O documento discute a hierarquia e organização dos anjos de acordo com a Bíblia. Apresenta que os anjos foram criados por Deus para servir, sendo divididos em classes como querubins, serafins e arcanjo Miguel. Explica que os querubins guardam o trono de Deus, os serafins louvam a Deus constantemente, e Miguel é o chefe do exército celestial e participará da batalha final contra o dragão.
1. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2
DISCIPLINA: DOUTRINAS BÌBLICAS
TEMA: DOUTRINA DOS ANJOS
Hierarquia e organização dos anjos AULA 1
OBJETIVO
Obter melhores conhecimentos com referência aos anjos bons e maus à luz da Palavra de Deus,
visando dirimir dúvidas que normalmente ocorrem com relação a este assunto.
INTRODUÇÃO
Não podemos dizer que a doutrina dos anjos é fundamental para a consolidação da nossa fé cristã,
como é, por exemplo, a doutrina da Salvação, da Justificação, da Trindade, da Santificação e outras tão
importantes quanto as citadas, porém entendemos que o assunto é de bastante importância para obtermos
uma visão da grandeza do Criador e aperfeiçoar os nossos conhecimentos com relação às questões bíblicas
e angelicais.
DESENVOLVIMENTO
1. O sentido da palavra anjo
No grego a palavra anjo significa angelos, no hebraico significa malako e no latim a palavra é ange-
lus.
O vocábulo significa mensageiro sobrenatural que transmite mensagens e ordens de Deus. Literal-
mente sugere a idéia de ofício. A palavra anjo ocorre 108 vezes no Velho Testamento, 175 vezes no Novo
Testamento, sendo 72 só no livro Apocalipse.
Os anjos são seres celestiais, empenhados no serviço de Deus e ocupados por Ele para ministrar o
bem-estar aos homens.
São mais elevados do que o homem em dignidade, conforme registra Hebreus 2.7: “Fizeste-o um
pouco menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste”. Pela sua natureza são chamados filhos de Deus,
conforme Jó 1.6: “Ora chegado o dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor , veio
também Satanás entre eles”.
Pelo seu caráter são chamados santos, conforme está registrado em Jó 5.1: “Chama agora; há
alguém que te responda? E a qual dentre os entes santos te dirigirás?”.
Os anjos existem, portanto, para servir, são espíritos ministradores, mas também executam os juízos
de Deus. Só obedecem ao Criador. Observe os versículos abaixo:
Hebreus 1.14: “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão
de herdar a salvação”.
Atos 12.23: “No mesmo instante o Anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus; e comido
de verme expirou”.
2 Reis 19:35: “Sucedeu, pois, que naquela mesma noite saiu o anjo de Senhor, e feriu no arraial dos
assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, levantando-se os assírios pela manhã cedo, eis que aqueles
eram todos cadáveres”.
2. A criação e o número de anjos
Os anjos foram criados por Deus, porém não se pode afirmar com exatidão quando foram criados.
Foram testemunhas da criação, mas não participantes. Salmo 148. 2: “Louvai-o todos os seus anjos; louvai-
o todas as suas hostes”. Salmo 148.5: “Louvem eles o nome do Senhor; pois Ele deu ordem e logo foram
criados”.
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Hierarquia e organização dos anjos AULA 1
2. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2
Quanto a quantidade de anjos, a Bíblia não fala em números exatos, portanto não se pode determinar
com exatidão, mas deixa transparecer que são muitos, um número muito elevado. Vejamos alguns versículos
que confirmam essa afirmação:
· Deuteronômio 33.2: “Disse, pois: O Senhor veio de Sinai, e lhes alvoreceu de Seir, resplandeceu
desde o monte Parã; e veio das miríades de santos; à sua direita havia para eles o fogo da lei”. Considerar
que uma miríade é aproximadamente 10.000 .
· 2 Reis 6.16 e 17: “Ele respondeu: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que
estão com eles. Orou Eliseu e disse : Senhor, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O Senhor abriu
os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu”.
· Salmo 68.17: “Os carros de Deus são vinte mil, sim milhares de milhares . No meio deles está o
Senhor; o Sinai tornou-se em santuário”.
· Mateus 26.53: “Acaso pensas que não posso rogar a meu Pai, e Ele me mandaria neste momento
mais de doze legiões de anjos?” Uma legião romana era composta de aproximadamente 6000 soldados.
· Apocalipse 5.11: “Vi, e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos
anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares”.
Em Hebreus 12:22, os anjos são indicados como miríades, portanto incontáveis.
3. Hierarquia e organização dos anjos
É muito comum dizer e ouvir dizer que nosso Deus é um Deus organizado, e não poderia ser diferente
com relação ao universo de anjos que foram criados. Para onde olhamos vemos a organização do Criador e
dessa forma conseguimos identificar a organização hierárquica dos anjos também, isto é, classes, categorias,
funções, etc...
a) Querubins. Em hebraico querub = guardar ou cobrir – Anjo Guardião. Ocupa uma posição el-
evada e santa. Sua responsabilidade está ligada ao Trono de Deus. Os querubins guardam a entrada do
paraíso. Podemos observar essa função em Gênesis3.24: “E havendo lançado fora o homem, pôs ao oriente
do jardim do Éden os querubins, e uma espada flamejante que se volvia por todos os lados, para guardar o
caminho da árvore da vida.” Em Êxodo 25.18 a 20 esses anjos contemplam o propiciatório: “Farás também
dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubim
numa extremidade e o outro em outra extremidade; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins
nas duas extremidades. Os querubins estenderão suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as
asas, tendo as faces voltadas um para o outro; as faces dos querubins estarão voltadas um para o outro”.
b) Serafins. A palavra no hebraico é saraph = ardente. Estão ligados a área do louvor e adoração.
O termo significa, portanto, adoração constante; atividade incessante de adoração a Deus. Aparece uma
única vez com esse nome na Palavra de Deus, em Isaías 6. 1 a 3: “No ano em que morreu o rei Uzias, eu
vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu
redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com
duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo : Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra
toda está cheia de sua glória”. Eles permanecem ao redor do trono de Deus cantando louvores. São os mais
nobres de todos os anjos.
c) Arcanjo. Arcângelo significa: “Aquele que é como Deus”. Existe só um. A Bíblia fala somente de
um, o arcanjo Miguel, possuidor de grande autoridade. É o chefe do exército do céu e participará, no final
dos tempos, da batalha contra o dragão. Observe isso em Apocalipse 12. 7 a 12: “Então houve guerra no
céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas não
prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no céu...” Em Daniel 12.1, o arcanjo Miguel é chamado de
grande príncipe e defensor do povo de Israel: “Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se
levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu
nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no
livro”. Observe também Daniel 10.13: “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; e
eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis da Pérsia”. Em
Judas 9, observamos o arcanjo Miguel tendo uma controvérsia com o Diabo: “Mas quando o arcanjo Miguel,
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Hierarquia e organização dos anjos AULA 1
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discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de
maldição, mas disse: O Senhor te repreenda.” Em 1 Tessalonicenses 4.16, na segunda vinda de Cristo, a
sua voz será ouvida: “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som
da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”. Portanto, o arcanjo Miguel é um
valente guerreiro que lidera as batalhas de IAVÉ contra os inimigos de Israel e contra os poderes malignos
do mundo dos espíritos.
d) Gabriel. A palavra Gabriel significa poderoso como Deus. É mensageiro. Aparece quatro vezes
sempre com o propósito de revelar:
· Falou a Daniel sobre o final dos tempos. Daniel 8. 16 a 27: “E ouvi uma voz de homem entre as
margens do Ulai, a qual gritou, e disse: Gabriel, faze que este homem entenda a visão”;
· Revelou a Daniel a profecia das 70 semanas. Daniel 9. 21: “Sim enquanto estava eu ainda falando
na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão a princípio, veio voando rapidamente, e tocou-
me à hora da oblação da tarde”.
· Falou a Zacarias sobre o nascimento de João Batista (Lucas 1.5 a 22);
Anunciou à Maria o nascimento de Jesus Cristo (Lucas 1. 26 a 33).
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Hierarquia e organização dos anjos AULA 1
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A natureza dos anjos AULA 2
OBJETIVO
Estudar com maiores detalhes a natureza dos anjos.
INTRODUÇÃO
Ao estudarmos a natureza dos anjos e seu significado, obteremos maior compreensão sobre esses
seres angelicais criados por Deus e suas características.
DESENVOLVIMENTO
1. Significado e natureza dos anjos
Ninguém que conhece a Palavra de Deus pode duvidar da existência dos anjos, pois são citados
tanto no Velho como no Novo Testamento. O próprio Jesus Cristo fala da existência dos seres angelicais.
É importante sabermos que os anjos não são homens glorificados, mas sim seres espirituais criados
por Deus.. Observe essa verdade em Colossenses 1.16: “(...) porque nele foram criadas todas as coisas
nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele”. Os anjos não possuem corpo físico, não ocupam lugar no
espaço.
Apesar de serem seres espirituais, os anjos podem manifestar-se na forma humana. Em hebreus
13.2 a palavra diz: “Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospeda-
ram anjos”. Somente os anjos de Deus podem manifestar-se na forma humana, os demônios não tem esse
poder.
2. Outras características dos anjos
a) São imortais, nunca adoecem ou morrem. Os anjos vivem para sempre e não estão sujeitos à
extinção. Em Lucas 20.36 observamos: “(...) porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e
são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição”.
b) São maiores, em poder, que os humanos. Em 2 Pedro 2.11, a palavra diz: “(...) enquanto que os
anjos, embora maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor”.
c) Estão presentes em grande número num espaço pequeno. Em Lucas 8.30 , podemos entender
que os anjos podem estar presentes em grande número num espaço pequeno, porém não podem estar
simultaneamente em dois ou mais lugares, portanto são finitos e limitados.
d) São sábios. Em 2 Samuel 14:20, a Palavra de Deus declara sobre a sabedoria de um anjo de
Deus.
e) Não são oniscientes. Somente a trindade é onisciente. Ler Mateus 24.36 e 1 Pedro 1.12.
f) Não se casam. Em Mateus 22. 30, a Palavra afirma que na ressurreição seremos como os anjos,
que nem casam e nem são dados em casamento.
g) São inumeráveis. Alguns versículos bíblicos falam da grande quantidade de anjos, porém sem
possibilidade de numerá-los. Ler Hebreus 12.22; Daniel 7.10; Jó 25.3 e Apocalipse 9:16.
h) Regozijam-se e alegram-se. Em Lucas 15.10, a Palavra nos diz da alegria que há diante dos anjos
de Deus quando um pecador se arrepende.
i) São santos, bondosos, compassivos e zelosos para com os filhos de Deus. Ler Daniel 10.9 a 19;
Atos 12.8 e Lucas 9.26.
Atenção: Os anjos não devem ser adorados. Este é um ponto que deve ser muito bem entendido por
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A natureza dos anjos AULA 2
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todos nós, pois há muita confusão. A Palavra de Deus nos ensina que não devemos adorar a anjos. A leitura
de Apocalipse 22.8 e 9 e Colossenses 2.18 nos levará a um entendimento certo quanto a este ponto.
3. Autoridade sobre os anjos
3.1 Nenhum personagem bíblico exerceu autoridade e domínio sobre anjos, ou deu alguma ordem,
nem mesmo Jesus (como homem). Ler Mateus 26.53 a 54.
3.2 Pela escritura somente Deus tem autoridade sobre os seus anjos e não a estende para mais
ninguém. Ler Salmo 91.11 e Hebreus 1.14.
3.3 Só temos autoridade, pelo NOME DE JESUS, sobre demônios ou anjos maus.
3.4 O homem não saberia como dar ordem aos anjos, por isso não lhe foi dada essa capacidade.
Não temos autoridade para afrontar demônios. A Palavra nos diz para resistí-los e eles fugirão de
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A natureza dos anjos AULA 2
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O ministério dos anjos AULA 3
OBJETIVO
Aprender a partir desta lição, o trabalho (serviços) prestados pelos anjos ao Senhor nosso Deus.
INTRODUÇÃO
Até a aula anterior pudemos estudar sobre a natureza dos anjos, hierarquia dos anjos além de outras
informações importantes, porém a partir desta lição entraremos no estudo dos serviços que os anjos prestam
ao Senhor.
DESENVOLVIMENTO
As funções (serviços) desempenhadas pelos anjos:
Já estudamos que os anjos servem a Deus em nosso favor, ministrando de diversas formas. Por-
tanto eles colaboram com o nosso viver cristão diário, trazendo-nos proteção, entendimento, mensagens,
encorajamento e outras funções (serviços) que passaremos a detalhar:
a) Servem os filhos de Deus (os herdeiros da salvação). Como já vimos anteriormente, os anjos são
espíritos ministradores enviados para servir aos herdeiros da salvação. Ler Hebreus 1.14; Mateus 4.11 e 1
Reis 19. 1 a 8;
b) Louvam e adoram a Deus. Alguns versículos bíblicos afirmam que os anjos louvam e adoram a
Deus dia e noite. Ler as seguintes passagens: Jó 38.7; Isaías 6.1 a 3; Salmo 103. 20 e Apocalipse 5.11 e
12 e 7:11;
c) Orientam pessoas. Podemos citar três passagens bíblicas, em que um anjo de Deus orienta o servo
de Abraão, um outro instruindo a Filipe no caminho em que deveria seguir e um outro instruindo a Cornélio
quanto ao que deveria fazer. Ler, respectivamente, as seguintes passagens: Gênesis 24.7; Atos 8.26 e Atos
10. 3 a 5;
d) Protegem as pessoas. Existem dois versículos bíblicos que falam claramente sobre a proteção
dispensada pelo Senhor às nossas vidas através dos seus anjos. Trata-se do Salmo 34.7 e Salmo 91.11.
O salmo 34.7 fala do anjo do Senhor. Não devemos entender aqui como ANJO DA GUARDA, pois não há
nenhuma fundamentação bíblica para esse entendimento, nem nesse versículo e em nenhum outro. Também
os versos de Atos 27. 22 a 24 fala da proteção dispensada pelo anjo do Senhor a Paulo e aos demais que
com ele estavam no navio. Daniel 6. 16 a 23 relata sobre o anjo que fechou a boca dos leões quando Daniel
foi lançado à cova. Outro versículo que nos instrui quanto à proteção dos anjos, é o que está em Mateus
18.10, que fala dos PEQUENINOS e esta palavra corresponde ao PERDIDO ou DESGARRADO, isto é, os
anjos cuidam também daqueles que ainda não tiveram um encontro com o Senhor Jesus Cristo;
e) Anunciam mensagens de Deus. Vários versículos falam sobre esta atividade dos anjos. Quere-
mos aqui destacar alguns textos: Atos 7. 38 e 53 e Lucas 2. 8 a 14. Algumas mensagens trazidas por anjos
confortam e encorajam as pessoas. É o caso que aparece em Lucas 22.43 em que Jesus é confortado por
um anjo, bem como Paulo em Atos 27. 22 a 24;
f) Trazem julgamento. Em Êxodo 12. 23, 29 e 30, o anjo destruidor vem para matar todos os pri-
mogênitos do Egito. Também em Atos 12.23, o rei Herodes é ferido pelo anjo do Senhor;
g) Na morte, nos levam ao nosso destino. O versículo em Lucas 16.22 deixa claro que os anjos
transportam nossa alma para o lugar que nos é devido, no caso “o seio de Abraão”;
h) Nos liberta de prisões. Os versículos em Atos 5.19 e 12.7, relatam claramente a intervenção dos
anjos em favor dos apóstolos quando os mesmos estavam aprisionados;
i) Apresentam nossas orações a Deus. Ler Apocalipse 8:3;
j) São guerreiros de Deus. Apocalipse 12. 7 a 9, relata a luta de Miguel e seus anjos contra as hostes
malignas,isto é, Satanás e seus anjos;
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O ministério dos anjos AULA 3
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l) São usados para proferir profecias. Em Daniel 9.21 a 23, o anjo Gabriel encoraja Daniel com uma
profecia. Em Juízes 13. 3 a 5, o anjo prediz o nascimento de Sansão e como ele seria usado para libertar Is-
rael. Em Mateus 1.18 a 23, o anjo do Senhor anuncia o nascimento de Jesus e prediz a salvação do povo.
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O ministério dos anjos AULA 3
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A origem de Satanás e dos demônios AULA 4
OBJETIVOS
a) Reconhecer a existência de Satanás e seus demônios;
b) Entender pela Palavra, que em nome de Jesus, temos autoridade sobre esses seres malignos.
INTRODUÇÃO
Como estamos estudando nestas lições sobre a DOUTRINA DOS ANJOS, isto é, ANGELOLOGIA,
não podemos deixar de falar sobre os anjos maus, que embora não prestem nenhum benefício para nós,
mas que se faz importante sabermos como eles são e o que fazem, pois a Palavra de Deus nos adverte que
ele (o diabo) veio para roubar, matar e destruir; razão que nos leva a conhecer em maiores detalhes para
que saibamos evitá-los e resisti-los.
DESENVOLVIMENTO
1. A Origem de Satanás
O texto de Ezequiel 28. 12 a 19 nos revela alguns antecedentes sobre Satanás, embora o seu nome
não seja mencionado. A passagem relaciona-se ao Rei de Tiro; entretanto as referências a um “querubim
ungido” e o fato desse querubim estar presente no Éden, o jardim de Deus, parece provável que o profeta
esteja descrevendo sobre Satanás.
O versículo 12 diz: “Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura, portanto
era o selo da perfeição, mas não deixava de ser uma criatura de Deus”.
O versículo 13 diz que ele estava presente no Éden , no jardim de Deus é era coberto de pedras
preciosas; isto denota a sua beleza antes de sua queda. Diz também sobre “as obras dos teus tambores
e dos teus pífaros”; podemos entender como alguém criado com a capacidade de produzir sons perfeitos,
maravilhosos e altamente capacitado à adoração ao Senhor através da música, sendo até mesmo como um
líder musical dos corais celestiais.
O versículo 14 acrescenta dizendo: Era querubim ungido (pelo próprio Deus), para proteger e es-
tabelecido no monte santo de Deus, o que significa: com toda a capacidade e autoridade para proteger e
defender o Trono de Deus, lugar da mais alta posição na hierarquia dos anjos.
O versículo 15 começa a retratar a queda deste querubim ungido (Lúcifer), pela iniqüidade que
começou a existir nele. Isaías 14.12 a 17 relata como a cobiça e o desejo de ser adorado como o Senhor,
amando sua própria beleza, caiu em orgulho e egocentrismo e começou a se rebelar contra o Senhor em
suas atitudes e a desejar estar num trono semelhante ao do Altíssimo. Esse mesmo texto nos faz entender
que com cinco afirmações, ele tomará o lugar do Altíssimo, usando a expressão EU. Vejamos:
Versículo 13: EU subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus; EU exaltarei o meu trono, e; EU me
assentarei no monte da congregação, da banda dos lados do Norte;
Versículo 14: EU subirei acima das mais altas nuvens; EU serei semelhante ao Altíssimo.
O versículo 16 ,17 e 18 do texto de Ezequiel traz algumas informações sobre o pecado de Lúcifer:
encheu-se de violência, elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria
por causa do teu resplendor, pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste
o teu santuário; eu, pois, fiz sair do meio de ti , um fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a
terra, aos olhos de todos os que te vêem .
2. Significado e outros nomes referentes a Satanás
O vocábulo SATAN deriva do hebraico e significa “Agir como um adversário”. O verbo pode significar
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A origem de Santanás e dos demônios AULA 4
9. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL | FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 2
também “Acusar”. O substantivo no grego é Satanás e aparece 35 vezes no Novo Testamento.
Freqüentemente outros nomes ou descrições são aplicados a Satanás:
· Em Gênesis 3.1: serpente.
· Apocalipse 12.9: grande dragão, antiga serpente, Diabo e Satanás. O termo diabo deriva de uma
raiz que significa “acusar”.
· Apocalipse 9.11: Abadom, em hebraico e Apoliom no grego = anjo do abismo.
· 2 Coríntios 4.4: deus deste século.
· Mateus 12.24: príncipe dos demônios.
· Efésios 2.2: príncipe das potestades do ar.
· Efésios 6.12: poder deste mundo tenebroso.
· Mateus 4:3: tentador.
· Mateus 13. 9: maligno.
· 2 Coríntios 6.15: Belial.
· Mateus 12.24: Belzebu.
· João 8.44: homicida desde o princípio, mentiroso e pai da mentira.
Seja qual for o nome pelo qual ele é designado, ele será sempre o nosso adversário, à procura de
alguém para devorar, pois suas ações iniciam-se sempre através do engano para concluir com a destruição,
pois são ações mentirosas e maléficas.
3. Ações e propósitos de Satanás
Satanás foi quem originou o pecado e ao gerá-lo em sua cobiça e rebeldia, como já foi descrito acima,
infiltrou na raça humana, através do engano, da mentira e da sedução que são as armas utilizadas para tal.
Em Gênesis 3:13 a expressão usada por Eva evidencia muito bem o que acabamos de dizer: “Perguntou o
Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi”. Em
2 Coríntios 11.3, o apóstolo Paulo faz referência no mesmo sentido, dizendo: “Mas temo que, assim como a
serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos
entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo”.
Suas ações e propósitos são, portanto para impedir de qualquer forma a redenção do pecador, seu
crescimento espiritual, sua libertação, suas obras em favor do Reino de Deus, enfim, faz de tudo quanto é
possível para desviar o cristão ou tirá-lo da comunhão com o Senhor.
Podemos dizer que ele tentou Jesus para desviá-lo de cumprir Sua missão aqui na terra (Lucas 4.1
a 13); ele luta para tirar a Palavra de Deus do coração dos homens, para que a mesma não produza frutos
(Mateus 13.19). Procura cegar os homens para que a luz do evangelho não produza graça na mente e no
coração dos homens (2 Coríntios 4.4). Em resumo ele odeia o amor e como conseqüência a felicidade para
a qual o Senhor nos preparou e juntamente com ela a vida eterna ao lado do criador, condições estas que
ele já perdeu e nunca mais alcançará.
Outra estratégia utilizada por ele, é que busca persuadir os que acreditam nele, que ele tem poder e
autoridade iguais ao de Jesus. A Palavra de Deus diz que Satanás ruge como leão, buscando a quem possa
tragar (1 Pedro 5.8).
A Bíblia relata várias tentativas de Satanás de realizar propósitos e ações dessa natureza, na ten-
tativa de causar problemas à vida de servos de Deus. O caso de Jó é bastante característico. Podemos
observar também o caso de Davi, citado em 1 Crônicas 21.1, quando o diabo o tentou para que fizesse o
recenseamento, tendo em vista fazer Davi desobedecer à lei de Deus. Também agiu através de Ananias e
Safira quando os fez mentir para o apóstolo Pedro quanto ao valor que estavam dando à igreja. Graças ao
Espírito Santo, Pedro foi devidamente orientado e instruído e ambos pereceram ali mesmo, evitando que um
mal maior atingisse a igreja primitiva do Senhor Jesus Cristo.
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A origem de Santanás e dos demônios AULA 4
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A limitação de Satanás AULA 5
OBJETIVO
Dar continuidade ao estudo sobre ANGELOLOGIA , para que tenhamos melhores condições de
entender o ministério dos anjos, tanto os bons como os caídos.
INTRODUÇÃO
Na lição anterior vimos sobre a queda de Satanás, seus nomes e suas ações. Nesta lição daremos
continuidade ao estudo sobre os anjos maus ou caídos.
DESENVOLVIMENTO
1. O poder limitado de Satanás
Nós crentes devemos saber que Satanás, como um anjo, ainda que caído, não deixou de ter a es-
sência de anjo, e anjo superior, que tem maior poder que os homens e que embora não seja onipresente,
age em toda a parte da terra, por si mesmo ou por intermédio de seus anjos (demônios).
Satanás engana as pessoas quando as faz pensar que ele é soberano neste mundo; devido ao fato
de que muitos acreditam nele e rejeitam o Senhor Deus. Jesus Cristo se referiu a ele como “príncipe deste
mundo”, porém sempre tendo consciência de que o poder de Satanás está sujeito à vontade permissiva de
Deus. No incidente com Jó, Deus estabeleceu limites para ele, dando-lhe permissão para usar de seus po-
deres até o ponto que o Senhor lhe permitira. Essa limitação do poder de Satanás foi indicada pela primeira
vez no julgamento do Senhor sobre ele, depois do pecado de Adão e Eva, no jardim do Éden. Ali Satanás
foi condenado a uma existência desesperada na qual falharia repetidamente em seus ataques contra o povo
de Deus. A maldição do Senhor veio sobre ele, quando Deus o advertiu de que ao “ferir o calcanhar” do
descendente da mulher, este iria “esmagar a cabeça da serpente” (Gênesis 3.15). Em Romanos 8.31 a 39,
a Palavra de Deus diz que nada nos separará do amor de Deus. Nem Satanás e nem todas as suas forças
têm poder para tal. Ele não é onisciente (não conhece todas as coisas), não é onipotente (não tem poder
absoluto) e nem é onipresente (não está em todos os lugares ao mesmo tempo). Voltando para o exemplo
de Jó, ele mesmo, Satanás, reconhece suas limitações quando declara que Deus protegera a Jó. Ler a pas-
sagem em Jó 1.10.
Podemos citar também o texto que está em Êxodo 7.11, quando relata os feitos dos feiticeiros de
Satanás realizando quase os mesmos milagres que Moisés. Em 2 Tessalonicenses 2.9 e 10 relata sobre os
sinais e maravilhas com mentira que ele opera. Glorificamos a Deus pois sabemos e temos experimentado
que Jesus Cristo é o Senhor dos senhores .
2. Seus ardis
Em 2 Coríntios 2.10 e 11, o apóstolo Paulo escreve à Igreja, dizendo: “E a quem perdoardes alguma
coisa, também eu; pois, o que eu também perdoei, se é que alguma coisa tenho perdoado, por causa de
vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não leve vantagem sobre nós; porque não ignoramos
os seus ardis”. A palavra ardis significa, astúcia, estratégias, manhas. São armas que Satanás utiliza, pois
odeia a criatura humana. Em João 10.10, a Palavra de Deus diz claramente que ele veio para roubar, matar
e destruir.
Podemos dizer que o principal ardil (maquinação) que ele usa é o ENGANO e podemos perceber
que isso ocorre realmente até mesmo na vida dos crentes, pois alguns fazem questão de dizer que ele não
existe e outros, pelo contrário, dão uma importância fundamental ao diabo, entendendo que tudo é ele e
atribuindo-lhe muito mais do que merece, tanto o diabo quanto aos seus enviados. Essas duas situações
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não deixam de ser um tremendo engano e isso agrada ao nosso inimigo.
Outro tipo de engano é com relação aos seus ministros que parecem ministros de justiça, conforme
está relatado em 2 Coríntios 11.14 e 15 e anjo de luz, conforme diz a Palavra ser um dos disfarces de Satanás.
Podemos considerar outro ardil.
Ainda analisando a Palavra de Deus, podemos dizer que milagres, assim como sinais e prodígios,
também podem e acontecem, realizados por falsos cristos e falsos profetas. Esta afirmação esta contida em
Marcos 13.21 a 23: “Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou ei-lo ali! Não acrediteis, porque hão de
surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos.
Ficai vós, pois, de sobreaviso; eis que de antemão vos tenho dito tudo”.
Todos esses ardis ou estratégias e astúcias são para a derrota dos crentes e Pedro usa a figura de
um leão para mostrar o desejo intenso e feroz que Satanás tem para com cada um de nós, acrescentando
que ele anda ao derredor querendo nos tragar, isto é, esperando a primeira oportunidade (momento de
descuido) para investir contra as nossas vidas, por isso o próprio Pedro acrescenta dizendo: “Sede sóbrios
e vigilantes”.
3. Satanás não tem poder sobre os crentes sem a permissão de Deus
Embora tendo ardis, estratégias e qualquer outra coisa, é importante ressaltar que ele e seus anjos
caídos não atingem os crentes sem que Deus permita, pois somos filhos de Deus, suas ovelhas e, portanto
protegidas vinte e quatro horas pelo Leão da Tribo de Judá. É importante destacar, também, que a palavra
de Deus nos orienta a resistir o diabo e ele fugirá de nós. Em Efésios 6 a palavra nos ensina a nos revestir
com a armadura de Deus e nessa armadura há uma espada (a Palavra de Deus) e foi com essa espada que
Jesus derrotou Satanás. Em Mateus 4, nos primeiros versículos há o relato da luta de Cristo com Satanás,
em que o inimigo das nossas almas tenta também impedir a obra de Jesus em nosso beneficio, e o exemplo
deixado por Ele, foi da vitória que obteve através da Palavra, que creu e vivenciou naquele momento de luta
espiritual.
Nós crentes, santuário do Espírito Santo, já temos a vitória sobre o inimigo, pois ele já foi derrotado
por Cristo Jesus e já pesa sobre ele a sentença de condenação dada pelo Senhor. É importante destacarmos
também que sendo santuário do Espírito Santo não somos de forma alguma apossados por anjos maus
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A natureza e características dos demônios AULA 6
OBJETIVO
Reconhecer que os demônios são seres espirituais que visam destruir a vida dos seres humanos.
INTRODUÇÃO
Os demônios são extremamente organizados e como está revelado em Efésios 6.10 em diante,
os mesmos são classificados hierarquicamente e muito melhor organizados do que a melhor organização
humana na face da terra.
Estaremos nesta aula estudando principalmente a natureza e características desses seres demonía-
cos, visando buscar os devidos esclarecimentos na Palavra de Deus, para não sermos enganados.
DESENVOLVIMENTO
1. Natureza e características dos demônios
Analisando o texto de 2 Pedro 2.4, que diz: “Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram,
mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo”, podemos
concluir que os demônios:
a. São anjos caídos, mas não eram assim em sua origem;
b. São criaturas de Deus;
c. Rebelaram-se contra Deus (ler também Judas 6);
d. A natureza desses seres é igual à dos anjos bons, porém diferem no caráter;
e. Deixaram de ajudar e passaram a querer destruir;
f. Tornaram-se anjos do diabo, seguidores dele, mas não criados por ele. Ler Mateus 25.41;
Algumas das hierarquias de Satanás podem facilmente derrotar o homem, mas Deus nos garante
segurança. Assim como os anjos do Senhor são incontáveis, também não sabemos a quantidade de anjos
maus (demônios).
Como já foi dito anteriormente, suas ações e atividades são: confusão pela dúvida, cobiça, sofrimento,
tentação, influência e finalmente a possessão.
O Senhor nos deu autoridade sobre eles somente através do nome de Jesus. Eles conhecem os
que verdadeiramente são de Cristo, conforme está relatado em Atos 19.15. Eles estão sujeitos ao Senhorio
de Jesus Cristo (1 Pedro 3. 22 ). Alguns espíritos malignos são piores do que outros (ler Mateus 12.45).
Observe ainda outras características desses seres malignos:
a. Não têm idade e não morrem; vivem influenciando as pessoas para o mal;
b. Estavam na terra antes da criação da humanidade;
c. Não se materializam como os anjos do Senhor, portanto são personalidades, porém sem cor-
pos;
d. Têm sentimentos e emoções (Mateus 8.29 e Atos 8.7);
e. Possuem nomes (ler Marcos 5.9);
f. Possuem doutrinas (1Timóteo 4.1);
g. Crêem em Deus e O temem (Ler Tiago 2:19);
h. Quando são expulsos de uma pessoa, procuram outra para habitar (Ler Mateus 12.43 a 45);
i. Muitos podem se apossar de uma pessoa (Ler Marcos 5.1 a 13).
2. Como os demônios entram nas pessoas
Fica muito difícil e complicado se quisermos, de imediato, entrar diretamente neste assunto, por isso
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entendemos que é melhor fazermos alguns comentários e explanações antes de entrarmos diretamente no
por quê que os demônios entram.
Em Hebreus 5.14 a palavra de Deus diz: “(...) mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm,
pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal”. Esse versículo nos fala da
importância de discernir o bem e o mal. Nossas faculdades devem ser exercitadas e devemos conhecer para
não sermos destruídos e não simplesmente conhecer. Sofremos muitas vezes por causa da nossa ignorância,
que acaba nos privando da bênção, gerando confusão em nossas mentes e por conseqüência em nossas
vidas.
É importante entendermos que nossa vida está imersa no reino espiritual. Temos que nos habilitar,
exercitar e treinar nosso espírito para discernir e vencer o mal. São lutas diárias com o maligno, porém como
já foi dito anteriormente não é tudo o diabo.
Precisamos entender, também, que a estratégia que o diabo usou para com Adão e Eva e Jesus
Cristo, é a mesma para com nós, ou seja: influência, sentimento de dúvidas, opressão, desânimo, etc... O
fato de sermos do Senhor não nos impede de sermos influenciados pelo maligno. Veja o exemplo de Pedro,
quando Jesus disse: “Arreda-te Satanás”. Fica claro que Pedro foi influenciado naquele momento.
Outro aspecto que devemos ter muita consciência , é de que se trata de uma guerra subliminar, sutil,
não é explícita e o inimigo joga baixo, não há regras e não há limites para ele.
Em 2 Coríntios 10.3 , Paulo fala da maneira como o diabo opera. O mundo espiritual acontece com
base nos princípios da legalidade. Provérbios 26. 2, nos ensina que: “ (...) a maldição sem causa não encontra
pouso” , portanto ele trabalha muito com sofismas, que são situações que parecem perfeitamente corretas,
mas que na verdade são mentiras. Ele vai tentar atacar todas as áreas de nossa vida e esse é o momento
da influência que ele quer deixar em nossas mentes, para que depois possa construir suas fortalezas, que
são resistências principalmente à Palavra de Deus e a partir daí, se ele conseguir, a pessoa começa a ver
as mentiras como se fossem verdades. Se aceitarmos a influência na mente, ela começa a atingir as nossas
emoções, sentimentos, depois passa para o nível da vontade e a pessoa começa a não ter mais forças para
orar, ir à igreja, ler a Palavra e pouco a pouco, se não lutar e discernir adequadamente, estará fora da igreja.
O inimigo quer que todas essas ocorrências levem a pessoa ao que diz Hebreus 3.12: “Vede, irmãos, que
nunca se ache em qualquer de vós um perverso coração de incredulidade, para se apartar do Deus vivo”.
Esse é o objetivo do maligno. A partir da incredulidade, as atuações do maligno se voltam com muita opressão
e finalmente a possessão.
O que é opressão? É um jugo que sufoca e oprime a pessoa a ponto dela não ter forças para suportar
e acaba se deixando levar pelas forças demoníacas do tormento.
O que é possessão? É a habitação de um espírito maligno na vida de uma pessoa. Esse espírito vai
controlando-a pouco a pouco. É ser dirigido por força que vem de outro.
Daí a importância de estarmos firmes na ROCHA, que é Jesus Cristo, através da Palavra de Deus.
Caminhando dessa forma, o inimigo não encontrará guarida em nossos corações e em nossas mentes para
que tais situações de influência ocorram.
Relatamos abaixo, outras formas que servem como porta de entrada dos demônios. Estaremos
citando apenas algumas das principais ocorrências e situações que leva o inimigo a ter direito legal sobre a
vida da pessoa. Não é nosso intuito relacionar todas as circunstâncias possíveis e imagináveis, mas sim dar
uma visão das brechas pelas quais o inimigo pode entrar em vidas:
a) Pecados não confessados. Outra forma para a entrada de demônios é através do pecado cometido,
que pode ser pecado de omissão, como pecados por ação. Um exemplo do pecado de omissão é a falta de
perdão, conforme está relatado em Mateus 18.33 a 35. Os pecados de ação podemos ser encontrados em
Gálatas 5, referenciados como obras da carne, que dão direito legal, como já dissemos anteriormente, para
que Satanás tenha brecha e possa entrar na vida da pessoa;
b) Práticas de Ocultismo: quiromancia, hipnotismo, astrologia, levitação, cartas, esoterismo e
outros;
c) Práticas de espiritismo e religiosas: doutrinas erradas, religiosidade, legalismos, etc...;
d) Seitas. Algumas seitas usam a Bíblia apenas como base, mas não como regra de fé e prática;
e) Meditação: Yoga, meditação transcendental, etc...;
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f) Rebelião, teimosia e idolatria: Ler 1 Samuel 15.23;
g) Contenda, inveja e orgulho: Ler Tiago 3.14 a 16;
h) Palavras negativas: Provérbios 6.2 e Tiago 3 (o poder da língua nas maldições hereditárias).
3. A destruição (derrota) de Satanás e seus demônios (anjos caídos)
Que maravilha termos a palavra de Deus para nos orientar, ensinar, admoestar e outras coisas mais
que ela nos possibilita. Estamos falando assim porque Deus nos revelou em Sua Palavra tantas coisas a
respeito de Satanás e seus demônios, e não deixou de nos mostrar também a destruição desses anjos caídos.
A Bíblia não fala somente das limitações de Satanás, mas revela também qual será o seu fim. Gênesis 3.15
e Ezequiel 28.19 falam a respeito disso, e também no Novo Testamento, em Mateus 25.41, a Palavra é bem
clara: “(...) apartai-vos de mim, malditos para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”.
Podemos concluir que no novo céu e na nova terra não teremos mais Satanás e seus demônios, pois
estarão totalmente e definitivamente destruídos. Até mesmo a morte, que coloca tanto medo nas pessoas,
não existirá mais. Apocalipse 21. 4 diz: “Ele enxugará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte,
nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas”.
Portanto, pensar que Satanás está agora no inferno, é errado, como errado é também pensar que
ele só está atormentando os que estão no inferno. Ele habita nos ares, nas regiões celestiais, tem acesso a
Deus, como já vimos no caso de Jó, é ativo sobre a terra, mas chegará o dia da sua destruição total. Podemos
glorificar a Deus que a sua derrota já está decretada (Apocalipse 20.10) e quando isso ocorrer habitaremos
eternamente com o Senhor. Maranata vem Senhor Jesus!
BIBLIOGRAFIA
• Paul Gardener. Quem é Quem na Bíblia, Editora Vida;
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