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 casE rEPort



 Hipertensão Arterial Pulmonar e Acidente Vascular Encefálico
            em Paciente com Arterite de Takayasu
       Pulmonary Arterial Hypertension and Cerebrovascular Disease in
                        Patient with Takayasu Arteritis
                Carlos Frederico Rodrigues Parchen(1), Carolina de Souza Müller(2), Salun Aragão(3),
                                 Eduardo Santos Paiva(4), Sebastião Radominski(4)


 RESUMO                                                                    ABSTRACT
 Arterite de Takayasu (AT) é uma doença rara caracterizada por             Takayasu arteritis (TA) is a rare illness characterized by vasculitis
 vasculite dos grandes vasos, principalmente aorta e seus ramos.           of great vessels, mainly of aorta and its branches. The vascular
 A inflamação vascular leva a irregularidades na parede do vaso,           inflammation leads to irregularities of the vessel wall causing
 causando estenoses e aneurismas. O envolvimento da artéria pul-           stenosis and aneurysms. The pulmonary artery (PA) involvement
 monar (AP) é freqüente na AT. Apesar disso, o desenvolvimento             is frequent in TA. Despite this, the development of pulmonary
 de hipertensão arterial pulmonar (HAP) é menos comum, alte-               arterial hypertension is less common, modifying the treatment
 rando o tratamento e o prognóstico dos pacientes. Descrevemos             and the prognosis of the patients. We describe a case of a patient
 um caso de uma paciente com AT com estenoses múltiplas em                 with TA with multiple stenosis in pulmonary arteries, pulmonary
 artérias pulmonares, HAP e doença cerebrovascular, além de                arterial hypertension and cerebrovascular disease, as well as review
 revisão de literatura sobre o assunto.                                    of the literature on the subject.

 Palavras-chave: vasculite, arterite de Takayasu, hipertensão              Keywords: vasculitis, Takayasu arteritis, pulmonary
 pulmonar.                                                                 hypertension.


 INTRODUÇÃO                                                                distribuição mundial, é mais freqüentemente vista na Ásia
                                                                           que na Europa e Américas, sendo que 80% dos pacientes
      Classicamente, define-se a arterite de Takayasu (AT)                 são do sexo feminino. A maioria dos pacientes encontra-se
 como uma doença inflamatória rara, crônica, progressiva                   entre 5 e 60 anos de idade, e a idade média de aparecimento
 e oclusiva da aorta e seus ramos. É uma doença sistêmica                  está na quarta década de vida. A auto-imunidade celular
 que pode apresentar manifestações isoladas, atípicas e ca-                parece ter relação direta com a injúria vascular. Encontra-se
 tastróficas. Historicamente, Takayasu, em 1908, descreveu                 inflamação granulomatosa envolvendo macrófagos, linfóci-
 as alterações retinianas da doença, mesma época na qual                   tos e células gigantes multinucleadas. Alternando períodos
 foram relatadas as alterações vasculares, como a ausência de              de atividade e remissão, a taxa de sobrevida de 15 anos é
 pulso. Entretanto, somente após 1954 a doença recebeu o                   descrita como de 90 a 95%(1).
 nome que leva até hoje(1, 11).                                                 Diante do exposto e da possibilidade de acompanhamento
      Nos Estados Unidos, a incidência anual estimada é de                 desses pacientes em nosso Serviço de Reumatologia, relatamos
 2,6 casos por 1 milhão de habitantes, aproximadamente                     o caso de uma paciente com AT com estenoses múltiplas em
 cem vezes menos que no Japão. Embora a AT apresente                       artérias pulmonares e doença cerebrovascular.

Departamento de Reumatologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR). Recebido em 08/04/06. Aprovado, após revisão, em
28/09/06.
1. Médico do Curso de Especialização em Reumatologia do HC-UFPR.
2. Médica Residente em Reumatologia do HC-UFPR.
3. Médico Residente em Clínica Médica do HC-UFPR.
4. Médico do Serviço de Reumatologia do HC-UFPR.
Endereço para correspondência: Rua Frei Fabiano de Cristo, 603, CEP 81530-110, Curitiba, PR, Brasil, telefone: (41) 3266-2467,
e-mail: carlosparchen@yahoo.com.br

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Hipertensão Arterial Pulmonar e Acidente Vascular Encefálico em Paciente com Arterite de Takayasu




RELATO DE CASO                                                                         de sua espessura. O exame mostrou acentuada redução do
                                                                                       calibre nos segmentos proximais do tronco-braquiocefálico,
     Paciente feminina, 30 anos, com diagnóstico de AT                                 artérias carótidas comuns e subclávias (Figura 3).
cinco meses antes da admissão, baseado nos seguintes                                        A paciente recebeu alta com ajuste da dose de predni-
sintomas: carotidínea persistente, claudicação de membros                              sona e metotrexato, além de programa e acompanhamento
superiores, ausência de pulso palpável em membros supe-                                multidisciplinares. Após três meses, a paciente, ainda em
riores e incapacidade de se mensurar a pressão arterial nos                            acompanhamento multidisciplinar e ambulatorial, apre-
membros superiores. O diagnóstico foi confirmado por                                   senta melhora parcial da afasia e da hemiparesia e melhora
arteriografia cérvico-torácica, apresentando estenose crítica                          progressiva da dispnéia associada à melhora hemodinâmica
em artéria carótida comum em subclávias direita e esquerda,                            cardiopulmonar e à redução da pressão sistólica da AP,
sem acometimento de circulação vertebral. A paciente esta-                             avaliada pelo ecocardiograma.
va usando prednisona diariamente e metotrexato semanal,
com controle adequado da doença após o diagnóstico.
     Foi internada por quadro súbito de afasia de expres-
são, sem outros déficits focais. Apresentava ainda queixa
de dispnéia aos esforços há dois meses. Ao exame físico,
apresentava ausência de pulsos assim como pressão arterial
inaferível em membros superiores, sopro em região de caró-
tidas e de subclávias, hiperfonese de B2 no foco pulmonar
e afasia. Tomografia computadorizada (TC) de crânio na
admissão era normal. A radiografia de tórax era normal.
Exames laboratoriais de entrada mostravam: hemograma
com leucocitose, plaquetas normais, coagulograma, provas
                                                                                       Figura 1 - Tomografia de crânio demonstrando infarto no território da artéria
de função renal e hepática, velocidade de hemossedimenta-                              cerebral média esquerda.
ção (VHS) e proteína C reativa (PCR) normais. Optou-se
por realizar pulsoterapia com metilprednisolona 1 g por
três dias. No terceiro dia da pulsoterapia, a paciente ainda
apresentava afasia e começou a desenvolver hemiparesia
à direita. Nova TC de crânio foi realizada, evidenciando
infarto no território da artéria cerebral média esquerda
(Figura 1). Pela evidência de infarto em evolução, foi ini-
ciada anticoagulação. Foi realizada também arteriografia
cérvico-torácica, que mostrou, além dos achados do pri-
meiro exame, estenose crítica no tronco inominado, artéria
vertebral direita hipoplásica com estenose crítica na sua                              Figura 2 - Arteriografia pulmonar demonstrando estenoses em ramos da artéria
                                                                                       pulmonar direita.
origem (vertebral esquerda dominante) e fluxo retrógrado
na artéria vertebral esquerda. O exame de Doppler trans-
craniano evidenciou distúrbio hemodinâmico na circulação
intracraniana, caracterizado por fluxo colateral em todos os
vasos estudados, e provável exaustão distal em artéria cere-
bral média esquerda. Ecocardiograma mostrou hipertensão
arterial pulmonar (HAP) grave (pressão sistólica na AP de
86 mmHg) e discreta hipertrofia do ventrículo direito. Re-
alizada, então, arteriografia de circulação pulmonar (Figura
2), que mostrou múltiplas estenoses nas artérias do pulmão
direito e esquerdo, com pressão sistólica no tronco da AP
de 58 mmHg. Visando avaliar parede da artéria foi realizada                            Figura 3 - Angiorressonância arcoaórtico demonstrando estenoses nos ramos
uma angioressonância da aorta torácica com mensuração                                  do vaso.

Rev Bras Reumatol, v. 46, n.6, p. 428-431, nov/dez, 2006                                                                                                               429
Parchen e cols.




 DISCUSSÃO                                                          envolvimento pulmonar subestima a taxa real.
                                                                         Nunes et al(6) descrevem o acometimento pulmonar
      Clinicamente, a apresentação da AT é heterogênea.             na AT entre 14 e 56%. Entretanto, o desenvolvimento
 Sintomas constitucionais (febre, perda de peso, astenia,           de HAP grave é um evento extremamente raro no curso
 anemia, mialgia e artralgia) geralmente precedem envol-            natural da doença. Os autores relatam um caso no qual o
 vimento clínico vascular. É uma vasculite granulomatosa            paciente apresentava insuficiência cardíaca congestiva grave
 de grandes artérias elásticas, especificamente a aorta e seus      de início recente e que a avaliação seqüencial sugeriu a
 ramos principais, podendo afetar também as coronárias e            presença de HAP de etiologia desconhecida. A ausência de
 as artérias pulmonares. O dano inflamatório na parede do           pulso radial esquerdo, ao exame físico, levou-os a realizar
 vaso leva a áreas de destruição da camada muscular lisa e          arteriografia no paciente que confirmou o diagnóstico de
 elástica da artéria, resultando em estenoses e aneurismas(2, 9).   AT com envolvimento pulmonar e HAP grave.
 A oclusão completa dos vasos afetados resulta em perda do               Bletry et al(7) publicaram três casos de envolvimento
 pulso, sendo também denominada “doença sem pulso”.                 arterial pulmonar grave em pacientes com AT e concluem
 Diversos sistemas podem ser acometidos, e pode-se encon-           que o acometimento pulmonar nesta doença ocorre, pre-
 trar claudicação de mandíbula e de extremidades. Achados           ferencialmente, no ramo principal direito da AP, podendo,
 neurológicos (60%) devem-se à isquemia ou hemorragia               também, ser mais distal e danificar arteríolas pulmonares.
 cerebral, cegueira transitória, cefaléia, convulsões e sín-        Além disso, afirmam que as principais complicações desse
 drome do roubo da subclávia. Alterações cardiovasculares           padrão de apresentação são a HAP e a possibilidade de
 (50%) compreendem regurgitação aórtica, angina, hiper-             hemoptise maciça.
 tensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca congestiva e          O envolvimento das artérias carótidas e das vertebrais
 arritmias. Manifestações pulmonares (40%) incluem HAP              causam diminuição do fluxo sanguíneo cerebral, desenvol-
 (freqüentemente assintomática), hemoptise, pleurite e al-          vendo vertigem, síncope, cefaléia, convulsão e demência.
 teração das provas de função pulmonar. Ainda podem ser             Diminuição da acuidade visual é manifestação tardia e é re-
 encontrados glomerulonefrite e depósitos amilóides nos             sultado da isquemia cerebral(12). A AT é causa bem conhecida
 rins, além de comprometimento cutâneo através de eritema           de doença cerebrovascular nos países orientais, sendo pouco
 multiforme, lesões papulares, ulceradas e necróticas(1).           descrita nos países ocidentais. Ringleb et al(8) avaliaram um
      O envolvimento das artérias pulmonares é bem descrito         grupo de 17 pacientes europeus com AT, através de exame
 na AT, geralmente associado ao acometimento arterial sis-          clínico neurológico e imagens de ressonância magnética.
 têmico. Hayashi et al(3) relatam dois casos de AT nos quais        O autor encontrou evidência de doença intracraniana em
 a AP foi inicialmente acometida, com diagnóstico inicial de        sete pacientes, incluindo infarto, isquemias transitórias
 embolismo crônico pulmonar. Na mesma linha de pesquisa,            recorrentes e tontura. Além disso, afirma que o curso das
 Brugiere et al(4) descrevem um paciente com acometimento           manifestações neurológicas é benigno quando o paciente
 isolado de artérias pulmonares e AT. Os sinais e sintomas          portador da vasculite é tratado e bem assistido.
 apresentados, na época, eram similares aos encontrados na               Historicamente, AT era uma doença devastadora, mas
 doença tromboembólica. Arteriografia demonstrou este-              o diagnóstico precoce, tratamento agressivo e o acom-
 noses e oclusão arterial pulmonar bilateral, enquanto não          panhamento multidisciplinar têm levado a um melhor
 foram verificadas outras alterações arteriográficas em outros      prognóstico. Complicações cardiovasculares, incluindo
 territórios. O paciente faleceu após hemoptise maciça e o          aceleração da aterosclerose e doenças isquêmicas, são as
 exame anatomopatológico confirmou lesões características           principais causas de óbito. Relatos recentes mostram que
 de AT pulmonares e ausência de lesão aórtica e ramos.              o desenvolvimento de HAP grave é evento de apresenta-
 Acredita-se que a freqüência desta apresentação seja subes-        ção variável na evolução da doença(6). A recanalização das
 timada, dadas as dificuldades diagnósticas e a similaridade        estenoses das artérias elásticas pulmonares (também cha-
 com doença tromboembólica.                                         mada “vasos sanguíneos no vaso sanguíneo”) parece estar
      Vanoli et al(5) estudando 104 pacientes com AT na Itália      envolvida com a hipertensão arterial pulmonar(2), através
 relataram que, do total avaliado, nove pacientes foram sub-        do remodelamento das camadas da parede da artéria, bem
 metidos à arteriografia pulmonar demonstrando estenoses            como pelo aumento da resistência hemodinâmica vascular,
 em dois deles e oclusão completa em dos ramos da AP em             associados ou não a eventos tromboembólicos.
 um paciente. Os autores acreditam que a taxa de 30% de                  Lie(10) relata cinco pacientes, dois homens e três mulheres,
430                                                                                           Rev Bras Reumatol, v. 46, n.6, p. 428-431, nov/dez, 2006
Hipertensão Arterial Pulmonar e Acidente Vascular Encefálico em Paciente com Arterite de Takayasu




com AT que foram submetidos à cirurgia para ressecção                                  Conhecendo melhor a patogenia da AT, pesquisas têm
pulmonar ou para reconstrução/bypass das artérias pul-                                 sido desenvolvidas com agentes antagonistas do fator de
monares obstruídas. Histologicamente, foram observadas                                 necrose tumoral alfa (anti-TNF alfa) em pacientes com
lesões vasculares incluindo a clássica arterite granulomatosa                          doença refratária, sendo os resultados iniciais animadores.
de células gigantes de grandes vasos e um tipo peculiar de                             Procedimentos de revascularização têm bons resultados
trombos organizados com marcante recanalização e neoan-                                com o uso de bypass convencionais. Lesões vasculares cur-
giogênese, sugerindo achados histopatológicos próprios do                              tas podem ser tratadas através de angioplastia transluminal
acometimento das artérias pulmonares em pacientes com                                  percutânea, apesar de o uso dos stents comuns não manter
AT. A associação dos eventos acima descritos influencia a                              a patência do vaso a longo prazo, ocorrendo reestenose em
morbi-mortalidade, a longo prazo, desses pacientes.                                    até 40% dos casos.
     Observamos após a discussão acima, que o caso des-                                     A inflamação crônica e a disfunção endotelial colocam
crito encontra semelhanças com os da literatura revisada.                              os portadores de AT em risco para desenvolvimento de
Acreditamos ser importante informar que AT ainda per-                                  aterosclerose precoce. Por esses motivos, sugerimos o
manece um desafio diagnóstico e terapêutico. Apesar dos                                controle dos fatores de risco modificáveis para aterosclerose
tratamentos disponíveis atualmente, a progressão da lesão                              para todos os pacientes. Futuramente, esperamos que novas
vascular é freqüentemente contínua. Agentes imunossu-                                  tendências terapêuticas estejam disponíveis visando não só a
pressores como metotrexato, azatioprina e micofenolato de                              inflamação, mas também a proliferação miointimal vascular
mofetil associados aos corticóides podem beneficiar muitos                             observada na AT(13).
pacientes. Infelizmente, reativações da doença são comuns
quando se tenta reduzir as doses das medicações prescritas.                                           Declaramos a inexistência de conflitos de interesse.




REFERÊNCIAS                                                                            7.    Bletry O, Kieffer E, Herson S, et al: Severe pulmonary involvement
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                                                                                             manifestations of Takayasu arteritis in Europe. Rheumatology
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      11: 767–70, 1998.                                                                12.   Up To Date – Takayasu Arteritis: Article by Gene G
5.    Vanoli M, Daina E, Salvarani C, et al: Takayasu’s Arteritis: A Study                   Hunder, 2006. Acesso em 15/08/2006.<http://www.
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                                                                                             7733&type=A&selectedTitle=1~25>.
6.    Nunes H, Ramos JM, Valerio L, et al: Pulmonary artery
      involvement in Takayasu Arteritis. A case of right ventricular                   13.   Liang P, Hoffman GS: Advances in the medical and surgical
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Rev Bras Reumatol, v. 46, n.6, p. 428-431, nov/dez, 2006                                                                                                   431

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  • 1. rElato dE caso casE rEPort Hipertensão Arterial Pulmonar e Acidente Vascular Encefálico em Paciente com Arterite de Takayasu Pulmonary Arterial Hypertension and Cerebrovascular Disease in Patient with Takayasu Arteritis Carlos Frederico Rodrigues Parchen(1), Carolina de Souza Müller(2), Salun Aragão(3), Eduardo Santos Paiva(4), Sebastião Radominski(4) RESUMO ABSTRACT Arterite de Takayasu (AT) é uma doença rara caracterizada por Takayasu arteritis (TA) is a rare illness characterized by vasculitis vasculite dos grandes vasos, principalmente aorta e seus ramos. of great vessels, mainly of aorta and its branches. The vascular A inflamação vascular leva a irregularidades na parede do vaso, inflammation leads to irregularities of the vessel wall causing causando estenoses e aneurismas. O envolvimento da artéria pul- stenosis and aneurysms. The pulmonary artery (PA) involvement monar (AP) é freqüente na AT. Apesar disso, o desenvolvimento is frequent in TA. Despite this, the development of pulmonary de hipertensão arterial pulmonar (HAP) é menos comum, alte- arterial hypertension is less common, modifying the treatment rando o tratamento e o prognóstico dos pacientes. Descrevemos and the prognosis of the patients. We describe a case of a patient um caso de uma paciente com AT com estenoses múltiplas em with TA with multiple stenosis in pulmonary arteries, pulmonary artérias pulmonares, HAP e doença cerebrovascular, além de arterial hypertension and cerebrovascular disease, as well as review revisão de literatura sobre o assunto. of the literature on the subject. Palavras-chave: vasculite, arterite de Takayasu, hipertensão Keywords: vasculitis, Takayasu arteritis, pulmonary pulmonar. hypertension. INTRODUÇÃO distribuição mundial, é mais freqüentemente vista na Ásia que na Europa e Américas, sendo que 80% dos pacientes Classicamente, define-se a arterite de Takayasu (AT) são do sexo feminino. A maioria dos pacientes encontra-se como uma doença inflamatória rara, crônica, progressiva entre 5 e 60 anos de idade, e a idade média de aparecimento e oclusiva da aorta e seus ramos. É uma doença sistêmica está na quarta década de vida. A auto-imunidade celular que pode apresentar manifestações isoladas, atípicas e ca- parece ter relação direta com a injúria vascular. Encontra-se tastróficas. Historicamente, Takayasu, em 1908, descreveu inflamação granulomatosa envolvendo macrófagos, linfóci- as alterações retinianas da doença, mesma época na qual tos e células gigantes multinucleadas. Alternando períodos foram relatadas as alterações vasculares, como a ausência de de atividade e remissão, a taxa de sobrevida de 15 anos é pulso. Entretanto, somente após 1954 a doença recebeu o descrita como de 90 a 95%(1). nome que leva até hoje(1, 11). Diante do exposto e da possibilidade de acompanhamento Nos Estados Unidos, a incidência anual estimada é de desses pacientes em nosso Serviço de Reumatologia, relatamos 2,6 casos por 1 milhão de habitantes, aproximadamente o caso de uma paciente com AT com estenoses múltiplas em cem vezes menos que no Japão. Embora a AT apresente artérias pulmonares e doença cerebrovascular. Departamento de Reumatologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR). Recebido em 08/04/06. Aprovado, após revisão, em 28/09/06. 1. Médico do Curso de Especialização em Reumatologia do HC-UFPR. 2. Médica Residente em Reumatologia do HC-UFPR. 3. Médico Residente em Clínica Médica do HC-UFPR. 4. Médico do Serviço de Reumatologia do HC-UFPR. Endereço para correspondência: Rua Frei Fabiano de Cristo, 603, CEP 81530-110, Curitiba, PR, Brasil, telefone: (41) 3266-2467, e-mail: carlosparchen@yahoo.com.br 428 Rev Bras Reumatol, v. 46, n.6, p. 428-431, nov/dez, 2006
  • 2. Hipertensão Arterial Pulmonar e Acidente Vascular Encefálico em Paciente com Arterite de Takayasu RELATO DE CASO de sua espessura. O exame mostrou acentuada redução do calibre nos segmentos proximais do tronco-braquiocefálico, Paciente feminina, 30 anos, com diagnóstico de AT artérias carótidas comuns e subclávias (Figura 3). cinco meses antes da admissão, baseado nos seguintes A paciente recebeu alta com ajuste da dose de predni- sintomas: carotidínea persistente, claudicação de membros sona e metotrexato, além de programa e acompanhamento superiores, ausência de pulso palpável em membros supe- multidisciplinares. Após três meses, a paciente, ainda em riores e incapacidade de se mensurar a pressão arterial nos acompanhamento multidisciplinar e ambulatorial, apre- membros superiores. O diagnóstico foi confirmado por senta melhora parcial da afasia e da hemiparesia e melhora arteriografia cérvico-torácica, apresentando estenose crítica progressiva da dispnéia associada à melhora hemodinâmica em artéria carótida comum em subclávias direita e esquerda, cardiopulmonar e à redução da pressão sistólica da AP, sem acometimento de circulação vertebral. A paciente esta- avaliada pelo ecocardiograma. va usando prednisona diariamente e metotrexato semanal, com controle adequado da doença após o diagnóstico. Foi internada por quadro súbito de afasia de expres- são, sem outros déficits focais. Apresentava ainda queixa de dispnéia aos esforços há dois meses. Ao exame físico, apresentava ausência de pulsos assim como pressão arterial inaferível em membros superiores, sopro em região de caró- tidas e de subclávias, hiperfonese de B2 no foco pulmonar e afasia. Tomografia computadorizada (TC) de crânio na admissão era normal. A radiografia de tórax era normal. Exames laboratoriais de entrada mostravam: hemograma com leucocitose, plaquetas normais, coagulograma, provas Figura 1 - Tomografia de crânio demonstrando infarto no território da artéria de função renal e hepática, velocidade de hemossedimenta- cerebral média esquerda. ção (VHS) e proteína C reativa (PCR) normais. Optou-se por realizar pulsoterapia com metilprednisolona 1 g por três dias. No terceiro dia da pulsoterapia, a paciente ainda apresentava afasia e começou a desenvolver hemiparesia à direita. Nova TC de crânio foi realizada, evidenciando infarto no território da artéria cerebral média esquerda (Figura 1). Pela evidência de infarto em evolução, foi ini- ciada anticoagulação. Foi realizada também arteriografia cérvico-torácica, que mostrou, além dos achados do pri- meiro exame, estenose crítica no tronco inominado, artéria vertebral direita hipoplásica com estenose crítica na sua Figura 2 - Arteriografia pulmonar demonstrando estenoses em ramos da artéria pulmonar direita. origem (vertebral esquerda dominante) e fluxo retrógrado na artéria vertebral esquerda. O exame de Doppler trans- craniano evidenciou distúrbio hemodinâmico na circulação intracraniana, caracterizado por fluxo colateral em todos os vasos estudados, e provável exaustão distal em artéria cere- bral média esquerda. Ecocardiograma mostrou hipertensão arterial pulmonar (HAP) grave (pressão sistólica na AP de 86 mmHg) e discreta hipertrofia do ventrículo direito. Re- alizada, então, arteriografia de circulação pulmonar (Figura 2), que mostrou múltiplas estenoses nas artérias do pulmão direito e esquerdo, com pressão sistólica no tronco da AP de 58 mmHg. Visando avaliar parede da artéria foi realizada Figura 3 - Angiorressonância arcoaórtico demonstrando estenoses nos ramos uma angioressonância da aorta torácica com mensuração do vaso. Rev Bras Reumatol, v. 46, n.6, p. 428-431, nov/dez, 2006 429
  • 3. Parchen e cols. DISCUSSÃO envolvimento pulmonar subestima a taxa real. Nunes et al(6) descrevem o acometimento pulmonar Clinicamente, a apresentação da AT é heterogênea. na AT entre 14 e 56%. Entretanto, o desenvolvimento Sintomas constitucionais (febre, perda de peso, astenia, de HAP grave é um evento extremamente raro no curso anemia, mialgia e artralgia) geralmente precedem envol- natural da doença. Os autores relatam um caso no qual o vimento clínico vascular. É uma vasculite granulomatosa paciente apresentava insuficiência cardíaca congestiva grave de grandes artérias elásticas, especificamente a aorta e seus de início recente e que a avaliação seqüencial sugeriu a ramos principais, podendo afetar também as coronárias e presença de HAP de etiologia desconhecida. A ausência de as artérias pulmonares. O dano inflamatório na parede do pulso radial esquerdo, ao exame físico, levou-os a realizar vaso leva a áreas de destruição da camada muscular lisa e arteriografia no paciente que confirmou o diagnóstico de elástica da artéria, resultando em estenoses e aneurismas(2, 9). AT com envolvimento pulmonar e HAP grave. A oclusão completa dos vasos afetados resulta em perda do Bletry et al(7) publicaram três casos de envolvimento pulso, sendo também denominada “doença sem pulso”. arterial pulmonar grave em pacientes com AT e concluem Diversos sistemas podem ser acometidos, e pode-se encon- que o acometimento pulmonar nesta doença ocorre, pre- trar claudicação de mandíbula e de extremidades. Achados ferencialmente, no ramo principal direito da AP, podendo, neurológicos (60%) devem-se à isquemia ou hemorragia também, ser mais distal e danificar arteríolas pulmonares. cerebral, cegueira transitória, cefaléia, convulsões e sín- Além disso, afirmam que as principais complicações desse drome do roubo da subclávia. Alterações cardiovasculares padrão de apresentação são a HAP e a possibilidade de (50%) compreendem regurgitação aórtica, angina, hiper- hemoptise maciça. tensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca congestiva e O envolvimento das artérias carótidas e das vertebrais arritmias. Manifestações pulmonares (40%) incluem HAP causam diminuição do fluxo sanguíneo cerebral, desenvol- (freqüentemente assintomática), hemoptise, pleurite e al- vendo vertigem, síncope, cefaléia, convulsão e demência. teração das provas de função pulmonar. Ainda podem ser Diminuição da acuidade visual é manifestação tardia e é re- encontrados glomerulonefrite e depósitos amilóides nos sultado da isquemia cerebral(12). A AT é causa bem conhecida rins, além de comprometimento cutâneo através de eritema de doença cerebrovascular nos países orientais, sendo pouco multiforme, lesões papulares, ulceradas e necróticas(1). descrita nos países ocidentais. Ringleb et al(8) avaliaram um O envolvimento das artérias pulmonares é bem descrito grupo de 17 pacientes europeus com AT, através de exame na AT, geralmente associado ao acometimento arterial sis- clínico neurológico e imagens de ressonância magnética. têmico. Hayashi et al(3) relatam dois casos de AT nos quais O autor encontrou evidência de doença intracraniana em a AP foi inicialmente acometida, com diagnóstico inicial de sete pacientes, incluindo infarto, isquemias transitórias embolismo crônico pulmonar. Na mesma linha de pesquisa, recorrentes e tontura. Além disso, afirma que o curso das Brugiere et al(4) descrevem um paciente com acometimento manifestações neurológicas é benigno quando o paciente isolado de artérias pulmonares e AT. Os sinais e sintomas portador da vasculite é tratado e bem assistido. apresentados, na época, eram similares aos encontrados na Historicamente, AT era uma doença devastadora, mas doença tromboembólica. Arteriografia demonstrou este- o diagnóstico precoce, tratamento agressivo e o acom- noses e oclusão arterial pulmonar bilateral, enquanto não panhamento multidisciplinar têm levado a um melhor foram verificadas outras alterações arteriográficas em outros prognóstico. Complicações cardiovasculares, incluindo territórios. O paciente faleceu após hemoptise maciça e o aceleração da aterosclerose e doenças isquêmicas, são as exame anatomopatológico confirmou lesões características principais causas de óbito. Relatos recentes mostram que de AT pulmonares e ausência de lesão aórtica e ramos. o desenvolvimento de HAP grave é evento de apresenta- Acredita-se que a freqüência desta apresentação seja subes- ção variável na evolução da doença(6). A recanalização das timada, dadas as dificuldades diagnósticas e a similaridade estenoses das artérias elásticas pulmonares (também cha- com doença tromboembólica. mada “vasos sanguíneos no vaso sanguíneo”) parece estar Vanoli et al(5) estudando 104 pacientes com AT na Itália envolvida com a hipertensão arterial pulmonar(2), através relataram que, do total avaliado, nove pacientes foram sub- do remodelamento das camadas da parede da artéria, bem metidos à arteriografia pulmonar demonstrando estenoses como pelo aumento da resistência hemodinâmica vascular, em dois deles e oclusão completa em dos ramos da AP em associados ou não a eventos tromboembólicos. um paciente. Os autores acreditam que a taxa de 30% de Lie(10) relata cinco pacientes, dois homens e três mulheres, 430 Rev Bras Reumatol, v. 46, n.6, p. 428-431, nov/dez, 2006
  • 4. Hipertensão Arterial Pulmonar e Acidente Vascular Encefálico em Paciente com Arterite de Takayasu com AT que foram submetidos à cirurgia para ressecção Conhecendo melhor a patogenia da AT, pesquisas têm pulmonar ou para reconstrução/bypass das artérias pul- sido desenvolvidas com agentes antagonistas do fator de monares obstruídas. Histologicamente, foram observadas necrose tumoral alfa (anti-TNF alfa) em pacientes com lesões vasculares incluindo a clássica arterite granulomatosa doença refratária, sendo os resultados iniciais animadores. de células gigantes de grandes vasos e um tipo peculiar de Procedimentos de revascularização têm bons resultados trombos organizados com marcante recanalização e neoan- com o uso de bypass convencionais. Lesões vasculares cur- giogênese, sugerindo achados histopatológicos próprios do tas podem ser tratadas através de angioplastia transluminal acometimento das artérias pulmonares em pacientes com percutânea, apesar de o uso dos stents comuns não manter AT. A associação dos eventos acima descritos influencia a a patência do vaso a longo prazo, ocorrendo reestenose em morbi-mortalidade, a longo prazo, desses pacientes. até 40% dos casos. Observamos após a discussão acima, que o caso des- A inflamação crônica e a disfunção endotelial colocam crito encontra semelhanças com os da literatura revisada. os portadores de AT em risco para desenvolvimento de Acreditamos ser importante informar que AT ainda per- aterosclerose precoce. Por esses motivos, sugerimos o manece um desafio diagnóstico e terapêutico. Apesar dos controle dos fatores de risco modificáveis para aterosclerose tratamentos disponíveis atualmente, a progressão da lesão para todos os pacientes. Futuramente, esperamos que novas vascular é freqüentemente contínua. Agentes imunossu- tendências terapêuticas estejam disponíveis visando não só a pressores como metotrexato, azatioprina e micofenolato de inflamação, mas também a proliferação miointimal vascular mofetil associados aos corticóides podem beneficiar muitos observada na AT(13). pacientes. Infelizmente, reativações da doença são comuns quando se tenta reduzir as doses das medicações prescritas. Declaramos a inexistência de conflitos de interesse. REFERÊNCIAS 7. Bletry O, Kieffer E, Herson S, et al: Severe pulmonary involvement of Takayasu Arteritis. 3 cases and review of the literature. Arch 1. eMedicine - Takayasu Arteritis: Article by Julie Beales, 2005. Mal Coeur Valss 84: 817-22, 1991. Acesso em 15/08/2006. <http://www.emedicine.com/med/ topic2232.htm>. 8. Ringleb PA, Strittmatter EI, Loewer M, et al: Cerebrovascular manifestations of Takayasu arteritis in Europe. Rheumatology 2. Matsubara O, Yoshimura N, Tamura A, et al: Pathological features (Oxford) 44: 1012-5, 2005. of the pulmonary artery in Takayasu arteritis. Heart vessels Suppl 7: 18-25, 1992. 9. Klippel J: Primer on the Rheumatic Diseases, 12.a ed, Atlanta, Editora Arthritis Foundation, 2001. 3. Hayashi K, Nagasaki M, Matsunaga N: Initial Pulmonary Artery Involvement in Takayasu Arteritis’. Radiology 159: 401-3, 10. Lie JT: Isolated pulmonary Takaysu Arteritis: clinicopathologic 1986. characteristics. Mod Pathol 9: 469-74, 1996. 4. Brugiere O, Mal H, Sleiman, et al: Isolated pulmonary arteries 11. Numano F: The story of Takayasu arteritis. Rheumatology 41: involvement in a patient with Takayasu’s arteritis. Eur Respir J 103–6, 2002. 11: 767–70, 1998. 12. Up To Date – Takayasu Arteritis: Article by Gene G 5. Vanoli M, Daina E, Salvarani C, et al: Takayasu’s Arteritis: A Study Hunder, 2006. Acesso em 15/08/2006.<http://www. of 104 Italian Patients. Arthritis Rheum 53: 100-7, 2005. utdol.com/utd/content/topic.do?topicKey=vasculit/ 7733&type=A&selectedTitle=1~25>. 6. Nunes H, Ramos JM, Valerio L, et al: Pulmonary artery involvement in Takayasu Arteritis. A case of right ventricular 13. Liang P, Hoffman GS: Advances in the medical and surgical failure as presentation form. Rev Port Cardiol 11: 775-80, treatment of Takayasu arteritis. Curr Opin Rheumatol 17: 16- 1992. 24, 2005. Rev Bras Reumatol, v. 46, n.6, p. 428-431, nov/dez, 2006 431