2. Introdução
Quando falamos de exercício físico deixamos
Q d f l d í i fí i d i
claro que pode ser feito por qualquer pessoa,
com ou sem doença crônica,
Porém certas condições clínicas podem exigir
diferenças na programação destinadas a
maximizar
ma imi ar a eficácia e a evitar complicações.
e itar c m licações
Ribeiro, 2004
3. Cardiopatias
Foram realizadas 10.652 cirurgias de
F li d 10 652 i i d
revascularização do miocárdio e/ou troca valvar durante
o período de janeiro a junho de 2008 (DATASUS )
Reabilitação cardíaca
reduz em 26% a
mortalidade. Taxa de
T d mortalidadelid d
nacional de 7,93%
5. Prescrição do exercício para pacientes
cardíacos
Programa para paciente internado
g p p
Programa para pacientes externos
g p p
6. Reabilitação Cardiovascular, Pulmonar e
Metabólica (RCPM)
A RCPM faz parte do esquema geral de
f d ld
tratamento médico.
Cabe ao coordenador/responsável médico a
liberação do paciente para iniciar as atividades
e a alta de cada fase da reabilitação, sempre
em sint nia c m o médic assistente d
sintonia com médico do
paciente.
Tales , Diretrizes da SBC (2006)
7. Fase 1
Aplica-se ao paciente internado É o passo inicial em
internado.
direção a uma vida ativa e produtiva.
Atualmente deve incluir os pacientes submetidos às
p
intervenções coronárias percutâneas (ICP) por técnica
de balão ou implante de stent, cirurgias para valvopatia,
cirurgias para cardiopatia congênita transplante
congênita,
cardíaco, paciente com angina do peito de caráter
estável e paciente com fatores de risco para doença
coronária.
á
Esta fase destina-se também aos diabéticos,
hipertensos,
hipertensos portadores de síndrome metabólica,
metabólica
nefropatas crônicos e pneumopatas crônicos,
internados devido descompensação clínica.
Tales , Diretrizes da SBC (2006)
8. Fase 1
A fase 1 inicia-se após o paciente ter sido considerado
compensado clinicamente, como decorrência da
otimização do tratamento clínico e/ou utilização de
procedimento i
di intervencionista.
i i
Devem predominar a combinação de exercício físico
de baixa intensidade, técnicas para o controle do
intensidade
estresse e programas de educação em relação aos
fatores de risco.
A duração desta fase tem decrescido nos anos
recentes, em decorrência de internações hospitalares
mais curtas. É ideal que a equipe de profissionais seja
curtas
composta por médico, fisioterapeuta, enfermeiro,
nutricionista e psicólogo.
Tales , Diretrizes da SBC (2006)
9. Fase 1
Todos os profissionais devem ter sido
T d fi i i d id
submetidos a treinamento em RCPM.
O programa nesta fase objetiva que o paciente
tenha alta hospitalar com as melhores
condições físicas e psicológicas possíveis,
municiado
m niciad de informações referentes ao estilo
inf rmações a estil
saudável de vida, em especial no que diz
respeito ao processo de RCPM.
Tales , Diretrizes da SBC (2006)
10. Classificação das atividades pacientes
internados
Classe 1
Cl
- Sentar na cama com assistência
- Ficar em pé ao lado da cama
- Senta-se na cadeira por 15 a 30 minutos, 2 a 3
S d
vezes ao dia
11. Classificação das atividades pacientes
internados
Classe 2
Cl
- Senta-se na cama independentemente,
p
- Fica em pé independentemente,
- Realiza
R l atividades de auto-assistência
d d d ê
(banheiro sentado)
- Caminha no quarto até o banheiro (com
assistência)
12. Classificação das atividades pacientes
internados
Classe 3
Cl
- Fica sentado e em pé independente,
p p
- Realiza atividades de auto-assistência
(banheiro sentado e em pé)
pé).
- Caminha no saguão (9-18 metros), 3 vezes ao
dia.
13. Classificação das atividades pacientes
internados
Classe 4
- Realiza auto-assistência e toma banho
- Caminhadas no saguão (40 e 60 metros) 3 a 4
metros),
vezes ao dia.
Classe 5 e 6
- Caminhadas d
C i h d de 70 a150 metros, 3 a 4 vezes ao
150 t
dia
- Caminhadas independentes na unidade, 3 a 6
unidade
vezes ao dia.
14. Prescrição
Intensidade:
I t id d
o TEP inferior a 13 (escala de 6-20)
o Pós Infarto do miocárdio:
- FC inferior 120bpm
- FC repouso+ 20 btm (limite superior arbitrário)
o Pós cirurgia:
- FC repouso+ 30 btm (limite superior arbitrário)
o Até a tolerância se assintomático.
ACSM, 2007
15. Prescrição
Duração total de 20 minutos:
D ã ld i
o Sessões intermitentes com duração de 3 a 5
ç
minutos
o Período de repouso:
- Conforme vontade do paciente,
- Duração de 1 a 2 minutos,
- Em
E geral mais curtas que a sessão de
l i t ã d
exercício.
ACSM, 2007
16. Prescrição
Frequência:
F ê i
o Mobilização p
ç precoce: 3 a 4 vezes ao dia (
(dias
1° e 3°)
o Mobilização subsequente: 2 vezes por dia ( a
partir do 4° dia)
Progressão:
o Inicialmente aumentar até 10 minutos e depois
adequar ao paciente.
ACSM, 2007
17. Teste 6 minutos de caminhada realizado no 5 dia
pós-operatório.
pós operatório
18. Tempo de alta
Atividade física pré-operatório auxilia no menor
pré operatório
tempo de internação e complicações pós-
operatório
59% dos pacientes sedentários no período pré-
operatório a resentaram complicações pós-
eratóri apresentaram c m licações ós
operatórias em comparação a 31% dos ativos.
O tempo d i
de internação entre pacientes que
ã i
não praticavam atividade física e os que
praticavam antes d cirurgia f i respectivamente,
ti t da i i foi, ti t
15 e 11 dias.
RBCC (2007)
19. Programa para paciente externos
Objetivo:
Obj i
o Retorno as atividades diárias e recreativas.
o Desenvolver e implementar um programa de
exercícios seguro e efetivo
efetivo.
o Participar de múltiplas atividades a fim de
promover o condicionamento físico.
o Transferência do treinamento para o
cotidiano.
20. Fase 2 - pacientes externos
É a primeira etapa extra-hospitalar.
i i h i l
Inicia-se imediatamente após a alta e/ou alguns
p g
dias após um evento cardiovascular ou
descompensação clínica de natureza
cardiovascular, pulmonar e metabólica.
Duração prevista: três a seis meses, podendo
em algumas situações se estender por mais
g p
tempo.
21. Fase 2 - pacientes externos
Pode funcionar em estrutura que faça parte
P d f i f
do complexo hospitalar ou outro ambiente
próprio para a prática de exercícios físicos
(
(clube esportivo, g
p , ginásio de esportes, sala de
p ,
ginástica etc.).
A e i e ideal de e incl ir médic
equipe deve incluir médico,
fisioterapeuta, professor de educação física,
enfermeiro, nutricionista e psicólogo.
22. Fase 2 - pacientes externos
Funciona com sessões supervisionadas pelo
F i õ ii d l
fisioterapeuta e/ou professor de educação
física.
O programa de exercícios deve ser
individualizado, em termos de intensidade,
duração, fre üência m dalidade
d raçã freqüência, modalidade de
treinamento e progressão.
23. Fase 2 - pacientes externos
Sempre devem existir recursos para a correta
S d i i
determinação da freqüência cardíaca e
verificação de pressão arterial,
Eventual verificação da saturação de oxigênio
oxigênio,
determinação da glicemia e monitoração
eletrocardiográfica.
eletr cardi ráfica
24. Fase 2 - pacientes externos
A reabilitação nesta fase tem como principal
bili ã f i i l
objetivo contribuir para o mais breve retorno
do paciente às suas atividades sociais e
laborais, nas melhores condições físicas e
, ç
emocionais possíveis.
25. Prescrição do Treinamento de
Resistência
Fase 2 – preferencialmente posterior a 2 semanas
de trabalho aeróbio.
Uso d f i
U de faixas elásticas ou manguitos leves e
lá i i l
pesos livres leves como também polia de parede.
Larga amplitude de movimentos.
Podem ser iniciados 2 a 3 semanas após o infarto
26. Cuidados na Fase 2
Evitar o trabalho com pesos resistidos
E i b lh i id
(moderados ou intensos).
Evitar tração sobre o esterno dentro de 3
meses pós-cirurgia
pós cirurgia.
Ou áreas cirúrgicas
27. Fase 3 - pacientes externos
Duração prevista: seis a 24 meses.
D ã i i
Destina-se a atender imediatamente os
pacientes liberados da fase 2, mas pode ser
iniciada em qualquer etapa da evolução da
doença, não sendo obrigatoriamente
seqüência
se üência das fases anteriores.
anteri res
Pacientes de baixo risco que não participaram
q p p
da fase 2 são bons candidatos.
28. Fase 3 - pacientes externos
A supervisão de exercícios deve ser feita por
profissional especializado em exercício físico
(professor de educação física e/ou
( f d d ã fí i /
fisioterapeuta).
O principal objetivo é o aprimoramento da
condição física, mas deve ser considerada
também a necessidade de promoção de bem
estar (melhora da q
( qualidade de vida) e demais
)
procedimentos que contribuam para a
redução do risco de complicações clínicas.
ç p ç
29. Fase 4 - pacientes externos
É um programa de longo prazo, sendo de
d l d d
duração indefinida, muito variável.
As atividades não são necessariamente
supervisionadas,
supervisionadas
A manutenção do programa de exercícios
físicos e às preferências dos pacientes em
relação às atividades desportivas recreativas.
p
30. Fase 4 - pacientes externos
Os pacientes são submetidos a testes
ergométricos, cuja periodicidade não deve
exceder a um ano
ano,
Devem ser avaliados e orientados na prática,
sempre e ssí el com algumas
sem re que possível c m al mas sessões
supervisionadas de exercícios.
Os bj i
O objetivos principais d
i i i desta ffase são o aumento
ã
e a manutenção da aptidão física.
Não há obrigatoriedade de que esta fase seja
precedida pela fase 3.
31. Fase 4 - pacientes externos
A equipe da reabilitação deve propor a
i d bili ã d
programação de atividades que seja mais
apropriada, prescrevendo a carga de exercícios
q
que atenda às necessidades individuais.
Deve ser considerada a possibilidade de
atividades
ati idades em grupo, aproveitando, por
r a r eitand r
exemplo, o calendário de atividades
educacionais dirigidas à população.
32. Prescrição do Treinamento de
Resistência
Fases 3 e 4
Sugere-se serie única para fase 3:
o Tórax e flexão de tronco,
o MMII
o MMSS
Prescrição tradicional do treinamento:
3 vezes por semana – 3 series de 8 a 15
repetições
Esforço percebido entre 11 e 14 (Borg)
33. Prescrição do Treinamento de
Resistência
Padrões, diretrizes e declarações de princípios
acerca do treinamento de resistência.
Pacientes Series e Estações Frequência
cardíacos repetições
AHA (1995) 1 serie; 10-15 8-10 exercícios 2-3 dias/semana
repetições
AACVPR (1999) 1 serie; 12-15 8-10 exercícios 2-3 dias/semana
repetições
AHA, ACSM (2000) 1 serie; 10-15 8-10 exercícios 2-3 dias/semana
repetições
34. Cuidados
Evitar tensão sustentada.
E i ã d
Manobra de valsalva.
Cuidados com o período de repouso.
p p
Maximizar treinamento resistido voltados a
endurance.
35. Reabilitação não supervisionada
Tendo em vista a escassez de centros
T d i d
estruturados de reabilitação.
Deve ser considerada a possibilidade de que a
RCPM seja aplicada por meio de programa de
reabilitação não supervisionada (RCPM-NS).
Adoção da RCPM-NS mantém a necessidade
da prescrição individualizada de exercícios.
p
36. Reabilitação não supervisionada
Acompanhada de demonstrações práticas, em
práticas
sessões formais (recomenda-se pelo menos duas)
de condicionamento físico, nas quais sejam
físico
contempladas todas as etapas que compõem uma
sessão padrão de exercício, com as etapas de
exercício
aquecimento, parte principal e desaquecimento-
relaxamento (volta à calma)
calma).
O atendimento na RCPM-NS visa principalmente
à adoção e manutenção da prática adequada de
exercícios físicos.
53. Co c usão:
Conclusão:
o 03 series
o 10 repetições
o 70% 75%
70%-75% de 1 RM
o Repetições rápidas
o Recuperação de 90 segundos
54.
55. Contra indicação
Contra-indicação da prática esportiva
Angina
Arritmia descontrolada,
Hipertensão pulmonar,
Febre ou doenças sistemáticas,
Hipertensão arterial (PAS>180 ou PAD 100)
(PAS 180 PAD>100)
Hipotensão (queda de >20 mmHG PAS) com tontura
ou leve dor de cabeça.
Síndrome de Marfan
Trombose
Alta intensidade de treinamento resistido (80%-100%
de 1-RM) em paciente com retinopatia
Wise, 2010
56. Com liberação médica
Diabetes em qualquer idade,
Di b l id d
Hipertensão descontrolada (PAS>160 e ou
p (
PAD>100).
Baixa capacidade funcional (>4 METs)
METs).
Limitações músculo esqueléticas.
Indivíduos que tenha implante marca-passo ou
desfibriladores.
desfibriladores
Wise, 2010
57. Condições em que devemos evitar o
treinamento resistido
Paciente com cirurgia realizadas no esterno.
esterno
Paciente com infecção.
Paciente que tenha de realizar novo
procedimento de Stent ou angioplastia.
Trabalho de MMSS em pacientes com marca
marca-
passo ou desfibriladores (evitar compressão)
Paciente com desfibriladores dever realizar
atividade 10-15 bpm abaixo do recomendado.
Paciente com hipertrofia do miocárdio evitar
treinamento resistido ou com baixa carga.
Wise, 2010