O documento discute a importância das figuras de linguagem na produção textual de estudantes. Apresenta os objetivos gerais de demonstrar a relevância das figuras de linguagem e incentivar os alunos a melhorarem a produção de textos. Também delimita o estudo aos alunos da 10a série de uma escola em particular.
A importância das figuras de linguagem na produção textual dos alunos
1. Introdução
No nosso quotidiano convivemos com uma grande diversidade de textos.
Todos possuem um objectivo em comum, estabelecer a comunicação entre os
interlocutores. Essa, por sua vez, possui uma finalidade específica, seja para
instruir, persuadir, provocar humor, informar, dentre outras.
O agir humano, através da linguagem, revela um uso interactivo da
mesma, ampliando o reconhecimento do outro e de si próprio, diante do
encadeamento de ideias aceitáveis. E para que haja essa ampliação do
desenvolvimento humano, a figura do mediador no ensino das estratégias de
produção textual, faz-se necessariamente, já que representa pelos indivíduos
participantes do mesmo entorno social (mãe – filho, professor – aluno, líder –
liderado), proporciona através da interacção e modificações no processo de
aprendizagem e desenvolvimento.
O acto de desviar-se da norma padrão no intuito de alcançar uma maior
expressividade, refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo
não conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem. O
acto de desviar-se da norma padrão no intuito de alcançar uma maior
expressividade, refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo
não conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.
Quando se trata de textos informativos, como por exemplo, os
jornalísticos, notamos que os mesmos não são permeados por uma linguagem
clara, objectiva e dinâmica, pois toda a intenção é única e exclusivamente
informar ao leitor sobre factos diferentes do universo social, sejam eles
polémicos ou não.
Ou seja, a falta de compreensão por parte dos alunos sobre as figuras
de linguagem, deve-se ao facto das metodologias de ensino aplicados durante
a sua produção textual, quer oral ou escrito.
2. Apresentação do problema
Enquanto manifestação social configura em função das necessidades
comunicativas do indivíduo, a linguagem centraliza-se no uso que dele fazem
os falantes o qual resulta fundamentalmente de vontade de interacção, assim,
partindo contudo ao falante a sua utilização em múltiplas situações
comunicativas que estabelecem, mantém e reflectem universo de discursos
orais escritas, estruturados em função de quadro de referência a partir dos
quais os falantes se movimentem pluridimencionalmente no processo a que
são transmitidos os significados.
O que nos impulsionou a reflectir sobre este tema, foi como os alunos da
10ª classe, estão a expressar-se oralmente e por escrito. Como se apropriam
dos recursos estilísticos e/ou linguísticos da língua materna.
Independentemente da norma, tipologia e género textual, observamos o
empobrecimento do texto no que tange a esses aspectos enriquecedores.
Analisando os textos, não percebemos diferenças. Os tipos de
inadequações são as mesmas (posteriormente, apresentá-las-emos em forma
de classificação).
Pela falta de boa compreensão dos textos produzidos pelos alunos e
pela escassez de figuras de linguagem na produção textual, faremos uma
análise dos textos produzidos, porque não facilitam interesses nos seus
utentes. Essa inquietação surge no facto de que estamos a registar
determinadas atitudes não adequadas quando os mesmos apresentam os seus
textos.
Primeiramente, cabe ressaltarmos que muitos ingressam não só no
Ensino Médio ou Superior com uma visão limitada da definição do texto:
«(…), podemos afirmar que o texto é o produto da actividade verbal oral ou
escrita que forma um todo significativo e acabado, qualquer que seja a sua
extensão. É uma sequência verbal constituída por um conjunto de relações
que se estabelecem a partir da coesão e da coerência. Esse conjunto de
relações tem sido chamado de textualidade. Dessa forma, um texto só é um
texto quando pode ser compreendido como unidade significativa global,
quando possui textualidade». (Marcuschi 1999: 12)
3. Por isso o principal problema é: como é que os alunos da 10ª classe da
Escola do II Ciclo do Ensino Secundário “Teta Lando” do Uíje, aplicam as
figuras de linguagem durante a produção textual.
Importância do estudo
Consideramos importante este tema para nos ajudar em salientar das
dificuldades que serão encontradas no terreno e depois buscarmos diversos
mecanismos para nos ajudar a sair desta crise.
Também julgamos aqui, importante aconselhar os nossos estudantes
que, na produção textual, todos nós sentimos “um frio na espinha” por não nos
considerarmos seguros quanto ao domínio das diversas regras gramaticais a
serem postas na sua elaboração e à organização das ideias por falta de prática
na utilização dessas figuras.
Cabe destacarmos que ao analisarmos os textos dos alunos da 10ª
classe e dos alunos do Ensino Superior, não verificamos diferença quanto às
inadequações apresentadas. O que nos leva ao seguinte questionamento:
como é que esses alunos ingressam noutras classes mesmo sabendo que
escrevem com tantas dificuldades?
Portanto, a segurança transmitida aos alunos, as explicações dos usos
inadequados e as práticas constantes são factores cruciais para que os alunos
superem seus défices.
Delimitação do estudo
Pois que a triconomia da oralidade, escrita e leitor/escritor, são
instrumentos de grande importância na unificação e comunicação de ideias,
pois desenvolve gradualmente a medida em que o aluno vai progredindo em
sua vida escolar.
Porém, actualmente foi possível verificar algumas atitudes de escassez
de figuras de linguagem na produção de textos em relação com a oralidade e a
escrita.
4. No entanto, delimitaremos o nosso tema intitulado: Escassez de figuras
de linguagens na produção textual. Análise dos textos produzidos pelos alunos
da 10ª classe da Escola do II Ciclo do Ensino Secundário “Teta Lando” do Uíje.
Objectivos de estudo
Na opinião de Piletti, C. Apud Quivuna, M. (2005: p. 118) “ Objectivo é
a descrição clara daquilo que se pretende alcançar como resultado na nossa
actividade”.
Com base a opinião do autor, definiremos os seguintes: o objectivo geral
e objectivos específicos:
Objectivo geral
- Demonstrar a importância de figuras de linguagem na produção textual.
Objectivos específicos
- Propor nos alunos algumas regras de ensino de figuras de linguagens.
- Incentivar os alunos a fazerem leituras/escritas constantes a fim de
melhorarem certos comportamentos na produção textual.
- Contribuir para a redução das dificuldades enfrentadas pelos alunos da 10ª
classe da Escola do II Ciclo do Ensino Secundário “Teta Lando” do Uíje, para
produzirem bons textos.
Metodologia aplicada
Considerando o método como o caminho a seguir para alcançar um
determinado objectivo, utilizaremos os seguintes métodos que nos ajudarão a
obter resultados satisfatórios neste trabalho, utilizaremos as seguintes
pesquisas.
Métodos a usar na recolha de dados
Pesquisa bibliográfica
Questionário
Método estatístico
5. Estrutura do trabalho
CAPÍTULO I – PRODUÇÃO TEXTUAL
1.1- Tipologia e géneros textuais
1.2- Como elaborar um texto
1.3- A natureza dos desvios textuais
1.3.1 – Abreviação vocabular
1.3.2 – Ortografia de homófonos
1.3.3 – Coerência
1.3.4 – Coesão
1.3.5 – Desorganização frasal
CAPÍTULO II – CLASSIFICAÇÃO DAS FIGURAS DE LINGUAGEM
2.1. – Figuras de palavras
2.1.1 – Comparação
2.1.2 – Metáfora
2.1.3 – Metonímia
2.1.4 – Sinódeque
2.1.5 – Catacrase
2.1.6 – Sinestesia
2.1.7 – Antonomasia
2.1.8 – Alegoria
2.2 – Figuras de linguagem de pensamento
2.2.1 – Antítese
2.2.2 – Apóstrofe
2.2.3 – Gradação
2.2.4 – Ironia
2.2.5 – Paradoxo
2.2.6 – Eufemismo
2.2.7- Perífrase
2.3 – Figuras de sintaxe
2.3.1 – Assíndeto
2.3.2 – Elipse
2.3.3 – Anáfora
2.3.4 – Zeugma
2.3.5 – Pleonasmo
2.3.6- Epífora
2.3.7- Anadiplose
2.3.8- Analepse
CAPÍTULO III - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
3.1- Metodologia aplicada.
3.1.1- Tipo de pesquisa.
6. 3.1.2– População e amostra.
3.1.2.1 – População.
3.1.2.2 – Amostra.
3.1.3 – Métodos a usar na recolha de dados.
3.1.4 – Variáveis.
3.1.4.1 – Variável dependente.
3.1.4.2 – Variáveis independentes.
3.2 – Análise dos resultados.
Conclusões
Sugestões.
Bibliografia.
Anexos
7. Bibliografia
FÁVERO, L.L., KOCH, I.V. Contribuição a uma tipologia textual. Volume 03,
1987
ABREU, Antônio Suarez. Curso de Redacção. 10ª Edição, São Paulo: Editora
Ática 1999.
ANTUNES, Celso. Manual de Técnicas. 15ª Edição, Rio de Janeiro: Vozes
Editora, 1987
AMARAL, Emília, SEVERINO, Antônio, PATROCÍNIO, Mauro Ferreira do.
Redacção, Gramática, Literatura. São Paulo, 1993
BARBOSA, Severino António M. Redacção: escrever é desvendar o mundo. 6ª
Edição, Editora Campinas, 1990
CASTILHO, Ataliba T. de. A língua falada no ensino de português. 2ª Edição
São Paulo, 2000
CHIAPPINI, Lígia. Aprender e ensinar com textos de alunos. 2ª Edição, Editora
Cortez, 1998
CONCEIÇÃO, Hélio Casatle da. Redacção sem segredo. São Paulo, 1987.
HOUAISS, Antônio. O Português no Brasil. 3ª Edição, Rio de Janeiro, 1992
GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. 2ª Edição, Cascavel, 1984
VYGOTSK, L.S. A formação social da mente. 4ª Edição, Fontes Editora, 1991
MATEUS, Maria Helena Mira et al. Gramática da Língua Portuguesa. 7ª
Edição, Lisboa: Editorial Caminho, 2003
CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Breve Gramática do Português
Contemporâneo. Edição João Sá da Costa, Portugal 2006
PINTO, José Manuel de, e LOPES, Maria do Céu Vieira. Gramática do
Português Moderno. 13ª Edição, Plátano Editora, 2011
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. Editora Loyola,
São Paulo, 1999
FLORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto leitura
e redacção. 16ª Edição, Editora Ática, São Paulo, 2003
KOCH, Ingedore V., ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender – os sentidos do
texto. Editora Contexto, São Paulo.
KOCH, Ingedore V., ELIAS, Vanda Maria. Ler e Escrever estratégias de
produção textual, São Paulo: Editora Contexto, 2009.