Este documento descreve a linha do tempo da arquitetura egípcia à gótica em 15 pontos, desde as primeiras construções de tumbas egípcias até as últimas grandes iniciativas arquitetônicas romanas. A arquitetura grega é caracterizada pelo período clássico e construções como o Parthenon. Já a arquitetura romana se destaca pelo domínio da técnica construtiva em concreto e obras como o Panteão.
2. Arquitetura
Egipcia
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Gabriel Felix & Tamara Bravo
3. Arquitetura
Egipcia
“Os egípcios não tinham guindastes nem
roldanas. Todos os seus monumentos
foram erguidos com a ajuda de rampas de
cascalho e areia. Os grupos de homens
arrastavam blocos de pedra pelas rampas
acima. Por vezes, colocavam-se rolos por
baixo dos blocos para que se movessem
mais facilmente. Os blocos eram
dispostos em uma camada de cada vez.”
MILLARD, Anne. The Egyptians (Peoples of the
past). London: MacDonald & Company, 1975
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4. Arquitetura
Egipcia
1 Desde a primeira era dinástica egípcia,
3.500 a.C, eram construídas tumbas
egípcias: as mastabas, construídas com
barro e palha, o tijolo de adobe.
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5. Arquitetura
Egipcia
2 Primeira pirâmide a ser construída:
Pirâmide Escalonada, em Sakkara na III
Dinastia - 2668 a.C., representa várias
construções de uma mastaba primitiva.
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6. Arquitetura
Egipcia
3 Transição pirâmide escalonada e lisa: O 1º
rei da IV Dinastia, 2613 - 2494 a.C,
mandou construir seu completo mortuário
em Dahshur, constituído pela Pirâmide de
Meidum, Pirâmide Curvada e Pirâmide
Vermelha. A pirâmide de Meidum teve
início como uma pirâmide escalonada,
porém os lados foram posteriormente
envoltos em tufo calcário, dessa forma, o
final da obra aparentou uma pirâmide lisa,
com quatro enormes triângulos
equiláteros.
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7. Arquitetura
Egipcia
4 Pirâmide Inclinada: Os projetistas escolheram
uma estrutura basal fraca e a pirâmide começou
a se inclinar. Para conclui-la e torná-la mais
instável foi necessária a redução do ângulo da
parte superior. Pirâmide Vermelha:
Nomenclatura dada graças ao tom de sua
superfície exposta ao granito. Pirâmide curvada
e vermelha serviram de modelo para a
construção das pirâmides de Gizé. Pirâmides de
Gizé: Pirâmide de Quéops é uma das sete
maravilhas do mundo. Com 146,4 m de altura,
segue como uma das maiores construções de
todos os tempos. Pirâmide de Quéfren: a
segunda maior pirâmide do Egito, atualmente
143 m, possui uma esfinge próxima a ela.
Pirâmide de Miquerinos: a menor do completo,
atualmente 62m.
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8. Arquitetura
Egipcia
5 O Novo Império, após o Antigo Império, introduziu os
hipogeus, túmulos de rocha subterrâneos. Eram
projetados para enganar os saqueadores de templos,
contudo, um dos poucos que escaparam foi o templo
de Tutancâmon. Além das pirâmides e hipogeus,
existiram os templos construídos para a veneração
popular dos seus deuses. O acesso a esses templos
passa por avenidas flanqueadas por esfinges e grandes
portões que conduzem a salões de colunas, pátios e
santuários. Existem templos que representam a
obsessão dos egípcios com
a escultura em grande escala como os Templos de
Luxor e Abu-Simbel, entretanto existem templos que se
aproximam da estrutura que seria encontrada na Grécia,
como o templo de rainha Hatsheput.
Com o passar do tempo, os Egípcios não conseguiram
atingir novamente o auge das pirâmides e dos templos e
o poder do Estado foi enfraquecido e conquistado
sucessivamente pelos assírios (670 a.C.), persas (525
a.C.), gregos (332 a.C.) e romanos (30 a.C.)
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9. Arquitetura
Egipcia
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10. Arquitetura
Grega
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11. Arquitetura
Grega
"Antes da Grécia Antiga, a arquitetura
parece um tanto obscura e misteriosa, um
teatro de rituais sombrios e até mesmo
macabros, uma ópera de efeitos
histriônicos e formas caprichosas. Apesar
de não ser estritamente verdade, é
apenas com a perfeição geométrica e a
nobre ordem dos templos e anfiteatros
gregos que a arquitetura começa a
oferecer uma ligação harmônica
entre a humanidade e os deuses, o
cotidiano e o espiritual, a arte da
edificação e a magnífica simplicidade da
natureza."
GLANCEY, Jonathan. The history of Architecture.
DK Publishing.
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12. Arquitetura
Grega
Antes da invasão dos dórios, existiu a arte
6 micênica, 1400-1100 a.C., que recebeu
influência do Egito Antigo em relação ao
culto dos mortos e forte influência da
Idade dos Metais.
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13. Arquitetura
Grega
A partir da invasão dos dórios e a junção
7 com os jônicos iniciou-se o
desenvolvimento histórico da arte grega,
que pode ser dividida em três períodos:
Arcaico, Clássico, Helenístico.
Durante o período Arcaico (750-480 a.C.)
foram construídos os primeiros templos
inspirados nas habitações micênicas,
funcionou como uma preparação para o
período Clássico.
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14. Arquitetura
Grega
Período Clássico (480-320 a.C.): A arte clássica
8
tem seu fundamento no passado e visa à
perfeição absoluta fazendo uso de relações
métricas. A cidade grega é dominada pela
acrópole, a acrópole de Atenas é conhecida
pela construção do Parthenon. Há as colunatas
– corredores de colunas que circundam todos
os lados de um templo grego. A coluna usada
na construção do Parthenon foi a de estilo
dórico. Além do estilo dórico, ainda existem
estilo jônico o qual um exemplo de templo é o
Erecteion e o estilo coríntio que é vista como
uma variação jônica sugerindo delicadeza e
feminilidade.
Outro tipo de arquitetura grega é o teatro, com
sua forma meio funil da escadaria aproveitando
as inclinações naturais do solo, como o teatro
de Epidauro.
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15. Arquitetura
Grega
Período Helenístico (320-30 a.C.): Período
9 que não contou com grandes
construções, entretanto foi um período de
divulgação e concretização da cultura
grega nos territórios que Alexandre, o
Grande, conquistava. Durante esse
período foram fundadas várias cidades de
cultura grega, entre elas Alexandria e
Antioquia, capitais do Egito ptolemaico e
do Império Selêucida.
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16. Arquitetura
Grega
Período Helenístico (320-30 a.C.): Período
9 que não contou com grandes
construções, entretanto foi um período de
divulgação e concretização da cultura
grega nos territórios que Alexandre, o
Grande, conquistava. Durante esse
período foram fundadas várias cidades de
cultura grega, entre elas Alexandria e
Antioquia, capitais do Egito ptolemaico e
do Império Selêucida.
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17. Arquitetura
Grega
A história dos gregos terminou a rigor em
10 146 a.C., quando a Grécia se tornou uma
província de Roma. Porém, é tradição
estender esta data até 30 a.C. quando o
Egito ptolemaico foi finalmente anexado
pelos romanos.
A Grécia influenciou fortemente a
arquitetura romana e valorizada e
integrada na moderna cultura ocidental.
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18. Arquitetura
Grega
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19. Arquitetura
Romana
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20. Arquitetura
Romana
"Somente a partir do século II a.C.
começa a existir uma arte romana. (...)Na
sua fase de ascensão, que culmina com a
conquista da península e com o início da
expansão do Mediterrâneo, não apenas
se exime de dar à experiência estética um
lugar no sistema de valores da própria
cultura, mas também deliberada e
ostensivamente a exclui. Somente a
arquitetura tem direito de cidadania,
sobretudo como técnica útil aos fins do
governo da esfera pública e, como
engenharia militar, das operações
bélicas."
ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte Italiana
V1. Cosac Naify.
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21. Arquitetura
Romana
Somente a partir do século II a.C. começa
11 a existir uma arte romana. No entanto, na
sua fase de ascensão, que culmina com a
conquista da península e com o início da
expansão no Mediterrâneo, somente a
arquitetura tem direito de cidadania,
sobretudo como técnica útil aos fins do
governo da esfera pública e como
engenharia militar, das operações bélicas.
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22. Arquitetura
Romana
Os romanos dominaram a técnica em
12 construção "plástica", como é conhecida
a construção que se utiliza do concreto,
que por sua vez é tido como um material
maleável, possibilitando uma construção
livre e em grande escala, como por
exemplo: O Coliseu.
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23. Arquitetura
Romana
O Panteão(27 a.C. e reconstruído após
13 incêndio de 80 d.C. em 125 d.C.) está
para Roma antiga assim como o
Parthenon está para a Grécia antiga. Ele
representa o ponto alto do projeto e da
engenharia estrutural romanos e resume a
diferença entre as maneiras grega e
romana de construir.
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24. Arquitetura
Romana
Na Arquitetura romana, diferentemente da
14 grega, inteiramente colocada sobre linhas
retas, a curva é o princípio formal de toda
a construção até da composição
urbanística. A forma-base da arquitetura
romana é, pois, o arco: estrutura curvilínea
que recolhe e individualiza os pesos e
empuxos nos dois pontos do
assentamento onde se liga às pilastras de
sustentação.
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25. Arquitetura
Romana
A última grande iniciativa é a do
15 imperador Aureliano, que, em 272 d.C.
decide cercar toda a cidade com
muralhas: é uma operação imensa, mas
que anuncia o iminente declínio do Estado
- é a implícita admissão de que a cidade
não pode crescer e estender-se, mas
somente defender-se da ameaça de um
inimigo que o exército não sabe mais
manter distante, além das fronteiras.
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26. Arquitetura
Romana
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27. Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
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28. Arquitetura
"Then arose new architects who after the
manner of their barbarous nations erected
buildings in that style which we call Gothic."
Surgiram então novos arquitetos cujas
maneiras bárbaras de suas nações,
ergueram contruções do estilo que
chamamanos de gótico.
(Tradução Livre)
VASARI, Giorgio (1511 – 1574)
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29. Arquitetura
O gótico foi o movimento que envolveu a
arquitetura, pintura, escultura e etc.
compreendido entre o estilo românico e o
início do Renascimento, período
compreendido de meados do século XII
ao início do século XV. O historiador
Florentino Giorgio Vasari(1511-1574) foi o
primeiro a intitular a arquitetura daquela
época como "Gótica", em referência às
tribos nórdicas que invadiram o império
romano no sexto século.
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30. Arquitetura
A estética gótica tem por finalidade
exaltar a espiritualidade que deve
comandar as ações humanas. A catedral
é o ponto central, é onde se reúnem as
outras artes, a escultura, os vitrais e
outras realizações acessórias se
conjugam nesse sentido. O caráter
hierático e distante das figuras religiosas,
inclusive a de Cristo, surge mais
humanizado do que na arte bizantina ou
românica.
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31. Arquitetura
Arquitetura gótica é o resultado de um desafio
de engenharia: como expandir em pedra, cada
vez mais amplas e mais altas superfícies? Com
o gótico, a arquitetura ocidental atingiu um dos
pontos culminantes da arquitetura pura. As
abóbadas cada vez mais elevadas e maiores,
não se apoiavam em muros e paredes
compactas e sim sobre pilastras ou feixes de
colunas. Uma série de suportes que eram
constituídos por arcobotantes e contrafortes
possuíam a função de equilibrar de modo
externo o peso excessivo das abóbadas. Desta
forma, imensas paredes espessas foram
excluídas dos edifícios de género gótico e foram
substituídas por vitrais e rosáceas que
iluminavam o ambiente interno.
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32. Arquitetura
Os vitrais também são fundamentais para uma
boa iluminação no interior das catedrais.
Considerada uma arquitetura 'de paredes
transparentes, luminosas e coloridas', a
arquitetura gótica considera o vitral um
importante elemento, pois cria uma atmosfera
mística que deveria sugerir, na visão do povo
medieval, as visões do Paraíso, a sensação de
purificação. Os raios solares são filtrados pelos
vitrais e rosáceas, criando no interior da
estrutura gótica, um ambiente iluminado e
colorido e também, transmitindo aos fiéis
religiosos uma sensação de êxtase. "As
imagens nas janelas são principalmente para os
humildes, que não sabem ler a Palavra, para
mostrar-lhes em que acreditar" - Abade Suger.
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33. Arquitetura
Por fim, o movimento gótico serviu de
ponte entre o último suspiro da idade
média(vista posteriormente como idade
das trevas) e o Renascimento que trazia o
iluminismo e o antropocentrismo como
suas pontas de lança e
consequentemente a revisitação ao estilo
Clássico(Grécia).
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