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EVOLUÇÃO DA QUALIDADE
                                                                      NOTAS DE AULA



      Os estudos sobre qualidade, em um sentido mais amplo da palavra, começaram com W.A.
Shewhart.
       Shewhart era estatístico, norte-americano, que ainda nos anos 20 questionava-se sobre
assuntos relacionados a qualidade e com a variabilidade de itens produzidos. Para tanto
desenvolveu um sistema de mensuração, de medição, das variabilidades identificadas, que ficou
conhecido como Controle Estatístico de Processo (CEP).
       Também é dele a criou o Ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Action), um método
extremamente difundido não apenas na gestão da qualidade, mas em todas as ciências gerenciais,
que também ficou conhecido como “Ciclo Deming da Qualidade”.
       Depois da Segunda Guerra Mundial, o Japão, completamente destruído, se via em
situação delicada, necessitando se reconstruir, foi alvo de um dos maiores e mais consistentes
avanços na definição e desenvolvimento dos conceitos essenciais de gestão da qualidade.
        Convidado pelo Japanese Union of Scientists and Engineers (JUSE), W.E. Deming,
pesquisidor e consultor foi ao Japão onde desenvolveu atividades de orientação e consultoria na
área de qualidade, ainda com um forte viés estatístico. Entre suas atividades iria proferir
palestras e treinar empresários e industriais japoneses sobre o controle estatístico da qualidade.
       Deming era graduado em engenharia, mestre em matemática e física também tinha
doutor em matemática mas se definia como “consultor em estudos estatísticos.
        Foi graças a ação de Deming que o Japão inicia uma revolução, considerada por alguns
uma revolução gerencial silenciosa, principalmente quando comparada com a ruidosa e
espalhafatosa revolução que ocorria nos países do ocidente.
        O fato é que as mudanças impostas pela nova visão que orientou a constituição de novas
empresas e o processo de construção do Japão chegaram a ser consideradas uma revolução
cultural.
        Essa mudança silenciosa de postura gerencial proporcionou ao Japão o sucesso de que
desfruta até hoje como potência mundial.
        O período pós-guerra gerou a possibilidade, e necessidade, de que empresas e
organizações realinhassem questões, como conceitos e utilização, sobre o planejamento.
        Havia uma clara incompatibilidade entre os produtos elaborados e as necessidades dos
consumidores. Isso fez com que empresas começassem a procurar nas ferramentas de
planejamento estratégico a alternativa de realinhar suas operações, conduzindo seus esforços de
acordo com as pressões do ambiente externo, do mercado.
        Isso pode ser visto como elemento positivo ainda no século passado, na década de 70,
momento em que o mundo experimentou uma grande crise, a primeira grande crise do petróleo,
onde a disseminação daquelas informações se mostraram extremamente valiosas .
        Levar em consideração aspectos como questões sócio-culturais e políticas
se mostraram de fundamental importância, sendo seu estudo válido até hoje.
        Não se concebiam ideias de gestão que não considerassem os interesses das empresas. O
ambiente se tornava cada vez mais agressivo para as empresas, de todo o mundo, mas as japonesas
se saiam melhor que a média pois pensavam não apenas em questões pontuais, mas em relações de
necessidade e futuro. Observavam o mundo de forma mais ampla e complexa, por uma visão mais
focada em qualidade, em amplo sentido.

Elaborado pelo Professor Gabriel A L A Castelo Branco. O material é de uso do professor e serve de suporte aos cursos ministrados, não sendo
substitutos de leituras obrigatórias. Material primário, sem correção de texto ou digitação. Se não concordar com algo e se quiser colaborar, escreva
para prof.gabriel@gmail.com
Os estudos da qualidade então influenciam a visão sobre o planejamento estratégico, como
uma consequência natural, e influenciam as novas tendencias na gestão de empresas, agora em todo
o mundo. Renascia o gigante asiático, que de uma economia em destroços se fixava como uma das
maiores potencias econômicas do planeta.
        O planejamento estratégico, em associação a gestão estratégica, se consolida como área de
estudos nas ciências gerenciais na década de 80 sendo elemento de estudo e análise até o presente.
A gestão estratégica leva em consideração algumas questões derivadas da visão do planejamento
estratégico, fundamentais, como as variáveis técnicas, econômicas, informacionais, sociais,
psicológicas e políticas que ao serem consideradas orientam e colocam a condução das empresas e
organizações em uma direção, direcionamento, claro e definido.
        A indefinição sobre a gestão e seus propósitos pode ser considerado um dos grandes males e
constitui diferencial.
        Empresas bem dirigidas e direcionadas contribuem de forma mais clara para a sociedade.
        Direcionamento das empresas deve considerar, obviamente, o interesse de seus
consumidores e do mercado em que atuam.
        As empresas ainda podem ser afetadas de forma negativa quando a qualidade percebida de
seus produtos não atende a necessidade de clientes ou por aspectos relacionados a produtividade
que apresentam variações relativas a deficiências na
capacitação dos recursos humanos; modelos gerenciais ultrapassados; baixa motivação; etc.
        Uma ferramenta gerencial que inicialmente se pode utilizar é a análise PEST, que visa
mapear e entender o ambiente que circunda a organização, permitindo que ela tome melhores
decisões


                                                                   Análise PEST
       É um método Fatores Políticos                                1.     Regulamentos e Proteções Ambientais
       que permite                                                  2.     Regulamentos de Comércio Internacional e Limitações
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                                                                    16.    Taxa de Desemprego

                               Fatores Socioculturais               17.    Distribuição de Renda
                                                                    18.    Aspectos Demográficos
                                                                    19.    Taxa de Crescimento da População


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substitutos de leituras obrigatórias. Material primário, sem correção de texto ou digitação. Se não concordar com algo e se quiser colaborar, escreva
para prof.gabriel@gmail.com
20.    Distribuição da Idade
                                                                    21.    Mudanças no estilo de vida
                                                                    22.    Atitudes do Trabalhador
                                                                    23.    Grau de instrução
                                                                    24.    Consciência da saúde e segurança

                               Fatores Tecnológicos                 25.    Despesas em Pesquisas do Governo
                                                                    26.    Novos Produtos e serviços
                                                                    27.    Importações e dependência externa
                                                                    28.    Ciclo de vida da Tecnologia
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                                                                    30.    Mudanças na Tecnologia da Informação
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Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 

Princípios da qualidade

  • 1. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE NOTAS DE AULA Os estudos sobre qualidade, em um sentido mais amplo da palavra, começaram com W.A. Shewhart. Shewhart era estatístico, norte-americano, que ainda nos anos 20 questionava-se sobre assuntos relacionados a qualidade e com a variabilidade de itens produzidos. Para tanto desenvolveu um sistema de mensuração, de medição, das variabilidades identificadas, que ficou conhecido como Controle Estatístico de Processo (CEP). Também é dele a criou o Ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Action), um método extremamente difundido não apenas na gestão da qualidade, mas em todas as ciências gerenciais, que também ficou conhecido como “Ciclo Deming da Qualidade”. Depois da Segunda Guerra Mundial, o Japão, completamente destruído, se via em situação delicada, necessitando se reconstruir, foi alvo de um dos maiores e mais consistentes avanços na definição e desenvolvimento dos conceitos essenciais de gestão da qualidade. Convidado pelo Japanese Union of Scientists and Engineers (JUSE), W.E. Deming, pesquisidor e consultor foi ao Japão onde desenvolveu atividades de orientação e consultoria na área de qualidade, ainda com um forte viés estatístico. Entre suas atividades iria proferir palestras e treinar empresários e industriais japoneses sobre o controle estatístico da qualidade. Deming era graduado em engenharia, mestre em matemática e física também tinha doutor em matemática mas se definia como “consultor em estudos estatísticos. Foi graças a ação de Deming que o Japão inicia uma revolução, considerada por alguns uma revolução gerencial silenciosa, principalmente quando comparada com a ruidosa e espalhafatosa revolução que ocorria nos países do ocidente. O fato é que as mudanças impostas pela nova visão que orientou a constituição de novas empresas e o processo de construção do Japão chegaram a ser consideradas uma revolução cultural. Essa mudança silenciosa de postura gerencial proporcionou ao Japão o sucesso de que desfruta até hoje como potência mundial. O período pós-guerra gerou a possibilidade, e necessidade, de que empresas e organizações realinhassem questões, como conceitos e utilização, sobre o planejamento. Havia uma clara incompatibilidade entre os produtos elaborados e as necessidades dos consumidores. Isso fez com que empresas começassem a procurar nas ferramentas de planejamento estratégico a alternativa de realinhar suas operações, conduzindo seus esforços de acordo com as pressões do ambiente externo, do mercado. Isso pode ser visto como elemento positivo ainda no século passado, na década de 70, momento em que o mundo experimentou uma grande crise, a primeira grande crise do petróleo, onde a disseminação daquelas informações se mostraram extremamente valiosas . Levar em consideração aspectos como questões sócio-culturais e políticas se mostraram de fundamental importância, sendo seu estudo válido até hoje. Não se concebiam ideias de gestão que não considerassem os interesses das empresas. O ambiente se tornava cada vez mais agressivo para as empresas, de todo o mundo, mas as japonesas se saiam melhor que a média pois pensavam não apenas em questões pontuais, mas em relações de necessidade e futuro. Observavam o mundo de forma mais ampla e complexa, por uma visão mais focada em qualidade, em amplo sentido. Elaborado pelo Professor Gabriel A L A Castelo Branco. O material é de uso do professor e serve de suporte aos cursos ministrados, não sendo substitutos de leituras obrigatórias. Material primário, sem correção de texto ou digitação. Se não concordar com algo e se quiser colaborar, escreva para prof.gabriel@gmail.com
  • 2. Os estudos da qualidade então influenciam a visão sobre o planejamento estratégico, como uma consequência natural, e influenciam as novas tendencias na gestão de empresas, agora em todo o mundo. Renascia o gigante asiático, que de uma economia em destroços se fixava como uma das maiores potencias econômicas do planeta. O planejamento estratégico, em associação a gestão estratégica, se consolida como área de estudos nas ciências gerenciais na década de 80 sendo elemento de estudo e análise até o presente. A gestão estratégica leva em consideração algumas questões derivadas da visão do planejamento estratégico, fundamentais, como as variáveis técnicas, econômicas, informacionais, sociais, psicológicas e políticas que ao serem consideradas orientam e colocam a condução das empresas e organizações em uma direção, direcionamento, claro e definido. A indefinição sobre a gestão e seus propósitos pode ser considerado um dos grandes males e constitui diferencial. Empresas bem dirigidas e direcionadas contribuem de forma mais clara para a sociedade. Direcionamento das empresas deve considerar, obviamente, o interesse de seus consumidores e do mercado em que atuam. As empresas ainda podem ser afetadas de forma negativa quando a qualidade percebida de seus produtos não atende a necessidade de clientes ou por aspectos relacionados a produtividade que apresentam variações relativas a deficiências na capacitação dos recursos humanos; modelos gerenciais ultrapassados; baixa motivação; etc. Uma ferramenta gerencial que inicialmente se pode utilizar é a análise PEST, que visa mapear e entender o ambiente que circunda a organização, permitindo que ela tome melhores decisões Análise PEST É um método Fatores Políticos 1. Regulamentos e Proteções Ambientais que permite 2. Regulamentos de Comércio Internacional e Limitações estudar e 3. Legislações Específicas analisar de 4. Regulamentos entre Concorrência forma 5. Regulamentos de Segurança qualitativa um determinado 6. Código de Defesa do Consumidor (CDC) cenário ou 7. Leis Trabalhistas (CLT) ambiente, 8. Programas e Atitudes do Governo possibilitando 9. Estabilidade Politica a compreensão de ambientes 10. Órgãos Fiscalizadores complexos e Fatores Econômicos 11. Crescimento econômico em 12. Taxas de Juros e Politica Monetária permanente 13. Despesas do Governo mudança. 14. Inflação 15. Taxa de Cambio 16. Taxa de Desemprego Fatores Socioculturais 17. Distribuição de Renda 18. Aspectos Demográficos 19. Taxa de Crescimento da População Elaborado pelo Professor Gabriel A L A Castelo Branco. O material é de uso do professor e serve de suporte aos cursos ministrados, não sendo substitutos de leituras obrigatórias. Material primário, sem correção de texto ou digitação. Se não concordar com algo e se quiser colaborar, escreva para prof.gabriel@gmail.com
  • 3. 20. Distribuição da Idade 21. Mudanças no estilo de vida 22. Atitudes do Trabalhador 23. Grau de instrução 24. Consciência da saúde e segurança Fatores Tecnológicos 25. Despesas em Pesquisas do Governo 26. Novos Produtos e serviços 27. Importações e dependência externa 28. Ciclo de vida da Tecnologia 29. Aspectos da Energia 30. Mudanças na Tecnologia da Informação 31. Mudanças na Internet 32. Mudanças na Tecnologia Móvel Elaborado pelo Professor Gabriel A L A Castelo Branco. O material é de uso do professor e serve de suporte aos cursos ministrados, não sendo substitutos de leituras obrigatórias. Material primário, sem correção de texto ou digitação. Se não concordar com algo e se quiser colaborar, escreva para prof.gabriel@gmail.com