1. Catolicismo
Proveniente do Cristianismo mais disseminada no mundo, o Catolicismo é a religião
que tem maior número de adeptos no Brasil. Baseia-se na crença de que Jesus foi o
Messias, enviado à Terra para redimir a Humanidade e restabelecer nosso laço de
união com Deus (daí o Novo Testamento, ou Nova Aliança). E também é uma doutrina
intrinsecamente ligada ao Judaísmo. Seu livro sagrado é a Bíblia, dividida em Velho e
Novo Testamento. Do Velho Testamento, que corresponde ao período anterior ao
nascimento de Jesus, o Catolicismo aproveita não somente o Pentateuco (livros
atribuídos a Moisés), mas também agrega os chamados livros "deuterocanônicos":
Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus e alguns capítulos de Daniel
e Ester. Esses livros não são reconhecidos pelas religiões protestantes.
O termo grego KATHOLICÓS significa “universal”, e foi aplicado à Igreja no sentido de
sua universalidade geográfica e conceitual. O termo “apostólica” vem da continuidade
da tradição e trabalho dos apóstolos, e o termo “romana” vem do fato da sede
principal estar situada em Roma.
Este termo começou ser usada no século 2 da Era Cristã, traduzindo a idéia de que a fé
cristã já se achava disseminada por todo o planeta. No século 4 d.C., Santo Agostinho
usou a designação "católica" para diferenciar a doutrina "verdadeira" das outras seitas
de fundamentação cristã que começavam a surgir.
Mas foi somente no século 16, mais precisamente após o Concílio de Trento (1571),
que a expressão "Igreja Católica" passou a designar exclusivamente a Igreja que tem
seu centro no Vaticano. Cabe esclarecer que o Concílio de Trento aconteceu como
reação à Reforma Protestante, incitada pelo sacerdote alemão Martin Lutero.
O Catolicismo ensina que o fiel deve obedecer as leis (dogmas) e não se manter no
pecado. Mas quais são, afinal, os pecados? Pecar é não obedecer aos 10 Mandamentos
de Moisés, incorrer num dos Sete Pecados Capitais, desrespeitar os 5 Mandamentos da
Igreja ou ignorar os Mandamentos da Caridade.
MANDAMENTOS DA CARIDADE:
1. AMARÁS AO SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO, DE TODA A TUA
ALMA E DE TODA A TUA MENTE.
2. AMARÁS A TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO.
SETE PECADOS CAPITAIS:
Ira, gula, luxuria, avareza, inveja, soberba e preguiça.
OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS:
Ensinada atualmente na catequese da Igreja Católica:
2. 1º Amar a Deus sobre todas as coisas
2º Não invocar o Santo Nome de Deus em vão
3º Guardar domingos e festas de guarda
4º Honrar pai e mãe
5º Não matar
6º Guardar castidade nas palavras e nas obras
7º Não roubar
8º Não levantar falsos testemunhos
9º Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos
10º Não cobiçar as coisas alheias
OS CINCO MANDAMENTOS DA IGREJA CATÓLICA:
1- Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda, ficando livre de
trabalhos e de atividades que pudessem impedir a santificação desses dias
No Brasil os dias santos de guarda são:
Santa Maria, Mãe de Deus - 01 de janeiro
Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) - data variável entre maio e
junho: 1ª quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade
Imaculada Conceição de Maria - 08 de dezembro
Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo - 25 de dezembro
O termo "Missa" vem de missão, uma vez que, para os primeiros cristãos , o culto
prestado a Deus é a vida em ação de graças.É um ato solene com que os católicos
celebram o sacrifício de Jesus Cristo na cruz. O ritual revive dois momentos da Paixão
de Cristo: A Última Ceia, quando Jesus celebra o Pessach, pronunciando a benção
sobre o pão e o vinho, antecipando o seu sacrifício da Cruz e concretizando o desejo de
perpetuar a sua presença junto dos discípulos e se põe em lugar do cordeiro
sacrificado em memória da libertação do povo hebreu da escravidão do Egito através
das obras divinas e a Crucificação quando Jesus se oferece como cordeiro puro e
imaculado para o sacrifício expiatório dos pecados de toda a humanidade, sela a Nova
Criação. Por isso também se diz que a Santa Missa é sacrifício incruento, é ritual de
sacrifício de uma vítima expiatória, que carrega para si as penas e os pecados daqueles
que o oferecem, mas sem derramamento de sangue. Assim, pelo mistério da
ordenação de Cristo que mandou os cristãos celebrar este mistério e fundamentado
no ensinamento da sinagoga (João 6, 54-58), o sacrifício da Missa é, para os cristãos, o
mesmo sacrifício da Cruz.
2- Confessar-se ao menos uma vez por ano.
3- Receber o sacramento da Eucaristia (COMUNHÃO) pelo menos pela Páscoa
4- Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos pela Igreja
Dias de jejum: quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa.
Dias de abstinência de carne: sextas-feiras da quaresma.
3. 5- Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias
possibilidades.(DÍZIMO)
No Catolicismo, o dogma é uma verdade revelada por Deus. Com isto o Dogma é
imutável e definitivo (não pode ser revogado). Para que um ensinamento da Igreja
seja considerado um dogma é necessárias duas condições:
1. O Sentido deve estar suficientemente manifestado;
2. Esta doutrina deve ser definida pela Igreja como revelada.(PELO ESPIRITO SANTO)
Lista dos dogmas proclamados pela Igreja Católica
A Existência de Deus
“A ideia de Deus não é inata em nós, mas temos a capacidade para conhecê-Lo com
facilidade, e de certo modo espontaneamente por meio de Sua obra"
A Existência de Deus como Objeto de Fé
“A existência de Deus não é apenas objeto do conhecimento da razão natural, mas
também é objeto da fé sobrenatural”
A Unidade de Deus
"Não existe mais que um único Deus "
Deus é Eterno
"Deus não tem princípio nem fim"
Santíssima Trindade
"Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e cada uma delas possui a
essência divina que é numericamente a mesma "
Jesus Cristo é verdadeiro Deus e filho de Deus por essência
"O dogma diz que Jesus Cristo possui a infinita natureza divina com todas suas
infinitas perfeições, por haver sido engendrado eternamente por Deus."
Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho natural de Deus
"O Pai celestial quando chegou a plenitude, enviou aos homens seu Filho, Jesus Cristo"
através do Espírito Santo.
Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício
"Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo sacerdote e oferenda, mas por
sua natureza Divina, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, era o que recebia o
sacrifício."
4. Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte
na cruz
"Jesus Cristo quis oferecer-se a si mesmo a Deus Pai, como sacrifício apresentado
sobre a ara da cruz em sua morte, para conseguir o eterno perdão da humanidade."
Ao terceiro dia depois de sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os
mortos.
"ao terceiro dia, ressuscitado por sua própria virtude, se levantou do sepulcro"
Cristo subiu em corpo e alma aos céus e está sentado à direta de Deus Pai.
"ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu em Corpo e Alma"
Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada
"A criação do mundo do nada, não apenas é uma verdade fundamental da revelação
cristã, mas também que ao mesmo tempo chega a alcançá-la a razão com apenas suas
forças naturais, baseando-se nos argumentos cosmológicos e sobretudo no argumento
da contingência."
Caráter temporal do mundo
"O mundo teve princípio no tempo "
Conservação do mundo
"Deus conserva na existência a todas as coisas criadas "
O homem é formado por corpo material e alma espiritual
"a humana como comum constituída de corpo e alma"
O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por
imitação
"Pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes por
geração e não por imitação, e que é inerente a cada indivíduo"
O homem caído não pode redimir-se a si próprio
"Somente um ato livre por parte do amor divino poderia restaurar a ordem
sobrenatural, destruída pelo pecado"
A Imaculada Conceição de Maria
"A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular
graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus,
Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original"
Maria, Mãe de Deus
"Maria gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce, ou seja, o
sujeito nascido não tem uma natureza humana, mas sim o suposto divino que a
sustenta, ou seja, o Verbo. Daí que o Filho de Maria é propriamente o Verbo que
subsiste na natureza humana; então Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o
5. Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem"
A Assunção de Maria
"A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida
terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os
homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição."
O Culto a Maria e aos santos
Além do culto a Jesus, o Catolicismo enfatiza o culto à Virgem Maria (mãe de Jesus
Cristo) e a diversos santos. Este, aliás, foi um dos pontos de divergência mais sérios
entre a Igreja Católica e outras correntes cristãs. Para os evangélicos, por exemplo, a
crença no poder da Virgem e dos santos enquanto intermediadores entre Deus e os
homens constitui uma verdadeira heresia. No entanto, os teólogos católicos
diferenciam muito bem a adoração e a veneração: eles explicam que, na liturgia
católica, somente Deus é adorado, na pessoa de Jesus, seu filho unigênito. O respeito
prestado à Virgem Maria e aos santos (estes últimos, pessoas que em vida tiveram
uma conduta cristã impecável e exemplar) não constitui um rito de adoração.
Vale ressaltar que o processo de canonização - que consagra uma pessoa como "santa"
- é minucioso, estende-se ao longo de vários anos e baseiam-se numa série de relatos,
pesquisas e provas testemunhais.
A Igreja foi fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo
"Cristo fundou a Igreja, que Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma,
no tocante a doutrina, culto e constituição"
Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e
como cabeça visível de toda Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o
primado da jurisdição
"O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado Pedro e tem o primado sobre
todo rebanho"
O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não
somente em coisas de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da
Igreja
"Conforme esta declaração, o poder do Papa é: de jurisdição, universal, supremo,
pleno,ordinário, episcopal, imediato"
O Papa é infalível sempre que se pronuncia ex-cátedra.
"Para compreender este dogma, convém ter na lembrança:
Sujeito da infalibilidade papal é todo o Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de
Pedro e não outras pessoas ou organismos (ex.: congregações pontificais) a quem o
Papa confere parte de sua autoridade magistral.
O objeto da infalibilidade são as verdades de fé e costumes, reveladas ou em íntima
conexão com a revelação divina.
A condição da infalibilidade é que o Papa fale ex-cátedra:
6. - Que fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema
autoridade.
- Que tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que seja
acreditada por todos os fiéis. As encíclicas pontificais não são definições ex-cátedra.
A razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o
supremo mestre da Igreja de todo erro.
A consequência da infalibilidade é que a definição ex-cátedra dos Papas sejam por si
mesmas irreformáveis, sem a intervenção ulterior de qualquer autoridade."
A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes
"Estão sujeitos à infalibilidade: - O Papa, quando fala ex-cátedra - O episcopado pleno,
com o Papa cabeça do episcopado, é infalível quando reunido em concílio universal ou
disperso pelo rebanho da terra, ensina e promove uma verdade de fé ou de costumes
para que todos os fiéis a sustentem".
Os Sacramentos
O Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo
"Foi dado todo poder no céu e na terra; ide então e ensinai todas as pessoas,
batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"
A Confirmação(CRISMA) é verdadeiro e próprio Sacramento
"Este Sacramento concede aos batizados a fortaleza do Espírito Santo para que se
consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente com
valentia sua fé em Jesus Cristo."
A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária
para a salvação
"Basta indicar a culpa da consciência apenas aos sacerdotes mediante confissão
secreta"
A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo
"Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e de
reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do Batismo" (através do
Espírito Santo)
A Eucaristia( comunhão) é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo
"Aquele que come Minha Carne e bebe Meu Sangue tem a vida eterna"
Cristo está presente no sacramento do altar pela Transubstanciação de toda a
substância do pão em seu corpo e toda substância do vinho em seu sangue
"Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a
outra. Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e
o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular
diferente das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a
forma do pão e do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem
7. mudar: continuamos vendo o pão e o vinho, mas substancialmente já não o são,
porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, Alma e Divindade de Cristo."
A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo.
"Existe algum enfermo entre nós? Façamos a unção do mesmo em nome do Senhor"
A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
"Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos,
Presbíteros e Diáconos"
O matrimônio é verdadeiro e próprio Sacramento
"Cristo restaurou o matrimônio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse
seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a dignidade de
Sacramento." ( onde os noivos que fazem os votos de cumprimentos da lei do
matrimônio e o padre é somente testemunha de Deus.
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A Morte e sua origem
"A morte, na atual ordem de salvação, é consequência primitiva do pecado"
Céu e o Inferno
A recompensa máxima esperada pelo fiel católico é a salvação de sua alma, que após a
morte adentrará o Paraíso e lá gozará de descanso eterno, junto de Deus Pai, dos
santos e de Jesus Cristo.
No caso de um cristão morrer com algumas "contas em aberto" com o plano celestial,
ele terá de fazer acertos - que talvez incluam uma passagem pelo Purgatório, espécie
de reino intermediário onde a alma será submetida a uma série de suplícios e
penitências, a fim de se purificar. A intensidade dos castigos e o período de
permanência nesse estágio vão depender do tipo de vida que a pessoa levou na Terra.
Mas o grande castigo mesmo é a condenação da alma à perdição eterna, que acontece
no Inferno. É para lá que, de acordo com os preceitos católicos, são conduzidos os
pecadores renitentes. Um suplício e tanto, que jamais se acaba e inclui o convívio com
Satanás, o senhor das trevas e personificação de todo o Mal.
O Fim do mundo e a Segunda Vinda de Cristo
"No fim do mundo, Cristo, rodeado de majestade, virá de novo para julgar os homens"
A Ressurreição dos Mortos no Último Dia
"Aos que crêem em Jesus e comem de Seu corpo e bebem de Seu sangue, Ele lhes
promete a ressurreição"
8. O Juízo Universal
"Cristo, depois de seu retorno, julgará a todos os homens."
HIERARQUIA:
O PAPA é o chefe supremo da Igreja Católica Apostólica Romana, e além de Supremo
Pontífice da Igreja Universal e soberano do Vaticano ele acumula os títulos de Bispo de
Roma, Primaz da Itália, Arcebispo e Metropolita da Província Romana e Patriarca do
Ocidente. O cargo de Papa é vitalício, eleito pelo Santo Colégio dos Cardeais reunidos
em Roma, e é o único cargo hierárquico que se manteve desde os dias do Império
Romano. O Papa é o sucessor do apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma, nomeado
por Jesus a pedra fundamental da Igreja em Mateus 16, 17-19.
Que diz (17) E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas,
porque tu não revelaste a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.(18) Pois
também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela;(19) E eu te darei as chaves do reino
dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na
terra será desligado nos céus.
A denominação CARDEAL apareceu no século VI e tem o significado de “superior
eminente”, de onde provém o tratamento de “eminência”. O título é conferido a alguns
Bispos que funcionam como colaboradores e conselheiros imediatos do Papa, e
servem como enviados, chefes de congregações e tribunais da Cúria Romana. A partir
do ano 1179, o Concílio de Latrão lhes conferiu o direito de eleger o papa no Sacro
Colégio.
O Cardeal pode provir de qualquer Ordem secular, portanto há Cardeais Bispos,
Cardeais Presbíteros (maior número dentro do Sacro Colégio, encarregados dos
deveres pastorais e administrativos no Vaticano) e Cardeais Diáconos (número
limitado de cardeais encarregados das missões de ajuda aos pobres na cidade de
Roma).
O termo BISPO vem da palavra grega EPISKOPOI, que significa
“supervisor”, e os Bispos são considerados os sucessores dos Apóstolos, aos quais
Jesus confiou a tríplice missão de magistério, ordem e jurisdição. Os Bispos são
nomeados pelo Papa, recebendo jurisdição ordinária sobre os fiéis de sua Diocese ou
Circunscrição Eclesiástica, composta por Paróquias.
Diocese: oriundo da palavra grega “ DIOKESIS” que significa administração da casa,
esta denominação antiga das províncias administrativas romanas depois foi aplicada
às circunscrições eclesiásticas da Igreja Católica. O administrador da antiga diocese
romana se chamava VIGARIUS, um funcionário da ordem eqüestre diretamente
comandada pelo Imperador, e posteriormente o termo VIGÁRIO também foi aplicado
ao religioso administrador de uma diocese católica
9. Paróquias: termo derivado do grego PAROIKIA, que significa a “ segunda casa” , e se
aplica na Igreja Católica às subdivisões da Diocese, cada uma delas confiada a um
Pároco.
A pedra do anel do bispo é a ametista, símbolo de fidelidade à Igreja, seu Báculo ou
bastão pastoral representa sua função de conduzir o rebanho de fiéis a ele confiado, e
o uso de uma Cruz peitoral, meias e sandálias vermelhas, luvas de púrpura e mitra se
deve a antigas tradições orientais. Ao assumir, cargo episcopal, cada Bispo escolhe um
brasão de armas e um lema que definirá o ideal de seu ministério. Alguns Bispos
assumem autoridade sobre outros Bispos da região, e são denominados Arcebispos,
outros assumem as funções de Cardeal.
Na extremidade final da linha hierárquica da Igreja, existem duas Ordens: o clero
secular, ou Ordens Maiores, e o clero regular, ou ordens fechadas, cujos religiosos se
submetem a regras específicas de vida ou tipos de atividades, como é o caso dos
monges.
As ordens Maiores se compõem de:
• Diáconos (DIACONATO)
• Padres (PRESBITERATO)
• BISPOS (EPISCOPADO)
As Ordens Regulares são:
• Ordem de São Bento (monges beneditinos)
• Companhia de Jesus (padres jesuítas)
• Irmãos Maristas
• Irmãos Rogacionistas
• Ordem dos Salvatorianos
• Ordem dos Franciscanos
• Irmãos Dominicanos
• Ordem dos Salesianos
• Irmãs Paulinas
Leigos (fiéis)
10. A maioria dos membros da Igreja Católica são leigos, que têm a missão de
testemunhar e difundir o Evangelho, bem como uma vocação própria a de procurar o
Reino de Deus iluminando e ordenando as realidades temporais segundo Deus,
correspondendo assim ao chamamento à santidade e ao apostolado, dirigido a todos
os batizados. Mas, mesmo assim, eles devem também participar das mais diversas
formas no governo e administração das suas igrejas locais. A origem da palavra leigo,
vem do grego "Laos theon", que significa o "Povo de Deus".
Antigamente relegado para um papel secundário pela hierarquia eclesiástica, os leigos
hoje, tornaram-se cada vez mais importantes e influentes no seio da vida eclesial
porque, desde o Concílio do VaticanoII, eles gozam de igualdade em relação ao clero,
em termos de dignidade, mas não de funções. Desde então, os leigos tornaram-se,
como por exemplo, mais ativos e dinâmicos na administração das igrejas, na
angariação de fundos, na organização e participação de expressões de culto (sendo,
como por exemplo, acólitos, leitores ou membros da cantoria) e de outras atividades
paroquiais ou diocesanas, na catequese, no apostolado, na evangelização, na
solidariedade social, entre outras áreas.
Atualmente, os leigos podem ser divididos em dois grupos: o dos católicos não
praticantes, que tende ser cada vez maior nos países desenvolvidos e ocidentais; e o
dos católicos praticantes. Mas esta classificação não está oficializada pela Igreja
Católica.
Fontes de consulta:
http://www.brazilsite.com.br/religiao/catolica/cat02.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia_catolica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dogmas_da_Igreja_Catolica