico pode se associar ao tratamento
farmacológicominimizandoseusefeitosadversoseredu-
zindo o custo do tratamento para o paciente e para as
instituições de saúde (RONDON & BRUM, 2003).
100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
200
210
220
PAM PAS PAD
mmHg
SED
TA
TB
*
*
*
*
* p<0,05
Efeito do treinamento físico de baixa (TB) e alta (TA) intensidades sobre a pressão arterial de ratos
espontaneamente hipertensos.
PAM,pressãoarterialme-
dia; PAS, pressão arterial
sistólica;PAD,pressãoar-
terialdiastólica;SED,ratos
sedentários.Osdadoses-
tão representados na for-
ma de media ± erro pa-
drãodamédia.(Adaptado
deVERAS-SILVAetal.,1997).
*-diferençasignificantevs.
SEDeTA,respectivamen-
te (p>0,05).
Efeito crônico do exercício físico sobre a freqüência cardíaca
Estudos epidemiológicos demonstram uma re-
lação inversa entre a capacidade funcional,
morbidade e mortalidade cardiovasculares (LEE,
HSIEH & PAFFENBARGER, 1993). No tocante à fre-
qüência cardíaca, vários estudos têm demons-
trado uma relação direta entre a freqüência
cardíaca de repouso ou submáxima e risco de
desenvolvimento de doenças cardiovasculares,
ou seja, indíviduos com menor freqüência car-
díaca em repouso ou menor taquicardia du-
rante o exercício físico submáximo apresentam
menor probabilidade de desenvolverem
cardiopatias (SECCARECIA & MENOTTI, 1992).
Dessa forma, um dos objetos de estudo do nosso
grupo foi verificar os efeitos do treinamento físico
sobre a resposta da freqüência cardíaca de repouso e
durante o exercício físico, assim como, os
mecanismos neurais envolvidos nessas respostas. Em
1992, NEGRÃO, MOREIRA, SANTOS, FARAH e KRIEGER
demonstraram que o treinamento físico aeróbio
resultava em bradicardia de repouso e que o
mecanismo associado a essa resposta era uma
FIGURA 2 -
26 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
BRUM, P.C. et al.
Insuficiência cardíaca e exercício físico
A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica
caracterizada por anormalidades da função do
ventrículo esquerdo e regulação neuro-hormonal,
que resulta em intolerância aos esforços, retenção
de fluído e redução da longevidade (PACKER, 1997).
Representa um importante problema de saúde pú-
blica, considerando-se sua morbi-mortalidade e
prevalências crescentes.
Nos últimos anos, o nosso grupo tem se dedicado
bastante ao estudo do paciente com insuficiência
cardíaca e às possíveis condutas que possam melhorar
o estado clínico e mesmo o prognóstico de vida desses
pacientes. Neste sentido, observamos que a atividade
nervosasimpáticaéumavariávelfidedignaparaavaliar
a gravidade da doença (NEGRÃO, RONDON, TINUCCI,
ALVES, ROVEDA, BRAGA, REIS, NASTARI, BARRETTO,
KRIEGER & MIDDLEKAUFF, 2001a), uma vez que ela
aumenta progressivamente do indivíduo saudável
para o paciente com insuficiência cardíaca leve,
moderada e severa (FIGURA 2). Resultados
semelhantes foram verificados em relação ao fluxo
sangüíneo muscular, isto é, quanto menor o fluxo
sangüíneo muscular pior o estado clínico do paciente
com insuficiência cardíaca (NEGRÃO et al., 2001a).
Outroaspecto,tambémfoidescritopelonossogrupo,
équepacientescominsuficiênciacardíacaapresentam
atividade nervosa simpática muscular e fluxos
sangüíneos muscular basais diminuídos durante o
exercício físico e o estresse mental (MIDDLEKAUFF,
NGUYEN, NEGRÃO, NITZSCHE, HOH & NATTERSON,
1997; NEGRÃO et al., 2001a), evidenciando o estado
vasoconstritor decorrente da insuficiência cardíaca.
Dentro dessa proposta de estudar a insuficiência
cardíaca, temos verificado que o exercício físico re-
presenta, hoje, uma alternativa extremamente im-
portante no tratamento desses pacientes. Nesse
sentido, constatamos que quatro meses de um
programa de treinamento físico aeróbio, com in-
tensidade entre o limiar anaeróbio até 10% abai-
xo do ponto de compensação respiratória melhora
significativamente a capacidade física desses pa-
cientes com complicações cardíacas (ROVEDA,
MIDDLEKAUFF, RONDON, REIS, SOUZA, NASTARI,
BARRETO, KRIEGER & NEGRÃO, 2003). Mais im-
portante ainda foi o fato de verificarmos que a
atividade nervosa simpática muscular é muito re-
duzida após esse programa de exercícios físicos.
Sendo essa redução tão expressiva, que chegou a
normalizar a atividade nervosa simpática mus-
cular (ROVEDA et al., 2003). Outro resultado
marcante foi que o fluxo sangüíneo muscular au-
mentou proporcionalmente à redução da ativi-
dade nervosa simpática muscular (ROVEDA et al.,
2003). Destes resultados, três aspectos muito
importantes emergem. Primeiro, o treinamento
físico melhora a qualidade de vida do paciente com
diminuição na freqüência cardíaca intrínseca. Mais
recentemente, observamos que os mecanismos
envolvidos na bradicardia de repouso pós-
treinamento físico sofrem influência da modalidade
do treino, visto que em ratos submetidos ao
treinamento físico de baixa intensidade com natação,
a bradicardia está associada ao aumento ao tônus
vagal cardíaco (MEDEIROS, OLIVEIRA, GIANOLLA,
CASARINI, NEGRÃO & BRUM, no prelo).
Alémdesofrerinfluênciadamodalidadedetreinamen-
to,omecanismoenvolvidonabradicardiaderepousotam-
bémsemodificanoprocessodedoençascardiovasculares,
como, a hipertensão arterial. Assim, em ratos esponta-
neamentehipertensos,observamosquebradicardiade
repouso pós-treinamento está associada à diminuição
do tônus simpático cardíaco (GAVA et al., 1995). Essa
resposta foi, na época, surpreendente uma vez que a
hiperatividade simpática observada nos ratos
hipertensos foi normalizada pelo treinamento físico.
Dentre as adaptações da freqüência cardíaca
ao treinamento físico também está a menor res-
posta taquicardica durante a execução de exercí-
cios físicos em mesma intensidade absoluta. Nesse
sentido, observamos menor resposta taquicárdica
ao exercício progressivo em ratos normotensos
treinados quando comparados aos sedentários
(NEGRÃO, MOREIRA, BRUM, DENADAI & KRIEGER,
1992a). Em relação ao balanço autonômico du-
rante esse exercício incremental, observamos uma
progressiva retirada vagal seguida por uma in-
tensificação simpática. Ao estudarmos os meca-
nismos envolvidos na menor resposta
taquicardica ao exercício físico, observamos uma
modificação no balanço autonômico cardíaco
pós-treinamento. Dessa forma ratos treinados
apresentaram menor taquicardia associada a uma
menor retirada vagal e menor intensificação sim-
pática quando comparados aos ratos controles.
Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 27
Adaptações agudas e crônicas
insuficiência cardíaca. Segundo, o treinamento
físico pode corrigir a disfunção neurovascular na
insuficiência cardíaca. E, terceiro, concluindo-
se que a atividade nervosa simpática muscular
está diretamente relacionada ao prognóstico de
vida do paciente com insuficiência cardíaca e
o treinamento físico provavelmente melhora
o prognóstico de vida desses pacientes, embo-
ra esse ponto ainda necessite de comprovação
científica mais específica.
Atividade nervosa simpática muscular medida através da impactação de um eletrodo no nervo
fibular em indivíduos controle e portadores de insuficiência cardíaca leve (ICC leve) e grave (ICC
grave), respectivamente.
2s
Controle
H- 52anos
ICC leve
H- 55 anos
ICC grave
M- 50 anos
27 impulsos/min
41 impulsos/min
51 impulsos/min
Cabe ainda colocar em perspectiva que a diminuição
da atividade nervosa simpática muscular e a melhora do
fluxo sangüíneo muscular podem ainda provocar dimi-
nuição nas espécies reativas de oxigênio e, conseqüente-
mente, diminuição nos níveis de citoquinas, explicando,
portanto, os achados de outros autores (GIELEN, ADAMS,
MOBIUS-WINKLER, LINKE, ERBS & YU, 2003) de que o
exercício físico regular diminui a expressão deTNF-alfa,
IL-1-beta, IL-6 e iNOS na musculatura esquelética na
presença de insuficiência cardíaca. Em conjunto, o au-
mento na condutância vascular e a diminuição de
citoquinaspodemcontribuirdecisivamenteparaame-
lhora da capacidade oxidativa muscular e, em última
instância, da capacidade física de pacientes com insu-
ficiência cardíaca.
Maisrecentementeiniciamosalgunsestudosemum
modelo genético de cardiomiopatia induzida por
hiperatividade simpática (BRUM, KOSEK, PATTERSON,
BERNSTEIN & KOBILKA, 2002). Esse modelo consiste
em camundongos nocaute para os receptores a2A
/a2C
-
adrenérgicos, cuja principal característica é disfunção
ventricular associada a hiperatividade simpática, refle-
tindo um quadro semelhante à insuficiência cardíaca.
Após desenvolver um protocolo de treinamento físico
para esses camundongos (EVANGELISTA, BRUM &
KRIEGER, 2003), constatamos que o treinamento físi-
co atenuou a taquicardia e a intolerância aos esforços
característicos deste modelo de cardiomiopatia. Além
disso,otreinamentofísicorestaurouafunçãocontrátil
cardíaca, que se apresentava diminuída nos camun-
dongosnocauteparaosreceptoresa2A
/a2C
-adrenérgicos
(MEDEIROS et al., no prelo). Assim, com esse modelo
genético, iniciaremos, em um futuro próximo, o estu-
do dos efeitos dos mecanismos celulares associados à
disfunçãoventricularearestauraçãodessafunçãopelo
treinamento físico.
FIGURA 2 -
A quantificação da ati-
vidade nervosa simpá-
tica foi realizada atra-
vés de um integrador
de sinais biológicos
com posterior conta-
gem do número de
espícolas por unidade
de tempo. (Adaptado
de NEGRÃO et al., 2001).
28 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
BRUM, P.C. et al.
Obesidade e exercício físico
Um outro objeto de estudo de nossos laboratórios
é a avaliação do efeito do exercício na obesidade.
A obesidade pode ser visualizada como um dos
maiores problemas de saúde pública nos países in-
dustrializados. No Brasil, lamentavelmente, o nú-
mero de pessoas com sobrepeso ou obesas tem
crescido consideravelmente nos últimos anos. Co-
nhecimentos atuais explicam a prevalência da obe-
sidade como o resultado da interação de fatores
genéticos com fatores ambientais (KOPELMAN,
2000). Na tentativa de contribuir para o conheci-
mento da obesidade e para o tratamento de pessoas
obesas, nosso grupo tem estudado as alterações
cardiovasculares e seus mecanismos na obesidade
humana, bem como, os efeitos da dieta hipocalórica
e do exercício físico regular.
Assim, em relação à obesidade estudos recentes
do nosso grupo têm mostrado que a obesidade au-
menta os níveis de leptina plasmática e provoca re-
sistência à insulina (KUNIYOSHI, TROMBETTA,
BATALHA, RONDON, LATERZA, GOWDAK, BARRETTO,
HALPERN, VILLARES, LIMA & NEGRÃO, 2003). Além
disso, indivíduos obesos têm atividade nervosa sim-
pática muscular aumentada, fluxo sangüíneo mus-
cular diminuído e conseqüentemente pressão arterial
aumenta (RIBEIRO,TROMBETTA, BATALHA, RONDON,
FORJAZ, BARRETTO, VILLARES & NEGRÃO, 2001).
Baseados nestes conhecimentos, o nosso grupo
passou a investigar intervenções que possibilitasse a
reversão deste quadro de alterações metabólica,
neurovascular e hemodinâmico da obesidade. As-
sim, começamos a estudar o impacto da dieta
hipocalórica isolada e associada ao exercício físico
na obesidade humana. Os resultados desse estudo
mostraram-se extremamente interessantes, pois ve-
rificamos que, apesar de a dieta isoladamente pro-
vocar a mesma perda de peso corporal que a dieta
associada ao treinamento físico num período de
quatro meses, esta perda ocorria em função de mas-
sa gorda e massa magra (NEGRÃO, TROMBETTA, BA-
TALHA, RIBEIRO, RONDON, TINUCCI, FORJAZ,
BARRETTO, HALPERN & VILLARES, 2001b). Ao con-
trário, com o treinamento físico associado à dieta a
perda do peso se devia somente à perda de massa
gorda. Outro resultado de destaque foi o fato da
dieta associada ao exercício físico levar a uma me-
lhora muito mais expressiva na sensibilidade à insu-
lina do que a dieta isolada (NEGRÃO et al., 2001b).
Dando continuidade a esta linha de investiga-
ção, passamos a estudar os efeitos da dieta associada
ao exercício físico na atividade nervosa simpática
muscular, fluxo sangüíneo muscular e pressão arte-
rial, de indivíduos obesos. Nesta seqüência verifica-
mos, que a dieta isolada e a dieta mais o exercício
provocavam diminuição expressiva na atividade
nervosa simpática muscular e na pressão arterial
(TROMBETTA, BATALHA, RONDON, LATERZA,
KUNIYOSHI, BARRETTO, HALPERN, VILLARES &
NEGRÃO, 2003). Foi curioso, no entanto, verificar
que apenas a dieta associada ao treinamento físico
levava à melhora no fluxo sangüíneo muscular e na
resposta vasodilatadora muscular. Estes resultados
sugerem que a melhora no fluxo sangüíneo perifé-
rico não é explicada somente pela diminuição da
atividade nervosa simpática, já que dieta isolada e
dieta associada ao treinamento, provocaram dimi-
nuição semelhante na atividade nervosa simpática
(TROMBETTA et al., 2003). Como explicar este au-
mento no fluxo sangüíneo muscular, então? A res-
posta mais atualizada para esta indagação é que o
exercício físico aumenta a biodisponibilidade de
óxido nítrico e, com isto, o fluxo sangüíneo muscu-
lar, em indivíduos obesos.
Em conjunto, nossos resultados demonstram
que a perda de peso corporal leva à diminuição
dos níveis plasmáticos de leptina e insulina,
diminuição da atividade nervosa simpática e
queda na pressão arterial. Além disso, eles
sugerem que a dieta hipocalórica associada ao
treinamento físico deve ser a estratégia de escolha
para o tratamento não-farmacológico de
indivíduos obesos.
Considerações finais
No presente artigo apresentamos os
principais estudos conduzidos pelo nosso
grupo nos últimos 10 anos. Em relação aos
efeitos do exercício físico sobre a pressão
arterial, demonstramos através de trabalhos
clínicos, o efeito hipotensor do exercício agudo
principalmente em indivíduos hipertensos.
Esse efeito hipotensor apresenta relevância
Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 29
Adaptações agudas e crônicas
Referências
BRUM, P.C.; KOSEK, J.; PATTERSON, A.; BERNSTEIN, D.; KOBILKA, B. Abnormal cardiac function associated
with sympathetic nervous system hyperactivity in mice. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology,
Bethesda, v.283, p.H1838-45, 2002.
BRUM, P.C.; SILVA, G.J.J.; MOREIRA, E.D.; IDA, F.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Exercise training increases
baroreceptor gain-sensitivity in normal and hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.36, p.1018-22, 2000.
EVANGELISTA, F.S.; BRUM, P.C.; KRIEGER, J.E. Duration-controlled swimming exercise training induces cardiac
hypertrophy in mice. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, Ribeirão Preto, v.36, n.12, p.1751-9, 2003.
FORJAZ, C.L.M.; CARDOSO JUNIOR, C.G.; REZK, C.C.; SANTAELLA, D.F.; TINUCCI, T. Post-exercise
hypotension and hemodynamics: the role of exercise intensity. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, Turin,
2004. No prelo.
FORJAZ, C.L.M.; MATSUDAIRA, Y.; RODRIGUÊS, F.B.; NUNES, N.; NEGRÃO, C.E. Post-exercise changes in
blood pressure, heart rate and rate pressure product at different exercise intensities in normotensive humans. Brazilian
Journal Medicine Biological Research, Ribeirão Preto, v.31, n.10, p.1247-55, 1998a.
FORJAZ, C.L.M.; RAMIRES, P.R.; TINUCCI, T.; ORTEGA, K.C.; SALOMÃO, H.E.H.; IGNÊS, E.C.;
WAJCHENBERG, B.L.; NEGRÃO, C.E.; MION JUNIOR, D. Post-exercise responses of muscle sympathetic nerve
activity, and blood flow to hyperinsulinemia in humans. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.87, n.2, p.824-9,
1999.
FORJAZ, C.L.M.; REZK, C.C.; MELO, C.M.; SANTOS, D.A.; TEIXEIRA, L.; NERY, S.S.; TINUCCI, T. Exercício
resistido para o paciente hipertenso: indicação ou contra-indicação. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto,
v.10, n.2, p.119-24, 2003.
FORJAZ, C.L.M.; REZK, C.C.; SANTAELLA, D.F.; MARANHÃO, G.D.F.A.; SOUZA, M.O.; NUNES, N.; NERY, S.;
BISQUOLO, V.A.F.; RONDON, M.U.P.B.; MION JUNIOR, D.; NEGRÃO, C.E. Hipotensão pós-exercício: caracte-
rísticas, determinantes e mecanismos. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, São Paulo, v.10,
p.16-24, 2000a. Suplemento 3.
FORJAZ, C.L.M.; SANTAELLA, D.F.; REZENDE, L.O.; BARRETTO, A.C.P.; NEGRÃO, C.E. A duração do exercí-
cio determina a magnitude e a duração da hipotensão pós-exercício. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.70,
n.2, p.99-104, 1998b.
FORJAZ, C.L.M.; TINUCCI, T. A medida da pressão arterial no exercício. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão
Preto, v.7, n.1, p.79-87, 2000.
FORJAZ, C.L.M.;TINUCCI,T.; ORTEGA, K.C.; SANTAELLA, D.F.; MION JUNIOR, D.; NEGRÃO, C.E. Factors
affecting post-exercise hypotension in normotensive and hypertensive humans. Blood Pressure Monitoring, London, v.5,
n.5/6, p.255-62, 2000b.
GAVA, N.S.; VÉRAS-SILVA, A.S.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Low-intensity exercise training attenuates cardiac
beta-adrenergic tone during exercise in spontaneously hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.26, p.1129-33, 1995.
GIELEN, S.; ADAMS, V.; MOBIUS-WINKLER, S.; LINKE, A.; ERBS, S.; YU, J. Anti-inflamatory effects of exercise
training in the skeletal muscle of patients with chronic heart failure. Journal of American College of Cardiology, New
York, v.42, p.861-8, 2003.
clínica, sendo que demonstramos que o
treinamento físico foi eficaz em atenuar a
hipertensão arterial em hipertensos do avental
branco. Em paralelo, realizamos vários
trabalhos com experimentação animal que
foram conduzidos com o intuito de estudar
os mecanismos neurais e hemodinâmicos
envolvidos na atenuação da hipertensão. Nesse
sentido, os resultados obtidos contribuíram em
muito para essa área do conhecimento.
Em relação ao estudo dos efeitos do exercício na
insuficiência cardíaca e obesidade, os estudos clínicos
do nosso grupo tem contribuído, sobremaneira, para
osconhecimentossobreocontroleneurovascularnessas
doenças. Mais recentemente, abordagens genéticas e
molecularesparaoestudodosefeitosdoexercíciosobre
osistemacardiovasculartemabertonovasperspectivas
para o nosso grupo de pesquisa e sem dúvida
enriquecerão os conhecimentos na área de fisiologia
do exercício.
30 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
BRUM, P.C. et al.
KOPELMAN, P.G. Obesity as a medical problem. Nature, London, v.404, p.635-43, 2000.
KRIEGER, E.M. Arterial baroreceptor resetting in hypertension (the J. W. McCubbin memorial lecture). Clinical
Experimental Pharmacology and Physiology, Victoria, v.15, p.3-17, 1989. Supplement.,
KUNIYOSHI, F.H.S.; TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; LATERZA, M.C.; GOWDAK,
M.G.; BARRETTO, A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F.; LIMA, E.G.; NEGRÃO, C.E. Abnormal neurovascular
control during sympathoexcitation in obesity. Obesity Research, Silver Spring, v.11, p.1411-9, 2003.
LEE, I.M.; HSIEH, C.C.; PAFFENBARGER, R.S.J.R. Exercise intensity and longevity in men: the Harvard alumni
health study. Journal of American Medical Association, Chicago, v.273, n.15, p.1179-84, 1993.
MEDEIROS, A.; OLIVEIRA, E.M.; GIANOLLA, R.; CASARINI, D.E.; NEGRÃO, C.E.; BRUM, P.C. Swimming
training increases cardiac vagal effect and induces cardiac hypertrophy in rats. Brazilian Journal of Medical and Biological
Research, Ribeirão Preto, 2004. No prelo.
MIDDLEKAUFF, H.R.; NGUYEN, A.H.; NEGRÃO, C.E.; NITZSCHE, E.U.; HOH, C.K.; NATTERSON, B.A.
Impact of acute mental stress on muscle sympathetic nerve activity in patients with advanced heart failure. Circulation,
New York, v.96. p.1835-42, 1997.
MORTARA, A.; LA ROVERE, M.T.; PINNA, G.D.; PRPA, A.; MAESTRI, R.; FEBO, O.; POZZOLI, M.; OPASICH,
C.;TAVAZZI, L. Arterial baroreflex modulation of heart rate in chronic heart failure: clinical and hemodynamic correlates
and prognostic implications. Circulation, New York, v.96, n.10, p.3450-8, 1997.
NEGRÃO, C.E.; MOREIRA, E.D.; BRUM, P.C.; DENADAI, M.L.D.R.; KRIEGER, E.M. Vagal and sympathetic
controls of the heart rate during exercise in sedentary and trained rats. Brazilian Journal of Medical and Biological
Research, Ribeirão Preto, v.25, p.1045-52, 1992a.
NEGRÃO, C.E.; MOREIRA, E.D.; SANTOS, M.C.; FARAH, V.M.; KRIEGER, E.M. Vagal function impairment after
exercise training. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.72, n.5, p.1749-53, 1992b.
NEGRÃO, C.E.; RONDON, M.U.P.B.;TINUCCI,T.; ALVES, M.J.; ROVEDA, F.; BRAGA, A.M.; REIS, S.F.; NASTARI,
L.; BARRETTO, A.C.; KRIEGER, E.M.; MIDDLEKAUFF, H.R. Abnormal neurovascular control during exercise is
linked to heart failure severity. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.280,
p.H1286-92, 2001a.
NEGRÃO, C.E.; TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RIBEIRO, M.M.; RONDON, M.U.R.P.; TINUCCI, T.;
FORJAZ, C.L.M.; BARRETTO, A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F. Muscle metaboreflex control is diminished
in normotensive obese women. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.281,
p.H469-75, 2001b.
OSTERZIEL, K.J.; HANLEIN, D.; WILLENBROCK, R.; EICHHORN, C.; LUFT, F.; DIETZ, R. Baroreflex sensitivity
and cardiovascular mortality in patients with mild to moderate heart failure. British Heart Journal, London, v.73, n.6,
p.517-22, 1995.
PACKER, M. Effects of beta-adrenergic blockade on survival of patients with chronic heart failure. American Journal of
Cardiology, New York, v.80, p.46-54, 1997.
REZK, C.C. Influência da intensidade do exercício resistido sobre as respostas hemodinâmicas pós-exercício e seus
mecanismos de regulação. 2004. 64f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São
Paulo, São Paulo.
RIBEIRO, M.M.;TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; FORJAZ, C.L.M.; BARRETTO, A.C.P.;
VILLARES, S.M.F.; NEGRÃO, C.E. Muscle sympathetic nerve activity and hemodynamic alterations in middle-age
obese women. Brazilian Journal of Medical Biological Research, Ribeirão Preto, v.34, p.475-478, 2001.
RONDON, M.U.P.; ALVES, M.J.N.N.; BRAGA, A.M.F.W.; TEIXEIRA, O.T.U.N.; BARRETTO, A.C.P.; KRIEGER,
E.M., NEGRÃO, C.E. Postexercise blood pressure reduction in elderly hypertensive patients. Journal of the American
College of Cardiology, New York, v.30, p.676-82, 2002.
RONDON, M.U.P.B.; BRUM, P.C. Exercício físico como tratamento não-farmacológico da hipertensão arterial. Revista
Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto, v.10, p.134-9, 2003.
ROVEDA, F.; MIDDLEKAUFF, H.R.; RONDON, M.U.P.; REIS,S.F.; SOUZA,M.; NASTARI, L.; BARRETTO, A.C.P.;
KRIEGER, E.M.; NEGRÃO, C.E. The effects of exercise training on sympathetic neural activation in advanced heart
failure: A randomized controlled trial. Journal of American College of Cardiology, New York, v.42, p.854-60, 2003.
SANTAELLA, D.F. Efeitos do relaxamento e do exercício físico nas respostas pressórica e autonômica pós-intervenção
em indivíduos normotensos e hipertensos. 2003. 215f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina, Universidade
de São Paulo, São Paulo.
Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 31
Adaptações agudas e crônicas
SECCARECCIA, F.; MENOTTI, A. Physical activity, physical fitness and mortality in a sample of middle aged men
followed-up 25 years. Journal of Sports Medicine Physical Fitness, Turin, v.32, n.2, p.206-13, 1992
SILVA, G.J.J.; BRUM, P.C.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M.. Acute and chronic effects of exercise on baroreflexes in
spontaneously hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.30, p.714-9, 1997.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SOCIEDADE
BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. IV diretrizes brasileiras de hipertensão arterial. Campos do Jordão: SBH/SBC/
SBN, 2002. p.40.
SOUZA, M.O. Efeito do treinamento físico aeróbio nos níveis pressóricos clínicos e de 24 horas de indivíduos hipertensos.
2003. 113f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo.
TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; LATERZA, M.C.; KUNIYOSHI, F.H.S.; BARRETTO,
A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F.; NEGRÃO, C.E. Weight loss improves muscle metaboreflex control in
obesity. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.285, p.H974-82, 2003.
VAN HOOF, R.; HESPEL, P.; FAGARD, R.; LIJNEN, P.; STAESSEN, J.; AMERY, A. Effect of endurance training on
blood pressure at rest, during exercise and during 24 hours in sedentary men. American Journal of Cardiology, New York,
v.63, p.945-9,1989.
VÉRAS-SILVA, A.S.; MATTOS, K.C.; GAVA, N.S.; BRUM, P.C.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Low-intesity
exercise training decreases cardiac output and hypertension in spontaneously hypertensive rats. American Journal of
Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.273, n. 42, p.H2627-31, 1997.
ENDEREÇO
Patricia Chakur Brum
Depto. Biodinâmica do Movimento do Corpo Humano
Escola de Educação Física e Esporte /USP
Av. Prof. Mello Moraes, 65
05508-900 - São Paulo - SP - BRASIL

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...
Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...
Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...Rafael Pereira
 
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação  neuromuscular proprioceti...Efeito agudo do alongamento estático e facilitação  neuromuscular proprioceti...
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...Fernando Farias
 
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...Fernando Farias
 
Lombalgia_no_desporto
Lombalgia_no_desportoLombalgia_no_desporto
Lombalgia_no_desportodanilorlsa
 
Hipotensão pós exercício
Hipotensão pós exercícioHipotensão pós exercício
Hipotensão pós exercícioRafael Pereira
 
Técnicas de recuperação para atletas
Técnicas de recuperação para atletasTécnicas de recuperação para atletas
Técnicas de recuperação para atletasFernando Farias
 
Efeito agudo do alongamento estático nos antagonistas sobre o teste de repet...
Efeito agudo do alongamento estático nos  antagonistas sobre o teste de repet...Efeito agudo do alongamento estático nos  antagonistas sobre o teste de repet...
Efeito agudo do alongamento estático nos antagonistas sobre o teste de repet...Fernando Farias
 
Fisiologia professor
Fisiologia professorFisiologia professor
Fisiologia professorrainerbh
 
Alongamento pré- exercício - Sim ou Não?
Alongamento pré- exercício - Sim ou Não?Alongamento pré- exercício - Sim ou Não?
Alongamento pré- exercício - Sim ou Não?Fernando Farias
 
Recuperação pós-exercício
Recuperação pós-exercícioRecuperação pós-exercício
Recuperação pós-exercícioFernando Farias
 
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
Metanálise dos efeitos agudos do alongamentoMetanálise dos efeitos agudos do alongamento
Metanálise dos efeitos agudos do alongamentoFernando Farias
 
Exercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosasExercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosasmarceloteacher
 

Was ist angesagt? (18)

Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...
Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...
Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...
 
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação  neuromuscular proprioceti...Efeito agudo do alongamento estático e facilitação  neuromuscular proprioceti...
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...
 
Cardiopatias
CardiopatiasCardiopatias
Cardiopatias
 
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...
 
Lombalgia_no_desporto
Lombalgia_no_desportoLombalgia_no_desporto
Lombalgia_no_desporto
 
Hipotensão pós exercício
Hipotensão pós exercícioHipotensão pós exercício
Hipotensão pós exercício
 
Técnicas de recuperação para atletas
Técnicas de recuperação para atletasTécnicas de recuperação para atletas
Técnicas de recuperação para atletas
 
Efeito agudo do alongamento estático nos antagonistas sobre o teste de repet...
Efeito agudo do alongamento estático nos  antagonistas sobre o teste de repet...Efeito agudo do alongamento estático nos  antagonistas sobre o teste de repet...
Efeito agudo do alongamento estático nos antagonistas sobre o teste de repet...
 
Fisiologia professor
Fisiologia professorFisiologia professor
Fisiologia professor
 
Alongamento pré- exercício - Sim ou Não?
Alongamento pré- exercício - Sim ou Não?Alongamento pré- exercício - Sim ou Não?
Alongamento pré- exercício - Sim ou Não?
 
Recuperação pós-exercício
Recuperação pós-exercícioRecuperação pós-exercício
Recuperação pós-exercício
 
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
Metanálise dos efeitos agudos do alongamentoMetanálise dos efeitos agudos do alongamento
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
 
Exercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosasExercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosas
 
Aerobica
AerobicaAerobica
Aerobica
 
Fases da rcv
Fases da rcvFases da rcv
Fases da rcv
 
2655 10034-3-pb
2655 10034-3-pb2655 10034-3-pb
2655 10034-3-pb
 
Crioterapia e lactato
Crioterapia e lactatoCrioterapia e lactato
Crioterapia e lactato
 
Crioterapia
CrioterapiaCrioterapia
Crioterapia
 

Ähnlich wie Adaptacoes agudas e cronicas

Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascularAdaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascularRafael Pereira
 
Adaptaçoes agudas e cronicas
Adaptaçoes agudas e cronicasAdaptaçoes agudas e cronicas
Adaptaçoes agudas e cronicaseduardo filho
 
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmica
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmicaExercício resistido e hipertensão arterial sistêmica
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmicawashington carlos vieira
 
Hipertensão e o Exercicio Fisico
Hipertensão e o Exercicio FisicoHipertensão e o Exercicio Fisico
Hipertensão e o Exercicio FisicoMelissa Possa
 
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais Evelyn Feitosa
 
Artigo conceitos fundamentais em fisio do exercicio
Artigo conceitos fundamentais  em fisio do exercicioArtigo conceitos fundamentais  em fisio do exercicio
Artigo conceitos fundamentais em fisio do exercicioCintia Melo
 
Reabilitação cardíaca fases II e III
Reabilitação cardíaca fases II e IIIReabilitação cardíaca fases II e III
Reabilitação cardíaca fases II e IIIMonique Migliorini
 
Trabalho 4 eugenio_apresenta_o_do_dia_27
Trabalho 4 eugenio_apresenta_o_do_dia_27Trabalho 4 eugenio_apresenta_o_do_dia_27
Trabalho 4 eugenio_apresenta_o_do_dia_27Bruno Balvedi
 
INFLUENCIA DO TREINAMENTO RISITIDO.pdf
INFLUENCIA DO TREINAMENTO RISITIDO.pdfINFLUENCIA DO TREINAMENTO RISITIDO.pdf
INFLUENCIA DO TREINAMENTO RISITIDO.pdfmarcelodecastro20
 
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...Fernando Farias
 
Exercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosasExercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosasmarceloteacher
 
Exercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosasExercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosasmarceloteacher
 
Exercício para pacientes com doença arterial coronariana .pdf
Exercício para pacientes com doença arterial coronariana .pdfExercício para pacientes com doença arterial coronariana .pdf
Exercício para pacientes com doença arterial coronariana .pdfDnisCechinel1
 
3.1 Amann2011 Feedback e Fadiga TRADUZIDO.pdf
3.1 Amann2011 Feedback e Fadiga TRADUZIDO.pdf3.1 Amann2011 Feedback e Fadiga TRADUZIDO.pdf
3.1 Amann2011 Feedback e Fadiga TRADUZIDO.pdfJorgeSilva638591
 

Ähnlich wie Adaptacoes agudas e cronicas (20)

Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascularAdaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
 
Adaptaçoes agudas e cronicas
Adaptaçoes agudas e cronicasAdaptaçoes agudas e cronicas
Adaptaçoes agudas e cronicas
 
Diretriz de r cv
Diretriz de r cvDiretriz de r cv
Diretriz de r cv
 
Trabalho interdisciplinar grupo
Trabalho interdisciplinar grupoTrabalho interdisciplinar grupo
Trabalho interdisciplinar grupo
 
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmica
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmicaExercício resistido e hipertensão arterial sistêmica
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmica
 
Hipertensão e o Exercicio Fisico
Hipertensão e o Exercicio FisicoHipertensão e o Exercicio Fisico
Hipertensão e o Exercicio Fisico
 
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais
 
Benefícios da atividade física
Benefícios da atividade físicaBenefícios da atividade física
Benefícios da atividade física
 
Hipotensão e exercício
Hipotensão e exercícioHipotensão e exercício
Hipotensão e exercício
 
Artigo conceitos fundamentais em fisio do exercicio
Artigo conceitos fundamentais  em fisio do exercicioArtigo conceitos fundamentais  em fisio do exercicio
Artigo conceitos fundamentais em fisio do exercicio
 
Reabilitação cardíaca fases II e III
Reabilitação cardíaca fases II e IIIReabilitação cardíaca fases II e III
Reabilitação cardíaca fases II e III
 
Palestra SVV Cref
Palestra SVV CrefPalestra SVV Cref
Palestra SVV Cref
 
Trabalho 4 eugenio_apresenta_o_do_dia_27
Trabalho 4 eugenio_apresenta_o_do_dia_27Trabalho 4 eugenio_apresenta_o_do_dia_27
Trabalho 4 eugenio_apresenta_o_do_dia_27
 
INFLUENCIA DO TREINAMENTO RISITIDO.pdf
INFLUENCIA DO TREINAMENTO RISITIDO.pdfINFLUENCIA DO TREINAMENTO RISITIDO.pdf
INFLUENCIA DO TREINAMENTO RISITIDO.pdf
 
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...
 
Exercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosasExercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosas
 
Exercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosasExercício e atividade física para pessoas idosas
Exercício e atividade física para pessoas idosas
 
Exercício para pacientes com doença arterial coronariana .pdf
Exercício para pacientes com doença arterial coronariana .pdfExercício para pacientes com doença arterial coronariana .pdf
Exercício para pacientes com doença arterial coronariana .pdf
 
Fadiga | Recuperação
Fadiga | RecuperaçãoFadiga | Recuperação
Fadiga | Recuperação
 
3.1 Amann2011 Feedback e Fadiga TRADUZIDO.pdf
3.1 Amann2011 Feedback e Fadiga TRADUZIDO.pdf3.1 Amann2011 Feedback e Fadiga TRADUZIDO.pdf
3.1 Amann2011 Feedback e Fadiga TRADUZIDO.pdf
 

Kürzlich hochgeladen

ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfItaloAtsoc
 
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaO-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaTeresaCosta92
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaBenigno Andrade Vieira
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresEu Prefiro o Paraíso.
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)profesfrancleite
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024gilmaraoliveira0612
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .WAGNERJESUSDACUNHA
 
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalarte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalidicacia
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegrafernando846621
 
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptxQUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptxAntonioVieira539017
 
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Colaborar Educacional
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxMarceloDosSantosSoar3
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123JaineCarolaineLima
 
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974AnaRitaFreitas7
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxLuzia Gabriele
 

Kürzlich hochgeladen (20)

ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
 
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaO-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
 
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
 
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .
 
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalarte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
 
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptxQUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
 
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdfAbordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
 
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
 
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
 
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
 

Adaptacoes agudas e cronicas

  • 1. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 21 Adaptações agudas e crônicas Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular Patricia Chakur BRUM* Cláudia Lúcia de Moraes FORJAZ* Taís TINUCCI* Carlos Eduardo NEGRÃO* * EscoladeEducação Física e Esporte da USP Introdução Os pesquisadores que hoje compõem os Labora- tórios Fisiologia e Hemodinâmica da Atividade Motora da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo têm como principal li- nha de pesquisa, as adaptações agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema cardiovascular. Os estudos realizados nesta linha de pesquisa, hoje são bastante abrangentes, e envolvem desde estudos clí- nicos até estudos com experimentação animal, com intuito de investigar os mecanismos pelo qual o exer- cício físico agudo e crônico influenciam o sistema cardiovascular de indivíduos controle e portadores de diversas cardiopatias e distúrbios metabólicos. Mais recentemente, também acrescentamos aos nossos estudos uma abordagem genética e molecular onde investigamos a influência de polimorfismos genéticos dos receptores a e b- adrenérgicos sobre a resposta cardiovascular durante o exercício em cardiopatas e obesos. Além disso, temos utilizado animais geneticamente modificados para o estu- do de mecanismos celulares envolvidos nas adap- tações cardiovasculares ao treinamento físico na insuficiência cardíaca. No presente artigo faremos uma exposição re- trospectiva dos principais estudos realizados na linha de pesquisa “Adaptações agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema cardiovascular” nos últimos 10 anos. Efeitos agudos do exercício físico sobre a função cardiovascular O exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo de sua homeostase, pois impli- ca no aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada e, conseqüentemente, do or- ganismo como um todo. Assim, para suprir a nova demandametabólica,váriasadaptaçõesfisiológicassão necessárias e, dentre elas, as referentes à função cardiovascular durante o exercício físico. Na TABELA 1 observa-se um sumário das principaisrespostascardiovascularesaoexercíciofísico agudo. No entanto, o tipo e a magnitude da resposta cardiovascular dependem das características do exercício executado, ou seja, o tipo, a intensidade, a duração e a massa muscular envolvida. Em relação ao tipo de exercício, podemos carac- terizar dois tipos principais: exercícios dinâmicos ou isotônicos (há contração muscular, seguida de movimento articular) e estáticos ou isométricos (há contração muscular, sem movimento articular), sen- do que cada um desses exercícios implica em res- postas cardiovasculares distintas (FORJAZ &TINUCCI, 2000). Nos exercícios estáticos observa-se aumento da freqüência cardíaca, com manutenção ou até re- dução do volume sistólico e pequeno acréscimo do débito cardíaco. Em compensação, observa-se au- mento da resistência vascular periférica, que resulta na elevação exacerbada da pressão arterial. Esses efei- tos ocorrem porque a contração muscular mantida durante a contração isométrica promove obstrução mecânica do fluxo sangüíneo muscular, o que faz com que os metabólitos produzidos durante a con- tração se acumulem, ativando quimiorreceptores musculares, que promovem aumento expressivo da atividade nervosa simpática. É interessante observar
  • 2. 22 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. BRUM, P.C. et al. que a magnitude das respostas cardiovasculares du- rante o exercício estático é dependente da intensi- dade do exercício, de sua duração e a da massa muscular exercitada, sendo maior quanto maiores forem esses fatores (FORJAZ & TINUCCI, 2000). Por outro lado, nos exercícios dinâmicos, como as con- trações são seguidas de movimentos articulares, não existe obstrução mecânica do fluxo sangüíneo, de modo que, nesse tipo de exercício, também se ob- serva aumento da atividade nervosa simpática, que é desencadeado pela ativação do comando central, mecanorreceptores musculares e, dependendo da intensidade do exercício, metaborreceptores mus- culares (FORJAZ & TINUCCI, 2000). Em resposta ao aumento da atividade simpática, observa-se aumento da freqüência cardíaca, do volume sistólico e do débito cardíaco. Além disso, a produção de metabólitos musculares promove vasodilatação na musculatura ativa, gerando redução da resistência vascular periférica. Dessa forma, durante os exercí- cios dinâmicos observa-se aumento da pressão arte- rial sistólica e manutenção ou redução da diastólica (FORJAZ, MATSUDAIRA, RODRIGUES, NUNES & NEGRÃO, 1998a). Essas respostas são tanto maiores quanto maior for a intensidade do exercício, mas não se alteram com a duração do exercício, caso ele seja realizado numa intensidade inferior ao limiar anaeróbio. Além disso, quanto maior a massa muscu- lar exercitada de forma dinâmica, maior é o aumento da freqüência cardíaca, mas menor é o aumento da pressão arterial (FORJAZ & TINUCCI, 2000). Embora as respostas cardiovasculares aos exercícios dinâmicos e estáticos sejam bem características, na prática diária, os exercícios executados apresentam componentes dinâmicos e estáticos, de modo que a resposta cardiovascular a esses exercícios depende da contribuição de cada um desses componentes. Nesse sentido, os exercícios resistidos ou exercícios de musculação (exercícios localizados contra resistên- cias) possuem papel de destaque, pois quando exe- cutados em altas intensidades, apesar de serem feitos de forma dinâmica apresentam componente isométrico bastante elevado (FORJAZ, REZK, MELO, SANTOS, TEIXEIRA, NERY & TINUCCI, 2003), fazen- do com que a resposta cardiovascular durante sua execução assemelhe-se àquela observada com exer- cícios estáticos, ou seja, aumento da freqüência car- díaca e, principalmente, aumento exacerbado da pressão arterial, que se amplia à medida que o exer- cício vai sendo repetido (FORJAZ et al., 2003). De fato, em nosso laboratório, elevações pressóricas na ordemde60/50mmHgparaapressãoarterialsistólica/ diastólica tem sido observadas com a medida intra- arterialdapressãoarterialemindivíduosnormotensos, que realizam uma série de movimentos de extensão de pernas na mesa romana com carga correspondente a 80% da carga voluntária máxima até a exaustão, o que corresponde em média entre seis a 12 repetições (dados não publicados). Além das alterações cardiovasculares observa- das durante a execução do exercício físico, algu- mas modificações ocorrem após a finalização do exercício. Dentre elas, uma que tem atraído muito a atenção é o fenômeno da “Hipotensão Pós- Exercício”, que tem sido alvo de várias pesquisas do Laboratório de Hemodinâmica da Atividade TABELA 1 - Efeitos agudos do exercício físico sobre a função cardiovascular. EXERCÍCIO FC VS DC RVP PA MECANISMO DINÂMICO ⇑ ⇑ ⇑ ⇓ ⇑ PAS ⇒ / ⇓ PAD Mecanorreceptores musculares e comando central ⇑ atividade simpática ESTÁTICO ⇑ ⇒ / ⇓ ⇑ ⇑/⇒ ⇑ Ativação dos quimiorreceptores ⇑ atividade simpática RESISTIDO ⇑ ⇓ ⇓ ⇒ ⇑ ? FC, freqüência cardía- ca; VS,volumesistólico; DC, débito cardíaco; RVP,resistênciavascular periférica; PA, pressão arterial;PAS,pressãoar- terialsistólica;PAD,pres- são arterial diastólica.
  • 3. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 23 Adaptações agudas e crônicas Motora desta Escola (FORJAZ, REZK, SANTAELLA, MARANHÃO, SOUZA, NUNES, NERY, BISQUOLO, RONDON, MION JUNIOR & NEGRÃO, 2000a). A hipotensão pós-exercício caracteriza-se pela redução da pressão arterial durante o período de recuperação, fazendo com que os valores pressóricos observados pós-exercícios permaneçam inferiores àqueles medidos antes do exercício ou mesmo aque- les medidos em um dia controle, sem a execução de exercícios. Para que a hipotensão pós-exercício te- nha importância clínica é necessário que ela tenha magnitude importante e perdure na maior parte das 24 horas subseqüentes à finalização do exercício. Em nossos estudos com indivíduos normotensos (FORJAZ et al. 1998a; FORJAZ, CARDOSO JUNIOR, REZK, SANTAELLA & TINUCCI, no prelo; FORJAZ, RAMIRES, TINUCCI, ORTEGA, SALOMÃO, IGNÊS, WAJCHENBERG, NEGRÃO & MION JUNIOR, 1999; FORJAZ, SANTAELLA, REZENDE, BARRETTO & NEGRÃO, 1998b; SANTAELLA, 2003) temos observado que a execução de uma única sessão de 45 minutos de exercício em cicloergômetro em 50% do VO2 pico reduz a pressão arterial sistólica/diastólica em torno de -7/-4 mmHg. Além disso, nessa população, essa redução perdura por um período prolongado pós-exercício, visto que a média da pressão arterial nas 24 horas pós-exercício estava diminuída (FORJAZ, TINUCCI, ORTEGA, SANTAELLA, MION JUNIOR & NEGRÃO, 2000b). En- tretanto, na população normotensa idosa (RONDON, ALVES, BRAGA, TEIXEIRA, BARRETTO, KRIEGER & NEGRÃO, 2002), observamos que uma sessão de exer- cício similar não promove redução da pressão arte- rial após sua execução. Por outro lado, em hipertensos, tanto jovens (SANTAELLA, 2003) quan- to idosos (RONDON et al., 2002), a queda pressórica é mais evidente que em normotensos. Um aspecto importante diz respeito às caracte- rísticas do exercício (tipo, intensidade e duração) que promovem maior queda pressórica após sua execução (FORJAZ et al., 2000a). Em relação ao tipo, a hipotensão pós-exercício está bastante demons- trada em resposta aos exercícios aeróbios (dinâmi- cos, cíclicos, com intensidade leve a moderada e longa duração) (FORJAZ et al., 2000a), porém, tem crescido o interesse sobre o efeito do exercício re- sistido sobre a pressão arterial pós-exercício. Nesse sentido, num estudo recente (REZK, 2004), demons- tramos em indivíduos normotensos que após os exercícios localizados, tanto de baixa (40% da car- ga voluntária máximo - CVM) quanto de alta (80% da CVM) intensidade ocorre redução da pressão arterial sistólica, porém apenas o exercício de baixa intensidade reduz a pressão diastólica. De forma semelhante, em mulheres hipertensas, o exercício resistido de baixa intensidade também reduz a pres- são arterial por até duas horas após sua finalização (dados não publicados). Nesses estudos, a queda pressórica obtida após o exercício resistido é seme- lhante à observada com o exercício aeróbio, porém sua duração por períodos prolongados ainda preci- sa ser mais bem investigada. Em relação ao exercício aeróbio, a influência da duração desse exercício está bem demonstrada, apontando para o fato de que exercícios mais pro- longados possuem efeitos hipotensores maiores e mais duradouros (FORJAZ et al., 1998b), porém o efeito da intensidade do exercício ainda é contro- verso. Em um de nossos estudos (FORJAZ et al., 1998a) verificamos que, em indivíduos normotensos jovens, os exercícios de diferentes intensidades (30, 50 e 80% da VO2 pico) promoviam reduções pressóricas pós-exercício semelhantes, enquanto que num segundo estudo (FORJAZ et al., no prelo), ob- servamos que o exercício mais intenso (75% do VO2 pico) promovia maior redução pressórica. Na realidade, a execução de outras medidas conjuntas à medida da pressão arterial pode ser responsável pela diferença de respostas observada entre os estu- dos, ou seja, o exercício mais intenso promove uma maior redução da resposta de alerta às medidas hemodinâmicas, fazendo com que quando essa medida for feita junto com a medida de PA, o efei- to hipotensor dessa execução seja evidente. Um outro fator relevante quando se aborda a hipotensão pós-exercício é o mecanismo responsá- vel pela redução pressórica. Entretanto, esses me- canismos parecem diferir de acordo com o tipo de exercício empregado e a população estudada. As- sim, em indivíduos hipertensos idosos (RONDON et al., 2002), verificamos que a queda pressórica pós- exercício aeróbio se deve à redução do débito car- díaco, em função da diminuição do volume sistólico. Por outro lado, em jovens normotensos (FORJAZ et al., no prelo), o mecanismo responsável pela redução da pressão arterial parece diferir entre os indivíduos, de modo que alguns respondem em função da redução do débito cardíaco e outros, em função da redução da resistência vascular periféri- ca. Independentemente do mecanismo hemodinâmico sistêmico, a resistência vascular muscular está reduzida após o exercício, o que se deve à vasodilatação muscular mantida após o exer- cício (FORJAZ et al., 1999). Um dos mecanismos responsáveis por essa vasodilatação é a redução da
  • 4. 24 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. BRUM, P.C. et al. atividade nervosa simpática, que pode ser medida de forma direta pela técnica da microneurografia (FORJAZ et al., 1999). É interessante observar que, em todos os nossos estudos (FORJAZ et al., 1998a, 1998b, 1999, no prelo; SANTAELLA, 2003; RONDON et al., 2002), a freqüência cardíaca permaneceu ele- vada após o exercício, sugerindo um aumento da atividade nervosa simpática cardíaca e, demonstran- do, que a regulação simpática para o coração e a circulação periférica podem sofrer adaptações dife- rentes após o exercício. Vale a pena ressaltar que além dos mecanismos hemodinâmicos envolvidos na hipotensão pós-exercício, em trabalhos realiza- dos com ratos espontaneamente hipertensos (SILVA, BRUM, NEGRÃO & KRIEGER, 1997). Demonstramos um aumento na sensibilidade barorreflexa até 60 minutos após a execução de exercício realizado em 50% do VO2 pico durante 30 minutos. Esses dados sugerem que alterações reflexas no controle da pres- são arterial também podem influenciar na resposta observada na fase de recuperação. Em relação aos exercícios resistidos, verificamos (REZK, 2004) que a queda da pressão arterial pós- exercício em indivíduos normotensos se deve à re- dução do débito cardíaco por diminuição do volume sistólico, sendo que essa queda não é compensada pelo aumento da resistência vascular periférica. Esse Efeito crônico do exercício físico aeróbio sobre a pressão arterial Osefeitosdotreinamentofísicosobreoníveltensional emrepousodeindivíduosnormotensosehipertensostem sido objeto de vários estudos. Há um consenso na litera- tura de que o treinamento físico leva à diminuição da pressãoarterialderepouso(SOCIEDADE BRASILEIRA DE HI- PERTENSÃO. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SO- CIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2002). No entanto, esseefeitoémaispronunciadoemindivíduoshipertensos, uma vez que a maioria dos estudos realizados em normotensosnãomostroumodificaçãoda pressão arte- rial (SILVA et al., 1997) ou, então, reduções de pequena magnitude,tantonapressãoarterialdeconsultóriocomo na monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (VAN HOOF, HESPEL, FAGARD, LIJNEN, STAESSEN & AMERY, 1989). Portanto, a seguir, discorreremos sobre os efeitos do treinamento físico na hipertensão arterial com enfoque nos trabalhos realizados pelos grupos de Fisiolo- gia da Atividade Motora da Escola de Educação Física e EsportedaUniversidadedeSãoPauloepelaUnidadede Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício e Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração da Fa- culdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Nossa contribuição iniciou-se na década de 90 quando observamos que a eficácia do treinamento físico em reduzir a pressão arterial era dependente da intensidade de exercício realizado nas sessões de treinamento (VÉRAS-SILVA, MATTOS, GAVA, BRUM, NEGRÃO & KRIEGER, 1997). Somente o treinamento físico realizado em intensidade leve a moderada, correspondente a 55% do VO2 de pico, atenuou a hipertensão arterial de ratos com hipertensão severa quando comparados a ratos sedentários e treinados em85%doVO2 depico(FIGURA1).Omecanismo hemodinâmicoenvolvidonaatenuaçãodahipertensão nesses animais foi a redução do débito cardíaco associada a bradicardia de repouso (VÉRAS-SILVA et al., 1997) e redução do tônus simpático cardíaco (GAVA, VÉRAS-SILVA, NEGRÃO & KRIEGER, 1995). mecanismo parece ser o mesmo nos exercícios de baixa e alta intensidade. Porém quando se conside- ra período mais longo após o exercícios de alta in- tensidade, a resistência vascular periférica no início da recuperação, compensa parcialmente a redução do débito cardíaco, impedindo a redução da pres- são arterial diastólica, mas não a redução da pressão arterial sistólica. Em indivíduos hipertensos, esses mecanismos ainda não foram investigados. Um outro aspecto importante é que, além do exercí- cio,outrascondutascomumenteutilizadasemsessõesde condicionamento físico, como o relaxamento também possuemefeitohipotensorapóssuarealização(SANTAELLA, 2003).Alémdisso,quandoorelaxamentoéassociadoao exercícioaeróbio,aquedapressóricaobtidaéaindamaior e mais duradoura, sugerindo que a prática conjunta des- sas intervenções deva ser aplicada. Diante do exposto, observa-se que mesmo aguda- mente, o exercício físico tem um papel hipotensor de relevância clínica, principalmente para indivíduos hipertensos, o que sugere que o exercício deve ser in- dicadonotratamentonão-farmacológicodahiperten- são arterial. Entretanto, apesar dos grandes avanços no estudo dos efeitos agudos do exercício várias lacu- nasaindaexistemeprecisamserpreenchidas.Estetem sido o estímulo para os novos projetos e pesquisa dos laboratórios desta Escola.
  • 5. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 25 Adaptações agudas e crônicas Entretanto, um aspecto importante quando se es- tuda a hipertensão são as alterações fisiopatológicas queaacompanham.Nestesentido,umadasdisfunções neurovegetativas associadas à hipertensão arterial é a diminuição da sensibilidade dos reflexos cardiovasculares, tais como, o reflexo pressorreceptor e cardiopulmonar, que são importantes para a regulação momento-a-momento da pressão arterial (KRIEGER, 1989). De fato a disfunção do reflexo pressorreceptor está associada a um alto índice de mortalidade por doenças cardiovasculares, especial- mentenainsuficiênciacardíaca(MORTARA,LA ROVERE, PINNA, PRPA, MAESTRI, FEBO, POZZOLI, OPASICH & TAVAZZI, 1997; OSTERZIEL, HANLEIN, WILLENBROCK, EICHHORN,LUFT &DIETZ,1995)representando,por- tanto, um tema de grande relevância clínica. Uma das importantes contribuições do nosso grupo neste tema foi o estudo do efeito do treinamento físico sobre a sensibilidade dos reflexos pressorreceptor e cardiopulmonar em ratos espontaneamente hipertensos. Nesse aspecto, observamos que o treina- mento físico restaura a sensibilidade do reflexo pressorreceptor e cardiopulmonar (SILVA et al., 1997), alémdeaumentaraatividadeaferentepressorreceptora a variações na pressão arterial (BRUM, SILVA, MOREIRA, IDA, NEGRÃO & KRIEGER, 2000). Maisrecentementecomprovamosemsereshumanos, osresultadosobtidosemanimaisdelaboratório.Verifica- mosreduçãodaPAclínicaemindivíduoshipertensossus- tentadosehipertensosdoaventalbranco,apósumperíodo dequatromesesdeexercíciofísicoaeróbiodebaixainten- sidade (SOUZA, 2003). Portanto, a prática regular e ade- quada de exercício físico deve ser recomendado para a prevençãoeotratamentodahipertensãoarterial.Porfim, o treinamento físico pode se associar ao tratamento farmacológicominimizandoseusefeitosadversoseredu- zindo o custo do tratamento para o paciente e para as instituições de saúde (RONDON & BRUM, 2003). 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 PAM PAS PAD mmHg SED TA TB * * * * * p<0,05 Efeito do treinamento físico de baixa (TB) e alta (TA) intensidades sobre a pressão arterial de ratos espontaneamente hipertensos. PAM,pressãoarterialme- dia; PAS, pressão arterial sistólica;PAD,pressãoar- terialdiastólica;SED,ratos sedentários.Osdadoses- tão representados na for- ma de media ± erro pa- drãodamédia.(Adaptado deVERAS-SILVAetal.,1997). *-diferençasignificantevs. SEDeTA,respectivamen- te (p>0,05). Efeito crônico do exercício físico sobre a freqüência cardíaca Estudos epidemiológicos demonstram uma re- lação inversa entre a capacidade funcional, morbidade e mortalidade cardiovasculares (LEE, HSIEH & PAFFENBARGER, 1993). No tocante à fre- qüência cardíaca, vários estudos têm demons- trado uma relação direta entre a freqüência cardíaca de repouso ou submáxima e risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, ou seja, indíviduos com menor freqüência car- díaca em repouso ou menor taquicardia du- rante o exercício físico submáximo apresentam menor probabilidade de desenvolverem cardiopatias (SECCARECIA & MENOTTI, 1992). Dessa forma, um dos objetos de estudo do nosso grupo foi verificar os efeitos do treinamento físico sobre a resposta da freqüência cardíaca de repouso e durante o exercício físico, assim como, os mecanismos neurais envolvidos nessas respostas. Em 1992, NEGRÃO, MOREIRA, SANTOS, FARAH e KRIEGER demonstraram que o treinamento físico aeróbio resultava em bradicardia de repouso e que o mecanismo associado a essa resposta era uma FIGURA 2 -
  • 6. 26 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. BRUM, P.C. et al. Insuficiência cardíaca e exercício físico A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica caracterizada por anormalidades da função do ventrículo esquerdo e regulação neuro-hormonal, que resulta em intolerância aos esforços, retenção de fluído e redução da longevidade (PACKER, 1997). Representa um importante problema de saúde pú- blica, considerando-se sua morbi-mortalidade e prevalências crescentes. Nos últimos anos, o nosso grupo tem se dedicado bastante ao estudo do paciente com insuficiência cardíaca e às possíveis condutas que possam melhorar o estado clínico e mesmo o prognóstico de vida desses pacientes. Neste sentido, observamos que a atividade nervosasimpáticaéumavariávelfidedignaparaavaliar a gravidade da doença (NEGRÃO, RONDON, TINUCCI, ALVES, ROVEDA, BRAGA, REIS, NASTARI, BARRETTO, KRIEGER & MIDDLEKAUFF, 2001a), uma vez que ela aumenta progressivamente do indivíduo saudável para o paciente com insuficiência cardíaca leve, moderada e severa (FIGURA 2). Resultados semelhantes foram verificados em relação ao fluxo sangüíneo muscular, isto é, quanto menor o fluxo sangüíneo muscular pior o estado clínico do paciente com insuficiência cardíaca (NEGRÃO et al., 2001a). Outroaspecto,tambémfoidescritopelonossogrupo, équepacientescominsuficiênciacardíacaapresentam atividade nervosa simpática muscular e fluxos sangüíneos muscular basais diminuídos durante o exercício físico e o estresse mental (MIDDLEKAUFF, NGUYEN, NEGRÃO, NITZSCHE, HOH & NATTERSON, 1997; NEGRÃO et al., 2001a), evidenciando o estado vasoconstritor decorrente da insuficiência cardíaca. Dentro dessa proposta de estudar a insuficiência cardíaca, temos verificado que o exercício físico re- presenta, hoje, uma alternativa extremamente im- portante no tratamento desses pacientes. Nesse sentido, constatamos que quatro meses de um programa de treinamento físico aeróbio, com in- tensidade entre o limiar anaeróbio até 10% abai- xo do ponto de compensação respiratória melhora significativamente a capacidade física desses pa- cientes com complicações cardíacas (ROVEDA, MIDDLEKAUFF, RONDON, REIS, SOUZA, NASTARI, BARRETO, KRIEGER & NEGRÃO, 2003). Mais im- portante ainda foi o fato de verificarmos que a atividade nervosa simpática muscular é muito re- duzida após esse programa de exercícios físicos. Sendo essa redução tão expressiva, que chegou a normalizar a atividade nervosa simpática mus- cular (ROVEDA et al., 2003). Outro resultado marcante foi que o fluxo sangüíneo muscular au- mentou proporcionalmente à redução da ativi- dade nervosa simpática muscular (ROVEDA et al., 2003). Destes resultados, três aspectos muito importantes emergem. Primeiro, o treinamento físico melhora a qualidade de vida do paciente com diminuição na freqüência cardíaca intrínseca. Mais recentemente, observamos que os mecanismos envolvidos na bradicardia de repouso pós- treinamento físico sofrem influência da modalidade do treino, visto que em ratos submetidos ao treinamento físico de baixa intensidade com natação, a bradicardia está associada ao aumento ao tônus vagal cardíaco (MEDEIROS, OLIVEIRA, GIANOLLA, CASARINI, NEGRÃO & BRUM, no prelo). Alémdesofrerinfluênciadamodalidadedetreinamen- to,omecanismoenvolvidonabradicardiaderepousotam- bémsemodificanoprocessodedoençascardiovasculares, como, a hipertensão arterial. Assim, em ratos esponta- neamentehipertensos,observamosquebradicardiade repouso pós-treinamento está associada à diminuição do tônus simpático cardíaco (GAVA et al., 1995). Essa resposta foi, na época, surpreendente uma vez que a hiperatividade simpática observada nos ratos hipertensos foi normalizada pelo treinamento físico. Dentre as adaptações da freqüência cardíaca ao treinamento físico também está a menor res- posta taquicardica durante a execução de exercí- cios físicos em mesma intensidade absoluta. Nesse sentido, observamos menor resposta taquicárdica ao exercício progressivo em ratos normotensos treinados quando comparados aos sedentários (NEGRÃO, MOREIRA, BRUM, DENADAI & KRIEGER, 1992a). Em relação ao balanço autonômico du- rante esse exercício incremental, observamos uma progressiva retirada vagal seguida por uma in- tensificação simpática. Ao estudarmos os meca- nismos envolvidos na menor resposta taquicardica ao exercício físico, observamos uma modificação no balanço autonômico cardíaco pós-treinamento. Dessa forma ratos treinados apresentaram menor taquicardia associada a uma menor retirada vagal e menor intensificação sim- pática quando comparados aos ratos controles.
  • 7. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 27 Adaptações agudas e crônicas insuficiência cardíaca. Segundo, o treinamento físico pode corrigir a disfunção neurovascular na insuficiência cardíaca. E, terceiro, concluindo- se que a atividade nervosa simpática muscular está diretamente relacionada ao prognóstico de vida do paciente com insuficiência cardíaca e o treinamento físico provavelmente melhora o prognóstico de vida desses pacientes, embo- ra esse ponto ainda necessite de comprovação científica mais específica. Atividade nervosa simpática muscular medida através da impactação de um eletrodo no nervo fibular em indivíduos controle e portadores de insuficiência cardíaca leve (ICC leve) e grave (ICC grave), respectivamente. 2s Controle H- 52anos ICC leve H- 55 anos ICC grave M- 50 anos 27 impulsos/min 41 impulsos/min 51 impulsos/min Cabe ainda colocar em perspectiva que a diminuição da atividade nervosa simpática muscular e a melhora do fluxo sangüíneo muscular podem ainda provocar dimi- nuição nas espécies reativas de oxigênio e, conseqüente- mente, diminuição nos níveis de citoquinas, explicando, portanto, os achados de outros autores (GIELEN, ADAMS, MOBIUS-WINKLER, LINKE, ERBS & YU, 2003) de que o exercício físico regular diminui a expressão deTNF-alfa, IL-1-beta, IL-6 e iNOS na musculatura esquelética na presença de insuficiência cardíaca. Em conjunto, o au- mento na condutância vascular e a diminuição de citoquinaspodemcontribuirdecisivamenteparaame- lhora da capacidade oxidativa muscular e, em última instância, da capacidade física de pacientes com insu- ficiência cardíaca. Maisrecentementeiniciamosalgunsestudosemum modelo genético de cardiomiopatia induzida por hiperatividade simpática (BRUM, KOSEK, PATTERSON, BERNSTEIN & KOBILKA, 2002). Esse modelo consiste em camundongos nocaute para os receptores a2A /a2C - adrenérgicos, cuja principal característica é disfunção ventricular associada a hiperatividade simpática, refle- tindo um quadro semelhante à insuficiência cardíaca. Após desenvolver um protocolo de treinamento físico para esses camundongos (EVANGELISTA, BRUM & KRIEGER, 2003), constatamos que o treinamento físi- co atenuou a taquicardia e a intolerância aos esforços característicos deste modelo de cardiomiopatia. Além disso,otreinamentofísicorestaurouafunçãocontrátil cardíaca, que se apresentava diminuída nos camun- dongosnocauteparaosreceptoresa2A /a2C -adrenérgicos (MEDEIROS et al., no prelo). Assim, com esse modelo genético, iniciaremos, em um futuro próximo, o estu- do dos efeitos dos mecanismos celulares associados à disfunçãoventricularearestauraçãodessafunçãopelo treinamento físico. FIGURA 2 - A quantificação da ati- vidade nervosa simpá- tica foi realizada atra- vés de um integrador de sinais biológicos com posterior conta- gem do número de espícolas por unidade de tempo. (Adaptado de NEGRÃO et al., 2001).
  • 8. 28 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. BRUM, P.C. et al. Obesidade e exercício físico Um outro objeto de estudo de nossos laboratórios é a avaliação do efeito do exercício na obesidade. A obesidade pode ser visualizada como um dos maiores problemas de saúde pública nos países in- dustrializados. No Brasil, lamentavelmente, o nú- mero de pessoas com sobrepeso ou obesas tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Co- nhecimentos atuais explicam a prevalência da obe- sidade como o resultado da interação de fatores genéticos com fatores ambientais (KOPELMAN, 2000). Na tentativa de contribuir para o conheci- mento da obesidade e para o tratamento de pessoas obesas, nosso grupo tem estudado as alterações cardiovasculares e seus mecanismos na obesidade humana, bem como, os efeitos da dieta hipocalórica e do exercício físico regular. Assim, em relação à obesidade estudos recentes do nosso grupo têm mostrado que a obesidade au- menta os níveis de leptina plasmática e provoca re- sistência à insulina (KUNIYOSHI, TROMBETTA, BATALHA, RONDON, LATERZA, GOWDAK, BARRETTO, HALPERN, VILLARES, LIMA & NEGRÃO, 2003). Além disso, indivíduos obesos têm atividade nervosa sim- pática muscular aumentada, fluxo sangüíneo mus- cular diminuído e conseqüentemente pressão arterial aumenta (RIBEIRO,TROMBETTA, BATALHA, RONDON, FORJAZ, BARRETTO, VILLARES & NEGRÃO, 2001). Baseados nestes conhecimentos, o nosso grupo passou a investigar intervenções que possibilitasse a reversão deste quadro de alterações metabólica, neurovascular e hemodinâmico da obesidade. As- sim, começamos a estudar o impacto da dieta hipocalórica isolada e associada ao exercício físico na obesidade humana. Os resultados desse estudo mostraram-se extremamente interessantes, pois ve- rificamos que, apesar de a dieta isoladamente pro- vocar a mesma perda de peso corporal que a dieta associada ao treinamento físico num período de quatro meses, esta perda ocorria em função de mas- sa gorda e massa magra (NEGRÃO, TROMBETTA, BA- TALHA, RIBEIRO, RONDON, TINUCCI, FORJAZ, BARRETTO, HALPERN & VILLARES, 2001b). Ao con- trário, com o treinamento físico associado à dieta a perda do peso se devia somente à perda de massa gorda. Outro resultado de destaque foi o fato da dieta associada ao exercício físico levar a uma me- lhora muito mais expressiva na sensibilidade à insu- lina do que a dieta isolada (NEGRÃO et al., 2001b). Dando continuidade a esta linha de investiga- ção, passamos a estudar os efeitos da dieta associada ao exercício físico na atividade nervosa simpática muscular, fluxo sangüíneo muscular e pressão arte- rial, de indivíduos obesos. Nesta seqüência verifica- mos, que a dieta isolada e a dieta mais o exercício provocavam diminuição expressiva na atividade nervosa simpática muscular e na pressão arterial (TROMBETTA, BATALHA, RONDON, LATERZA, KUNIYOSHI, BARRETTO, HALPERN, VILLARES & NEGRÃO, 2003). Foi curioso, no entanto, verificar que apenas a dieta associada ao treinamento físico levava à melhora no fluxo sangüíneo muscular e na resposta vasodilatadora muscular. Estes resultados sugerem que a melhora no fluxo sangüíneo perifé- rico não é explicada somente pela diminuição da atividade nervosa simpática, já que dieta isolada e dieta associada ao treinamento, provocaram dimi- nuição semelhante na atividade nervosa simpática (TROMBETTA et al., 2003). Como explicar este au- mento no fluxo sangüíneo muscular, então? A res- posta mais atualizada para esta indagação é que o exercício físico aumenta a biodisponibilidade de óxido nítrico e, com isto, o fluxo sangüíneo muscu- lar, em indivíduos obesos. Em conjunto, nossos resultados demonstram que a perda de peso corporal leva à diminuição dos níveis plasmáticos de leptina e insulina, diminuição da atividade nervosa simpática e queda na pressão arterial. Além disso, eles sugerem que a dieta hipocalórica associada ao treinamento físico deve ser a estratégia de escolha para o tratamento não-farmacológico de indivíduos obesos. Considerações finais No presente artigo apresentamos os principais estudos conduzidos pelo nosso grupo nos últimos 10 anos. Em relação aos efeitos do exercício físico sobre a pressão arterial, demonstramos através de trabalhos clínicos, o efeito hipotensor do exercício agudo principalmente em indivíduos hipertensos. Esse efeito hipotensor apresenta relevância
  • 9. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 29 Adaptações agudas e crônicas Referências BRUM, P.C.; KOSEK, J.; PATTERSON, A.; BERNSTEIN, D.; KOBILKA, B. Abnormal cardiac function associated with sympathetic nervous system hyperactivity in mice. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.283, p.H1838-45, 2002. BRUM, P.C.; SILVA, G.J.J.; MOREIRA, E.D.; IDA, F.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Exercise training increases baroreceptor gain-sensitivity in normal and hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.36, p.1018-22, 2000. EVANGELISTA, F.S.; BRUM, P.C.; KRIEGER, J.E. Duration-controlled swimming exercise training induces cardiac hypertrophy in mice. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, Ribeirão Preto, v.36, n.12, p.1751-9, 2003. FORJAZ, C.L.M.; CARDOSO JUNIOR, C.G.; REZK, C.C.; SANTAELLA, D.F.; TINUCCI, T. Post-exercise hypotension and hemodynamics: the role of exercise intensity. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, Turin, 2004. No prelo. FORJAZ, C.L.M.; MATSUDAIRA, Y.; RODRIGUÊS, F.B.; NUNES, N.; NEGRÃO, C.E. Post-exercise changes in blood pressure, heart rate and rate pressure product at different exercise intensities in normotensive humans. Brazilian Journal Medicine Biological Research, Ribeirão Preto, v.31, n.10, p.1247-55, 1998a. FORJAZ, C.L.M.; RAMIRES, P.R.; TINUCCI, T.; ORTEGA, K.C.; SALOMÃO, H.E.H.; IGNÊS, E.C.; WAJCHENBERG, B.L.; NEGRÃO, C.E.; MION JUNIOR, D. Post-exercise responses of muscle sympathetic nerve activity, and blood flow to hyperinsulinemia in humans. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.87, n.2, p.824-9, 1999. FORJAZ, C.L.M.; REZK, C.C.; MELO, C.M.; SANTOS, D.A.; TEIXEIRA, L.; NERY, S.S.; TINUCCI, T. Exercício resistido para o paciente hipertenso: indicação ou contra-indicação. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto, v.10, n.2, p.119-24, 2003. FORJAZ, C.L.M.; REZK, C.C.; SANTAELLA, D.F.; MARANHÃO, G.D.F.A.; SOUZA, M.O.; NUNES, N.; NERY, S.; BISQUOLO, V.A.F.; RONDON, M.U.P.B.; MION JUNIOR, D.; NEGRÃO, C.E. Hipotensão pós-exercício: caracte- rísticas, determinantes e mecanismos. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, São Paulo, v.10, p.16-24, 2000a. Suplemento 3. FORJAZ, C.L.M.; SANTAELLA, D.F.; REZENDE, L.O.; BARRETTO, A.C.P.; NEGRÃO, C.E. A duração do exercí- cio determina a magnitude e a duração da hipotensão pós-exercício. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.70, n.2, p.99-104, 1998b. FORJAZ, C.L.M.; TINUCCI, T. A medida da pressão arterial no exercício. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto, v.7, n.1, p.79-87, 2000. FORJAZ, C.L.M.;TINUCCI,T.; ORTEGA, K.C.; SANTAELLA, D.F.; MION JUNIOR, D.; NEGRÃO, C.E. Factors affecting post-exercise hypotension in normotensive and hypertensive humans. Blood Pressure Monitoring, London, v.5, n.5/6, p.255-62, 2000b. GAVA, N.S.; VÉRAS-SILVA, A.S.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Low-intensity exercise training attenuates cardiac beta-adrenergic tone during exercise in spontaneously hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.26, p.1129-33, 1995. GIELEN, S.; ADAMS, V.; MOBIUS-WINKLER, S.; LINKE, A.; ERBS, S.; YU, J. Anti-inflamatory effects of exercise training in the skeletal muscle of patients with chronic heart failure. Journal of American College of Cardiology, New York, v.42, p.861-8, 2003. clínica, sendo que demonstramos que o treinamento físico foi eficaz em atenuar a hipertensão arterial em hipertensos do avental branco. Em paralelo, realizamos vários trabalhos com experimentação animal que foram conduzidos com o intuito de estudar os mecanismos neurais e hemodinâmicos envolvidos na atenuação da hipertensão. Nesse sentido, os resultados obtidos contribuíram em muito para essa área do conhecimento. Em relação ao estudo dos efeitos do exercício na insuficiência cardíaca e obesidade, os estudos clínicos do nosso grupo tem contribuído, sobremaneira, para osconhecimentossobreocontroleneurovascularnessas doenças. Mais recentemente, abordagens genéticas e molecularesparaoestudodosefeitosdoexercíciosobre osistemacardiovasculartemabertonovasperspectivas para o nosso grupo de pesquisa e sem dúvida enriquecerão os conhecimentos na área de fisiologia do exercício.
  • 10. 30 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. BRUM, P.C. et al. KOPELMAN, P.G. Obesity as a medical problem. Nature, London, v.404, p.635-43, 2000. KRIEGER, E.M. Arterial baroreceptor resetting in hypertension (the J. W. McCubbin memorial lecture). Clinical Experimental Pharmacology and Physiology, Victoria, v.15, p.3-17, 1989. Supplement., KUNIYOSHI, F.H.S.; TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; LATERZA, M.C.; GOWDAK, M.G.; BARRETTO, A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F.; LIMA, E.G.; NEGRÃO, C.E. Abnormal neurovascular control during sympathoexcitation in obesity. Obesity Research, Silver Spring, v.11, p.1411-9, 2003. LEE, I.M.; HSIEH, C.C.; PAFFENBARGER, R.S.J.R. Exercise intensity and longevity in men: the Harvard alumni health study. Journal of American Medical Association, Chicago, v.273, n.15, p.1179-84, 1993. MEDEIROS, A.; OLIVEIRA, E.M.; GIANOLLA, R.; CASARINI, D.E.; NEGRÃO, C.E.; BRUM, P.C. Swimming training increases cardiac vagal effect and induces cardiac hypertrophy in rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, Ribeirão Preto, 2004. No prelo. MIDDLEKAUFF, H.R.; NGUYEN, A.H.; NEGRÃO, C.E.; NITZSCHE, E.U.; HOH, C.K.; NATTERSON, B.A. Impact of acute mental stress on muscle sympathetic nerve activity in patients with advanced heart failure. Circulation, New York, v.96. p.1835-42, 1997. MORTARA, A.; LA ROVERE, M.T.; PINNA, G.D.; PRPA, A.; MAESTRI, R.; FEBO, O.; POZZOLI, M.; OPASICH, C.;TAVAZZI, L. Arterial baroreflex modulation of heart rate in chronic heart failure: clinical and hemodynamic correlates and prognostic implications. Circulation, New York, v.96, n.10, p.3450-8, 1997. NEGRÃO, C.E.; MOREIRA, E.D.; BRUM, P.C.; DENADAI, M.L.D.R.; KRIEGER, E.M. Vagal and sympathetic controls of the heart rate during exercise in sedentary and trained rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, Ribeirão Preto, v.25, p.1045-52, 1992a. NEGRÃO, C.E.; MOREIRA, E.D.; SANTOS, M.C.; FARAH, V.M.; KRIEGER, E.M. Vagal function impairment after exercise training. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.72, n.5, p.1749-53, 1992b. NEGRÃO, C.E.; RONDON, M.U.P.B.;TINUCCI,T.; ALVES, M.J.; ROVEDA, F.; BRAGA, A.M.; REIS, S.F.; NASTARI, L.; BARRETTO, A.C.; KRIEGER, E.M.; MIDDLEKAUFF, H.R. Abnormal neurovascular control during exercise is linked to heart failure severity. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.280, p.H1286-92, 2001a. NEGRÃO, C.E.; TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RIBEIRO, M.M.; RONDON, M.U.R.P.; TINUCCI, T.; FORJAZ, C.L.M.; BARRETTO, A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F. Muscle metaboreflex control is diminished in normotensive obese women. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.281, p.H469-75, 2001b. OSTERZIEL, K.J.; HANLEIN, D.; WILLENBROCK, R.; EICHHORN, C.; LUFT, F.; DIETZ, R. Baroreflex sensitivity and cardiovascular mortality in patients with mild to moderate heart failure. British Heart Journal, London, v.73, n.6, p.517-22, 1995. PACKER, M. Effects of beta-adrenergic blockade on survival of patients with chronic heart failure. American Journal of Cardiology, New York, v.80, p.46-54, 1997. REZK, C.C. Influência da intensidade do exercício resistido sobre as respostas hemodinâmicas pós-exercício e seus mecanismos de regulação. 2004. 64f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo. RIBEIRO, M.M.;TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; FORJAZ, C.L.M.; BARRETTO, A.C.P.; VILLARES, S.M.F.; NEGRÃO, C.E. Muscle sympathetic nerve activity and hemodynamic alterations in middle-age obese women. Brazilian Journal of Medical Biological Research, Ribeirão Preto, v.34, p.475-478, 2001. RONDON, M.U.P.; ALVES, M.J.N.N.; BRAGA, A.M.F.W.; TEIXEIRA, O.T.U.N.; BARRETTO, A.C.P.; KRIEGER, E.M., NEGRÃO, C.E. Postexercise blood pressure reduction in elderly hypertensive patients. Journal of the American College of Cardiology, New York, v.30, p.676-82, 2002. RONDON, M.U.P.B.; BRUM, P.C. Exercício físico como tratamento não-farmacológico da hipertensão arterial. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto, v.10, p.134-9, 2003. ROVEDA, F.; MIDDLEKAUFF, H.R.; RONDON, M.U.P.; REIS,S.F.; SOUZA,M.; NASTARI, L.; BARRETTO, A.C.P.; KRIEGER, E.M.; NEGRÃO, C.E. The effects of exercise training on sympathetic neural activation in advanced heart failure: A randomized controlled trial. Journal of American College of Cardiology, New York, v.42, p.854-60, 2003. SANTAELLA, D.F. Efeitos do relaxamento e do exercício físico nas respostas pressórica e autonômica pós-intervenção em indivíduos normotensos e hipertensos. 2003. 215f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • 11. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 31 Adaptações agudas e crônicas SECCARECCIA, F.; MENOTTI, A. Physical activity, physical fitness and mortality in a sample of middle aged men followed-up 25 years. Journal of Sports Medicine Physical Fitness, Turin, v.32, n.2, p.206-13, 1992 SILVA, G.J.J.; BRUM, P.C.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M.. Acute and chronic effects of exercise on baroreflexes in spontaneously hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.30, p.714-9, 1997. SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. IV diretrizes brasileiras de hipertensão arterial. Campos do Jordão: SBH/SBC/ SBN, 2002. p.40. SOUZA, M.O. Efeito do treinamento físico aeróbio nos níveis pressóricos clínicos e de 24 horas de indivíduos hipertensos. 2003. 113f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo. TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; LATERZA, M.C.; KUNIYOSHI, F.H.S.; BARRETTO, A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F.; NEGRÃO, C.E. Weight loss improves muscle metaboreflex control in obesity. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.285, p.H974-82, 2003. VAN HOOF, R.; HESPEL, P.; FAGARD, R.; LIJNEN, P.; STAESSEN, J.; AMERY, A. Effect of endurance training on blood pressure at rest, during exercise and during 24 hours in sedentary men. American Journal of Cardiology, New York, v.63, p.945-9,1989. VÉRAS-SILVA, A.S.; MATTOS, K.C.; GAVA, N.S.; BRUM, P.C.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Low-intesity exercise training decreases cardiac output and hypertension in spontaneously hypertensive rats. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.273, n. 42, p.H2627-31, 1997. ENDEREÇO Patricia Chakur Brum Depto. Biodinâmica do Movimento do Corpo Humano Escola de Educação Física e Esporte /USP Av. Prof. Mello Moraes, 65 05508-900 - São Paulo - SP - BRASIL