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Pesquisa: princípio científico e
educativo
 No capítulo I o autor visa desmitificar a pesquisa e todo o
pragmatismo que existe no meio acadêmico em torno dela;
o autor enfatiza que devemos reconhecer a implicação
natural na prática, para irmos além de todas as possíveis
virtudes teóricas, em particular da sua conexão necessária
com a socialização do conhecimento.
 Ele expõe que o professor que ensina necessita pesquisar;
quem pesquisa carece ensinar. Ressalta a importância do
Professor pesquisador, o professor que apenas ensina
jamais o foi. Pesquisador que só pesquisa é elitista
explorador, privilegiado e acomodado.
 Ele diz que para pesquisar o Professor deve: Conhecer
os teóricos relevantes; atualizar-se; investir na
consciência crítica.
 Nada melhor para o pesquisador do que o campo
prático, pois nele se experimentam todas as teorias em
ação.
 Teoria e prática detêm a mesma relevância científica e
constituem no fundo um todo só. Uma não substitui a
outra e cada qual tem sua lógica própria.
 A atual instituição universitária está em
decomposição pois distanciou-se de seu objetivo
que era formar cidadãos para intervir na
sociedade, seja porque se mantém medieval, e
perdeu a noção essencial de mérito acadêmico em
troca da burocratização funcional, seja porque é
muito pouco produtiva e criativa, custando muito
além do que vale para a sociedade que a sustenta.
 O Professor tido como ministrador de
aulas, enfraquece o processo pois é o detentor do
saber.
 Algumas marcas expressam a impropriedade flagrante
da função de professor, banalizada na condição de
repassador de conhecimento alheio.
 A função do professor nessas instituições precisa ser
revista afim de assegurar maior participação dos
alunos no processo de aprendizagem e tornando-os
autores e pesquisadores autônomos.
 Se a pesquisa é a base do ensino, a recíproca é
verdadeira, pois o ensino é a base da pesquisa.
 Podemos notar mais claramente o despreparo do
professor quando a maioria dos professores se
espantaria ao extremo se colocássemos a pesquisa
como primeiro desafio do aluno, porque se considera o
aluno como incapaz de realizar a pesquisa.
 E por vezes quando o professor se aventura em realizar
e incentivar a pesquisa em sala de aula, Essa posição é
muitas vezes confundida com seminário, entendido
como mesa-redonda, na qual todos discutem juntos.
 O professor deve se posicionar como um
incentivador, o motivador que instiga no aluno o
interesse por aprender.
 O autor posiciona-se questionando sobre uma das
coisas mais ridículas em ciências sociais é a teoria sem
prática, ou a teoria como prática.
 Embora a pesquisa seja uma conquista lenta e
progressiva, começa no primeiro semestre. É normal
que os alunos se sintam perdidos
 O professor tem seu lugar, como pesquisador e
orientador, para motivar no aluno o surgimento do
novo mestre.
 “Dar conta de um tema” significa, pois, retomar o
contexto do trabalho científico, geralmente
apresentado como caminho de comprovação de
hipóteses.
 A avaliação pode não respeitar o ritmo de cada um em
seu desenvolvimento intelectual e social, partindo para
comparações externas e de cima para baixo.
 Todavia, como não adianta mascarar a desigualdade
social, a avaliação acaba tornando-se inevitável e tem o
seu protótipo mais duro na “mercadoria”, que tem
custo.
 A farsa reaparece hoje na universidade, quando se
busca privilegiar caminhos que dispensam avaliação do
desempenho, mormente a promoção por mero tempo
de serviço.
 Na escola deve emergir o desafio da ciência, até
porque, em nome da pesquisa, todo “professor” deve
ser cientista.
 Emancipação quer dizer recuperar o espaço próprio
que outros usurparam, já que poder não é bem
abundante disponível, mas apropriado no contexto do
conflito social.
 A escola — que não faz milagres — pode desenvolver
papel estratégico como instrumento público de
equalização de oportunidades, à medida que se torna
espaço privilegiado popular.
 O conceito de pesquisa é fundamental, porque está na
raiz da consciência crítica questionadora, desde a
recusa de ser massa de manobra, objeto dos outros.
 Os “professores” se dizem “ensinadores”, porque na
universidade foram obrigados a apenas aprender. De
modo geral, um “professor” de educação básica não
sabe elaborar com mão própria.
 A amplitude da aplicação do conceito de pesquisa deve
ser modulada de acordo com as funções na escola.
 O professor precisa investir na ideia de chegar a
motivar o aluno a fazer elaboração própria, colocando
isso como meta da formação.
 O aluno não vai reinventar a lei da gravidade ou o
alfabeto. Mas poderá internalizar sem
decorar, aprender significativamente.
 A cola, no confronto com o domador, contém típica
duplicidade, como todo fenômeno político. Signo da
mediocridade, é, ao mesmo tempo, reprodução
reles, plágio, roubo.
 O boletim sempre revela “notas” também referidas a
comportamento, por vezes cultivando moralismos
baratos, envoltos em disciplinas quadradas.
 Colabora na decadência da escola pública sem dúvida a
atuação estatal, que tende a retratar nela a própria
pobreza de um Estado afastado dos compromissos para
com a sociedade e de uma sociedade subjugada como
massa de manobra.

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  • 2.  No capítulo I o autor visa desmitificar a pesquisa e todo o pragmatismo que existe no meio acadêmico em torno dela; o autor enfatiza que devemos reconhecer a implicação natural na prática, para irmos além de todas as possíveis virtudes teóricas, em particular da sua conexão necessária com a socialização do conhecimento.  Ele expõe que o professor que ensina necessita pesquisar; quem pesquisa carece ensinar. Ressalta a importância do Professor pesquisador, o professor que apenas ensina jamais o foi. Pesquisador que só pesquisa é elitista explorador, privilegiado e acomodado.
  • 3.  Ele diz que para pesquisar o Professor deve: Conhecer os teóricos relevantes; atualizar-se; investir na consciência crítica.  Nada melhor para o pesquisador do que o campo prático, pois nele se experimentam todas as teorias em ação.  Teoria e prática detêm a mesma relevância científica e constituem no fundo um todo só. Uma não substitui a outra e cada qual tem sua lógica própria.
  • 4.  A atual instituição universitária está em decomposição pois distanciou-se de seu objetivo que era formar cidadãos para intervir na sociedade, seja porque se mantém medieval, e perdeu a noção essencial de mérito acadêmico em troca da burocratização funcional, seja porque é muito pouco produtiva e criativa, custando muito além do que vale para a sociedade que a sustenta.  O Professor tido como ministrador de aulas, enfraquece o processo pois é o detentor do saber.
  • 5.  Algumas marcas expressam a impropriedade flagrante da função de professor, banalizada na condição de repassador de conhecimento alheio.  A função do professor nessas instituições precisa ser revista afim de assegurar maior participação dos alunos no processo de aprendizagem e tornando-os autores e pesquisadores autônomos.  Se a pesquisa é a base do ensino, a recíproca é verdadeira, pois o ensino é a base da pesquisa.
  • 6.  Podemos notar mais claramente o despreparo do professor quando a maioria dos professores se espantaria ao extremo se colocássemos a pesquisa como primeiro desafio do aluno, porque se considera o aluno como incapaz de realizar a pesquisa.  E por vezes quando o professor se aventura em realizar e incentivar a pesquisa em sala de aula, Essa posição é muitas vezes confundida com seminário, entendido como mesa-redonda, na qual todos discutem juntos.
  • 7.  O professor deve se posicionar como um incentivador, o motivador que instiga no aluno o interesse por aprender.  O autor posiciona-se questionando sobre uma das coisas mais ridículas em ciências sociais é a teoria sem prática, ou a teoria como prática.  Embora a pesquisa seja uma conquista lenta e progressiva, começa no primeiro semestre. É normal que os alunos se sintam perdidos
  • 8.  O professor tem seu lugar, como pesquisador e orientador, para motivar no aluno o surgimento do novo mestre.  “Dar conta de um tema” significa, pois, retomar o contexto do trabalho científico, geralmente apresentado como caminho de comprovação de hipóteses.  A avaliação pode não respeitar o ritmo de cada um em seu desenvolvimento intelectual e social, partindo para comparações externas e de cima para baixo.
  • 9.  Todavia, como não adianta mascarar a desigualdade social, a avaliação acaba tornando-se inevitável e tem o seu protótipo mais duro na “mercadoria”, que tem custo.  A farsa reaparece hoje na universidade, quando se busca privilegiar caminhos que dispensam avaliação do desempenho, mormente a promoção por mero tempo de serviço.
  • 10.  Na escola deve emergir o desafio da ciência, até porque, em nome da pesquisa, todo “professor” deve ser cientista.  Emancipação quer dizer recuperar o espaço próprio que outros usurparam, já que poder não é bem abundante disponível, mas apropriado no contexto do conflito social.  A escola — que não faz milagres — pode desenvolver papel estratégico como instrumento público de equalização de oportunidades, à medida que se torna espaço privilegiado popular.
  • 11.  O conceito de pesquisa é fundamental, porque está na raiz da consciência crítica questionadora, desde a recusa de ser massa de manobra, objeto dos outros.  Os “professores” se dizem “ensinadores”, porque na universidade foram obrigados a apenas aprender. De modo geral, um “professor” de educação básica não sabe elaborar com mão própria.  A amplitude da aplicação do conceito de pesquisa deve ser modulada de acordo com as funções na escola.
  • 12.  O professor precisa investir na ideia de chegar a motivar o aluno a fazer elaboração própria, colocando isso como meta da formação.  O aluno não vai reinventar a lei da gravidade ou o alfabeto. Mas poderá internalizar sem decorar, aprender significativamente.  A cola, no confronto com o domador, contém típica duplicidade, como todo fenômeno político. Signo da mediocridade, é, ao mesmo tempo, reprodução reles, plágio, roubo.
  • 13.  O boletim sempre revela “notas” também referidas a comportamento, por vezes cultivando moralismos baratos, envoltos em disciplinas quadradas.  Colabora na decadência da escola pública sem dúvida a atuação estatal, que tende a retratar nela a própria pobreza de um Estado afastado dos compromissos para com a sociedade e de uma sociedade subjugada como massa de manobra.