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Escola de Atenas 39-43
Diágoras de Melos, 39

       O filósofo e poeta grego Diágoras de Melos (cerca
       de 465 a.C a 410 a.C) é chamado de ―o primeiro
       ateu‖ por ter sido assim citado por Cícero no De
       Natura Deorum. Talvez ele tenha sido o primeiro a
       dizer que a religião foi uma invenção dos
       governantes para assustar as pessoas de modo a
       fazê-las seguir uma ordem moral. Além de se opor
       ao panteão dos deuses gregos, ele criticava os
       mistérios de Elêusis. Foi discípulo de Demócrito.
       Cícero escreveu que amigos de Diágoras tentaram
       convencê-lo sobre a existência dos deuses com o
       argumento de que muitas pessoas foram salvas de
       tempestades graças à intercessão das divindades. O
       filósofo teria respondido que muito mais pessoas
       tinham morrido no mar sem os deuses delas nada
       fizessem.
       Foi um iconoclasta. Há um relato de que ele
       queimou a imagem de Hércules (ou Héracles), um
       semideus da mitologia grega que ficou famoso por
       seus doze feitos, e comentou: "Eis o décimo terceiro
       trabalho dele: cozinhar nabos para Diágoras.―
Critias de Atenas – 40

       Político grego nascido em Atenas, líder dos Trinta Tiranos que governaram a
            cidade-estado durante o século V a. C. (404-403 a. C. ), depois da Guerra do
            Peloponeso, entrando para história como um dos seus últimos vilões. De uma
            família aristocrática, foi educado na filosofia socrática e os sofistas e era o tio-
            avô de Platão. Descrito como um jovem fascinante e irrequieto, envolveu-se
            no famoso episódio de vandalismo onde a estátua do deus Hermes apareceu
            mutilada (415 a. C.), incidente onde o famoso general Alcibíades também foi
            acusado. Foi acusado de vandalismo, preso e julgado pelo crime, mas
            subseqüentemente libertado. Depois (411 a. C.) pediu para a Assembléia
            perdoar Alcibíades, mas ele terminou condenado e exilado na Tessália. Com o
            fim da guerra de Peloponeso (404 a. C.) e a conseqüente derrota de Atenas e
            voltou novamente a cena por exigência dos espartanos que exigiram sua
            presença nas negociações de paz com Atenas. Ele era anti-democrata e pró-
            Esparta e na volta foi eleito governador da cidade, mantendo um governo
            amigável com Esparta. Seu governo, apesar de curto foi extremamente
            violento e ditatorial, com execuções em massa, como a ordenada contra os
            300 homens em Eleusis. Ele defendia o uso de mentiras brancas: uma história
            inventada sobre o passado, mas com uma moral que deveria deixar marcas no
            presente. Foi o primeiro a defender a manipulação na propaganda do Estado e
            também foi um dos criadores da lenda de Atlântida, uma civilização perdida
            no fundo do oceano, origem do diálogo Critias (370 a.C.) de Platão. No ano
            seguinte (403 a. C.) caiu como um dos últimos 30 tiranos, porém
            ironicamente, não morreu durante o golpe, mas em uma briga de rua comum,
            em Pireu. Por ele ser tão odiado em Atenas, Sócrates também foi perseguido
            somente por que o filósofo tinha sido seu professor. Embora tenha sido um
            verdadeiro tirano, era muito inteligente e culturalmente de bom nível,
            escrevendo prosas, tragédias e poesia lírica.
Ésquines - 41

              Ésquines (Atenas, a.C 390 a.C. — Rodes, 314 a.C.) foi um orador
   ateniense.
              Pertencia a uma família de poucas posses. Isso, no entanto, não o
   impediu de casar-se com uma mulher oriunda de uma família muito mais rica.
   O interesse pela política sempre o acompanhou mas foi somente em 348 a.C.
   que se lançou como orador. Pronunciou, então, um discurso contra Filipe da
   Macedônia.
              Devido à tensão política, Ésquines foi enviado em embaixada para
   Megalópolis com o intuito de preparar uma liga pan-helênica contra a
   Macedônia. O projeto fracassou e Ésquines percebeu que Atenas ficaria
   isolada. Em vista disso, Ésquines procurou uma política de concessões.
              Em 346 a.C. foi encarregado de negociar a paz com os
   macedônios. No ano seguinte, contudo, Ésquines foi acusado por
   Demóstenes de se deixar corromper por Filipe, mas conseguiu a absolvição
   especialmente por seus discursos Contra Timarco e Sobre a Embaixada.
              Por volta de 337 a.C., atacou em discursos Ctesifon, que propusera
   dar a Demóstenes uma coroa de ouro. Após uma derrota, em que não
   conseguiu nem um quinto dos votos, retirou-se para a Jônia e Rodes, onde foi
   professor de retórica. Ésquines foi um dos maiores oradores gregos de que se
   tem notícia.
Alcebiades - 42

            Alcibíades ou Alcibíades Clinias Escambónidas (Atenas, 450 a.C. — Melissa, Frígia, 404
a.C.) foi um general e político ateniense.
            Alcibíades descendia de família ilustre (Nota: Seu avô também se chamava Alcibíades e
era amigo de Clístenes). Tendo ficado órfão, foi educado por Péricles, de quem era sobrinho. Em vista
disso, cresceu entre os dirigentes da democracia ateniense.
            Alcibíades também era amigo e entusiata do filósofo Sócrates que lhe salvou a vida na
campanha de Potidéia (em 432 a.C.) e a quem salvou em Delion. Plutarco escreveu que Alcibíades
"temia e reverenciava unicamente a Sócrates, e desprezava o resto de seus amantes". Como
decorrência dessa íntima amizade, Alcibíades aparece em dois diálogos de Platão: um que leva seu
próprio nome e n'O Banquete. Também é citado por Aristófanes na peça As rãs.
            A fama conquistada nas batalhas permitiu que em 420 a.C. Alcibíades fosse escolhido
estratego. Em 414 a.C., comandou uma malfadada expedição contra Siracusa, na Sicília. Ao mesmo
tempo, Alcibíades viu-se implicado (junto com Andócides), na profanação de estátuas do deus
Hermes e dos mistérios de Elêusis. Acusado de sacrilégio e destituído em alto-mar, desertou e
refugiou-se em Esparta, cujos costumes severos chegou a adoptar por algum tempo.
            Durante anos instigou os espartanos numa guerra mais activa contra os atenienses
levando ao fracasso em Siracusa.
            Em 411 a.C., foi eleito comandante da esquadra ateniense em Samos e conquistou duas
importantes vitórias sobre Esparta e que recolocou o domínio do Mar Egeu nas mãos de Atenas. Em
407 a.C., era recebido de volta na terra natal com o apoio do Partido Democrático. Pouco depois, foi
responsabilizado pela derrota de seu preposto Antíoco em Notium e retirou-se para Queronéia.
Nesse período, tentou evitar o desastre naval de Egospótamos, mas seu conselho não foi ouvido. Em
406 a.C. foi para a Trácia e depois para a Pérsia, onde inicialmente contou com o apoio do sátrapa
local, Fernabazes. Este, contudo, instigado pelos espartanos, mandou assassinos ao encalço de
Alcibíades, que acabou sendo morto em sua casa.
Xenofonte - 43

Historiador e filósofo grego, nasceu em Atenas por volta de 430 a. C. e morreu, no estrangeiro, em 354 a.
     C.Aos quinze anos encontrou Sócrates que o adotou como discípulo.Em 401 tomou parte na expedição de Ciro,
     o Jovem, contra Artaxerxes, rei dos Persas. No regresso, por amizade para com Agesilau, pôs-se ao serviço de
     Esparta e foi banido pelos Atenienses.Viveu a maior parte da sua existência em Olímpia, numa propriedade
     cujas terras explorava como grande senhor.
Xenofonte é o protótipo do grego do anos 400: otimista, espírito culto, corpo vigoroso e exercitado. É um homem
     honesto, pese embora a sua atitude para com Atenas, que não pode ser vista à luz das nossas ideias atuais.É
     também um apaixonado da ordem e da disciplina, e é talvez por isso que gosta de Esparta.
As obras de Xenofonte podem ser catalogadas em três categorias: obras históricas - Anábase ou A Retirada dos Dez
     Mil, Helénicas, República da Lacedemónia e República de Atenas; obras filosóficas - Apologia de Sócrates,
     Banquete, Hierão, Memoráveis, Económico e Ciropedia; obras técnicas - Da Equitação, Do Comando da
     Cavalaria e Da Caça.
Como historiador, as qualidades de Xenofonte não são de primeiro plano.
Na Anábase, sente-se uma excessiva admiração por Ciro e uma preocupação de destacar a sua própria atuação.
É uma narração, lúcida e literariamente despretensiosa feita por uma testemunha ocular, de aventuras curiosas, a
     que já se chamou «Odisseia ática».
Nas Helénicas, não há hipótese de comparação com Tucídides. Não há método nem proporção nos
     desenvolvimentos.
Sem que se possa duvidar da sua boa-fé, é inegável que muitas vezes é parcial.
Admirador de Agelisau, não consegue descobrir a grandeza do grande herói tebano, Epaminondas.
Não é um pensador profundo; perde-se no exterior e nos pormenores práticos.
Como escritor, porém, sempre foi admirado.
Escreve em ático puro e apenas algumas formas gramaticais fazem lembrar que viveu muito tempo fora do país.
As qualidades principais do seu estilo são a simplicidade, a clareza e a abundância.
Expõe a sua doutrina com lucidez e convence com doçura, sem nunca se mostrar indiscreto nem pretensioso.

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  • 2. Diágoras de Melos, 39 O filósofo e poeta grego Diágoras de Melos (cerca de 465 a.C a 410 a.C) é chamado de ―o primeiro ateu‖ por ter sido assim citado por Cícero no De Natura Deorum. Talvez ele tenha sido o primeiro a dizer que a religião foi uma invenção dos governantes para assustar as pessoas de modo a fazê-las seguir uma ordem moral. Além de se opor ao panteão dos deuses gregos, ele criticava os mistérios de Elêusis. Foi discípulo de Demócrito. Cícero escreveu que amigos de Diágoras tentaram convencê-lo sobre a existência dos deuses com o argumento de que muitas pessoas foram salvas de tempestades graças à intercessão das divindades. O filósofo teria respondido que muito mais pessoas tinham morrido no mar sem os deuses delas nada fizessem. Foi um iconoclasta. Há um relato de que ele queimou a imagem de Hércules (ou Héracles), um semideus da mitologia grega que ficou famoso por seus doze feitos, e comentou: "Eis o décimo terceiro trabalho dele: cozinhar nabos para Diágoras.―
  • 3. Critias de Atenas – 40 Político grego nascido em Atenas, líder dos Trinta Tiranos que governaram a cidade-estado durante o século V a. C. (404-403 a. C. ), depois da Guerra do Peloponeso, entrando para história como um dos seus últimos vilões. De uma família aristocrática, foi educado na filosofia socrática e os sofistas e era o tio- avô de Platão. Descrito como um jovem fascinante e irrequieto, envolveu-se no famoso episódio de vandalismo onde a estátua do deus Hermes apareceu mutilada (415 a. C.), incidente onde o famoso general Alcibíades também foi acusado. Foi acusado de vandalismo, preso e julgado pelo crime, mas subseqüentemente libertado. Depois (411 a. C.) pediu para a Assembléia perdoar Alcibíades, mas ele terminou condenado e exilado na Tessália. Com o fim da guerra de Peloponeso (404 a. C.) e a conseqüente derrota de Atenas e voltou novamente a cena por exigência dos espartanos que exigiram sua presença nas negociações de paz com Atenas. Ele era anti-democrata e pró- Esparta e na volta foi eleito governador da cidade, mantendo um governo amigável com Esparta. Seu governo, apesar de curto foi extremamente violento e ditatorial, com execuções em massa, como a ordenada contra os 300 homens em Eleusis. Ele defendia o uso de mentiras brancas: uma história inventada sobre o passado, mas com uma moral que deveria deixar marcas no presente. Foi o primeiro a defender a manipulação na propaganda do Estado e também foi um dos criadores da lenda de Atlântida, uma civilização perdida no fundo do oceano, origem do diálogo Critias (370 a.C.) de Platão. No ano seguinte (403 a. C.) caiu como um dos últimos 30 tiranos, porém ironicamente, não morreu durante o golpe, mas em uma briga de rua comum, em Pireu. Por ele ser tão odiado em Atenas, Sócrates também foi perseguido somente por que o filósofo tinha sido seu professor. Embora tenha sido um verdadeiro tirano, era muito inteligente e culturalmente de bom nível, escrevendo prosas, tragédias e poesia lírica.
  • 4. Ésquines - 41 Ésquines (Atenas, a.C 390 a.C. — Rodes, 314 a.C.) foi um orador ateniense. Pertencia a uma família de poucas posses. Isso, no entanto, não o impediu de casar-se com uma mulher oriunda de uma família muito mais rica. O interesse pela política sempre o acompanhou mas foi somente em 348 a.C. que se lançou como orador. Pronunciou, então, um discurso contra Filipe da Macedônia. Devido à tensão política, Ésquines foi enviado em embaixada para Megalópolis com o intuito de preparar uma liga pan-helênica contra a Macedônia. O projeto fracassou e Ésquines percebeu que Atenas ficaria isolada. Em vista disso, Ésquines procurou uma política de concessões. Em 346 a.C. foi encarregado de negociar a paz com os macedônios. No ano seguinte, contudo, Ésquines foi acusado por Demóstenes de se deixar corromper por Filipe, mas conseguiu a absolvição especialmente por seus discursos Contra Timarco e Sobre a Embaixada. Por volta de 337 a.C., atacou em discursos Ctesifon, que propusera dar a Demóstenes uma coroa de ouro. Após uma derrota, em que não conseguiu nem um quinto dos votos, retirou-se para a Jônia e Rodes, onde foi professor de retórica. Ésquines foi um dos maiores oradores gregos de que se tem notícia.
  • 5. Alcebiades - 42 Alcibíades ou Alcibíades Clinias Escambónidas (Atenas, 450 a.C. — Melissa, Frígia, 404 a.C.) foi um general e político ateniense. Alcibíades descendia de família ilustre (Nota: Seu avô também se chamava Alcibíades e era amigo de Clístenes). Tendo ficado órfão, foi educado por Péricles, de quem era sobrinho. Em vista disso, cresceu entre os dirigentes da democracia ateniense. Alcibíades também era amigo e entusiata do filósofo Sócrates que lhe salvou a vida na campanha de Potidéia (em 432 a.C.) e a quem salvou em Delion. Plutarco escreveu que Alcibíades "temia e reverenciava unicamente a Sócrates, e desprezava o resto de seus amantes". Como decorrência dessa íntima amizade, Alcibíades aparece em dois diálogos de Platão: um que leva seu próprio nome e n'O Banquete. Também é citado por Aristófanes na peça As rãs. A fama conquistada nas batalhas permitiu que em 420 a.C. Alcibíades fosse escolhido estratego. Em 414 a.C., comandou uma malfadada expedição contra Siracusa, na Sicília. Ao mesmo tempo, Alcibíades viu-se implicado (junto com Andócides), na profanação de estátuas do deus Hermes e dos mistérios de Elêusis. Acusado de sacrilégio e destituído em alto-mar, desertou e refugiou-se em Esparta, cujos costumes severos chegou a adoptar por algum tempo. Durante anos instigou os espartanos numa guerra mais activa contra os atenienses levando ao fracasso em Siracusa. Em 411 a.C., foi eleito comandante da esquadra ateniense em Samos e conquistou duas importantes vitórias sobre Esparta e que recolocou o domínio do Mar Egeu nas mãos de Atenas. Em 407 a.C., era recebido de volta na terra natal com o apoio do Partido Democrático. Pouco depois, foi responsabilizado pela derrota de seu preposto Antíoco em Notium e retirou-se para Queronéia. Nesse período, tentou evitar o desastre naval de Egospótamos, mas seu conselho não foi ouvido. Em 406 a.C. foi para a Trácia e depois para a Pérsia, onde inicialmente contou com o apoio do sátrapa local, Fernabazes. Este, contudo, instigado pelos espartanos, mandou assassinos ao encalço de Alcibíades, que acabou sendo morto em sua casa.
  • 6. Xenofonte - 43 Historiador e filósofo grego, nasceu em Atenas por volta de 430 a. C. e morreu, no estrangeiro, em 354 a. C.Aos quinze anos encontrou Sócrates que o adotou como discípulo.Em 401 tomou parte na expedição de Ciro, o Jovem, contra Artaxerxes, rei dos Persas. No regresso, por amizade para com Agesilau, pôs-se ao serviço de Esparta e foi banido pelos Atenienses.Viveu a maior parte da sua existência em Olímpia, numa propriedade cujas terras explorava como grande senhor. Xenofonte é o protótipo do grego do anos 400: otimista, espírito culto, corpo vigoroso e exercitado. É um homem honesto, pese embora a sua atitude para com Atenas, que não pode ser vista à luz das nossas ideias atuais.É também um apaixonado da ordem e da disciplina, e é talvez por isso que gosta de Esparta. As obras de Xenofonte podem ser catalogadas em três categorias: obras históricas - Anábase ou A Retirada dos Dez Mil, Helénicas, República da Lacedemónia e República de Atenas; obras filosóficas - Apologia de Sócrates, Banquete, Hierão, Memoráveis, Económico e Ciropedia; obras técnicas - Da Equitação, Do Comando da Cavalaria e Da Caça. Como historiador, as qualidades de Xenofonte não são de primeiro plano. Na Anábase, sente-se uma excessiva admiração por Ciro e uma preocupação de destacar a sua própria atuação. É uma narração, lúcida e literariamente despretensiosa feita por uma testemunha ocular, de aventuras curiosas, a que já se chamou «Odisseia ática». Nas Helénicas, não há hipótese de comparação com Tucídides. Não há método nem proporção nos desenvolvimentos. Sem que se possa duvidar da sua boa-fé, é inegável que muitas vezes é parcial. Admirador de Agelisau, não consegue descobrir a grandeza do grande herói tebano, Epaminondas. Não é um pensador profundo; perde-se no exterior e nos pormenores práticos. Como escritor, porém, sempre foi admirado. Escreve em ático puro e apenas algumas formas gramaticais fazem lembrar que viveu muito tempo fora do país. As qualidades principais do seu estilo são a simplicidade, a clareza e a abundância. Expõe a sua doutrina com lucidez e convence com doçura, sem nunca se mostrar indiscreto nem pretensioso.