2ª SessãO ComentáRio CríTico Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Da Be
O Modelo De Auto Avaliacao Da Biblioteca Escolar[1]
1. O Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar A integração do processo no contexto do Agrupamento Agrupamento Vertical de Escolas de Monte Gordo
2. O papel da Biblioteca Escolar A Biblioteca Escolar “pode estar no coração do esforço da escola para desenvolver uma abordagem construtivista do processo de ensino-aprendizagem. Fornecendo fontes tanto escritas como electrónicas, desenvolvendo trabalho colaborativo com os outros professores e criando ferramentas de avaliação precisas, o Professor Bibliotecário transforma-se num parceiro eficaz na construção de projectos curriculares baseados nos recursos disponíveis. A literacia da informação e a capacidade de procurar, avaliar e usar a informação para a resolução de problemas, transformaram-se rapidamente em aptidões básicas na nova era da informação e a missão da Biblioteca Escolar é precisamente ensinar essas capacidades.” (Johnson, 2005)
3. Impacto da BE na aprendizagem: Motivação (entusiasmo, assimilação, continuação, atitude); Progressão (capacidades de: estudo, leitura, utilização da informação; tecnologias de informação e comunicação; aquisição e aplicação de conhecimentos e novos conhecimentos); Independência (confiança, consciência da necessidade de ajuda, autonomia no estudo, transferência de competências, auto-estima e iniciativa); Interacção (discussão, cooperação, convívio e comportamento). McNicol, 2002
4. Impacto da BE na aprendizagem: Melhorar os resultados de leitura; Ensinar competências de raciocínio elevadas; Fornecer acesso à informação em vários suportes e fontes; Melhorar todas as áreas do currículo; Preparar, alunos e professores, para um uso das tecnologias mais conhecedor e autónomo; Proporcionar aos alunos uma aprendizagem mais motivadora, autónoma e para a vida. Johnson, 2005
5. Ligação da BE ao currículo e ao sucesso educativo dos alunos Implica que: O Programa da BE passe a estar integrado nos planos estratégicos e operacionais da escola e na visão e objectivos educativos do agrupamento; O papel do Professor Bibliotecário (PB) transite de gestor da informação a interventor no percurso formativo e curricular dos alunos e no desenvolvimento curricular em cooperação com os professores; Haja um reforço no conceito de cooperação, baseado na planificação e no trabalho colaborativo com os professores das diferentes disciplinas; O PB tenha um papel activo no funcionamento e no sucesso da escola que serve; O PB mantenha uma posição de inquirição constante acerca das práticas de gestão que desenvolve e do impacto que essas práticas têm na escola e no sucesso educativo dos alunos; O PB saiba agir e ser líder, demonstrando o VALOR da BE através da demonstração de evidências e da comunicação contínua com os diferentes actores e dirigentes na escola. Texto da Sessão, 2009
6. Auto-Avaliação “Medir o sucesso não é um fim em si mesmo; é uma ferramenta de melhoria. Demonstra a contribuição da BE/CRE para o ensino-aprendizagem da escola […]. A auto-avaliação é valiosa. Pode, inicialmente, parecer exigente, talvez até ameaçadora, mas é também esclarecedora, revigorante e um potente catalisador para a mudança e o desenvolvimento.” (Scott, 2002)
7. Importância da auto-avaliação Melhorar o processo de ensino-aprendizagem; Melhorar práticas de trabalho; Realizar Relatórios (com evidências de sucessos e áreas a melhorar); Elaborar Planos de desenvolvimento; Realizar orçamentos estratégicos; Angariar fundos; Gerir os recursos humanos; Promover o papel da BE. McNicol, 2004 (adaptado)
8. O Modelo de Auto-Avaliação O Modelo “pretende ser acessível a todas as escolas, dando-lhes a capacidade de avaliar a qualidade e eficácia real da sua Biblioteca Escolar, identificando pontos fortes e pontos fracos, de modo a determinar prioridades de melhoria, que permitirão um apoio mais eficaz ao processo de ensino-aprendizagem.” (McNicol, 2004)
9. O Modelo de Auto-Avaliação O Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas escolares teoriza e reposiciona o papel das BE, mas também se assume como um instrumento que orienta e monitoriza a intervenção do PB e da sua equipa, de forma a identificar/valorizar as áreas de sucesso e, simultaneamente, identificar/superar as áreas que carecem de melhoria, sempre numa perspectiva pedagógica e formativa, perfilando a sua eficácia e consequente reconhecimento como parceiro/mais-valia no processo ensino-aprendizagem e na consecução das metas educacionais da escola e do seu projecto educativo. A auto-avaliação como um processo reflexivo e indutor de MUDANÇA.
10. Domínios que são objecto de avaliação: A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular A.1 Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes A.2. Desenvolvimento da literacia da informação B. Leitura e Literacias C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular C.2. Projectos e parcerias D. Gestão da Biblioteca Escolar D.1. Articulação da BE com a Escola/ Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços D.3. Gestão da colecção/da informação
11. Metodologia a seguir: Caracterizar a BE (construção do perfil); Seleccionar o domínio; Recolher evidências; Identificar o perfil de desempenho; Registar a auto-avaliação no relatório final; Reflectir sobre as acções consideradas necessárias para a melhoria. Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares, 2009
12. Implementação do Processo Identificação do problema; Estabelecer prioridades; Definição de questões-chave; Recolha de dados; Análise de dados; Relatar e comunicar; Plano de desenvolvimento da BE; Promoção do trabalho colaborativo; Feedback e avaliação. Rudd & Davies, 2000 in Texto da Sessão (adaptado)
13. Recolha de Evidências Documentos reguladores da actividade da escola (PE, PCA, PCTs,PAA); Documentos específicos da BE (PAA, portefólio); Registos diversos (actas, relatórios, planificações); Materiais produzidos pela BE (Blog, plataforma moodle, planificações de actividades, guiões, sessões de formação de utilizadores); Trabalhos produzidos pelos alunos; Estatísticas (frequência da BE e actividades nela desenvolvidas, requisição interna e domiciliária); Questionários. Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares, 2009 (adaptado)
14. Avaliação Externa Em Março de 2008, o Agrupamento de Escolas de Monte Gordo foi alvo de Avaliação Externa, cujo Relatório referiu o papel/intervenção da nossa BE nos seguintes itens: Sucesso académico; Participação e desenvolvimento cívico; Comportamento e disciplina; Valorização e impacto das aprendizagens; Diferenciação e apoios; Gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros; Abertura à inovação; Parcerias, protocolos e projectos.
15. Avaliação Externa Nas considerações finais do Relatório da Avaliação Externa foram apontados 4 pontos fracos ao nosso Agrupamento, dos quais 2 podem ser ultrapassados com o apoio da BE e a aplicação partilhada do novo modelo de auto-avaliação: O desenvolvimento das actividades experimentais, que dependem de motivações individuais dos professores e não são assumidas como uma prática continuada, reflecte-se nas práticas lectivas e afecta a melhoria e a valorização das diferentes aprendizagens. A inexistência de planos de melhoria condiciona o processo de auto-avaliação e a definição de metas claras de desenvolvimento do Agrupamento.
16. Factores críticos de Sucesso A existência de um Professor Bibliotecário (um learning specialist, segundo Todd); Uma relação directa com a missão da escola e um trabalho contínuo com professores e alunos, adequando o trabalho da BE aos objectivos educativos e ao sucesso dos alunos; O desenvolvimento sistemático da formação e apoio individual ou em grupo no âmbito das literacias críticas (professores e alunos); A disponibilização de uma colecção de Literatura rica e de programas de leitura que contribuam para o enriquecimento pessoal e para o gosto pela leitura; O desenvolvimento de estratégias de cooperação com outras bibliotecas; Uma estrutura tecnológica integrada que suporta as actividades de ensino-aprendizagem; Um papel de liderança. Texto da Sessão, 2009
17. Desafios Fazer entender à Direcção Executiva e à comunidade educativa que a BE cumpre objectivos semelhantes àqueles em que a escola se empenha e que parte do sucesso obtido tem a sua participação; Envolver a Direcção Executiva como coadjuvante no processo de auto-avaliação da BE; Impulsionar boas práticas; Incentivar a inovação/mudança no processo ensino-aprendizagem; Promover o trabalho colaborativo e a articulação curricular; Implementar estratégias de gestão/avaliação, baseadas na recolha sistemática de evidências que identifiquem a BE como centro de aprendizagem; Promover uma cultura de auto-avaliação permanente e consequente redefinição de Planos de Desenvolvimento e Melhoria.
18. Conclusão As relações que se estabelecem entre a Escola e a BE podem assumir-se como determinantes ou inibidoras do seu sucesso: Oportunidade quando são sólidas e fundadoras de práticas de integração e de trabalho comum. Ameaça quando são frágeis e coincidentes com uma cultura de escola pouco integradora e pouco aberta à inovação e à mudança. Texto da Sessão, 2009
20. Bibliografia Texto da 3ª Sessão de Formação “Práticas e modelos de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares” Johnson, Doug, Getting the mostfromyourschoollibrary media program, 2005, in http://www.doug-johnson.com McNicol, Sarah, Incorporatinglibraryprovisioninschoolself-evaluation,inEducationalReview, vol. 56, p. 287-296, 2004 Scott, Elspeth S., Howgoodisyourlibraryresource centre? anintroduction to performance measurement, 2002, in http://www.ifla.org