1) O documento discute os tipos de oscilações econômicas que ocorreram no século XIX, incluindo ciclos de curto, médio e longo prazo.
2) Também aborda as crises de superprodução do capitalismo, causadas por uma produção em excesso que o consumo não absorvia.
3) Essas crises levaram os governos a intervirem mais na economia e adotarem políticas protecionistas.
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Crises Do Capitalismo
1. Crises do Capitalismo
Destacam-se na evolução global do século XIX (trend secular), três
tipos de oscilações:
1. Ciclo de Kitchlin – pequenos ciclos em que as oscilações se fazem
por curtos intervalos de tempo (três a cinco anos).
2. Ciclo de Juglar – as oscilações ocorrem em períodos de tempo um
pouco mas alargados (de seis a dez anos) e, geralmente, abarcam
picos de expansão ou depressão.
3. Ciclos de Kondratieff – as oscilações ocorrem em períodos de tmpo
bastante mais alargados (cinquenta a sessenta anos) e, também
nestes ciclos constatamos tendências de expansão e / ou
depressão (fases A e B).
2. Crises do Capitalismo
Crescimento económico
Abundância dos produtos
Baixa dos preços
Melhoria das condições de vida material
Crises de crescimento ou de superprodução
(cíclicas e de grandes repercussões, desestabilizaram a vida social
e política, levando alguns governos a alterarem os regimes económicos de então)
3. Crises do Capitalismo
• Flutuações de mercado no comportamento da produção, dos
preços, do emprego, dos salários e dos lucros
• Produção excedentária que o consumo não absorvia
• Não intervenção do Estado na economia: livre concorrência
• Economia entregue a particulares: industriais, comerciantes e
financeiros. Estimulavam a produção para colocar os seus
produtos em vantagem (através da modernização de modelos
e materiais e do aperfeiçoamento do processo de fabrico) de
tal modo, que chegavam a adiantar-se à procura prevista.
4. Crises do Capitalismo
• A abundância de oferta relativamente à procura que levou à descida dos
preços provocando risco de falência nas empresas, fazendo com que os
produtores destruíssem os stocks armazenados numa tentativa de
equilibrar a oferta e a procura
• O abaixamento das vendas e preços, o que impedia o retorno do capital
investido, levando os industriais a fazer cortes de despesas através do
desemprego, da descida dos salários, da diminuição dos horários, do
subemprego (agravando a situação dos trabalhadores, agravava também a
crise) e dos cortes em energia e matérias-primas (levando a crise a outros
sectores, devido às relações de dependência que as empresas mantinham
com o mercado)
• Quando a crise se prolongava, restava às empresas: recorrer ao crédito
(endividando-se), fechar as fábricas ou abrir falência (desempregando
todos os assalariados), deixarem-se absorver pelas grandes empresas ou
associarem-se a elas (provocando a concentração industrial)
5. Crises do Capitalismo
Lock-out
temporário
Procura de inovação técnica das empresas Desenvolvimento
para as maiores empresas do crédito
As crises de
superproduçã
Adopção do
o Destruição
proteccionism
necessitaram voluntária de
o económico e
de stocks
fiscal
mecanismos
de resposta
Intervenção do Estado na
economia e moderação do
liberalismo (…)
Concentraçã
o industrial
monopolista
6. Crises do Capitalismo
Revolução Industrial
Novo modo de produção: industrial e capitalista (maquinofactura)
Possuía instalações próprias (fábrica), mecanizou e racionalizou a produção, separou capital e trabalho, produziu em função
do lucro pela produção e consumo em massa
Resultou de:
Condições económicas propícias que impuseram às empresas a necessidade de aumentar a produção de modo a rentabilizar e
vencer a concorrência
O que levou a:
Concentração das unidades fabris e produção industrial, apoiadas pelo capitalismo financeiro. Muitas das indústrias
tornaram-se em sociedades por acções.
Algumas das concentrações industriais manifestaram tendências monopolistas de controlo de mercado (concentrações verticais e
horizontais)
Ocorreram no entanto crises de superprodução, geradas por uma produção descontrolada, sem escoamento.
Os Estados são obrigados a rever as suas políticas económicas liberalistas, têm mais intervenção na economia e adoptam
medidas proteccionistas.