O documento apresenta uma introdução ao FRBR e ao RDA, incluindo suas definições, objetivos, estruturas e mudanças. O FRBR é um modelo conceitual para registros bibliográficos que define entidades, atributos e relacionamentos. O RDA é um novo padrão para catalogação que substitui o AACR2 e é baseado no FRBR.
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Introdução ao FRBR e ao RDA (Pet Cultural 2011)
1. Programa de Educação Tutorial - Biblioteconomia
Unesp, Campus de Marília
PET Cultural
21 de outubro de 2011
Introdução ao FRBR e ao RDA
Fabrício Silva Assumpção | assumpcao.f@gmail.com
2. Conteúdo
FRBR
O que é FRBR?
Objetivos
Entidades, atributos e relacionamentos
Tarefas do usuário
Influências do FRBR
RDA
O que é RDA?
Objetivos
Estrutura
Mudanças
Exemplos
4. FRBR
Functional Requirements for Bibliographic Records
Requisitos Funcionais para registros bibliográficos
Resultado do estudo empreendido por um grupo de
estudo da IFLA entre os anos de 1992 e 1997
Versão final publicada em 1998
Modelo conceitual desenvolvido com a técnica de
análise das entidades, atributos e relacionamentos
5. FRBR
O estudo teve dois objetivos principais:
prover um quadro claramente definido e estruturado para
relacionar os dados que são registrados em registros
bibliográficos com as necessidades dos usuários desses
registros
recomendar um nível básico de funcionalidade para
registros criados por agências bibliográficas nacionais.
(IFLA STUDY GROUP ON THE FUNCTIONAL REQUIREMENTS FOR BIBLIOGRAPHIC
RECORDS, 2008, p. 7)
7. Entidades, atributos e relacionamentos
Entidade: uma “coisa” ou um “objeto” no mundo real
que pode ser identificada de forma unívoca em relação
a todos os outros objetos. Uma entidade pode ser
concreta ou abstrata.
Atributos: as diversas características que um tipo de
entidade possui, ou propriedades descritivas de cada
membro de um conjunto de entidades.
Relacionamento: uma associação entre uma ou várias
entidades.
(MORENO, 2005, p. 26)
8. Grupo 1
Obra
É realizada
através da
Expressão
Está contida na
Manifestação
É exemplificada pelo
Item
9. Obra
Uma distinta criação intelectual ou artística.
The lord of the rings
Dom Casmurro
Os lusíadas
Harry Potter and the Philosopher's Stone
10. Expressão
A realização intelectual ou artística de uma obra na
forma alfanumérica, musical, notação coreográfica,
som, imagem, objeto, movimento, etc., ou qualquer
combinação de tais formas.
Harry Potter e a Pedra Filosofal
Edição ilustrada
Harry Potter and the Philosopher's Stone
Edição revisada
Harry Potter y la piedra filosofal
11. Manifestação
A materialização da expressão de uma obra.
Harry Potter a Ordem da Fênix
Rocco, 2003 Publicação digital
ISBN 853251622X
Harry Potter a Ordem da Fênix
Rocco, 2009
ISBN 9788532523099
Publicação impressa
12. Item
Um único exemplar de uma manifestação.
Exemplar que está na
estante da biblioteca X
Arquivo PDF que está em
meu pen drive
13. Grupo 1
Obra
É realizada
através da
Expressão
Está contida na
Manifestação
É exemplificada pelo
Item
14. Obra
“ideia”
Manifestação Expressão
Texto em Texto em
inglês português
Editora X, Editora A, Editora A,
2004 2008 2011
Item 1
Item 1 Item 1
Item 2
Item
Item 2
Item 3
Item 4
15. Grupo 1 e Grupo 2
Obra
Expressão
Manifestação
Item
É guardado por
É produzida por Pessoa
É realizada por Entidade
coletiva
É criada por
18. Grupo 1 e Grupo 2
Obra
Expressão
Manifestação
Item
É guardado por
É produzida por Pessoa
É realizada por Entidade
coletiva
É criada por
19. Grupos 1, 2 e 3
Obra Obra
Expressão
Tem como assunto Manifestação
Item
Pessoa
Tem como assunto Entidade coletiva
Conceito
Objeto
Tem como assunto Evento
Lugar
20. Conceito
Uma noção abstrata ou ideia.
Campos do conhecimento Disciplinas
Religiões Ideologias políticas
Filosofias Teorias Processos
Técnicas Práticas
24. Grupos 1, 2 e 3
Obra Obra
Expressão
Tem como assunto Manifestação
Item
Pessoa
Tem como assunto Entidade coletiva
Conceito
Objeto
Tem como assunto Evento
Lugar
26. Tarefas do usuário
encontrar entidades que correspondem ao
critério de busca do usuário
identificar uma entidade
selecionar uma entidade que é apropriada às
necessidades do usuário
adquirir ou obter acesso à entidade descrita
27. Influências do FRBR
Declaração dos Princípios Internacionais
de Catalogação
Outros modelos conceituais:
FRAD – Functional Requirements for
Authority Data (Requisitos Funcionais para
Dados de Autoridade)
FRSAD - Functional Requirements for Subject
Authority Data (Requisitos Funcionais para
Dados de Autoridade de Assunto)
Regras, códigos, normas, etc. de
catalogação
Projetos de catálogo
...
29. RDA
Resource Description and Access
Descrição de Recursos e Acesso
Recursos: Descrição e Acesso
Prover diretrizes e instruções para o registro dos
atributos e relacionamentos das entidades obra,
expressão, manifestação, item, pessoa, família,
entidade coletiva, conceito, objeto, evento e lugar.
www.rda-jsc.org/docs/rdabrochureJanuary2010.pdf
30. RDA
Substituir o AACR2
Projetado para o ambiente digital
Cobertura de todo o tipo de conteúdo e mídia
Bases:
Declaração dos princípios internacionais de catalogação
Modelos conceituais FRBR e FRAD
International Standard for Bibliographic Description (ISBD)
Tradição anglo-americana
31. RDA
Os modelos FRBR e FRAD provêm ao RDA uma base
estrutural que tem o escopo necessário para suportar:
uma cobertura abrangente de todo tipo de conteúdo e
mídia,
a flexibilidade e extensibilidade necessárias para
acomodar as características de novos recursos, e
a adaptabilidade necessária para os dados produzidos
funcionarem em uma ampla gama de ambientes
tecnológicos.
(AMERICAN...; CANADIAN...; CHARTERED..., 2008, p. 3)
32. AACR2
Anglo American Cataloguing Rules (Código de catalogação
anglo-americano)
Parte I
Orientada ao tipo de recurso (livro, mapa, etc.)
Um capítulo para cada tipo de recurso
Parte II
Pontos de acesso: pessoas, entidades coletivas, nomes
geográficos, títulos uniformes e remissivas
33. AACR2
Descrição:
A inteligência coletiva : por uma antropologia do
ciberespaço / Pierre Lévy ; tradução: Luiz Paulo Rouanet.
- 4. ed. - São Paulo : Loyola, 2003. - 212 p. : il. - Título
original: L’intelligence collective: pour une anthropologie
du cyberspace. - Inclui bibliografia. – ISBN 85-15-01613-3
Pontos de acesso
Lévy, Pierre,1956-
Rouanet, Luiz Paulo
A inteligência coletiva
34. Estrutura do RDA
Seção 1: Manifestação e Item
Atributos Seção 2: Obra e Expressão
Seção 3: Pessoa, Família e
RDA Entidade coletiva
Seção 4: Conceito, Objeto,
Relacionamentos Evento e Lugar
35. Estrutura do RDA
Seção 5: Relacionamentos primários
entre uma Obra, Expressão,
Manifestação e Item
Atributos
Seção 6: Pessoas, Famílias e Entidades
coletivas associadas ao recurso
RDA Seção 7: Assuntos
Seção 8: Relacionamentos entre Obras,
Relacionamentos Expressões, Manifestações e Itens
Seção 9: Entre Pessoas, Famílias e
Entidades coletivas
Seção 10: Entre Conceitos, Objetos,
Eventos e Lugares
36. RDA: Registro dos atributos
Seção 1: Registro dos atributos de Manifestação e Item
1. Diretrizes gerais para o registro dos atributos de
Manifestações e Itens
2. Identificação de Manifestações e Itens
3. Descrição de suportes
4. Provendo aquisição e acesso à informação
Seção 2: Registro dos atributos de Obra e Expressão
5. Diretrizes gerais para o registro dos atributos de Obras e
Expressões
6. Identificação de Obras e Expressões
7. Descrição do conteúdo
37. RDA: Registro dos atributos
Seção 3: Registro dos atributos de Pessoa, Família e Entidade
coletiva
8. Diretrizes gerais para o registro dos atributos de Pessoas,
Famílias e Entidades coletivas
9. Identificação de Pessoas
10. Identificação de Famílias
11. Identificação de Entidades coletivas
Seção 4: Registro dos atributos de Conceito, Objeto, Evento
e Lugar
12. Diretrizes gerais para o registro dos atributos de Conceitos,
Objetos, Eventos e Lugares
13. Identificação de Conceitos
14. Identificação de Objetos
15. Identificação de Eventos
16. Identificação de Lugares
38. RDA: Registro dos relacionamentos
Seção 5: Registro dos relacionamentos primários entre uma
Obra, Expressão, Manifestação e Item
17. Diretrizes gerais para o registro dos relacionamentos primários
entre uma Obra, Expressão, Manifestação e Item
Seção 6: Registro dos relacionamentos para Pessoas, Famílias
e Entidades coletivas associadas com um recurso
18. Diretrizes gerais para o registro dos relacionamentos para
Pessoas, Famílias e Entidades coletivas associadas a um recurso
19. Pessoas, Famílias e Entidades coletivas associadas a uma Obra
20. Pessoas, Famílias e Entidades coletivas associadas a uma
Expressão
21. Pessoas, Famílias e Entidades coletivas associadas a uma
Manifestação
22. Pessoas, Famílias e Entidades coletivas associadas a um Item
39. RDA: Registro dos relacionamentos
Seção 7: Registro dos relacionamentos de assuntos
23. Diretrizes gerais para o registro do assunto de uma Obra
Seção 8: Registro dos relacionamentos entre Obras,
Expressões, Manifestações e Itens
24. Diretrizes gerais para o registro dos relacionamentos entre
Obras, Expressões, Manifestações e Itens
25. Obras relacionadas
26. Expressões relacionadas
27. Manifestações relacionadas
28. Itens relacionados
40. RDA: Registro dos relacionamentos
Seção 9: Registro dos relacionamentos entre Pessoas,
Famílias e Entidades coletivas
Cap. 29. Diretrizes gerais para o registro dos relacionamentos entre
Pessoas, Famílias e Entidades coletivas
Cap. 30. Pessoas relacionadas
Cap. 31. Famílias relacionadas
Cap. 32. Entidades coletivas relacionadas
Seção 10: Registro dos relacionamentos entre Conceitos,
Objetos, Eventos e Lugares
Cap. 33. Diretrizes gerais para o registro dos relacionamentos entre
Conceitos, Objetos, Eventos e Lugares
Cap. 34. Conceitos relacionados
Cap. 35. Objetos relacionados
Cap. 36. Eventos relacionados
Cap. 37. Lugares relacionados
42. Necessidade de mudança dos catálogos
Grande parte dos catálogos digitais atuais estão
baseados no formato MARC 21.
Não fazem uso de todas as possibilidades oferecidas
pelos bancos de dados relacionais.
O FRBR foi desenvolvido utilizando a metodologia
utilizada para desenvolver bancos de dados relacionais.
Uma das bases do RDA é o FRBR.
Para a efetiva utilização do RDA é necessário projetar
(planejar) catálogos tendo como base o FRBR.
43. Pontuação opcional
O RDA é um padrão para o conteúdo dos dados e não para a
apresentação dos dados.
A pontuação da ISBD é um acréscimo opcional
Instruções para a utilização da pontuação: Apêndice D
Título principal [designação geral do material] = Título equivalente :
outras informações sobre o título / primeira indicação de
responsabilidade ; cada uma das indicações subsequente de
responsabilidade. ― indicação de edição / primeira indicação de
responsabilidade relativa à edição. ― detalhes específicos do
material. ― Primeiro lugar de publicação : primeiro editor, data de
publicação. ― extensão do item : outros detalhes físicos : dimensões.
― (Título principal da série / indicação de responsabilidade relativa
à série, ISSN da série ; numeração dentro da série. Título da
subsérie, ISSN da subsérie ; numeração dentro da subsérie). ― notas.
― número normalizado
44. Algumas mudanças nos dados...
“Registre como aparece na fonte de informação...”*
AACR2r RDA
3. ed. terceira edição
3ª edição
2. ed. rev. atual. Segunda edição revista e
atualizada
v. 2 volume 2
45. Algumas mudanças nos dados...
“Utilize abreviaturas somente se presentes na fonte de
informação...”
AACR2r RDA
il. ilustrações
il. color. ilustrações coloridas
p. páginas
[S.l.] local de publicação não
identificado
[s.n.] Publicador não
identificado
46. RDA e MARC 21
Milhões de registros no formato MARC 21
244.414.740 (OCLC – 20 out. 2010 oclc.org/worldcat/statistics/default.htm)
RDA no MARC 21:
Apêndice D - RDA no MARC 21 para dados bibliográficos
Apêndice E - RDA no MARC 21 para dados de autoridade
É possível utilizar o RDA junto com o MARC 21, mas o
MARC 21 não oferece a estrutura necessária para a
utilização de todo o potencial do RDA.
47. Exemplos
Fonte: Library of Congress Catalog (catalog.loc.gov)
54. Sumarizando... “O que é FRBR?”
Functional Requirements for Bibliographic Records
Requisitos Funcionais para registros bibliográficos
Não é um código de catalogação, não é um padrão, não
é um formato, não é uma norma.
É um modelo conceitual.
Uma abstração do universo bibliográfico.
Pode ser utilizado para o desenvolvimento de padrões e
regras de catalogação.
Base conceitual para os projetos de catálogos.
...
55. Sumarizando... “O que é RDA?”
Resource Description and Access
Padrão para a descrição de recursos e acesso
Projetado para o ambiente digital
Substituto do AACR2
Proposta de cobertura de todo o tipo de conteúdo e
mídia
Utilização e implantação do RDA
56. Referências
AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION; CANADIAN LIBRARY ASSOCIATION; CHARTERED INSTITUTE
OF LIBRARY AND INFORMATION PROFESSIONALS. Chapter 0: Introduction. In: ______.
Resource Description and Access (RDA). Full draft. October 31, 2008b. Disponível em:
<http://www.rdaonline.org/constituencyreview/Phase1Chp0_10_22_08.pdf>. Acesso em: 20
out. 2011.
FUNCTIONAL requirements for bibliographic records: final report. München: K. G. Saur,
1998. Disponível em: <http://www.ifla.org/files/cataloguing/frbr/frbr.pdf>. Acesso em:
27 mar. 2011.
FUNCTIONAL requirements for bibliographic records. September 1997. As amended and
corrected through February 2008. Disponível em:
<http://www.ifla.org/VII/s13/frbr/frbr_2008.pdf>. Acesso em: 16 fev. 2009.
MORENO, Fernanda Passini; ARELLANO, Miguel Ángel Márdero. Requisitos Funcionais para
Registros Bibliográficos. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da
Informação,Campinas, v. 3, n 1, p. 20-38, jul./dez. 2005. Disponível em:
<http://polaris.bc.unicamp.br/seer/ojs/include/getdoc.php?id=209&article=42&mode=p
df>. Acesso em: 16 fev. 2009.
TILLETT, Barbara B. O que é FRBR? Um modelo conceitual para o universo bibliográfico.
Library of Congress, 2003. Disponível em: <http://www.loc.gov/catdir/cpso/o-que-e-
frbr.pdf>. Acesso em: 21 out. 2011.
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PET Cultural
21 de outubro de 2011
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